O ranking das escolas provou que o modelo educacional da Igreja Católica está a ter resultados positivos. Porque não ir buscar ideias a esse modelo?
Como é habitual, as escolas católicas voltaram a dominar este ano o ranking das escolas secundárias do país. Desde que o Marquês de Pombal retirou o ensino das mãos da Igreja, que as escolas públicas concorrem com as escolas religiosas sem nunca as baterem.
Por isso, a questão posta pelo tric é pertinente: porque não o Estado imitar nas escolas públicas os métodos de ensino das escolas católicas, ou simplesmente entregar escolas à Igreja e retirar-se de um domínio onde, comprovadamente, desempenha pior do que ela?
A resposta é uma matéria de conflito entre a fé e a razão. Apesar de 250 anos de evidência empírica em contrário, os políticos, os intelectuais e uma parte da opinião pública em Portugal ainda vivem pela fé, mais do que pela razão - a fé de que as escolas laicas são, ou serão alguma vez, melhores do que as escolas religiosas.
Mas elas não são melhores nem nunca serão. A razão é que as escolas laicas, públicas ou privadas, são feitas para agradar aos homens - aos alunos, aos pais dos alunos, aos professores, aos burocratas, ao povo, até aos políticos e aos empresários. Ao passo que as escolas religiosas são feitas para agradar a um ideal incomparavelmente superior e imbatível nesta competição. São feitas para agradar a Deus.
(esta a opinião do senhor Prof. Doutor Pedro Arroja, in Portugal contemporâneo)
Como é habitual, as escolas católicas voltaram a dominar este ano o ranking das escolas secundárias do país. Desde que o Marquês de Pombal retirou o ensino das mãos da Igreja, que as escolas públicas concorrem com as escolas religiosas sem nunca as baterem.
Por isso, a questão posta pelo tric é pertinente: porque não o Estado imitar nas escolas públicas os métodos de ensino das escolas católicas, ou simplesmente entregar escolas à Igreja e retirar-se de um domínio onde, comprovadamente, desempenha pior do que ela?
A resposta é uma matéria de conflito entre a fé e a razão. Apesar de 250 anos de evidência empírica em contrário, os políticos, os intelectuais e uma parte da opinião pública em Portugal ainda vivem pela fé, mais do que pela razão - a fé de que as escolas laicas são, ou serão alguma vez, melhores do que as escolas religiosas.
Mas elas não são melhores nem nunca serão. A razão é que as escolas laicas, públicas ou privadas, são feitas para agradar aos homens - aos alunos, aos pais dos alunos, aos professores, aos burocratas, ao povo, até aos políticos e aos empresários. Ao passo que as escolas religiosas são feitas para agradar a um ideal incomparavelmente superior e imbatível nesta competição. São feitas para agradar a Deus.
(esta a opinião do senhor Prof. Doutor Pedro Arroja, in Portugal contemporâneo)
Transcrevo o oportuno comentário do "Zé", no blog Theosfera, sobre este tema. Com ele concordo plenamente.
ResponderEliminar"Desta vez, lastimo, mas não posso concordar.
tenho muitas dúvidas que essas escolas que ficaram melhor colocadas façam um melhor trabalho ao longo de um ano lectivo.
o que elas fazem "melhor" é antes do ano lectivo começar, isto é, o ranking começa pela escolha das famílias socialmente favorecidas economicamente, pois quem ganha o salário mínimo nacional tem um rendimento inferior à mensalidade dessas escolas.
Depois essas escolas seleccionam apenas os alunos que lhes interessam e portanto excuem (está bom de ver quem!)
Desafio as eslas escolas melhor colocadas no ranking a fazerem uma troca de equipa pedagógica com as escolas estatais pior colocadas e, então, veremos do que são capazes.
Além disso, tendo em conta os meios (económicos e sociais) das escolas privadas não me parece que os resultados sejam assim tão bons! Comparando os meios sociais, económicos e as expectativas dos alunos parece-me que os melhores resultados estão nas escolas públicas.
Mas esse estudo parece que não tem interesse em ser divulgado!
Quantos alunos é que essa escolas privadas já recuperaram do abandono?!
Quantos alunos carenciados frequentam essas escolas?!
Quantos alunos chegam a essas escolas sem pequeno-almoço porque os pais não lho deram por insuficiência económica ou simples desleixo?!
Quantos alunos portadores de deficiência, oriundos de famílias desfavorecidas, frequentam essas escolas?!
Quantas turmas CEF(ensino profissionalizante para alunos com mais de 15 anos sem o 9º ano, poe ex.) existem nessas escolas?!
Quantas turmas PIEF(alunos em abandono escolar e em situação de trabalho infantil) essas essas escolas promovem?!
Poi é, a escola pública, ou melhor, os professores da escola pública trabalham, também, com esses alunos, aqueles que parece que algumas escolas não querem e consegue, mesmo assim, depois de lhe serem retidados os melhores alunos, o sucesso de muitos!
Não quero retirar o mérito dos resultados em absoluto conseguido pelos alunos desses colégios. Mas não o façam comparativamente com os resultados as escolas públicas, onde, certamente, o trabalho é tão ou mais profissional do que o dessas escolas.
Acrescente-se que o que seria de louvar é que as escolas privadas de inspiração cristã tivessem um projecto educativo mais consentâneo com os valores cristãos, isto é, velar pelos mais desfavorecidos. Se fosse assim, também enviava um mail com sinceras felicitações pelos resultados obtidos.
Assim..."
Sabias que segundo a constituição o ensino é gratuito para todos, mas as escolas privadas não subsidiadas pelo Estado porquê?
ResponderEliminarOnde fica a liberdade de escolha da escola?
Subscrevo na totalidade o primeiro comentário aqui feito. Posso dizer que graças a Deus, tenho elementos da minha família e filhas de amigas nos ditos melhores colégios nacionais católicos, porque se fossem crianças com necessidades especiais tenho a certeza que eles não teriam sido lá aceites. Ou pelos menos seria muito dificil o seu acesso!
ResponderEliminarÉ pena de facto mas é verdade.
Gostaria de dizer que na escola pública há muitos professores que pagam do seu bolso cadernos para alguns alunos e fornecem a escola com roupas que restam lá de casa. Muitas vezes substituem os papis de alguns!
Teodora
obrigado (?) a quem trancreveu o meu comentário.
ResponderEliminarquanto ao financiamento das escolas privadas podem cosultar, por exemplo, no seguinte endereço:
http://www.drec.min-edu.pt/e/Escolas/EPC/EPC.htm
não percebo, quer dizer percebe-se o motivo pelo qual há escolas privadas que não querem estes contratos e alguns colégios que os tinham os denunciaram...
Gosto muito de visitar este blog Padres Inquietos, e outros por ele recomendados Quero parabeniza-los pelos assuntos abordados, pela música de fundo, pelos cometários dos leitores, pois tudo me distrai, ensina e exemplifica.
ResponderEliminarComo sou brasileira e comento com alguns familiares portugueses o quanto gosto destes blogs, tive m pedido de uma sobrinha que procura emprego como professora em Aveiro, pois apesar de lecionar Inglês e Alemão em escolas da Guarda, quer residir em Aveiro e lá trabalhar. Desculpem por aproveitar este espaço para uma referência de trabalho, mas, se alguém souber como ela deve proceder, por favor, envie uma resposta para mim. Desde já agradeço e volto a afirmar minha admiração por este tipo de blogosfera.
Saúde, amor, paz, sucesso e felicidade a todos!
Maria Lúcia - e-mail: riosena@uol.com.br ou lisboa@ajato.com.br