Powered By Blogger

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Papa sai em defesa do casamento entre homem e mulher.

Bento XVI convida cristãos a darem testemunho das suas convicções

Bento XVI saiu este Domingo em defesa da família “fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher”, considerando que a mesma é de “suma importância para o presente e o futuro da humanidade”.

Numa intervenção via satélite, Bento XVI afirmou que a família “é caminho seguro para o encontrar e conhecer, assim como um apelo permanente a trabalhar pela unidade de todos á volta do amor”.

“Daí que um dos maiores serviços que nós cristãos podemos prestar aos nossos semelhantes – salientou o Papa - é oferecer-lhes o nosso testemunho sereno e firme da família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher, salvaguardando-a e promovendo-a pois ela é de suma importância para o presente e o futuro da humanidade”.

“Efectivamente a família é melhor escola onde se aprende a viver aqueles valores que dignificam a pessoa e fazem grandes os povos”.

Aos fiéis reunidos no Vaticano e em Madrid, Bento XVI pediu que “nos vossos lares se respire sempre o amor de total entrega e fidelidade que Jesus trouxe ao mundo com o seu nascimento, alimentando-o e fortalecendo-o com a oração diária, a pratica constante das virtudes, a compreensão recíproca e o mutuo respeito”.

Na sua catequese, o Papa afirmou que “o homem e a mulher, criados à imagem de Deus, tornam-se uma única carne no matrimónio, isto é uma comunhão de amor que gera nova vida. A família humana é portanto ícone da Trindade tanto pelo amor interpessoal, como pela fecundidade do amor”.

Bento XVI falou também da importância da educação cristã, salientando que a família cristã está consciente de que os filhos são “dom e projecto de Deus”.

Em Madrid estiveram seis Cardeais e oito Bispos da França, Alemanha, Holanda, Itália, Polónia, Áustria e Portugal, para além de 39 Bispos espanhóis. Num ambiente festivo, defenderam o modelo tradicional de família, manifestando a sua recusa do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que afirmam ser “contra a natureza”.

Fonte: Agência Ecclesia

segunda-feira, dezembro 28, 2009

O Governo está a tapar o sol com uma peneira



Parece impossível como muitos dos nossos políticos perante o gravíssimo problema social da diminuição da natalidade e também do aumento generalizado do número de crianças e jovens em situação de abandono, não descobriram a urgência de promover medidas de apoio e dignificação da Família”.

“Em vez disso, pretendam fazer-nos aceitar que uniões entre pessoas do mesmo sexo, as quais incorrectamente se vão chamando famílias alternativas com casamentos à ‘sua maneira’, são a expressão máxima da modernidade e do progresso”.


Fonte: Aqui

quinta-feira, dezembro 24, 2009

O Bispo emérito de Setúbal acusa o Governo de ofender e provocar a consciência cristã



Numa entrevista à Rádio Renascença, D. Manuel Martins criticou a proposta que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo e que, para o bispo, serve para dividir os portugueses.

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Cesaropapismo dissimulado

A grande deficiência da cristologia hoje é a cristologia política da Igreja antiga, isto é, influência dos interesses políticos na teologia. Compreende-se que isto tenha acontecido num determinado tempo da história, na época da decadencia do Imperio. Aquilo estava a afundar-se e era necessário agarrar-se a alguma coisa. Como se aperceberam que o cristianismo estava a crescer, os imperadores agarraram-se a ele. Mas, claro, a eles não lhes interessava um Deus crucificado. E o grande problema com que se depararam foi que o cristianismo pregava que o Deus no qual acreditavam era um crucificado, isto é, um escravo, ou um extrangeiro, ou um subversivo. Como resolveram o problema? Criando um Deus Todo-poderoso. El pantocrator, que era um título imperial que acrescentaram a Jesus Cristo. Porém, o o Deus que encontramos nos Evangelhos é um Deus misericordioso.
Na verdade, as pessoas não precisam de poderes que as dominem, mas de compreensão, misericórdia, respeito, tolerância, ajuda diante da debilidade. Este é o melhor serviço que a Igreja pode prestar. E isso não o pode fazer uma Igreja de poder. E ao olharmos para o Vaticano dá a sensação de que estamos diante de um grande poder. Porém, isto não é só uma sensação, mas é uma realidade. A cúpula e a praça de São Pedro, a magestuosidade dum cardenal revestido com todos seus ornamentos, são uma expressão simbólica duma realidade.

A Igreja prega continuamente o Evangelho. Existem muitas pessoas na Igreja que o pregam, vivem, e sofren por causa do Evangelho. Existem bispos, sacerdotes e religiosas e religiosos que o fazem em sitios onde niguém quer ir. Padres que passam verdadeiramente mal, nos piores sitios. No entanto, isso não é notícia. O que é notícia são as grandes reuniões na Praça de São Pedro, as viagens do Papa que a qualquer sítio onde vai tem de ser recibido como um grande deste mundo, como um chefe de estado!
E as pessoas não entendem. Porquê? Como associar estas imagens com aquelas que se leêm no Evangelho? Jesus, quando mandou os apostolos a evangelizar disse-lhes: "Não leveis dinheiro, nem cajado, nem sandálias; não leveis duas túnicas". Porque é assim que se evangeliza.

Eu creio que evangelizou mais São Francisco de Assis com a sua humildade e a sua simplicidade, ou muitas outras pessoas por ai perdidas, padres, monjas, leigos... do que estas personagens que aparecem com esta pompa. E o pior é que esta tendencia está crescendo ultimamente. Caminhamos a passos largos para uma Igreja da pompa e da liturgia e afastamo-nos cada vez mais dos pobres. E isto acontece na medida em que a Igreja perde poder no tecido social. Quanto menos poder, mais tendência a agarrar-se a estas coisas. É por isso que vemos a Igreja cada vez nais agarradada ao integrismo dogmático...

O Decisivo seria o Sermão da Montanha, mas esse exigiria outra postura...
Fonte: O teólogo José María Castillo: "La humanización de Dios".

domingo, dezembro 06, 2009

Nove detidos por aplicar lei islâmica em Espanha

Condenada à morte conseguiu escapar

Nove homens foram detidos, na Catalunha, por terem tentado aplicar a lei islâmica ("sharia") a uma mulher adúltera, informaram as autoridades espanholas.

A mulher foi sequestrada em Março e mantida isolada numa casa em Valles. Os sequestradores, de origem magrebina, organizaram, então, um tribunal islâmico.

"Estas pessoas constituíram uma espécie de tribunal para aplicar a lei islâmica. A mulher foi julgada e condenada à morte", de acordo com o porta-voz da polícia.

A "sharia" é um interpretação radical da lei islâmica que prevê a condenação à morte das mulheres suspeitas de adultério.

Antes de a pena ser executada, a mulher conseguiu iludir os sequestradores, escapar do cativeiro e chegar a uma esquadra onde denunciou o grupo. As detenções foram realizadas em Novembro, mas só foram divulgadas este domingo.

Dos nove detidos, sete ficaram em prisão preventiva sob acusação de associação criminosa e tentativa de homicídio.
Fonte. JN

segunda-feira, novembro 30, 2009

O povo suiço terá direito a recusar os minaretes?

Os suíços aprovaram a proibição da construção de minaretes nas mesquitas.

Mais de 57% dos eleitores votaram sim no referendo que, este domingo, lhes perguntava se eram a favor do fim da construção das torres. A consulta popular foi uma iniciativa do partido ultraconservador UDC, alegando que as torres das mesquitas são um “símbolo da intolerância islâmica”. Oskar Freysinger, deputado UDC, explica que a medida não pretende interferir com a liberdade de culto.
“Mas o minarete é um símbolo acessório que deve ficar na esfera privada, para não haver uma interferência entre os dogmas e o direito”, defende.
Opinião contrária da maior parte dos partidos helvéticos, como os Liberais-Radicais. Olivier Français, deputado do PLR, explica: “Espero que haja serenidade amanhã e nos próximos dias porque haverá muitas emoções nas diferentes comunidades, tanto ao nível nacional como internacional. Mas a nossa Constituição Federal confere a todos a liberdade religiosa e há que respeitá-la.”
A Suíça conta com 400 mil muçulmanos. A proibição de minaretes é vista como um rude golpe na liberdade de culto. “É um resultado que temos de digerir durante algum tempo. Mas vamos digeri-lo tal como o fizemos com outras coisas e vamos sobreviver”, sublinha uma mulher muçulmana. Os muçulmanos são a terceira comunidade religiosa no país, a seguir aos católicos e aos protestantes. Das 180 mesquitas na Suíça, apenas quatro têm minaretes.
O governo e o parlamento tinham criticado a iniciativa, afirmando ser contrária à Constituição, que reconhece a liberdade religiosa e a tolerância. Os Verdes já disseram que vão apresentar um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, em Estrasburgo, contra o resultado do referendo.
Fonte: Euronews

"Amar aquele por quem sentimos aversão".

"Amar alguém por quem sentimos aversão não é tarefa fácil.
Por isso devemos abrir-nos a Cristo e, perante a vaga esmagadora de sentimentos negativos, sentirmo-nos qual criança desamparada e impotente. (...)
Só este tipo de atitude exprime uma fé total na intervenção de Jesus, no facto de que será Ele que virá e, por nosso intermédio, amará mesmo aqueles que não nos são simpáticos".

in Padre Tadeusz Dajczer, Meditações sobre a Fé.

domingo, novembro 29, 2009

A ditadura das minorias...

Atenção! Olhem à volta!
A família está em fase de desfragmentação.
A Europa tem vergonha da sua génese judaico-cristã.
Por todo o lado a “liberdade” das minorias, defendida pelos tecnocratas, sobrepõe-se à vontade das maiorias que se vêm amordaçadas por determinações administrativas várias.
Os valores da ética e da moral estão a ser despedaçados.
Cada vez há mais falta de compromissos de VIDA… sã e de bons costumes…

Pensamento do dia!

A maioria dos políticos portugueses são católicos praticantes.
Nunca assinam nada sem terem um terço na mão.

Se não podes vencê-los…intimida-os

No estado de Washington, 138 000 cidadãos assinaram um pedido para submeter à votação popular nas eleições locais de Novembro uma iniciativa para proteger o casamento entre um homem e uma mulher, e para rejeitar a lei estatal que reconhece juridicamente casais do mesmo sexo.
É prática comum aproveitar a altura das eleições para decidir também assuntos controversos como este. No entanto, esta iniciativa foi muito mal aceite pelo lobby gay, que, no intuito de intimidar os promotores, exigiu que se publicassem os seus nomes.
Fonte: aceprensa.pt

sexta-feira, novembro 27, 2009

A formação dos sacerdotes

Que se promova a sólida formação dos candidatos às Sagradas Ordens e a formação permanente dos ministros já ordenados.

1. A diminuição de vocações para o sacerdócio – preocupação constante da Igreja nas últimas décadas – é, sobretudo, evidente nas Igrejas europeias. Estas vêm assistindo ao inexorável envelhecimento dos seus sacerdotes e à sua incapacidade para os substituir, devido à falta de vocações para este ministério eclesial.

Ora, como recorda João Paulo II, a Igreja não pode manter-se sem sacerdotes, pois estes são essenciais à sua constituição hierárquica e à celebração comunitária da fé – sem sacerdotes, não há eucaristia; e sem eucaristia, não há comunidade eclesial viva, evangelizada e evangelizadora.
As «celebrações dominicais da Palavra», sem sacerdote, constituem uma solução de recurso que não pode nem deve generalizar-se – sob risco de as comunidades católicas perderem o essencial daquilo que as distingue no contexto mais vasto das Igrejas cristãs.

2. Perante esta realidade, uma tentação compreensível será diminuir a exigência na escolha dos candidatos a este ministério eclesial. João Paulo II tem advertido frequentemente contra esta tentação. De facto, enquanto a Igreja mantiver as actuais exigências relativamente aos seus sacerdotes – inteira disponibilidade para aquilo que o Bispo pedir, desprendimento emocional, quer de lugares quer de pessoas, multiplicidade de tarefas (algumas das quais poderiam e, em certos casos, deveriam ser assumidas profissionalmente por leigos), celibato para toda a vida… – não é legítimo diminuir o grau de exigência na escolha dos candidatos. Fazê-lo será arriscar problemas futuros bem mais graves do que a diminuição do número de sacerdotes – abandonos logo nos primeiros anos da vida sacerdotal, infidelidades no celibato, incapacidade de relacionamento saudável com as pessoas e as comunidades e, até, comportamentos desviados que trazem enorme sofrimento aos próprios e a outros e constituem um contra-testemunho demolidor – os últimos tempos têm sido elucidativos a este respeito.

3. Esta exigência na escolha deve aliar-se à exigência na formação dos candidatos ao sacerdócio: formação humana, filosófico-teológica e espiritual. Não que o sacerdote se afirme apenas ou essencialmente pelo saber – mas sem este, não será capaz de lidar com um mundo cada vez mais complexo e com comunidades cada vez mais exigentes. Não que o sacerdote deva ter a pretensão de aparecer como excelente em tudo – mas sem excelência naquilo que lhe é específico, não realizará devidamente o seu ministério e acabará por defraudar a Igreja, as comunidades e a si próprio. Não que o sacerdote precise de títulos e de antepor o tratamento de «doutor» ao de «padre» – mas sem aquele saber que os títulos significam, dificilmente será capaz de apresentar um cristianismo afirmativo, que não se esconde, antes se apresenta sem complexos na praça pública, capaz de dizer a todos as razões da esperança que o anima.

4. A formação contínua dos sacerdotes já ordenados é igualmente indispensável. Sacerdotes que não lêem, não frequentam acções de formação específicas para o seu ministério, desinteressados dos debates que percorrem a sociedade e têm eco inevitável na Igreja, rapidamente caem no conformismo de uma vida intelectualmente pouco exigente. E arriscam a falta de relevância que, com frequência, se encontra no discurso de quem deveria constituir a primeira linha do anúncio do Evangelho. Esta falta de relevância leva consigo a perda de capacidade da Igreja para influenciar os caminhos do futuro através de uma acção afirmativa no presente. Sem triunfalismos destituídos de sentido, sem pretensões de domínio ou imposição, sem ignorar a legítima diversidade de propostas característica de sociedades laicas, nas quais gostamos de viver; mas também sem renunciar a dizer o que lhe é próprio, na esperança de ser escutada e, assim, contribuir para um futuro mais digno, porque mais humano.

Elias Couto

Fonte Ecclesia

quarta-feira, novembro 25, 2009

Medina Carreira: verdades irrefutáveis e duras como punhos

A economia vai derrotar a democracia de 1976.
-
José Sócrates, é um homem de circo, de espectáculo. Portugal está a ser gerido por medíocres, Guterres, Barroso, Santana Lopes e este, José Sócrates, não perceberam o essencial do problema do país
-
O desemprego não é um problema, é uma consequência de alguma coisa que não está bem na economia. Já estou enjoado de medidinhas. Já nem sei o que é que isso custa, nem sequer sei se estão a ser aplicadas
-
A população não vai aguentar daqui a dez anos um Estado social como aquele em que nós estamos a viver. Este que está lá agora, o José Sócrates, é um homem de espectáculo, é um homem de circo. Desde a primeira hora.
-
É gente de circo. E prezam o espectáculo porque querem enganar a sociedade
Vocês, comunicação social, o que dão é esta conversa de «inflação menos 1 ponto», o «crescimento 0,1 em vez de 0,6». Se as pessoas soubessem o que é 0,1 de crescimento, que é um café por português de 3 em 3 dias... Portanto andamos a discutir um café de 3 em 3 dias...mas é sem açúcar Eu não sou candidato a nada, e por conseguinte não quero ser popular. Eu não quero é enganar os portugueses. Nem digo mal por prazer, nem quero ser «popularuxo» porque não dependo do aparelho político!" Ainda há dias eu estava num supermercado, numa bicha para pagar, e estava uma rapariga de umbigo de fora com umas garrafas, e em vez de multiplicar «6x3=18», contava com os dedos: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7... Isto não é ensino...é falta de ensino, é uma treta! É o futuro que está em causa! Os números são fatais. Dos números ninguém se livra, mesmo que não goste. Uma economia que em cada 3 anos dos últimos 27, cresceu 1% ...esta economia não resiste num país europeu. Quem anda a viver da política para tratar da sua vida, não se pode esperar coisa nenhuma. A causa pública exige entrega e desinteresse. Se nós já estamos ultra-endividados, faz algum sentido ir gastar este dinheiro todo em coisas que não são estritamente indispensáveis?
-
P'rá gente ir para o Porto ou para Badajoz mais depressa 20 minutos? Acha que sim?
A aviação está a sofrer uma reconversão, vamos agora fazer um aeroporto, se calhar não era melhor aproveitar a Portela?
Quer dizer, isto está tudo louco?"

-
Eu por mim estou convencido que não se faz nada para pôr a Justiça a funcionar porque a classe política tem medo de ser apanhada na rede da Justiça. É uma desconfiança que eu tenho. E então, quanto mais complicado aquilo for... Nós tivemos nos últimos 10-12 anos 4 Primeiros-Ministros:
-Um desapareceu;
-O outro arranjou um melhor emprego em Bruxelas, foi-se embora;
-O outro foi mandado embora pelo Presidente da República;
-E este coitado, anda a ver se consegue chegar ao fim" O João Cravinho tentou resolver o problema da corrupção em Portugal. Tentou. Foi "exilado" para Londres. O Carrilho também falava um bocado, foi para Paris. O Alegre depois não sei para onde ele irá... Em Portugal quem fala contra a corrupção ou é mandado para um "exílio dourado", ou então é entupido e cercado. Mas você acredita nesse «considerado bem»? Então, o meu amigo encomenda aí uma ponte que é orçamentada para 100 e depois custa 400? Não há uma obra que não custe 3 ou 4 vezes mais? Não acha que isto é um saque dos dinheiros públicos? E não vejo intervenção da polícia...Há-de acreditar que há muita gente que fica com a grande parte da diferença! De acordo com as circunstâncias previstas, nós por volta de 2020 somos o país mais pobre da União Europeia. É claro que vamos ter o nome de Lisboa na estratégia, e vamos ter, eventualmente, o nome de Lisboa no tratado. É, mas não passa disso. É só para entreter a gente. Isto é um circo. É uma palhaçada.
-
Nas eleições, uns não sabem o que estão a prometer, e outros são declaradamente uns mentirosos: -Prometem aquilo que sabem que não podem." A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva....
O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?" "Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira? Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira, é um roubo ao ensino e aos professores ! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída. Esta juventude vai ser completamente desgraçada!
-
A minha opinião desde há muito tempo é: TGV- Não!
Para um país com este tamanho é uma tontice. O aeroporto depende. Eu acho que é de pensar duas vezes esse problema. Ainda mais agora com o problema do petróleo.
Bragança não pode ficar fora da rede de auto-estradas? Não?
Quer dizer, Bragança fica dentro da rede de auto-estradas e nós ficamos encalacrados no estrangeiro? Eu nem comento essa afirmação que é para não ir mais longe...
Bragança com uma boa estrada fica muito bem ligada. Quem tem interesse que se façam estas obras é o Governo Português, são os partidos do poder, são os bancos, são os construtores, são os vendedores de maquinaria...Esses é que têm interesse, não é o Português! Nós em Portugal sabemos resolver o problema dos outros: A guerra do Iraque, do Afeganistão, se o Presidente havia de ter sido o Bush, mas não sabemos resolver os nossos. As nossas grandes personalidades em Portugal falam de tudo no estrangeiro: criticam, promovem, conferenciam, discutem, mas se lhes perguntar o que é que se devia fazer em Portugal nenhum sabe. Somos um país de papagaios...
-
Receber os prisioneiros de Guantanamo?
Isso fica bem e a alimentação não deve ser cara...» Saibamos olhar para os nossos problemas e resolvê-los e deixemos lá os outros... Isso é um sintoma de inferioridade que a gente tem, estar sempre a olhar para os outros. Olhemos para nós! A crise internacional é realmente um problema grave, para 1-2 anos. Quando passar lá fora, a crise passará cá. Mas quando essa crise passar cá, nós ficamos outra vez com os nossos problemas, com a nossa crise. Portanto é importante não embebedar o pessoal com a ideia de que isto é a maldita crise. Não é! Nós estamos com um endividamento diário nos últimos 3 anos correspondente a 48 milhões de euros por dia: Por hora são 2 milhões! Portanto, quando acabarmos este programa Portugal deve mais 2 milhões! Quem é que vai pagar? Isso era o que deveríamos ter em grande quantidade.
Era vender sapatos. Mas nós não estamos a falar de vender sapatos. Nós estamos a falar de pedir dinheiro emprestado lá fora, pô-lo a circular, o pessoal come e bebe, e depois ele sai logo a seguir..." Ouça, eu não ligo importância a esses documentos aprovados na Assembleia...
Não me fale da Assembleia, isso é uma provocação... Poupe-me a esse espectáculo...." Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum.
-
Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"» Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo...Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira». Há dias circulava na Internet uma notícia sobre um atleta olímpico que andou numa "nova oportunidade" uns meses, fez o 12ºano e agora vai seguir Medicina...
Quer dizer, o homem andava aí distraído, disseram «meta-se nas novas oportunidades» e agora entra em Medicina... Bem, quando ele acabar o curso já eu não devo cá andar felizmente, mas quem vai apanhar esse atleta olímpico com este tipo de preparação...
-
Quer dizer, isto é tudo uma trafulhice..." É preciso que alguém diga aos portugueses o caminho que este país está a levar. Um país que empobrece, que se torna cada vez mais desigual, em que as desigualdades não têm fundamento, a maior parte delas são desigualdades ilegítimas para não dizer mais, numa sociedade onde uns empobrecem sem justificação e outros se tornam multi-milionários sem justificação, é um caldo de cultura que pode acabar muito mal. Eu receio mesmo que acabe. Até há cerca de um ano eu pensava que íamos ficar irremediavelmente mais pobres, mas aqui quentinhos, pacíficos, amiguinhos, a passar a mão uns pelos outros... Começo a pensar que vamos empobrecer, mas com barulho...
-
Hoje, acrescento-lhe só o «muito». Digo-lhe que a gente vai empobrecer, provavelmente com muito barulho...
Eu achava que não havia «barulho», depois achava que ia haver «barulho», e agora acho que vai haver «muito barulho». Os portugueses que interpretem o que quiserem... Quando sobe a linha de desenvolvimento da União Europeia sobe a linha de Portugal. Por conseguinte
quando os Governos dizem que estão a fazer coisas e que a economia está a responder, é mentira! Portanto, nós na conjuntura de médio prazo e curto prazo não fazemos coisa nenhuma. Os governos não fazem nada que seja útil ou que seja excessivamente útil. É só conversa e portanto, não acreditem...
-
No longo prazo, também não fizemos nada para o resolver e esta é que é a angústia da economia portuguesa. "Tudo se resume a sacar dinheiro de qualquer sítio. Esta interpenetração do político com o económico, das empresas que vão buscar os políticos, dos políticos que vão buscar as empresas...Isto não é um problema de regras, é um problema das pessoas em si...Porque é que se vai buscar políticos para as empresas?
É o sistema, é a (des)educação que a gente tem para a vida política...
-
Um político é um político e um empresário é um empresário. Não deve haver confusões entre uma coisa e outra. Cada um no seu sítio. Esta coisa de ser político, depois ministro, depois sai, vai para ali, tira-se de acolá, volta-se para ministro...é tudo uma sujeira que não dá saúde nenhuma à sociedade. Este país não vai de habilidades nem de espectáculos.
Este país vai de seriedade. Enquanto tivermos ministros a verificar preços e a distribuir computadores, eles não são ministros. São propagandistas ! Eles não são pagos nem escolhidos para isso! Eles têm outras competências e têm que perceber quais os grandes problemas do país! Se aparece aqui uma pessoa para falar verdade, os vossos comentadores dizem «este tipo é chato, é pessimista»...
Se vem aqui outro trafulha a dizer umas aldrabices fica tudo satisfeito.. Vocês têm que arranjar um programa onde as pessoas venham à vontade, sem estarem a ser pressionadas, sossegadamente dizer aquilo que pensam. E os
portugueses se quiserem ouvir, ouvem. E eles vão ouvir, porque no dia em que começarem a ouvir gente séria e que não diz aldrabices, param para ouvir. O Português está farto de ser enganado! Todos os dias tem a sensação que é enganado!
Fonte: Entrevista de Medina Carreira à SIC

segunda-feira, novembro 23, 2009

A tolerância da maioria ou a intolerância da minoria?

Um dos pontos da agenda do lobby homoxessual é fazer passar tantas leis anti-discriminação que se torna muito difícil ou até impossível agir contra um homossexual.
  • Senhorios, condomínios, donos de bares, etc, que em dada altura quiseram de alguma forma afastar um ou mais homossexuais pelo mau ambiente ou problemas causados, acabaram até por ser condenados como litigantes de má fé ao abrigo das aludidas leis anti-discriminação promovidas pelos homossexuais…
  • Em New Jersey todas as Igrejas estão obrigadas por lei a dar todos os sacramentos aos homossexuais, incluindo o sacerdócio e o casamento. A lei proíbe os pastores e padres de fazer homilias contra a homossexualidade e proíbe os cidadãos de fazer boicotes a empresas que promovam a homossexualidade. Depois de várias batalhas jurídicas, os tribunais aceitaram que as igrejas, mas as igrejas somente, ficam –for now—dispensadas de cumprir esta lei…
  • A Diocese de Mineapolis expulsou o grupo Dignity, um grupo pró-homossexualidade que se diz católico, do seu Campus Ministry Newman Center. Por causa disso, e com base numa lei que proíbe a discriminação dos homossexuais, a Diocese foi condenada a pagar seis mil contos de indemnização, ao grupo e à cidade.
  • Na Suécia um pastor fez uma homilia sobre Sodoma e Gomorra e o resultado foi um mês de cadeia por, alegadamente, ter praticado “violência verbal” contra os homossexuais.
  • No Hawai é proibido perguntar qual a orientação sexual de alguém que se pretende contratar. Esta proíbição aplica-se a jardins infantis, escolas ou igrejas, os quais ficam impedidos de despedir o homossexual, ainda que ele comece a abusar das crianças. Mas se houver crime, a creche, a escola ou a Igreja é que são responsabilizados pelos actos dos seus funcionários…
    E depois acontecem coisas do tipo: no Minnesota um padre católico foi condenado a um ano de cadeia por ter recusado contratar como professor de crianças um homossexual com um longo cadastro de abuso de menores.
  • Os escuteiros dos EUA expulsaram um membro por (descobriram pelos jornais) ele ser líder de uma associação de homossexuais. O caso está neste momento (Abril de 2000) no Supremo Tribunal dos EUA para ser julgado. Os homossexuais pretendem obrigar os escuteiros a alterar o seu regulamento interno e o seu código de conduta. A seu favor têm as leis anti-discriminação de homossexuais.
  • Um bispo anglicano da Califórnia foi afastado da sua diocese por ter pregado contra a homossexualidade.
  • Qualquer estação de televisão do Canadá que permita afirmações anti-gay leva uma multa de 40 mil contos. Esta punição não admite recurso e cabe a homossexuais dizer se alguma estação prevaricou.
  • Para que se veja até que ponto o lobby homossexual manobra eficazmente, convém saber que até no Tratado de Amsterdão conseguiram fazer inserir uma referência à proibição de discriminar pessoas em razão da sua orientação sexual.

Muitas mais coisas se poderiam dizer sobre a homossexualidade mas o que se disse permitirá ajuizar um pouco sobre o assunto… e sobre os seus perigos.

É possível deixar de ser homossexual?

SIM, a homossexualidade pode ser abandonada.
O tratamento tem uma altíssima taxa de sucesso e os que o conseguem experimentam a máxima repugnância pelas suas aventuras passadas.

  1. 61 percent of homosexuals agree that they could be `converted” to exclusive heterosexuality and 58% agreed that "People are homosexual only if they want to be."
  2. Masters and Johnson reported that 79.1 percent of their clients who attempted to discontinue homosexual behavior were successful immediately, and 71.6 percent remained successful after an elapsed period of five years.
  3. About a quarter of all homosexuals believe that their condition is a disorder and 37% believe that they themselves are "psychologically disturbed" because of their sexual orientation.
  4. When asked the question "If a teenager who was just starting [homosexual activities] came to you and asked your advice, what would you tell them?," 80 percent of all homosexuals recommended cessation over continuation.

Como em boa medida a homossexualidade é semelhante à dependência de droga, existem várias instituições que ajudam homossexuais a libertarem-se e a reintegrarem-se na sociedade (como por exemplo, Homossexuais anónimos, Courage, Exodus International, etc).

O psiquiatra californiano Joseph Nicolosi, actuando na resolução do conflito entre o homossexual e o pai, conseguiu fazer com que cerca de 200 homossexuais abandonassem as suas práticas. O seu sucesso foi tão retumbante que organizações de homossexuais fizeram aprovar na Califórnia uma lei que proíbe os médicos de tentarem curar homossexuais.

Esta lei é, evidentemente, iníqua e até paradoxal: se o médico só cura aqueles que o procuram para isso, porque não o pode fazer?

A verdade é que cada uma destas curas é um desastre para a causa homossexual já que a sua propaganda diz que eles não escolheram ser como são. Mas o que se sabe é que eles podiam escolher não fazer o que fazem (como provam os convertidos), e não o querem.

Fonte: aqui

Os locais: será que os homossexuais não incomodam ninguém?

Normalmente estas coisas são praticadas em locais públicos.
Os dez lugares mais comuns para as práticas homossexuais são:
Results of a Survey on the Most Popular Places That Homosexuals Have Sex
  1. public rest rooms, where "glory holes" are cut out of stall partitions so that men may anonymously commit sodomy and fellatio on each other;
  2. pornographic movie houses and bookstores and peep shows;
  3. bus stations;
  4. service stations;
  5. public libraries;
  6. highway rest stops;
  7. public parks;
  8. public baths or "health clubs," where men congregate and watch other men sodomize each other;
  9. "gay bars" and night clubs; and
  10. certain street corners where homosexuals "cruise" for anonymous partners
    -- K. Jay and A. Young. The Gay Report. Summit Books, 1979, page 500. See also Rechy, The Sexual Outlaw. Grove Press, 1977, and the Gayellow Pages, which are compiled by homosexuals for each large city and show exactly where homosexuals congregate, and for what purposes.

A ideia de que os homossexuais desenvolvem as suas actividades onde não incomodam ninguém está bem longe da realidade: o quarto não figura entre os dez locais mais usados para relações homossexuais.

No Canadá ocorreu um episódio muito instrutivo.

  • Em Junho de 1999 a polícia prendeu 18 homosssexuais por terem relações sexuais em público (num clube chamado The Bijou).
  • Em 9 de Setembro de 1999, depois de uma forte campanha conduzida por alguns movimentos gay, o procurador Paul Culver deixou cair a acusação alegando que eles “were lulled into a false sense of security, an ignorance brought on by the lack of police action for a number of years”. Este episódio é instrutivo por duas razões:

a)Como um exemplo da preferência que os homossexuais têm por locais públicos -repare-se que, segundo o procurador, durante anos eles se dedicaram a isto impunemente!-; b

)Diversos grupos gay fizeram pressão para que os homossexuais não fossem processados, quando, em coerencia, o que eles deveriam pedir era… um tratamento igual!

Se os heteossexuais não podem entregar-se a práticas sexuais nos cafés, os homossexuais também não deveriam poder; e mais: se para ninguém a ignorancia pode justificar a violação da lei, porque podem os homossexuais? (tanto mais que não havia ignorancia relativamente à lei mas só relativamente à intervenção da polícia…).

Fonte: aqui

sexta-feira, novembro 20, 2009

“Toda a corrupção é antidemocrática”.

O Cardeal Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, afirma que numa “democracia autêntica não é concebível a existência de corrupção”.

D. Saraiva Martins acrescenta ainda que “quem governa tem de ser claro e leal com os cidadãos. Tem de haver uma grande lealdade e clareza nos políticos e respeito pelos cidadãos”.

Em declarações à Ecclesia no contexto de uma deslocação a Portugal para uma conferência sobre a encíclica de Bento XVI «Caritas in Veritate», promovido pela Paulus Editora e pela Agência Ecclesia, o Cardeal Saraiva Martins comentou os casos de justiça e corrupção que a opinião pública acompanha presentemente.

A existência de corrupção entre os governantes mina a confiança que os cidadãos têm em quem governa”, exprime o prefeito emérito que considera ainda o princípio de justiça como “fundamental”.

“Os cidadãos exigem dos seus governantes justiça. A justiça deve existir para todos, independentemente do lugar que se ocupe”.

A última encíclica de Bento XVI segue “esse mesmo sentido. A ética compreende tudo isso”.

Actualidade de «Caritas in Veritat»
O Cardeal Saraiva Martins considera que a encíclica «Caritas in Veritate» “daria uma ocasião muito boa ao Papa para repetir os princípios que aborda no que respeita à ética. Portugal e todo o mundo precisa de ouvir esta mensagem”.

Sobre a realidade portuguesa, o Cardeal Saraiva Martins indica haver “sempre o perigo de esquecer a ética”.

“Devemos ser claros na aplicação de princípios e doutrinas, evitar toda e qualquer ambiguidade, sobretudo quando se fala aos cidadãos. Os governantes exprimem-se de forma equívoca para os cidadãos. A claridade devia ser uma virtude dos políticos”.

O prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos considera que a encíclica «Caritas in Veritat» tem um contributo “muito importante e actual”.

“A economia precisa da ética, a ética precisa da caridade e a caridade precisa da verdade. Este é o núcleo da encíclica”, explica, recordando palavras de Bento XVI ao referir que a depressão económica só será suprimida se “se vencer a depressão ideal e o esmorecer da esperança”.

“O problema da economia nunca será resolvido se os grandes políticos e economistas do mundo não tiverem a preocupação de seguir os princípios da ética, da ética humana, não a cristã. Se for humana já é cristã”.

Esta exigência obriga a uma “mudança de comportamentos”, mas segundo o Cardeal, “é o único caminho para uma solução eficaz que de outro modo não encontra solução”.

A persistência no mesmo modelo económico, apesar de perpetuar a pobreza e as desigualdades, deve-se segundo o Cardeal Saraiva Martins a uma “miopia entre os governantes do mundo que não querem ver a realidade de que todos os homens são vítimas”.

O prefeito emérito considera “escandaloso” que no ano 2009 ainda haja mais de um bilião de pessoas a morrer de fome e na miséria. “É escandaloso que a cada três minutos morra uma criança no mundo. São problemas que deviam preocupar as pessoas. A solução para estes problemas é sempre a ética. Considerar o homem como homem e não pensar que o homem é para a economia. É ao contrário. O homem deve estar no centro de economia. Se nos esquecermos desta centralidade humana não conseguiremos resolver a crise actual, nem as que virão certamente”.

A Encíclica «Caritas in Veritat» recorda precisamente que o homem “tem de mudar de caminho, sem prescindir dos caminhos da ética, mas tê-los em conta para resolver os problemas para sempre”. O Cardeal Saraiva Martins acredita que este caminho é conseguido através de “pequenas mudanças mas também outras globais”.
“No mundo da globalização é preciso uma solução global”.

Fonte: Agencia Ecclesia

terça-feira, novembro 10, 2009

Homossexualidade e Casamento

Recentemente, houve um apelo lançado por 66 países para a despenalização universal da homossexualidade a que se associou o Vaticano. Ainda bem. E não deve haver lugar para discriminação.
O Estado deveria encontrar uma forma de união com consequências jurídicas semelhantes às dos casados. Mas a questão reside em saber se há-de chamar-se-lhe casamento. O problema é mais do que religioso e as palavras não são indiferentes, pois não pode dar-se o mesmo nome ao que é diferente.
Como disse o filósofo ateu Bertrand Russell, "o casamento é algo mais sério do que o prazer de duas pessoas na companhia uma da outra: é uma instituição que, através do facto de dela provirem filhos, forma parte da textura íntima da sociedade, e tem uma importância que se estende muito para além dos sentimentos pessoais do marido e da mulher".
Assim, o que a sociedade tem de resolver é se considera o casamento essa instituição ou uma mera contratualização de afectos.

Muitos Anglicanos regressam ao Cristianismo

Publicada a Constituição Apostólica que permite o regresso de vários grupos à Igreja Católica
Foi publicada esta Segunda-feira a Constituição Apostólica “Anglicanorum Coetibus”, sobre as Orientações pessoais para os anglicanos que entram na Igreja católica. Esta iniciativa do Papa corresponde "aos numerosos pedidos enviados por parte de vários grupos de clérigos e de fiéis anglicanos, de diversas regiões do mundo".

Desde o século XVI, quando o rei Henrique VIII declarou a independência da Igreja de Inglaterra da autoridade do Papa, a Igreja de Inglaterra criou as suas próprias confissões doutrinais, hábitos litúrgicos e práticas pastorais, incorporando muitas vezes ideias da Reforma que teve lugar no continente europeu. A expansão do Reino britânico, unida ao apostolado missionário anglicano, comportou sucessivamente o nascimento de uma Comunhão anglicana a nível mundial.

Ao longo dos mais de 450 anos da sua história, a questão da reunião entre anglicanos e católicos nunca foi posta de lado. Nos meados do século XIX, o Movimento de Oxford (na Inglaterra), demonstrou um renovado interesse pelos aspectos católicos do anglicanismo. No início do século XX, o Cardeal Mercier da Bélgica estabeleceu diálogos públicos com os anglicanos, com a finalidade de indagar sobre a possibilidade de uma união com a Igreja católica, sob a bandeira de um anglicanismo "reunido, mas não absorvido".

O Concílio Ecuménico Vaticano II alimentou a esperança de uma união, de modo particular através do Decreto sobre o ecumenismo (cf. n. 13) que, fazendo referência às Comunidades separadas da Igreja católica no período da Reforma, reiterou: "Entre aquelas [comunhões] nas quais continuam a subsistir parcialmente as tradições e as estruturas católicas, a Comunhão anglicana ocupa um lugar especial".

A partir do Concílio Vaticano II, as relações entre anglicanos e católicos romanos criaram um clima de compreensão e cooperação mútua. A Anglican-Roman Catholic International Commission (ARCIC) emanou uma série de declarações doutrinais ao longo dos anos, na esperança de lançar a base para uma união plena e visível. Para numerosos pertencentes às duas Comunhões, as declarações emanadas pela ARCIC puseram à disposição um instrumento em que pode ser conhecida a expressão conjunta da fé. É em tal moldura que se deve contextualizar esta nova iniciativa.

Nos anos sucessivos ao Concílio, alguns anglicanos abandonaram a tradição de conferir as Ordens sagradas somente aos homens, chamando ao presbiterato e ao episcopado também as mulheres. Mais recentemente, alguns segmentos da Comunhão anglicana afastaram-se do comum ensinamento bíblico a respeito da sexualidade humana já claramente expresso no documento da ARCIC "Vida em Cristo" conferindo as Ordens sagradas a clérigos abertamente homossexuais e abençoando as uniões entre pessoas do mesmo sexo. Não obstante, enquanto a Comunhão anglicana deve enfrentar estes novos e difíceis desafios, a Igreja católica permanece plenamente comprometida no seu diálogo ecuménico com a Comunhão anglicana, de maneira particular através da actividade levada a cabo pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Entretanto, muitos anglicanos entraram individualmente na plena comunhão com a Igreja católica. Às vezes entraram também grupos de anglicanos, conservando uma determinada estrutura "corporativa". Isto teve lugar, por exemplo, no caso da diocese anglicana de Amritsar, na Índia, e inclusive de algumas paróquias individualmente nos Estados Unidos da América que, embora tenham conservado uma identidade anglicana, entraram na Igreja católica no contexto de uma chamada "providência pastoral", adoptada pela Congregação para a Doutrina da Fé e aprovada pelo Papa João Paulo II em 1982.

Nestes casos, a Igreja católica dispensou frequentemente do requisito do celibato, admitindo que esses clérigos anglicanos casados que desejam dar continuidade ao serviço ministerial como sacerdotes católicos sejam ordenados na Igreja católica.

Em tal contexto, os Ordinariatos pessoais instituídos em conformidade com a supramencionada Constituição Apostólica podem ser vistos como um passo rumo à realização da aspiração da união plena e visível na única Igreja, que é uma das finalidades principais do movimento ecuménico.

Fonte: Ecclesia

terça-feira, outubro 13, 2009

Morreu o único padre casado de rito latino em Portugal

Em 1968, e ainda na Igreja Lusitana, ramo português da Comunhão Anglicana, que permite o casamento dos padres, pediu dispensa para ser aceite na Igreja Católica.

Maria Fernanda de Sousa, recorda como o processo do seu marido esteve três anos no patriarcado: “Até que um dia o Arcebispo de Cízico, que era um senhor assim com barbas muito grandes, numa reunião presbiterial perguntou: ‘Ó Sr. Cardeal (era o cardeal Cerejeira), quando é que manda para Roma o processo do Pe. Saúl?’”

O Patriarca mostrou-se renitente, “mas os bispos fizeram tanta força que ele resolveu mandar a carta para Roma. Passados 15 dias Paulo VI respondeu-nos dizendo que podia entrar, só tinha que actualizar a formação católica”

A ordenação deu-se em 1971, e foi a última celebração presidida pelo Cardeal Cerejeira. Nos 38 anos seguintes Saúl de Sousa exerceu um ministério único em Portugal, como padre casado.

Foi pároco das Mercês, em Lisboa, até se reformar em 2007.

O seu corpo será levado para a Igreja dos Anjos esta noite, e amanhã o Patriarca de Lisboa celebra as exéquias às 10h00.

Para além da sua viúva, o Pe. Saúl deixa ainda três filhos casados e seis netos
Fonte: RR

sábado, outubro 03, 2009

Dinamismo da Igreja africana

A Igreja na África conheceu um grande dinamismo nos últimos anos. D. Nikola Eterović, secretário geral da II Assembleia especial do Sínodo dos bispos africanos, recordou que entre 1978 e 2007, “o número de católicos africanos passou de 55 milhões para 146 milhões”.
Um aumento que se estende também ao campo vocacional,
que no sacerdócio quer à vida consagrada.
Durante a conferência de imprensa que fez a apresentação do Sínodo africano, esta manhã no Vaticano, o secretário geral considerou que um dos sinais de fecundidade apostólica “são as vocações missionárias africanas”.

“Aumentam cada vez mais os sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos que desempenham o serviço pastoral nas outras Igrejas particulares na África ou noutros continentes”.

A sua missão compreende a promoção de actividades educativas e assistenciais, “oferecendo uma formação integral, humana e cristã, para as novas gerações”.

Mas o trabalho dos missionários visa também “aliviar as feridas abertas no espírito e no corpo”, perante os “grandes desafios do subdesenvolvimento e, por conseguinte, da fome, das doenças, das violências, inclusive as das guerras”.

As suas tarefas não distinguem etnia, língua, religião e são “um preciso contributo para o processo da justiça e da paz”.

D. Nikola Eterović considerou que a Igreja em África “deseja empreender com zelo renovado a acção de evangelização e de promoção humana no grande continente”.

“Uma Igreja reconciliada no seu interior, tornar-se-á anunciadora crível da reconciliação inclusive a nível da sociedade, oferecendo uma contribuição insubstituível para a promoção da justiça e obtenção da paz”.
Fonte: Agência ecclesia
PORQUÊ?

sexta-feira, outubro 02, 2009

Bispo de Aveiro fala de tempos difíceis para os padres

D. António Francisco dos Santos, Bispo de Aveiro, considerou que “a vida consagrada e o ministério sacerdotal se vivem hoje em condições particularmente difíceis”, destacando os “contextos de mudanças culturais complexas e de transformações sociais profundas”.

O prelado, que é presidente da Comissão Episcopal de Vocações e Ministérios, desafiou os padres e consagrados a serem “guia da transformação cultural da sociedade”, evitando uma atitude de “quem se assume como vítima dos constrangimentos do tempo”.

Na homilia da ordenação sacerdotal de um novo padre dehoniano, que decorreu Domingo em Esgueira, D. António Francisco dos Santos sustentou que “o mundo precisa que sejamos padres santificados pela graça e pelo esforço de perfeição como padres fiéis e felizes, espelhando em vidas dadas por amor à causa de Jesus a alegria e a esperança do serviço que prestamos ao mundo”.
Fonte: Agência Ecclesia
“A vida do sacerdote hoje não se mede pela omnipresença em tudo a braços com o excesso de trabalho e com a multiplicidade de actividades”, disse ainda.

quinta-feira, setembro 24, 2009

Bispo de Viseu vai reunir com padres que pediram dispensa

Em Ano Sacerdotal, D. Ilídio Leandro lembra aqueles que «abandonaram» esta missão
O Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, vai convidar todos os sacerdotes da diocese que pediram dispensa das ordens sacras, para um encontro de partilha e reflexão.

O anúncio foi feito num encontro com os antigos alunos dos seminários.

Segundo o Gabinete de Informação da Diocese, “por variadíssimas razões, muitos sacerdotes pediram dispensa do exercício de ordens, sobretudo nos anos mais próximos à realização do Concílio Vaticano II”.

“Muitos deles não deixaram de se manifestar disponíveis para o serviço de evangelização, como membros responsáveis, nas comunidades onde vivem”, pode ler-se na página diocesana na Internet.

Segundo o comunicado, “nem sempre a hierarquia olhou para eles como um recurso a aproveitar, havendo mesmo, por vezes, desconfiança e distanciamento”.
Um pequeno grupo de trabalho está a preparar o encontro.
Fonte: Agencia Ecclesia.
É destas iniciativas que a Igreja precisa. Iniciativas de inclusão e não de exclusão. É mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa e quanto não foram aqueles que, apesar de terem vocação, tiveram de abandonar o exercicio sacerdotal, por meras razões disciplinares...

Ano Sacerdotal também para os sacerdotes que abandonaram ministério

O Ano Sacerdotal é uma iniciativa com a qual Bento XVI quer que a Igreja volte a entrar em contacto também com sacerdotes que abandonaram o ministério. Assim confirma o Cardeal

Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, em entrevista publicada pela edição italiana do jornal “L’Osservatore Romano”, na qual o prelado revela inclusive como surgiu a ideia de convocar esta iniciativa.
“Lembro que, após o Sínodo sobre a Palavra de Deus, na mesa do Papa havia uma proposta, já apresentada antes, de convocar o ano da oração, que em si estava bem unida à reflexão sobre a Palavra de Deus”, comenta.
No entanto, “os 150 anos da morte do Cura d’Ars e a emergência dos problemas que afectaram tantos sacerdotes levaram Bento XVI a promulgar o Ano Sacerdotal”, revela.
Com esta iniciativa, afirma o Secretário de Estado do Vaticano, o Papa quer mostrar “uma atenção especial aos sacerdotes, às vocações sacerdotais” e promover “em todo o povo de Deus um movimento de crescente afecto e proximidade dos ministros ordenados”.
“O Ano Sacerdotal está a suscitar um grande entusiasmo em todas as igrejas locais e um movimento extraordinário de oração, de fraternidade para com os sacerdotes e entre eles mesmos, além de promover a pastoral vocacional”, afirma, destacando “uma especial atenção a favor de sacerdotes que foram reduzidos a uma condição marginal na acção pastoral”.

O Cardeal Bertone considera que este ano procura também recuperar “o contacto, de ajuda fraterna e, se possível, voltar a unir-se com os sacerdotes que, por diferentes motivos, abandonaram o exercício do ministério”.
“Os santos sacerdotes que povoaram a história da Igreja não deixarão de proteger e de apoiar o caminho de renovação proposto por Bento XVI”, conclui.
Redacção/Zenit

quinta-feira, setembro 10, 2009

Pandemia ou negócio


Vejam este vídeo, produzido na Argentina, mas de valor Universal...
Tem legendas em português.

Divulguem se acharem correcto evitar o pânico que se está a gerar.
Este era o tipo de trabalho que eu esperaria ter visto na RTP, nas Televisões Portuguesas, nos jornais portugueses, nas rádios portuguesas... Mas não... está toda a gente embarcada em números sem significado, como a notícia "foram detectados mais 234 casos de gripe A em Portugal nas últimas 24 horas", e "continua em estado grave a mulher internada no Hospital de S.João, diagnosticada com gripe A".
Mas quantas pessoas estão internadas no Hospital de S. João, que correm risco de vida?
E não são notícia por isso!
E dos milhares de casos de gripe A detectados em Portugal, quantos já morreram?
NENHUM!!
Qual é a notícia, afinal?
Até a Ministra já veio hoje dizer que 95% da população portuguesa vai passar ao lado da gripe A, com tosse, febre ou pouco mais... Isto é que deveria ser notícia: uma Ministra a dizer uma verdade!!
O governo Grego, chegou ao absurdo de encomendar vacinas para TODA A POPULAÇÃO GREGA!!!
É caso para dizer:
Senhores jornalistas,
depois não se queixem de o povo não comprar mais jornais!...

quarta-feira, setembro 02, 2009

Cardeal-patriarca repreende bispos e padres que "se consideram com direito de decidir pela sua cabeça"

O cardeal-patriarca de Lisboa repreendeu hoje bispos e padres que "se consideram com o direito de decidir pela sua cabeça" em vários domínios da Igreja Católica, considerando que isso fragiliza "a proposta cristã" e cria "divisões".
"Enquanto houver alguns bispos e padres que se consideram com o direito de decidir pela sua cabeça os caminhos de pastoral, o sentido da existência moral, a maneira de celebrar, estamos a fragilizar a proposta cristã, num mundo que saberá aproveitar, com os seus critérios, as nossas divisões", afirmou D. José Policarpo, no VI Simpósio do Clero, que junta em Fátima cerca de mil sacerdotes.
Para o cardeal-patriarca, que não concretizou a que situações se referia, o futuro da Igreja "ultrapassa as capacidades de visão e de decisão de cada um de nós", acrescentando que "a Igreja tem na sua unidade a sua força" e que a comunhão "é muito mais que uma questão de disciplina".
Fonte: Lusa

sábado, agosto 22, 2009

Volta Trento: missa em latim e de costas para o povo

O Papa chamou o Cardeal Canizares a Roma para conduzir a reforma litúrgica. E o cardeal Antonio Cañizares começa a cumprir a sua missão. Segundo o nosso colaborador, Andrea Tornielli, do Il Giornale, o documento com as propostas de reforma foi apresentado ao Papa no passado dia 4 de abril pelo prefeito da Congregação do Culto Divino, depois de ser aprovado “plenaria” deste dicasterio romano. Nele, se preconiza o regresso à missa em latim de costas para o povo e a proibição de comungar na mão. É o regressoa à missa tradicional.Volta Trento.
Segundo afirma Tornielli, quase por unanimidade, os cardeais e os bispos membros da Congregaão votaram a favor duma maior sacralização do rito, da recuperação do sentido da adoraão eucarística, da recuperaão do latim na celebração e de uma nova redacão das partes introductórias do missal, para por travão aos abusos, experiencias salvajens e inoportuna creatividade de eventuais celebrantes.
Entre as novas propostas concretas aprovadas pelol dicasterio a que preside o cardeal Cañizares figura a de proclamar que a forma habitual de receber a comum é na boca e não mão, como até agora. A comunhão na mão passaria a ser un rito extraordinário.
Fonte: Religion Digital

segunda-feira, agosto 03, 2009

BALANÇO: O que mudou nesta legislatura

Este ano, milhões de católicos em Portugal irão votar em várias eleições.
Esclareça-se e reflicta.
O Voto católico é um voto responsável.






sexta-feira, julho 17, 2009

quinta-feira, julho 16, 2009

ADOPTE UM PADRE!

“A vida dos sacerdotes sempre foi exigente. E nem poderia ser diferente, já que são chamados a continuar a missão de Cristo, o Bom Pastor. Em nossos tempos, porém, os desafios se multiplicam e exigem respostas sábias, decisões imediatas e constantes posicionamentos sobre os mais diversos temas. (…)”

“ADOPTE UM PADRE!
Dentre os sacerdotes que você conhece ou que actuam na Igreja, escolha um deles, e passe a rezar diariamente por sua santificação.

Ofereça sacrifícios para que ele exerça bem seu ministério.

De preferência, nunca lhe fale sobre isso, nem faça comentários a esse respeito com outras pessoas.

Os detalhes dessa “adopção” sejam conhecidos somente por você e pelo Bom Pastor. (…)

Fazendo isso, você estará respondendo a um apelo da Igreja, que constantemente nos recorda: ‘Todo o Povo de Deus deve incansavelmente rezar e trabalhar pelas vocações sacerdotais’. Sua resposta ao apelo de adoptar um padre determinado terá uma particularidade: você não estará rezando somente pelo clero em geral, mas por um padre com um nome e um rosto, o que, certamente, motivará ainda mais suas orações, jejuns e sacrifícios. (…)”

Dom Murilo S.R. Krieger, scj (Arcebispo de Florianópolis, Brasil)
Estamos no Ano Sacerdotal. Já adoptaste o teu padre? Então adopta um.

quarta-feira, julho 01, 2009

Martini: «É preciso um concílio acerca da relação da Igreja com os divorciados»

Pensamos que somos bons cristãos
porque algumas vezes vamos a missa, mas o cristianismo não é só isso.
Os sacramentos são importantes quando são o cume de uma vida cristã.

O cardeal jesuita Carlo María Martini, propõe un concílio para enfrentar a questão “da relação da Igreja com os divorciados” e reconhece que a Igreja tem problemas com “a eleição dos bispos, o celibato dos padres, o papel dos leigos e as relações entre a herarquia eclesiástica e política”.

O cardeal de Milão numa entrevista refere uma série de problemas, que dificultam a relação entre Iglesia católica e a sociedade. “O primeiro é à actitude da Igreja para com os divorciados".

É uma voz de esperança numa sociedade cada vez menos cristã e cada vez mais indiferente. Como diz o Cardeal Martini: “Não há uma visão única do bem. A tendencia dominante consiste em defender el interesse particular e o do próprio grupo. Talvez pensemos que somos bons cristãos porque algumas vezes vamos a missa, mas o cristianismo não é só isso. Os sacramentos são importantes quando são o cume de uma vida cristã. A fé é importante se caminha em conjunto com a caridade. Sem a caridade a fe torna-se cega. Sem a caridade não há esperança e não há justiça”.

Faltam poucos dias para que o Papa publique a sua nova encíclica, dedicada à caridad e à globalização. Talvez fosse importante perceber que “fazer o bem, ajudar o próximo é desde logo um aspecto importante, mas não é a esencia da caridade. Faz falta escutar os outros, compreendê-los, incorporá-los com o nosso afecto, reconhecê-llos, quebrar a sua solidão e ser o seu companheiro. Amá-los, em definitivo. A caridade não é esmola. A caridade que pregou Jesus consiste em ser plenamente partícipes da sorte dos outros. Comunhão de espíritos e luta contra a injustiça”.

Segundo a opinião de Martini afirma que a Igreja uma lista vastissima de pecados, o verdadeiro pecado do mundo é a injustiça e a desigualdade. “Jesus diz que o reino de Deus será dos pobres, dos débeis, dos excluidos. E diz que a Igreja deberia ter como principal missão estar cerca deles. Esta é a caridade do povo de Deus que pregava o seu Filho, que se fez homem para nossa salvação".

Sobre um futuro Concilio: “Não penso num Vaticano III. É certo que o Vaticano II perdeu uma parte da sua força. Pois este pretendia que a Igreja se enfrentasse a sociedade moderna e a ciencia, mas isto acabou por ser marginal. Estamos longe de ter abordado este problema e até parece que voltamos o nosso olhar para trás em vez de para a frente. É preciso retomar o impulso e para isso nem era necessário um Vaticano III. Compreendido este ponto, sou partidário de outro concilio, e inclusive o estimo necessário, mas apenas sobre temas específicos e muito concretos. Julgo oportuno que também seria necessário por em práctica o que se sugeriu e inclusive o que foi decretado no Concilio de Constança: convocar um concilio cada 20 ou 30 anos sobre un unico tema, ou dois o máximo”.

Porém, isto seria una revolução no modo de governar a Igreja?
“A mim não me parece. A Igreja de Roma chama-se apostólica e não é por casualidade. A sua estructura é vertical, mas, ao mesmo tempo, também horizontal. A comunhão dos bispos com o Papa é um órgão fundamental da Igreja”.
E qual seria o tema do concilio que propõe?
“A relação da Igreja com os divorciados. Afecta a muitissimas enfrentar o problema com inteligencia e com previsão. E há ainda outro tema que a Igreja deveria abordar num próximo concilio: o da trajectoria penitencial que é a própria vida. Olhe, a confissão é um sacramento extraordinariamente importante, ainda que hoje esteja quase esvaziado. Cada vez são menos as pessoas que recorrem a ele, mas, sobretudo, converteu-se em algo quase mecánico: confessa-se um pecado, recebe-se o perdão, recita-se uma oração e termina tudo”.

A onda de integrismo ou saudosismo com a capa da fidelidade na Igreja católica



CERIMONIA EN LONDRES.


Sua Eminencia o Cardeal Keith Patrick O´Brien, revestido com traje coral e capa magna, acode à igreja da Ordem de Malta em Londres, Reino Unido, no passado dia 26 de Junho, dia da festa de São João Baptista.






PRIMEIRA MISSA NA ALEMANHA.

Bençãos depois da primeira Missa dum novo sacerdote da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro, recentemente ordenado na Baviera, Alemanha. A Fraternidade de São Pedro está dedicada exclusivamente à Forma Extraordinaria do Rito Romano.

sexta-feira, junho 26, 2009

domingo, junho 14, 2009

O Cardeal de Barcelona critica contratação milionária de Cristiano Ronaldo

Na homilia da festa do Corpus Christi, o cardeal Lluís Martínez Sistach pediu a todos "solidaridade e austeridade", em sintonia com os que padecem mais fortemente as consequências da actual crise económica". É incompreensível que na actual situação de nosso país se gastem fundos descomunais, como no caso de contratos desportivos" .

Onde está a Igreja Portugesa? O que pensa desta contração?
Porque é que uma família tem tantos problemas para conseguir um empréstimo para adquire uma casa junto dos bancos e os mesmos agentes financeiros dão o aval a contratações milionárias? A crise é só para alguns... onde está a moralidade do dos agentes financeiros, do futebol... eu não vou dar nem mais um tostão...
Porque não intrevém os estados junto das instituições financeiras que deram o seu aval?
É moralmente aceitável que um estado empreste dinheiro aos bancos e estes dê aval a contrações milionárias em tempo de crise?
E a comunicação social não deveria criticar este tipo de operações em vez de as elogiar?

Informação sobre a JMJ 2011 em Madrid








http://wyd2011.blogspot.com/

sábado, junho 06, 2009

Carta branca para que os Bispos possam explusar qualquer padre

O celibato obligatorio dos padres faz correr muita àgua por toda parte e em todos os lados. Tanto na teoria como naa práctica. Veja-se o caso dos dois obispos da República Centro-Africana ou do padre Alberto Cutié. Só para citar dois casos famosos e recentes. A resposta do Vaticano não tardou. Roma dá mais uma vez sai na defesa do celibato obrigatório. E concede poderes máximos à Congregación do Clero e aos ordinarios para que possam utilizar o expediente da reducção ao estado laical como uma "pena". Isto é, por cima e sem submeter-se ao Direito Canónico. Carta branca para explusar os que não se submetam à disciplina eclesiástica.

No entanto, até dentro da própria Curia romana há diferentes sensibilidades perante este tema. O cardeal Claudio Hummes, apresentou as novas normas do vaticano como um sinal de abertura. O purpurado brasileiro afirmou que, a partir de agora, seria mais fácil conceder a secularização aos padres que convivem con uma mulher e têm fihos. É preciso recordar que Hummes, escolhido em 2006 como prefeito da Congregação do Clero en 2006, reconhecia que "o celibato não é um dogma, mas só uma norma disciplinar".

No entanto, o Papa não parece estar de acordo com a apresentação que fez Hummes da nova normativa. E, no dia siguente, o número dois da Congregação do Clero, Mauro Piacenza, veio clarificar a visão do Romano Pontifice na Radio Vaticana. Com uma versão da nova norma absolutamente contrária à do seu chefe imediato. Segundo Piacenza, a partir de agora, os castigos para os padres que violem a promessa de castidad ou a doctrina seram muito mais severas. Isto é, qualquer situação de grave indisciplina pode culminar na reducção ao estado laical que, com as novas normas, converte-se numa auténtica "pena" com "a consequente dispensa de todos os direitos e obrigações que acarreta a ordenação sacerdotal".

Novas normas que ficam ao arbitrio da interpretação da Congregação (sem estarem submetidas ao Direito Canónico) e, sobretudo, dos ordinarios do lugar. Porta aberta a eventuais arbitrariedades episcopais. E não só no âmbito sexual, mas inclusive no plano doctrinal. Qualquer padre poderá ser acusado de "grave indisciplina" e, automaticamente, o bispo poderá expulsá-lo, isto é, poderá reduzi-lo ao estado laical. Sem defesa e sem juizo.

E, para além de tudo, a norma não se tornou pública, por enquanto.
Porque existe tanto secretismo? Encaixam estas novas normas com o Direito Canónico e com as garantias processuais que qualquer cristão, e lógicamente também os padres, devem gozar na Igreja? Como andam as coisas para que, nestas altura, tenhamos de recordar-nos do Direito Canónico!

Por muito que se empenhem alguns em Roma, o tema do celibato nunca esteve fechado. E nunca estará. Ainda que seja apenas porque um carisma imposto é menos carisma.
Porque existe tanta resistencia ao celibato opcional?
Será só por questões económicas e de logística, disfarlçadas de doctrinarismo e tradição?
Só se abrirá a porta ao celibato opcional quando não houver mais remédio por falta de vocações. E, entretanto, aguentem-se, a pecar fora da própria diocese e a deixar abandonados os fieis que não podem assistir à eucaristia por falta de presbiteros. Alguem terá de pedir-lhes contas.

José Manuel Vidal in Religión Digital

sexta-feira, maio 29, 2009

O Vaticano destitui dois bispos centro-africanos por terem mulher e filhos

Para os africanos, ter mulher e filhos é uma benção do céu. Uma mentali-dade partilhada por padres e bispos, que aceitam o celibato, porque não têm mais remédio, mas, na práctica, muitos deles mantem uma familia com total naturali-dade, apesar de Roma continuar a insistir no celibato obrigatorio e não admiter excepções.

Por isso, acaba de destituir monsenhor Paulin Pomodimo, arcebispo de Bangui, e monsenhor François-Xavier Yombandje, bispo de Bassangoa e presidente da Conferencia Episcopal da República Centro-africana.

São dois dos mais importantes bispos do pais centro-africano. Sobretudo, monsenhor Pomodimo que, a seus 55 anos, era arzobispo da capital, tinha sido presidente dol episcopado e, para além disso, teve um papel importante como mediador no recente conflicto que assolou o país.

Na passada Terça-Feira, o Vaticano confirmava que Bento XVI tinha aceitado as dimisiones do arcebispo de Bangui, Paulin Pomodimo, e do bispo de Bossangoa, François-Xavier Yombandje, de 52 anos. Roma não referia a causa das dimissões dos prelados e só depois veio a saber-se que tinham sido forçadas. No entanto, ambas as dimissões acontecem depois da visita ao país do arcebispo guineeense Robert Sarah, secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos, a qual é dirigida pelo cardenal indiano Ivan Dias. Trata-se do dicastério romano do qual dependem os episcopados dos chamados “países de missão”.

A investigação do enviado romano teria concluido que o arcebispo Pomodimo mantinha uma actitude moral que nem sempre está de acordo com a decisão de seguir a Cristo em castidade, pobreza e obediência”.
O visitador do vaticano não foi mais além na sua alusão ao arcebispo. Mas, deixou entrever o motivo da sua destituição. E acrescenta, falando em geral, sustem que “muitos sacerdotes do clero local têm mulheres e filhos”. E depois de denunciar os padres que tem “uma vida dupla”, convia aos que nesta situação a abandonarem o “ministério”. Talvez por isso, numa carta aberta ao clero da República Centro-Africana, o seu chefe directo, o cardenal Dias, denuncia que “o Corpo de Cristo recebeu muitas manchas por causa dos comportamentos escan-dalosos dos sacerdotes. E acrescenta: “Não têm qualquer sentido negar o que todo o mundo sabe. Nem é necessário julgar os motivos e as circunstâncias do mal cometido. Membros do clero nacional, diocesano e religioso, são, de uma ou outra forma, cumplices da actual situação, e cada qual terá que assumir a sua própria culpa na proporção da responsabilidade pessoal”.

No entanto os padres da Republica Centro-Africana não pensam o mesmo que as autoridades romanas. De facto, como sinal evidente do respeito e do carinho que ptem para com o arcebispo de Bangui, na passada Quarta-Feira anunciaram que fariam greve e, portanto, não celebrariam nenhum sacramento.

Hoje, no entanto, recuraram e prometem protestar mas sem causar prejuízos aos seus fieis. Os padres do país consideram que estão a ser “vítimas de uma campanha desprestigiante dentro e fora do país”. Reunidos no passado dia 24 na catedral de Bangui, os padres manifestaram-se contra a dimissão do Monsenhor Pomodimo e acusaram o Nuncio do Papa de analisar a situação de uma forma “discriminatória parcial e selectiva”. Asseguram, para além disso, que os bispos e os sacerdotes brancos do país são “responsáveiss por prácticas similares”.

A República Centro-Africana tem 9 dioceses para atender os 4.500.000 habitantes do país.

Fonte: Religión Digital

sexta-feira, maio 22, 2009

A verdade sobre a SIDA em África



UGANDA um modelo de prevenção no combate contra a SIDA em ÀFRICA.

Porque é que as televisões não dão a conhecer esta experiência?!!!
Já agora conheça a resposta da Igreja Católica a SIDA em Africa

O estado pode controlar a formação das consciências?

Qual a autêntica educação para a cidadania?
Existe uma educação para a cidadania autêntica, que torne os homens mais justos e felizes?

Controlar o sistema educativo para impor valores filosóficos, ideológicos ou areligiosos foi o sistema adoptado por regime totalitários. A estatalização da educação é uma preversão. Os pais tem direito a escolher em igualdade e livremente os valores em que querem educar os filhos. Os pais tem direito a que os seus filhos não sejam vitimas de uma educação amoral.
O Estado pode impôr a sua visão da moral, da sexualidade e do homem esquecendo o direito dos pais a escolher a educação que querem para os seus filhos de acordo com os seus principios religiosos?

domingo, maio 17, 2009

Bento XVI deixa mensagem por ocasião dos 50 anos do Cristo Rei

Bento XVI deixou este Domingo uma “súplica” ao Cristo Rei por “um Portugal melhor”, assinalando os 50 anos da inauguração do monumento, em Almada.

O Papa pediu que o nosso país seja “fiel na fé católica, fértil na santidade, próspero na economia, justo na partilha da riqueza, fraterno no desenvolvimento, alegre no serviço público”.

“Quero saudar os cristãos de Portugal que neste dia se reúnem com todo o Episcopado para celebrar - sob a presidência do meu Enviado Especial, o Cardeal Dom José Saraiva Martins - o cinquentenário da inauguração do Santuário de Cristo Rei em Almada, na diocese de Setúbal”.

Para Bento XVI, “lá erguido bem alto, bem visível, o Redentor divino com o coração e os braços abertos é oferta de paz à humanidade. Bem o sabe o povo português que, há cinquenta anos, se uniu para levantar aquele memorial da paz, por graça recebida em atenção à sua consagração ao Imaculado Coração de Maria”.

Em conclusão, o Papa exortou “a perseverar na referida consagração à Virgem Mãe, que arrasta os corações, como ninguém mais sabe fazer, e lança-os nos braços da misericórdia do Senhor”.

Santuário de Cristo rei: um monumento de Paz

É grande a alegria da Igreja Portuguesa neste dia 17 de Maio de 2009: faz cinquenta anos que foi inaugurado o monumento, hoje santuário de Cristo-Rei em Almada.

Nascido de um desejo do então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Gonçalves Cerejeira, inspirado pela estátua do Cristo Redentor do Corcovado, e transformado em voto de todos os nossos bispos se Portugal não entrasse na guerra de 1939-45, o monumento ergue-se desde então no alto de uma colina diante de Lisboa e, de lá, abraça toda a cidade e todo o povo português.

O coração bem visível da grande estátua recorda-nos que a misericórdia de Jesus está sempre disponível a todos quantos dela se abeiram e lhe confiam os seus problemas, as suas preocupações, os seus desejos.

sexta-feira, maio 15, 2009

Podem existir padres casados dentro da Igreja católica? Podem.

Para a Igreja Católica Maronita, do Líbano, o casamento de religiosos é permitido e não cria nenhum empecilho ao exercício do sacerdócio.

São Marun, monge fundador da Igreja Maronita, permitiu o casamento dos seus sacerdotes

Os padres e os bispos da Igreja Maronita, a mais numerosa entre os cristãos libaneses, dão testemunho de que a recuperação da antiga tradição dos primeiros séculos do cristianismo, quando era comum a ordenação de homens casados, é uma opção a ser adoptada para toda a Igreja Católica. Principalmente nesse momento em que os meios de comunicação de massa levantam o véu que sempre encobriu a vida sexual dos sacerdotes, divulgando inclusive escândalos de homossexualismo e pedofilia, especialmente entre religiosos dos Estados Unidos.

Na Igreja Maronita do Líbano há 1.200 sacerdotes. Metade pertence a ordens religiosas, vivem em comunidade e fazem, livremente, a opção pelo celibato. Mas cerca de 600 sacerdotes diocesanos são casados. Segundo o bispo El Hage, eles não criam problemas e são bons sacerdotes. Apenas dois desistiram do sacerdócio nos últimos anos. Esta constatação, porém, não os livra do estigma e das discriminações que sofrem do poder centralizado no Vaticano por terem se recusado a adoptar o voto de castidade.

A base do celibato entre os padres católicos é a primeira carta de São Paulo aos Coríntios, capítulo 7, onde afirma que o celibato é a melhor forma para dedicar-se totalmente à evangeli-zação, ao serviço aos irmãos e ao louvor a Deus. Em determinados momentos da história, esta carta foi usada pela Igreja de Roma para dar sustentação ao voto de castidade obrigatório para os sacerdotes. Entre os maronitas, porém, sustenta-se a tese de que para seguir os conselhos de São Paulo, todos os religiosos teriam que ser santos padres. Para a Igreja Maronita, os seus sacerdotes são apenas humanos.

A formação de um sacerdote maronita dura seis anos. Durante os cinco primeiros anos, os seminaristas podem namorar para depois tomar uma decisão: o caminho do celibato ou o matrimónio. Se escolherem o casamento deverão fazê-lo antes de iniciarem o último ano e terão uma licença de três anos para organizar a sua vida familiar. Só depois voltam ao seminário para terminar o sexto ano e receber o sacramento da ordem. Se por acaso o candidato ao sacerdócio ficar viúvo antes de receber o sacramento ele poderá casar outra vez. Mas se enviuvar depois de já ser sacerdote não poderá se casar mais.

Esperando uma filha
Conversei longamente com o diácono Raïd — filho da cozinheira Suhaila, do Orfanato de Kfarfu, das irmãs maronitas — na companhia de sua mãe e da sua esposa Rima. Era uma tarde fresca e contemplávamos o mar Mediterrâneo do alto das montanhas do norte do Líbano.

Há 30 anos, quando Raïd tinha apenas seis anos, sua mãe começou a trabalhar no orfanato. Ela trazia o menino que gostava de participar nas missas e orações com as irmãs. Hoje, a sua esposa, Rima, espera uma menina que deverá chamar-se Aquilina, uma santa que viveu no início do século IV. Logo após o nascimento, Raïd será ordenado sacerdote.

A sua vida como professor de árabe e de catecismo em escola primária é bastante apertada. Principalmente porque decidiu tirar o diploma universitário para melhorará o seu salário. Só então, quando não precisar pagar a universidade, poderá pensar em comprar uma casa própria. Rima era secretária em Beirute. Quando ele foi removido para Kfarfu, ela perdeu o emprego. Foi difícil encontar outro, mesmo ganhando só metade do salário. Esses são problemas que a família dos sacerdotes precisam sempre de enfrentar, embora os libaneses gostem de manter a tradição de deixar cada sacerdote no lugar onde sua família sempre viveu.

Outro problema dos jovens sacerdotes relaciona-se com as profissões, algumas tradicio-nalmente proibidas, como as actividades comerciais. Mas Raïd gosta de fazer foto-grafia e isto é permitido. Ele já tem feito alguns trabalhos para revistas católicas. Na sua opinião, o grande problema do clero libanês é o dinheiro. ‘‘Os que trabalham em paróquias ricas são ricos. Mas os que trabalham em paróquias pobres são muito pobres’’, conta o diácono. Isto explica porque é que os párocos recebem todo dinheiro pago por casamentos, baptizados e funerais.

O bispo El Hage tentou mexer neste costume na sua diocese e formar uma bolsa comum para depois distribuir de forma mais eqüitativa entre todos os párocos. Mas encontrou muita resistência dos padres dos bairros e vilas ricas. ‘‘O dinheiro é um Deus’’, lamenta o futuro sacerdote.

Quando conversei com o padre Alwan, secretário-geral da Conferência Episcopal, sobre os padres casados, ele até achou graça: ‘‘Este problema é vosso, do Ocidente. Nós, no Oriente, vivemos bem com os nossos padres casados.’’ Ele admitiu também que a ordenação de mulheres ainda não se constitui uma exigência no Oriente: ‘‘Ainda não chegamos a esse nível de consciência.’’

No início, podia
A história do cristianismo comprova que nos primeiros séculos não havia qualquer tipo de proibição em relação à ordenação de padres casados.
No século V, 300 bispos, entre os que participaram do Concílio de Rímini, eram casados.
As proibições só começaram nos séculos IV e V em diferentes concílios e foram sendo aceites, pouco a pouco, pelas dioceses. As motivações eram administrativas e económicas.
Do tipo: para quem fica a herança do padre? Para os filhos ou para a Igreja? Ou inspiradas em rituais que desprezavam a mulher e considerava impuro o acto sexual. Como celebrar a Eucaristia depois de ter passado a noite com uma mulher?
No Concílio de Latrão, em 1123, passou a ser uma exigência para todo o mundo latino.
No Oriente cristão, os homens casados mantiveram o direito de ser ordenados.

Todo este processo decorria paralelamente a uma postura cínica de fazer vistas grossas à vida sexual do baixo e alto clero. Hoje, cresce na Igreja Católica um movimento promovido por leigos, sacerdotes e até mesmo por bispos que defendem o do fim do celibato obrigatório para o clero latino.
Veja a noticia aqui