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segunda-feira, novembro 28, 2005

CRISTOTECA versus Discoteca

A CRISTOTECA é um espaço para os jovens, todas as sexta-feiras à noite, na grande cidade de São Paulo (Capital), que não pára de funcionar um só minuto.
Percebemos que muitos jovens se perdem devido aos lugares que frequentam, e um deles é a discoteca, onde a música satânica, as drogas, a prostituição estão presentes. Pensando neles, nasceu o grande desafio, a CRISTOTECA, que oferece aos jovens um espaço de diversão, mas ao mesmo tempo uma oportunidade de encontrar Deus, o único que pode nos dar vida em abundância.
Noites de muita oração através da música e da dança: das 22h30 até às 5 horas da manhã! Uma oportunidade para encontrar-se com Deus através da oração acompanhada pelos ritmos mais animados da música católica. Santa Missa, DJs de Cristo, Cristolanche, momentos de aeróbica, tecno-católico, forró, axé, dance, enfim... Tudo o que uma balada cristã pode oferecer de bom. E o mais importante: tudo vivido na presença do Senhor!
"Um dia, ao falar com o nosso Bispo, Dom Gil, ele disse-nos: ´São Paulo precisa de iniciativas para os jovens, porque o povo procura lugares abertos durante a noite e não encontra Igrejas abertas´. Com este estímulo, pensamos na Cristoteca das sextas-feiras, com exceção da primeira sexta do mês, porque temos a Vigília Mariana de Adoração Eucarística", explicam os organizadores do evento.
"Com este objetivo, muitas pessoas estão a entrar em contato, e até de outros Estados do Brasil, para se unirem nesta luta contra uma sociedade de morte", concluem.
A Cristoteca nasceu para você, jovem!
Ela acontece TODAS as sextas-feiras, às 22h30, na Casa Restaura-me (Rua Monsenhor Andrade, 746 - Brás - São Paulo-SP - final da Rua São Caetano, à direita).

SEJAMOS COERENTES: porque não retirar as cinco chagas de Cristo da BANDEIRA PORTUGUESA?!!!

O sinal da cruz
Duas semanas depois de meio milhão de pessoas ter desfilado à chuva por Lisboa na consagração da cidade à Virgem, torna-se público que o Governo oficiou escolas do Estado para que retirem os crucifixos das paredes...
É uma medida míope que atinge especialmente o Norte. O Estado é laico, republicano, e mantém laivos socialistas. Porém, na mesma Constituição que serve de pretexto para estas decisões carbonárias pode ler-se que cabe ao Estado “proteger e valorizar o património cultural do povo português”. É de cultura que se trata quando a nossa matriz cristã ainda é lembrada nas paredes de escolas do 1.º Ciclo, no Centro e Norte do País. Agora, uma pobre cruz na parede pode ser reclamada – falta saber quais os requisitos para a legitimidade da queixa – como violadora do princípio da laicidade do Estado e da liberdade de culto. É ridículo! Mas, principalmente, é perigoso.
Para quê afrontar os sentimentos profundos de larguíssima maioria?
Para quê dar azo a uma guerra artificial quando, na acção governativa, tantas outras, e tão justas, estão em curso?
Cada vez mais, o papel do Estado deve ser o de não poluir com regras imperativas as áreas onde, de forma harmoniosa, as comunidades se auto-regulam.
Octávio Ribeiro, Director-Adjunto, in Correio de Manhã, 27 de Novembro de 2005
Associação de Famílias fala em "afronta"

“Uma sociedade democrática tem de respeitar os valores emergentes e tradicionais”, alerta o presidente da Associação Famílias, Carlos Aguiar, comentando a ordem para a retirada de crucifixos das escolas. “A retirada de símbolos cristãos por imposição política é uma afronta aos valores dos cidadãos. Isto só se compreenderia se fosse por determinação dos cidadãos, mas nunca por uma autêntica imposição prepotente do Ministério da Educação”.
Considerando que “nunca a necessidade de anulação dos símbolos religiosos foi sufragada pelo povo português ou fez parte de qualquer projecto ou programa político”, classifica a iniciativa de “patifaria” e “rasteira”.“
No escudo da bandeira nacional estão as cinco chagas de Cristo.
  • A laicidade da República vai obrigar também a rever a bandeira?
  • E os símbolos religiosos e as estátuas de santos em jardins, estradas e outros espaços públicos, também são uma afronta?”
Mário Fernandes (Braga), com E.N. e J.S., in Correio de Manhã, 27 de Novembro de 2005
CAMPANHA: não tirem o crucifixo das escolas. PARTICIPE: http://www.pensabem.net/

domingo, novembro 27, 2005

A PEDIDO DE UMA PEQUENA ASSOCIAÇÃO (RL) QUE NINGUÉM OUVIU FALAR o Ministério da Educação mandou retirar os CRUCIFIXOS das escolas

O Ministério da Educação mandou retirar o crucifixo das escolas.
A notícia foi tornada hoje pública pelo jornal Diário de Notícias.
Em Abril, a Associação República e Laicidade (RL) (Quem já ouviu falar desta Associação? Quantos portugueses representam? Inspiram-se certamente nos franceses!) denunciou ao Ministério da Educação cerca de 20 casos de crucifixos nas salas de aula, pedindo a sua retirada, de acordo com a Constituição e a Lei de Liberdade Religiosa.
D. Jorge Ortiga, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, está indignado com a decisão do Governo: «Como português, sinto-me chocado com esta orientação. Se os outros, de outras convicções, poderão ficar chocados, como diz o ministro, eu também estou e com certeza que, comigo, muitos milhões de portugueses», afirma D. Jorge Ortiga, sublinhando que não quer «guerra de espécie nenhuma» - apenas espera «que os católicos portugueses se manifestem».
«No momento oportuno», acrescentou o Arcebispo de Braga, a Conferência Episcopal pronunciar-se-á. (cfr. RR 26 de Novembro de 2005)
É tal a afronta que nem a Comissão de Liberdade Religiosa foi contactada nem consultada para a tomada desta decisão.
Muitas coisas podem ser tiradas a nós cristãos,
mas a Cruz, como sinal de salvação,
não deixaremos que nos seja tirada.
NÃO PERMITEREMOS
que a CRUZ seja excluída da vida pública!»
João Paulo II, Homilia, Viena (Áustria), 21 de Junho de 1998

sábado, novembro 26, 2005

O PAI NATAL vai para o desemprego?...

O mercado vive duma espécie de engodo. Comprar e vender é um acto livre que tem cálculos, contas, necessidades, desejos, ilusões, jogos, riscos, lucros, posse, rejeição. Isso pode acontecer num mercadinho de bairro ou no grande bairro do mundo onde as coisas se compram e vendem porventura com vista larga. Os governos já entenderam que nesta matéria não podem ser demasiado pródigos tanto em estímulos como em repressões ao que se chama consumo. Convidar a poupanças próximas do exíguo, paralisa uma comunidade que vive das suas trocas e circulações que suscitam trabalho e criatividade. Alimentar o vício do supérfluo pode conduzir a uma círculo fechado e estrangulador para uma economia que se julga em movimento. Como um mecanismo de água estagnada que ilusoriamente circula dentro do mesmo poço sem se renovar e enriquecer.
Claro que tudo isto vem a propósito do Natal. Dizemos vezes sem conta que a celebração do nascimento de Jesus nem de perto nem de longe se restringe a uma dobadoira de luzes artificiais que nada iluminam. Apenas divertem o olhar. Mas o facto é que alguma economia se reanima nesta quadra, e empresas há que não “sobrevivem” sem o Natal. Por isso, em tempo de escassez, assistimos a algumas iniciativas tíbias, sem saber se navegam no mar tradicional da ilusão ou são um real contributo para a saída da crise que já nos cansa e que queremos exorcizar.
É essencial não perder os gestos de solidariedade, festa e partilha de afectos através de símbolos. Talvez se possa reconverter a indústria da qualidade: investir mais no significado e menos no objecto que se compra – por prazer, necessidade, partilha, amizade, ou mesmo - e esse é o ponto mais digno - o que melhor celebra o Nascimento de Jesus. Se, com a crise, desaparecer o Pai Natal e toda a sequela de mitos que arrasta, não se perde grande coisa. Não é grave se ele for para o desemprego desde que se salve o sinal íntimo que pretende traduzir.
Pe. António Rego in www.ecclesia.pt

terça-feira, novembro 22, 2005

O governo espanhol quer reduzir o apoio financeiro que canaliza anualmente para a Igreja Católica

O governo espanhol já avisou que quer reduzir o apoio financeiro que canaliza anualmente para a Igreja Católica, afirmando que esta deve apostar no seu auto-financiamento. A garantia foi dada aos jornalistas pela número dois do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega.
Por sua vez, os Bispos espanhóis deram a conhecer que a acção da Igreja poupa anualmente ao Estado cerca de 30.060 milhões de euros por ano, através da prestação de serviços de assistência médica, de acção social e de educação, entre outros. Para a Conferência Episcopal Espanhola, o dinheiro que o Estado dá à Igreja “não vem do Governo, mas sim da sociedade”.
O Arcebispo de Saragoça foi mais além, chegando a pormenorizar o custo dos serviços que a Igreja presta à sociedade. Cerca de 36.060 milhões de euros, segundo D. Manuel Ureña, é o que o Estado poupa graças ao trabalho de assistência, de beneficiência e de educação da Igreja, enquanto que esta «só» recebe 132 milhões de euros dos cofres públicos. Saliente-se que esta quantia não representa nem sequer 20% da quantia que a Igreja necessita para cobrir os seus gastos anuais.
E se a Igreja Católica Portuguesa deixa-se de prestar serviços de assistência médica, de acção social e de educação...? Ás vezes os meios de comunicação social também deveriam olhar para este lado... não acham?

quinta-feira, novembro 17, 2005

DEUS...

Quando tudo parece perdido e
A esperança desaparecer,
Procura-Me,
Estou a teu lado,
Embora não me vejas.

Quando as lágrimas insistirem em cair dos teus olhos…
Lembra-te do sangue que derramei para que fosses feliz.
Quando sentires desejo de morrer
Lembra-te que a tua morte será em vão.

Eu morri para salvar os homens
E mesmo assim não consegui.
Eu tenho o meu tempo…
Eu sou o dono da VIDA e da MORTE
E só morrerás quando eu achar que está na tua hora.

Quando tudo te parecer uma escuridão:
As zangas com o (a) namorado (a)…
As incertezas…As desesperanças…
Insistirem em entrar no teu coração…
Procura-Me.
Nunca abandonarei quem precisa de mim.
Não serás o primeiro muito menos o ultimo.

Anda, Sorri!
Ergue a cabeça e segue em frente…
Daqui a pouco vais sentir a minha presença…

Tristezas não cabem no meu mundo…
E se te ponho à prova em coisas da vida…
É porque sei que tens força suficiente para as enfrentar.
Eu sou o teu Deus…Jamais te abandonarei…
Por isso ESPERA e CONFIA!
Com o meu tempo eu resolvo tudo!
Entrega-te sem medo!

Nenhum pai neste mundo abandona o seu filho.
Aceita as provas a que te submeto!
Elas só servirão para aumentar a tua fé,
o teu espírito e me ajudares a espalhar a minha palavra.

Serás o testemunho dos meus ACTOS,
do meu PODER do meu AMOR para aqueles que confiam em mim.
Incentiva-os a fazerem o mesmo…

“Eu sou a luz do mundo, quem Me segue jamais morrerá.”

FONTE: http://aninhasccl.blogspot.com/

A IGREJA CORRE O RISCO DE PERDER A MULHER

"Entre os diferentes carismas que enriquecem a Igreja de Lisboa, quero referir um de que pouco se fala e pode exercer papel decisivo na renovação da Igreja e da missão: refiro-me ao carisma feminino, à maneira feminina de ser cristão, de rezar, de amar, de servir, de anunciar. Alguém me disse um dia que uma das ameaças que pesa sobre a Igreja dos nossos dias é o risco de perder a mulher. Seria, de facto, uma grave perda, para a Igreja e para a mulher".
D. José Policarpo - Homilia de encerramento do ICNE

quarta-feira, novembro 16, 2005

BISPOS PORTUGUESES criticam o relatório: "Educação sexual em meio escolar".

A Comissão Episcopal da Educação Cristã (CEEC) lançou hoje várias críticas ao “Relatório Preliminar” do Grupo de Trabalho de Educação Sexual, criado por Despacho da Ministra da Educação. Num Parecer sobre a “Educação Sexual em meio escolar”, este organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lamenta a vinculação da “Educação Sexual” à “Educação para a Saúde” e a ausência da “dimensão ética e dos valores”, da “perspectiva das religiões e das diversas culturas” no referido documento.
A CEEC considera "redutora" a integração da educação sexual nas escolas como uma alínea da educação para a saúde. “Preferimos situar a Educação Sexual num horizonte mais amplo e mais profundo, como um elemento decisivo para o desenvolvimento global da pessoa”, refere o Parecer publicado pela Agência ECCLESIA.
“A ausência de relação harmónica entre a Educação Sexual e a construção progressiva de um projecto de vida com sentido, conduz ao empobrecimento da sexualidade, reduzida que fica à dimensão dos mecanismos corporais e reprodutores, que se pretende controlar”, acrescenta o documento da CEEC.
Para os Bispos deste organismo, a proposta do Relatório tem um “prisma negativo”, procurando evitar:
  • a “gravidez não planeada”,
  • as “doenças sexualmente transmissíveis”
  • e “abusos e exploração sexual”,
  • mas esquecendo “os aspectos psicológicos e relacionais”.
O Parecer da CEEC critica ainda “uma visão demasiadamente negativa quanto às capacidades educativas dos pais” presente no referido Relatório e defende “a relação subsidiária da Escola em relação à Família", que considera como a mais relevante comunidade educativa. “Seria importante desenvolver a Escola também como ‘Escola de Pais’, ao serviço de uma adequada preparação dos mesmos como educadores dos filhos, concretamente no domínio da sexualidade”, pede a CEEC.
Sobre a “perspectiva da transversalidade a todas as disciplinas”, o Parecer prevê uma “inevitável desorientação resultante da multiplicidade de mentalidades e de critérios dos professores”, lembrando que nesta matéria as visões são plurais. “Sugerimos a inclusão de uma Área curricular não disciplinar de ‘Educação da Sexualidade’ na Componente de Formação Pessoal e Social, com carga horária e método de avaliação a ponderar com adequação e realismo”, adianta este documento episcopal.
O Parecer propõe ainda “o fornecimento de uma matriz comum de conteúdos curriculares, para ser gerida por cada escola/agrupamento de forma integrada no seu Projecto Educativo, com envolvimento programado dos pais/encarregados de educação e o eventual recurso à colaboração de outras entidades de reconhecida competência”. Quanto aos professores, tutores e responsáveis de serviços de atendimento dos alunos, referidos no Relatório, o Parecer sublinha que a “competência científica é um requisito necessário, mas não suficiente”. “Nesse sentido, consideramos de excluir a colaboração de estudantes mais velhos que frequentam escolas do ensino superior, frequentemente sublinhada no Relatório”, acrescenta a CEEC.
Para esta Comissão Episcopal, a posição do Conselho Nacional de Educação sobre a “Educação Sexual nas escolas” é “mais adequada como referência para o trabalho futuro”. Deste documento são elogiadas a “visão mais ampla dos conceitos de Sexualidade e de Educação Sexual”, o “sentido mais apurado da realidade e das potencialidades da Escola actual”, a “abertura ao pluralismo” e “respeito pela autonomia das escolas”, bem como uma “maior preocupação pela salvaguarda da continuidade do trabalho já desenvolvido pelas escolas”.
Os responsáveis da CEEC lembram que a CEP já se pronunciou sobre o assunto com a Nota publicada sobre “A Educação da Sexualidade” (23.06.2005). “É nosso desejo, com esta e outras reflexões, dar o nosso contributo para a implementação da Educação da Sexualidade nas escolas portuguesas, conferindo a profundidade e salvaguardando a dignidade que matéria humana tão nobre merece”, asseguram.
“Urge proporcionar condições para que um número cada vez mais crescente de pessoas e entidades se habitue a reflectir e a exprimir publicamente as suas opiniões sobre matérias decisivas para o desenvolvimento pessoal e social. Nesse sentido, é necessário dar maior divulgação às consultas públicas e ampliar os períodos de debate”, conclui o Parecer.
Parecer da Comissão Episcopal da Educação Cristã• «Educação Sexual em meio escolar».
FONTE: Ecclesia

terça-feira, novembro 15, 2005

Bento XVI: a Igreja não quer privilégios, mas apenas cumprir a sua missão

Mensagem de Bento XVI ao Presidente da Câmara dos Deputados da República Italiana

A 14 de Novembro de 2002, o Papa João Paulo II, de venerada memória, efectuou uma histórica visita ao Parlamento da República Italiana, reunido em sessão conjunta de Câmara e Senado na Sala de Montecitorio. O caloroso e comovedor acolhimento que então lhe foi prestado e o discurso memorável que pronunciou naquela ocasião, constitui o tributo mais solene de estima que os representantes do povo italiano conferiram àquele grande Pontífice. Foi, portanto, com viva complacência, senhor Presidente, que soube que o acontecimento, no seu terceiro aniversário, será comemorado com a colocação duma placa naquela mesma sala, em sua memória, e asseguro-lhe com alegria a minha espiritual participação nessa ocasião.Com efeito, a visita do meu amado Predecessor ao Parlamento italiano era um acontecimento sem precedentes e pôde realizar-se graças ao afirmar-se duma visão serena das relações entre a Igreja e o Estado, com a consciência - à qual acenou o Pontífice na sua alocução - dos "impulsos altamente positivos" que tanto a Igreja como a nação italiana tiraram destas relações, ao longo do tempo, (n. 2: Cf. João Paulo II ao Parlamento italiano, 14 de Novembro de 2002).
Neste feliz aniversário, não me resta, portanto, senão desejar que tal espírito de sincera e leal colaboração se aprofunde cada vez mais. Ao assegurar o constante empenho nesse sentido por parte da Santa Sé, quero reafirmar mais uma vez que a Igreja, em Itália e em cada País, bem como nas diferentes instituições internacionais, não pretende reivindicar para si nenhum privilégio, mas ter apenas a possibilidade de cumprir a sua própria missão, no respeito pela legítima laicidade do Estado. Esta, de resto, se bem entendida, não está em contraste com a mensagem cristã, mas é antes devedora em relação a ela, como bem sabem os estudiosos da história das civilizações.
Confio que os ilustres Membros do Parlamento italiano continuarão a honrar também no futuro a memória do saudoso Papa João Paulo II, inspirando-se concretamente nos seus ensinamentos e promovendo a formação da pessoa humana, a cultura, a família, a escola, um pleno emprego digno, com uma atenção solícita pelos mais débeis e pelas antigas e novas pobrezas.
"Uma Itália confiante em si e coesa no seu interior constitui uma grande riqueza para as outras nações da Europa e do mundo" (n. 9 João Paulo II ao Parlamento italiano, 14 de Novembro de 2002) - afirmou o Pontífice a 14 de Novembro de 2002.
Esta coesão pressupõe um centro, um núcleo de significado e de valor, em torno ao qual possam convergir as diferentes posições ideológicas e políticas. Este centro não pode ser outra coisa senão a pessoa humana, com os valores inerentes à sua dignidade individual e social, que a Igreja, por mandato de Cristo, deseja ardentemente servir. O meu desejo é que a Santa Sé e o Estado italiano saibam cooperar cada vez mais neste nobre compromisso. Neste sentido, asseguro a minha especial oração e envio de coração, a si, senhor Presidente, e a todos quantos se unem neste devoto gesto comemorativo, a minha bênção.
Vaticano, 18 de Outubro de 2005.

segunda-feira, novembro 14, 2005

NOITE DOS JOVENS: Com música e "por Jesus"

A noite era dos jovens mas no Rossio havia gente de todas as idades. Com palmas, cânticos e alguma euforia à mistura, tentavam aquecer o ambiente e disfarçar o vento frio que se fazia sentir. Ao pescoço, os cachecóis vermelhos e azuis, com a estrela do Cristo Vivo ao centro, demonstravam que todos estavam ali pelo mesmo motivo - não só pela música, mas "por Jesus".
No meio da multidão, que com o passar das horas foi aumentando, o hábito castanho, até aos pés, apertado com uma corda na cintura, fazia sobressair Bruno Peixoto. Tem 22 anos e é franciscano. "Estou aqui como um sinal da Igreja no meio das pessoas. Acho que as pessoas precisam de ver que há jovens ligados à Igreja, precisam que lhes chamem a atenção", diz.
Ao lado do palco, em duas barraquinhas de lona, fazem-se filas para comprar castanhas assadas a um preço convidativo - 70 cêntimos por uma dúzia, com direito a uma garrafa de água. Com cada cartucho vem "uma mensagem do Evangelho, para que as pessoas levem Jesus consigo", diz Marta Teixeira, da organização.
"Levar Jesus às pessoas" é o que Marina, de 20 anos, anda a fazer por ali. Com panfletos na mão e um sorriso nos lábios, pára junto das pessoas e fala com elas, pergunta-lhes se sabem o que está ali a acontecer e "falo-lhes do amor de Jesus".
Antes de Lúcia Moniz subir ao palco, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, falou às centenas de jovens que ali se encontravam. Em declarações ao DN, disse estar impressionado "com a complementaridade da festa com a oração". "Os jovens sempre tiveram um espaço próprio neste congresso, este é um momento significativo que eles merecem", concluiu.

sábado, novembro 12, 2005

A ESPERANÇA NA VIDA ETERNA – Michel Quesnel – “Não morrer – Será isto verdadeiramente impossível?”

A conferência de sexta-feira, dia 11, foi dedicada ao debate da temática da vida após a morte. Michel Quesnel, padre da Congregação dos Oratorianos e actual reitor da Universidade Católica de Lyon, debateu a esperança na vida eterna, fundamentada na crença cristã da ressurreição.
“Desde a mais alta antiguidade, a questão da vida após a morte não cessou de perseguir o ser humano”, afirmou Quesnel. A perspectiva da morte como um acontecimento inevitável e definitivo cria no Homem o desejo “de se prolongar para além da morte”.
A crença na ressurreição Jesus e na nossa, é o fundamento da fé cristã pelo que, a “resposta cristã à questão da imortalidade desde sempre alimentou a nossa cultura”, referiu Quesnel. No entanto, “numerosas pessoas dizem-se cristãs e ao mesmo tempo afirmam não acreditar na ressurreição”, contrapôs o conferencista. A ressurreição é vista por alguns como uma noção fluida que não responde ás questões que o Homem coloca sobre a vida para além da morte, explicou Michel Quesnel, “porque ela é demasiado imprecisa e porque as representações imaginárias que nós temos são exageradamente precisas, a ponto de serem pueris”. Esta situação conduz concepção de outras formas, por vezes novas por vezes antigas, de imortalidade, como a reincarnação, metempsicose, transmigração das almas. “O sucesso destas doutrinas”, afirmou o conferencista, “deve-se não só à influência das religiões do Extremo Oriente, mas também à necessidade de purificação da alma que aconteceria no decurso de vidas sucessivas”. No entanto, também estas explicações não satisfazem o homem contemporâneo. A existência eterna deste mundo não é razoável uma vez que os recursos naturais do planeta são limitados. Assim, indicou Quesnel, “temos de procurar outra coisa”.
Michel Quesnel terminou a sua conferência com um conselho: “não tentemos imaginar demasiado como será a nossa vida no além. A nossa história, com todas as relações que tivermos criado, todos os amores que tivermos vivido, Deus na sua imensa bondade, está pronto a transfigurar. Como Jesus também nós estamos destinados a ser por toda a eternidade inteiramente nós mesmos e inteiramente diferentes, as trevas que há em nós terão sido transformadas em luz.

sexta-feira, novembro 11, 2005

EVANGELHO NA GARE DO ORIENTE: "Há pessoas que resistem à entrada mas, depois..."

Na Gare do Oriente, à saída do Centro Comercial «Vasco da Gama», e bem próximo das escadas rolantes que nos levam à estação do metropolitano, como de costume um corrupio de gente transita em vários sentidos. Naquele lugar, onde tudo parece passar num instante, ouve-se o som ritmado de um Jambé anunciando algo de novo. No chão, algumas marcas coloridas de pegadas indicam o Caminho. Seguindo-as, há quem permaneça mais um pouco, por um convite feito pessoalmente, ou por mera curiosidade. O motivo é este Jesus vivo que interpela ou faz interpelar numa pergunta simples, escrita à entrada da tenda, ali colocada propositadamente. “Quem é Jesus para ti?” No painel onde se lê esta pergunta, algumas respostas espontâneas ali são registadas por quem passa. Noutro cartaz lê-se: “Já falaste com Deus hoje?”
Nesta Missão Internacional da Gare do Oriente, 19 jovens, de 10 nações diferentes, pertencentes à Escola de Missão Emanuel, e mais alguns missionários portugueses, também eles da mesma comunidade, abordam os transeuntes num simples gesto de oferta de um Evangelho, ou falando simplesmente do Congresso Internacional para a Nova Evangelização. Conversa puxa conversa e, lentamente, aquele que parou para escutar é conduzido àquela tenda, onde depois de entrar, encontra dificuldade em sair. O único “obstáculo” que o leva a permanecer naquele lugar é o clima de uma paz espiritual que se respira diante de Jesus, exposto numa custódia em forma de coração. O espaço chega mesmo a tornar-se pequeno. “Há pessoas que resistem à entrada mas, depois de entrar chegam a permanecer meia hora”, revelou-nos o Pe. Terry Quelquejay, sacerdote da Comunidade Emanuel.
Junto desta tenda, transformada em lugar de oração, outros três sacerdotes acolhem quem deseja recorrer ao Sacramento da Penitência, ou apenas deseja ouvir uma voz amiga.
O espírito do Congresso para a Nova Evangelização parece contagiar os próprios ministros da Igreja. “No início da semana era só um sacerdote que estava aqui connosco, hoje já temos três”, diz à Agència ECCLESIA, José Adragão, um dos responsáveis por esta Missão na Gare do Oriente. Na partida, no rosto daquele que deste modo se aproximou de Deus, fica o consolo e a alegria de levar uma mensagem especial e um balão colorido porque, a festa da vida é para continuar.
FONTE: Ecclesia

quarta-feira, novembro 09, 2005

CONFISSÕES...

Certo Padre recebia um jantar de despedida pelos 25 anos de trabalho ininterrupto à frente de uma paróquia. Um político da região e membro da comunidade foi convidado para entregar o presente e proferir um pequeno discurso. O político atrasou-se. O sacerdote, então, decidiu proferir umas palavras:
- A primeira impressão que tive da paróquia foi com a primeira confissão que ouvi. Pensei que o bispo tinha-me enviado para um lugar terrível, pois a primeira pessoa que se confessou disse-me que tinha roubado um aparelho de TV, que tinha roubado dinheiro dos seus pais, também tinha roubado a firma onde trabalhava, além de ter aventuras amorosas com a esposado chefe. Noutras ocasiões dedicava-se ao trafico e a venda de drogas e para concluir, confessou que tinha transmitido uma doença à própria irmã.
Fiquei assustadíssimo!!...
Mas com o passar do tempo, entretanto, fui conhecendo mais gente que em nada se parecia com aquele homem... Inclusive vivi a realidade de uma paróquia cheia de gente responsável, com valores, comprometida com sua fé e desta maneira tenho vivido os 25 anos mais maravilhosos do meu sacerdócio.
Justo nesse momento chega o político, e foi lhe dado a palavra para entregar o presente da comunidade, prestando a homenagem ao padre. Pediu desculpas pelo atraso e começou o discurso dizendo:
- Nunca vou esquecer do dia em que o padre chegou à nossa paróquia... Como poderia? Tive a honra de ser o primeiro a confessar-me a ele...
Moral da história:
NUNCA CHEGUE ATRASADO!

segunda-feira, novembro 07, 2005

CONGRESSO INTERNACIONAL PARA A NOVA EVANGELIZAÇÃO: Evangelização: uma tarefa global

Muitas vezes falamos de evangelização ou missão, indistintamente, sem nos darmos verdadeiramente conta da tarefa global que tais realidades implicam para a vida da Igreja. Digamos claramente que a ‘evangelização’ , tendo muitos sujeitos dessa acção, diz respeito a um conjunto imenso de destinatários… afinal, toda a humanidade é objecto da evangelização da Igreja. Mas nem todos se encontram na mesma situação nem todos necessitam do mesmo tipo de acção evangelizadora.
Creio que é possível distinguir 3 grandes grupos destinatários da evangelização:
  1. os que já têm uma fé suficientemente amadurecida e algum compromisso de vida cristã. Estes necessitam de um contínuo aprofundamento da fé, necessitam de uma evangelização constante no sentido de uma formação permanente;
  2. os que foram baptizados em pequenos e, depois de alguma breve catequese (às vezes nem isso), se afastaram tanto duma prática dominical como do hábito de referir as mais diversas vivências aos valores evangélicos (pelo menos de forma consciente); este são os que habitualmente designamos como objecto da ‘nova evangelização’;
  3. por último, devemos considerar todos aqueles que não são baptizados e, com maior ou menor intensidade, se têm mantido à margem do fenómeno cristão, grande parte deles nem sequer conhecendo Jesus Cristo e o seu evangelho – são os que consideramos destinatários da ‘missão ad gentes’.

No âmbito do ICNE, creio ser fácil depreender que a Igreja se sente mobilizada para oferecer sinais, testemunhos, palavras aos dois últimos grupos mencionados. De facto, nas metrópoles das velhas cristandades, a maioria das pessoas são os baptizados que não foram suficientemente evangelizados, notando-se ainda, cada vez mais, um grupo significativo de não-cristãos (muçulmanos ou de outras religiões, ateus, agnósticos…). Ora, entre ‘nova evangelização’ e ‘missão ad gentes’ há realmente grandes semelhanças.

Destaco aqui 4 caraterísticas básicas dessas tarefas e que têm bastante em comum:

  1. referência ao ‘negativo’ – ao falar de ‘negativo’ referimo-nos ao facto de serem pessoas não evangelizadas ou não baptizadas. Não se fazem aqui quaisquer juízos de valor acerca do valor e da santidade de tais pessoas… («muitos dos últimos serão dos primeiros», disse Jesus…); mas, claro, se se trata de não-evangelizados, isso significa que há que dar a conhecer Jesus e o seu evangelho!;
  2. anúncio explícito - esta caraterística vem no seguimento da anterior: há que dar a conhecer Jesus e o evangelho. O testemunho de vida dos cristãos empenhados é muito importante, pode até ser objecto de elogios… mas não chega. O objectivo desta tarefa não pode estar centrado na figura do evangelizador… mas sim na relação que deverá estabelecer-se entre o que recebe e Boa Nova e a pessoa de Jesus!;
  3. necessidade de êxodo – na missão e na nova evangelização, justamente porque nos dirigimos a pessoas que habitualmente não estão connosco, exige-se um ‘ir’, um ‘partir’, um ‘êxodo’… pode ser que tenhamos de atravessar apenas a rua onde vivemos e, a 10 metros, tenhamos o nosso’próximo’, mas também pode acontecer que tenhamos de caminhar mais de 10.000 quilómetros para o encontrar em África ou na Ásia… O que não podemos é ficar apenas onde estamos, porque tais irmãos nossos não tomam a iniciativa de vir ter connosco!
  4. entrada na Igreja/comunidade – o objectivo de todo o processo evangelizador é a entrada na Igreja pelo baptismo ou numa efectiva vivência comunitária (para ao destinatários da nova evangelização).Neste sentido, é muito importante que a tarefa evangelizadora integre desde logo a oferta de estruturas mínimas e atraentes de enquadramento comunitário àqueles que sendo tocados pelo evangelho se decidam a encetar uma nova vida em Igreja. Os Movimentos eclesiais, tão diversos nas suas metodologias e espiritualidades terão aqui, sem dúvida, um papel importante e insubstituível.
Fr.José Nunes in ecclesia

Nasceu um novo herói nacional...

Um homem (agora diz-se, ao que parece, "rapaz" ou "jovem") de 21 anos estava acusado de 60 situações de condução sem carta. Sessenta! Teve pena suspensa e pagará umas multazitas, ou lá como se diz.
Nas TVs vê-se toda a gente satisfeita. "Rapaz" e mãe e advogados e amigos são unânimes: não é um criminoso, não matou nem violou. O advogado acrescenta que o juiz local é do mais humano que há e que guiar sem carta não deveria ser crime.
Já pôs a circular um abaixo-assinado para mudar a coisa.
Vê-se ainda os amigos do "rapaz" saltando e gritando de alegria, cantando aquelas coisas tipo "olé, olé, não-sei-quê" que se usam desde que foram reinventadas as praxes. (...)
Tudo está bem quando acaba bem.
Durmamos em paz.
Guiemos os nossos carros sem carta - que "lá fora" incendeiam-nos.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Fidel Castro pede AJUDA À IGREJA CATÓLICA PARA COMBATER A PRAGA DO ABORTO

Uma das notícias que me surpreendeu foi a publicada pelo jornal italiano «La Stampa» de que Fidel Castro pediu ajuda à Igreja católica para combater a praga do aborto em Cuba. A informação chegou pelo cardeal Tarsicio Bertone no término de sua recente visita à ilha, numa entrevista concedida àquele jornal. De outro modo teríamos dificuldade em admiti-la como verdadeira. É que foram regimes comunistas como o de Cuba que liberalizaram o aborto que durante milénios foi tido como uma prática desumana.
O referido cardeal – arcebispo de Génova – falou do encontro que teve com o presidente cubano, Fidel Castro, no final de sua visita de uma semana àquela ilha, onde foi acompanhar dois padres «Fidei Donum» que a sua Diocese ofereceu para pastorear Cuba.
«A difusão do aborto, como sublinhou Fidel Castro, está entre as causas da crise demográfica do país. E é também uma consequência da praga do turismo sexual. É natural que Castro esteja preocupado e que eu me envergonhe do comportamento de certos italianos no exterior», reconheceu o prelado. «No aborto e na baixa natalidade a Igreja pode dar sua contribuição num país onde já a abertura é total», descreveu.
Este apelo de Fidel Castro recorda-me um dos argumentos que muitas pessoas mesmo não católicas aduzem contra a descriminalização do aborto. Desta depressa se passa à liberalização e daí até ao desrespeito total da vida humana vai um pequeno passo. Isso denota bem que toda a cautela é pouca em liberalizar leis como a do aborto que é sempre um atentado contra vidas inocentes.

DIA DE FIÉIS DEFUNTOS: O cuidado devido aos mortos...

S. Agostinho fala-nos sobre o assunto. Vale a pena ler.
"Caríssimo Paulino, meu irmão no Episcopado: há muito devo-te uma resposta... Como me dizes, achas que não é coisa vã o sentimento que leva pessoas fiéis e religiosas a tomarem tal cuidados com os seus falecidos. Adiantas, ainda, que não é sem motivo que a Igreja universal mantém o costume de orar pelos mortos. Assim, pode-se concluir que é útil para o homem, após sua morte, ter uma sepultura desse género, providenciada pela piedade [de seus familiares], onde possa contar com a protecção dos santos".
Caro Paulino: consideras que, caso a opinião que diz ser útil sepultar os entes queridos junto à sepulturas de santos seja verdadeira, então existe uma controvérsia com relação às palavras do Apóstolo que diz: "Todos nós certamente nos apresentaremos diante do tribunal de Cristo, para recebermos a retribuição de acordo com aquilo que fizemos durante nossa vida corporal, seja para o bem ou para o mal". De fato, a sentença do Apóstolo exorta-nos que é antes da morte que podemos fazer o que seja útil para depois dela e não depois que ela ocorre, quando recolhemos os frutos que praticamos durante a vida.A questão então é resolvida da seguinte maneira: enquanto vivemos neste corpo mortal, há uma certa forma de viver que permite, após a morte, obter certo alívio através das obras pias feitas em seu sufrágio. Porém, tal ajuda será proporcional ao bem que cada um de nós fizemos durante a vida».
Pode ver aqui todo o texto de S. Agostinho:

terça-feira, novembro 01, 2005

Pensar na morte ... para celebrar a vida

Hoje ao ver tanta gente numa correria desenfreada de Cemitério em Cemitério perguntei a mim mesmo: será que estas pessoas já descobriram que hoje não é o Dia dos fiéis defuntos mas dia de Todos os Santos?
A festa dos fiéis defuntos mobiliza, geralmente, muito mais gente do que a festa de todos os santos...
A morte diz respeito a mais gente do que a santidade, porque a morte atinge toda a gente - quer queira quer não - ao passo que a santidade atinge apenas aqueles que querem...
Por isso, nestes dias:
  • anda-se mais pelos cemitérios do que pelas igrejas;
  • pensa-se mais na morte do que nos mortos, do que na "vida" dos fiéis defuntos;
  • pensa-se mais dos que partiram e já não se podem converter à santidade do que nos que ficaram que ainda se podem e devem converter;
  • fala-se e celebra-se mais a vida dos mortos para este mundo do que a morte dos vivos no outro mundo.
Hoje, ao contrário do que muitos pensam (ou vivem), celebramos a festa de todos aqueles que já receberam como prémio e herança o reino de Deus; aqueles que, vestidos de branco, se encontram na presença do trono de Deus e do Cordeiro; aqueles que já contemplam a Deus face a face, tal como Ele é!
Os santos são aqueles que seguiram e imitaram a Cristo na sua comunhão e obediência a Deus e na sua dedicação e serviço aos irmãos; são aqueles que colaboraram com Cristo na construção do Reino, seguindo e vivendo as Bem-aventuranças; são aqueles que experimentaram e contemplaram a grandeza do amor de Deus e se esforçaram por lhe corresponder no quotidiano das suas vidas; são aqueles que também se identificaram com Cristo no mistério da sua paixão (“lavaram as suas túnicas e as branquearam no sangue do Cordeiro”), ou seja, sofreram pelo nome de Cristo e pela verdade do seu Evangelho.

A santidade não é um projecto de vida apenas proposto a alguns eleitos e privilegiados, mas sim uma vocação comum a todos os baptizados.
O cristão, na medida em que o procura ser de verdade, é um seguidor fiel de Jesus:
  • alguém que abraça o Evangelho como programa de toda a sua vida;
  • alguém que vive e alimenta a sua comunhão com Deus na oração frequente;
  • que vive e fortalece a sua comunhão com Jesus na celebração dos sacramentos da Eucaristia e do Perdão;
  • que O vê e o ama, todos os dias, em cada irmão.

Este é o caminho da santidade, o caminho que todos os cristãos devem percorrer, pois é o único que conduz o homem até à plenitude da vida de Deus.
Os santos são oriundos de todos os povos e de todos os lugares da terra. E podemos acrescentar que há santos em todos os tempos da história. Também o nosso tempo é tempo de santos. Apesar da santidade não estar na moda e de muitos a considerarem como algo reservado a uns poucos, são, no entanto, muitos, em toda a parte, aqueles que aspiram à perfeição, tomando a sério as palavras de Jesus: “sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste”.
As numerosas beatificações e canonizações realizadas pelo papa João Paulo II, entre as quais estão muitos nossos contemporâneos e conhecidos (Madre Teresa, o papa João XXIII, PASTORINHOS DE FÁTIMA ...) confirmam isso mesmo.
A maior parte dos santos não foram nem serão declarados como tal pela Igreja. São precisamente esses que celebramos neste dia. Para os santos não é minimamente relevante o reconhecimento da sua santidade pela Igreja. O importante para eles e o que os torna verdadeiramente felizes é estarem na presença de Deus e viverem eternamente no seu amor.
Mas entre estes santos há muitos nossos conhecidos. De facto, alguns viveram connosco e, pelo que fizeram por nós, são-nos particularmente queridos. A esses podemos evocá-los pelo seu nome e temos a certeza de que zelam todos os dias por nós.

Viver na presença de Deus, vê-lo tal como Ele é, viver eternamente no seu coração, eis a meta da existência humana! Esta é a meta que dá sentido ao nosso presente, e que, no presente da vida, nos impele rumo ao futuro. E se tantos já lá chegaram, nada nos poderá impedir de chegarmos lá também!