A Reencarnação é uma crença comum a todas as religiões de origem indiana: hinduísmo, budismo, jainismo [ndt: religião que não difere das restantes religiões hindus, dado que a sua crença se baseia no princípio da transmigração da alma, ou reencarnação, mas, contrariamente ao budismo, acredita na realidade da substância], segundo a qual a alma humana que não conseguiu chegar à sua total purificação, após a morte torna a vivificar outro corpo humano ou não humano, de modo indefinido até estar suficientemente pura e ser capaz da união com a divindade. Chama-se também metempsicosis, termo composto pelo sufixo grego «-sis» = «acção de» «traspassar», «meta» = mais além, «psykhé» = alma; metensomatosis ou «acção da alma ir de corpo em (= en, gr.) corpo (= sôma em gr.); transmigração das almas; palingenesia [ndt: suposto renascimento após a morte real ou aparente] e seu equivalente: renascimento.
1. Aparição e difusão
Esta crença na «nova (valor iterativo do prefixo «re-») encarnação» da alma aparece nos Upanishads hindus (séc. VIII a.C. e ss.), não nos Vedas estritamente como tais [ndt: «veda»: termo em sânscrito que significa literalmente «saber; conhecimento» e que constitui cada um dos quatro livros sagrados dos Hindus, escritos em sânscrito], que datam do ano 2000 a.C. e ss. Segundo parece, esta crença não é tão antiga como alguns crêem e até escrevem. Estendeu-se a partir da Índia, por exemplo, para a Grécia (pitagorismo, Empédocles, platonismo, neoplatonismo, a reencarnação dos órficos é conhecida por fontes tardias: as obras platónicas). A crença na reencarnação reaparece na modernidade, na Europa, com os filósofos do Iluminismo e os poetas do Romantismo, sobretudo alemão (Lessing, Goethe, etc.) e difundiu-se graças à teosofia, ao espiritismo e a outras seitas, especialmente todas as de origem hindu, budista, jainista.
2. Razões.
Segundo os que crêem nela, a reencarnação é:
Uma exigência da justiça, que exige receber a retribuição do karma acumulado durante a vida [ndt: «karma», palavra em sânscrito que significa «acção», mas que abarca o que nós chamamos «pensamentos, palavras e obras», bem como os seus efeitos e resíduos e que indica a lei segundo a qual a cada acção corresponde uma reacção; conjunto das acções do homem a que se atribuem consequências determinativas do seu destino]. Mas porque é que há-de infectar apenas a alma, e não todo o eu humano, que é o responsável (no roubo, assassinatos, etc., intervém o pensamento, o desejo..., também as mãos, os olhos, etc.); e porquê precisamente durante a sua existência noutro ou noutros corpos? É justo que uma pessoa receba o prémio ou o castigo de algo que não foi feito por ela, ainda que a alma fosse a mesma?
Uma expiação das faltas cometidas nas existências anteriores sem recorrer ao Purgatório.
Uma progressiva purificação desde que a alma se ajuste com minuciosidade à sua nova condição e às suas obrigações específicas no seu novo modo de vida humana, animal ou vegetal.
Uma explicação satisfatória da origem do mal e dos males, bem como do mistério do inocente castigado ou que sofre infortúnios aparentemente não merecidos ou, pelo contrário, do malvado cheio de prosperidade.
A explicação dos meninos prodígio.
Segundo alguns ocidentais, é o melhor antídoto contra qualquer tipo de racismo, por causa da possível existência da alma de um familiar ou de um ser querido num negro, num imigrante, etc. Mas não caem na conta de que, na Índia, a Reencarnação foi e continua a ser compatível com a disciplina férrea das castas e subcastas (mais de 5.000), modelo do racismo étnico-político, religioso e sócio-cultural mais extremista e duradouro.
Um modo de não jogar o próprio destino eterno numa só “aposta” ou numa só existência. Certamente a reencarnação deixa aberta a via à felicidade no porvir, edificada pelo próprio só com as suas forças, sem purgatório e sem inferno. Se Sartre afirmou: «o inferno são os outros», os que crêem na reencarnação podem dizer: «o inferno é a própria pessoa, é esta vida». Mas, depois de inúmeras reencarnações subsiste não o indivíduo, não o eu completo responsável pelos seus actos bons ou maus na sua integridade, mas um só dos seus componentes, a alma, que vivificou incontáveis «corpos». Além disso, para cúmulo, segundo o panteísmo hindu a alma subsistente não conserva a sua individualidade nem a sua consciência, mas dilui-se no brahman [ndt: a alma universal] como a água dos rios que vai para o mar, quando, após desembocar, já não há água doce, mas água salgada, do mar. O Cristianismo oferece a misericórdia de Deus Pai e a redenção de Jesus Cristo que nos eximiu da rígida lei do karma que obriga a «pagar até ao último cêntimo» da dívida, talvez não diminuída, mas acrescentada nas sucessivas reencarnações.
3. A reencarnação e o Cristianismo
Especialistas em Sagrada Escritura, em Patrologia e teólogos cristãos são todos concordes em afirmar de maneira categórica a incompatibilidade da reencarnação das almas com a fé cristã e que o Cristianismo dos primeiros séculos não compartilhou esta crença. Contudo, não poucos escritos das seitas dão por certo o contrário, sem apresentar normalmente qualquer demonstração para o confirmar. Quem tiver lido os escritos dos primeiros séculos da Igreja não pode entender como é que o espiritismo kardeciano [ramo francês ou latino do espiritismo, baseado na teoria e prática de Allan Kardec (1804-1869) – nome adoptado pelo maçon Hippolyte-Léon Denizard Rivail por crer na reencarnação do druida Kardec – e que se estendeu pela Europa, América latina, sobretudo, no Brasil. Reduz Jesus Cristo à condição de um «Espírito selecto», extraordinário, convertido num médium vidente e taumaturgo, mas não Deus], a Nova Acrópolis, o gnosticismo, e outros podem dizer que o Cristianismo aceitou a reencarnação até ao séc. V. Quando apresentam provas, costumam referir-se aos seguintes casos e textos, certamente não bem interpretados:
A crença no retorno de Elias e a afirmação de que João Baptista não é senão Elias que reapareceu na terra. Mas Elias foi alguém arrebatado aos céus sem ter conhecido a morte. O seu retorno não se expressa nem no contexto da mentalidade nem em termos reencarnacionistas, nem tão pouco nos da ressurreição dos mortos, mas nos termos da ascensão aos céus e descida dos céus ou reaparição. Quando Cristo diz que Elias já veio e o relaciona com João Baptista (Mt 17, 13.17; Lc 1, 17), não fala duma identidade pessoal entre ambos mas duma coincidência meramente simbólica enquanto João Baptista é «outro Elias» pelo seu espírito e força evangelizadora.
A necessidade de «renascer» exposta por Cristo a Nicodemos (Jo 3, 3-5). Mas não se trata de um «nascer de novo» no sentido em que a mesma alma viverá uma e outra existência terrena embora em corpos distintos, mas trata-se antes de um «renascer da água e do Espírito» (mediante o Baptismo), «do Alto», de Deus, como condição para poder entrar no Reino de Deus, ou seja, para se salvar.
O caso relativo ao cego de nascença (Jo 9, 1-12). A pergunta «Quem foi que pecou para este homem ter nascido cego? Ele, ou os seus pais?» reflecte a crença judaica na retribuição das boas ou más obras, que se pode diferir a uma ou mais gerações, mas não por meio da reencarnação da alma, nem por acumulação de karma, mas duma responsabilidade vertical. Além disso, nesta passagem, Cristo nega essa mentalidade: «Nem pecou ele, nem os seus pais, mas isto aconteceu para nele se manifestarem as obras de Deus».
Se entre os primeiros cristãos alguns aceitam a reencarnação das almas, estão fora da Igreja; é o caso dos gnósticos. O primeiro escritor cristão que fala de reencarnação, embora brevemente, é S. Justino (meados do séc. II), mas indica os motivos básicos pelos quais esta crença é incompatível com a fé e doutrina cristãs (Dial. Tryph. 4, 4-7; 5,5 PG 6, 485). O mesmo faz S. Ireneu (séc. II) ao refutar os gnósticos, e com tal força que é talvez o pensador cristão que melhor articula as graves razões objectivas dos cristãos para rejeitar a reencarnação das almas (Adv. haer. 2, 33,1 e 5; 34,2 SC 294, 344, 353, 357-359). O mesmo se pode dizer de Tertuliano (séc. II-III) nos oito capítulos que dedica a esta questão no seu tratado De anima. Uma das acusações de S. Jerónimo numa das suas cartas (Epist. 124,4,7) contra Orígenes tem a ver com a reencarnação. Mas há que ter em conta a problemática da transmissão dos escritos origenianos, a complexidade e a polivalência do seu pensamento, etc. Além disso, o texto por nós conhecido não oferece apoio à recriminação de S. Jerónimo; ao contrário, Orígenes qualifica a reencarnação como opinião perversa (De Principiis, 1,8,4 SC 252,232) e rejeita-a também nos comentários dos textos bíblicos (In Evang. Joan. 6, 64, 66-68; In Math. 10,20; 11,7 SC 157, 176-180; 162, 240ss, 369-371) que eram usados na altura (séc. III), tal como agora, para provar biblicamente a reencarnação.
Enfim, a reencarnação das almas é incompatível com verdades cristãs fundamentais, como a ressurreição dos mortos, a imortalidade da alma, a existência do inferno e do purgatório (purificação das escórias inúteis e incapazes de se iluminar e abrasar no amor de Deus mediante a visão beatífica). A morte e a ressurreição de Jesus Cristo teve lugar uma só vez (1Pe 3, 18; Rm 3, 18). Os ressuscitados participarão do mesmo destino para sempre (1Ts 4, 17). De acordo com a fé cristã, após a morte, esta vida coroa-se com a vida eterna da alma ou eu consciente imortal e, a partir da Parusia, com a ressurreição de todo o eu individual. A um cristão basta a ressurreição de Jesus Cristo, bem como as Suas palavras e o facto d’Ele ser «a Ressurreição e a Vida» (Jo 11, 25) juntamente com a certeza de que até o nosso «corpo se conformará ao corpo glorioso» ressuscitado, do Senhor (Fl 3, 21). Além disso, a reencarnação e todas as suas expressões, tanto religiosas como filosóficas, baseiam-se no dualismo antropológico, que contrapõe o corpo e a alma concedendo valor só a alma, enquanto que a dualidade (não dualismo) antropológica insiste na unidade psicossomática, no homem completo, com as suas duas vertentes - a material e a espiritual - querido por Deus e salvo por Ele em Cristo, o Redentor, não só pelos esforços pessoais numa espécie de auto-redenção. A reencarnação não encaixa na lógica da «graça», que é a lógica da fé cristã.
4. As seitas e a reencarnação
São numerosas as seitas que crêem e ensinam a reencarnação das almas, por exemplo, encontram-se as espiritistas, ocultistas, Alfa-Omega, antroposofia, Aliança de Deus Tantra, Associação arqueosófica, Associação de estudos psicológicos e espirituais, Associação (ecuménica) de Miguel, Associação evangélica da Missão, Associação (espanhola) para a investigação da Energia humana e universal, Associação para a consciência de Krishna, Associação para a investigação e a iluminação, Atlantis, Atoum (Círculos e Ordens de), Aurobindo, babaísmo, Brahma Kumaris, bruxaria (moderna), caodismo, Colmeal Velho, Centro de estudos de antropologia gnóstica, Centro de estudos da Fraternidade cósmica, Kore energética, druidas e seitas do neo-druidismo, Ducoborces, Energia universal, Escola científica Basílio, Escola de cristianismo: Unidade, espiritismo, Espiritualidade viva, Fraternidade Branca, Fraternidade copta da América, Fraternidade rosa-cruciana, Grande fraternidade branca universal, Geistige Loge, gnosticismo (quase todas as seitas), igreja da cienciologia, igreja gnóstica ortodoxa, igreja universal e triunfante, Instituto filosófio hermético (não de todas as almas, cf. rosa-crucianismo), Instituto físico-mental, IVI [ndt: IVI=sigla inglesa da seita «Convite à vida»], Luz do mundo, Mahikari, Maitreya, Metafísica cristã, Método Silva de controlo mental (para o qual a reencarnação não é uma crença, mas um dado positivo demonstrado «cientificamente»), Missão da luz divina, Missão Rama, Movimento gnóstico cristão-universal, Movimento internacional do Grial, Nação do Islão, Núcleo ubaldiano de metafísica, Nova Acrópolis, Nova Era, martinismo, Ordem essénia ocidental, Ordem espiritista cristã, Ordem Loto-cruciana, Ordem renovada do templo, Paramahansa, parasofia, rajnesismo, Rama Narayana da Sociedade Teosófica, rosa-crucianismo, saísmo, Sekai Kyusei kyo, Shinry-kyo Aum, Soka gakkai, Suddha Dharma Mandalam, teosofia, Vedanta (yoga, etc.), Vida universal, zohraísmo, Yogananda e seus grupos, Yoga sanatana Dharma, e outros.
5. As diferentes matizes entre a crença oriental na reencarnação, a crença ocidental comum e a das seitas
Até há poucos anos se alguém propusesse a doutrina da reencarnação a um indivíduo europeu e ocidental, este reagia como a algo que não lhe interessava, sem necessidade de mais justificações nem explicações. Hoje em dia, já não é assim. Pelo contrário, debilitou-se de tal maneira a capacidade de reagir perante algo tão exótico, desconhecido no Ocidente durante uns 2.000 anos, que a indiferença se transformou em curiosidade e até em fascínio, sobretudo entre os jovens.
Nesta mudança da atitude primária ou espontânea teve influência, sem dúvida, o obscurecimento e silenciamento de algumas partes da escatologia tradicional cristã (exposições alteradas e inseguras sobre a imortalidade da alma, sobre a existência e a eternidade do inferno, e a existência e natureza do purgatório, etc.), bem como o fascínio pela adaptação da doutrina da reencarnação à mentalidade ocidental actual.
De facto, no Ocidente dos nossos dias (não na Antiguidade greco-romana), costuma marginalizar-se a dimensão negativa da reencarnação, ou seja, a dimensão da reencarnação enquanto fatalidade, destino inevitável, estado de purificação e de não salvação com avanços e retrocessos na escala de libertação do elemento corporal, algo específico das religiões nascidas na Índia. Ao invés, acentua-se a sua valorização positiva, isto é, a consideração da reencarnação como auto-realização pessoal, como amadurecimento sempre progressivo e ascendente sem retrocessos, nem caídas e recaídas em corpos de perfeição inferior. Assim pensa a antroposofia, Nova Acrópolis, Nova Era, o espiritismo, e outros. Provavelmente, por influxo ocidental, participam desta mentalidade alguns orientais modernos, como Aurobindo e outros.
Além disso, no Ocidente, tentou-se demonstrar cientificamente a reencarnação das almas, pretensão sem base real e nem sequer possível, com a qual se contagiaram também os orientais dos nossos dias. R. Steiner tentou fazê-lo a partir das ciências naturais; W. Trautmann (op. cit.) a partir da física nuclear, reduzindo a pessoa humana a uma correlação de electrões capazes de consciência e pensamento; I. Stevenson (op.cit.) a partir da parapsicologia e da psiquiatria (crianças que afirmam lembrar-se de ter vivido em existências anteriores ou de algumas experiências tidas nessas existências). Ao invés, no hinduísmo, budismo, etc., só as pessoas muito perfeitas - como por exemplo, os bodhisattvas, Buda um ou dois dias antes de obter a iluminação - afirmam ter chegado a conhecer as vivências de existências anteriores. Mais ainda, não faltou quem usasse as doutrinas da reencarnação como recurso psicoterapêutico, porque a descoberta de experiências traumáticas de vidas passadas por meio da hipnose e do seu retorno à consciência contribuiria para a libertação da opressão acumulada no inconsciente (op. cit. de R. J. Woolger, Th. Dethlefsen). Estes mesmos autores ligam a reencarnação à astrologia e ao horóscopo, sem deixar espaço sequer para a liberdade pessoal. O âmbito do inconsciente é, todavia, tão desconhecido e tão exposto a interpretações subjectivistas e caprichosas que as conclusões anteriores supõem um apriorismo e o preconceito inclinado a encontrar o que se pretende. Para além do mais, não têm em conta a capacidade de fabulação e de mistura disfarçada, carnavalesca, dos elementos armazenados na imaginação por ela própria, muito mais no armazém do que já foi esquecido, nem algumas realidades como a já indicada da pantomnésia [ndt: faculdade que o homem tem de arquivar tudo na memória, mesmo o já esquecido e até o que é percebido desde que se nasce e o que é captado de modo inconsciente após o uso da razão (como mensagens subliminares, etc.)] que serve para explicar a xenoglosia [ndt: faculdade de falar uma «língua» (do gr. «glossa») «estrangeira» (do gr. «xenos») desconhecida ou não aprendida conscientemente] e os casos de meninos-prodígio, atribuídos também à reencarnação da alma em corpos anteriores de conhecedores de outras línguas, bem como de sábios e de especialistas nos vários tipos de ciências e artes. Note-se também outro contraste: o uso ocidental da reencarnação como psicoterapia trata de melhorar somente esta vida, a existência intra-terrena, finalidade estranha às religiões surgidas na Índia, nas quais a reencarnação é um meio de purificação para fechar a cadeia reencarnacionista e poder saltar para o Nirvana (budismo) [ndt: no budismo é um estado de extinção do desejo, da aversão e da ignorância que conduz à libertação de todo o sofrimento, um estado de libertação suprema], ou para a dissolução no Brahman (hinduísmo) [ndt: a alma universal no hinduísmo].
6. Dados estatísticos
Ao que parece, segundo as estatísticas fiáveis (sondagem Gallup, 1968), o número de indivíduos que crêem na reencarnação no Canadá, Europa e E.U.A. oscila entre 20 e 23% dos habitantes. Em Espanha 20% (21% dos jovens) segundo os estudos de F. Andrés Orizo (1991) e J. L. Villalaín Benito (1992).
Segundo os dados estatísticos de J. WIJNGAARDS, Reincarnazione pragmatica. La fede nella reincarnazione fra i giovani nella cultura ocidentale: Religioni e Sette nel mondo 3/1 (1997) p. 88-117, crêem na reincarnação das almas:
- 33/29, 6% (Grã-Bretanha)
- 32/33% (Portugal)
- 32/26% (Irlanda do Norte)
- 29/33,7% (Áustria)
- 27/27,9% (Itália)
- 28/33,7% (França)
- 25/26% (Alemanha)
- 25/24% (Espanha)
- 20/18% (Irlanda)
- 20/26% (Suécia)
- 18/19% (Holanda)
- 17/21% (Bélgica)
- 16/21% (Dinamarca)
- 15/21% (Noruega)
O primeiro número expressa a percentagem dos crentes na reencarnação de entre a população total, o segundo número representa a percentagem dos crentes na reencarnação compreendidos entre os 15 e os 30 anos de idade. (in http://www.pensabem.net)