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segunda-feira, agosto 29, 2005

Papa condena religião "a la carte"

O papa Bento VXI fez um apelo a uma multidão estimada em 1 milhão de pessoas contra o que chamou de religião "faça-você-mesmo" ou religião "a la carte". Na missa, na cidade de Colônia (Alemanha), o papa criticou as pessoas que pegam do catolicismo aquilo que as interessa e rejeitam o resto.
A missa foi o ponto alto da participação do papa na Jornada Mundial da Juventude. Pelo seu conteúdo, o discurso foi voltado para os jovens católicos que seguem um estilo de vida pouco condizente com os ensinamentos da Igreja.
Bento XVI disse que a religião não deveria ser vista como um "produto comercial", que pode ser tomado ou rejeitado segundo a vontade do consumidor.
"A liberdade não é simplesmente desfrutar de uma vida em autonomia total, mas viver segundo a verdade e a bondade, para que sejamos verdadeiros e bondosos", disse o papa na homilia.

sábado, agosto 27, 2005

BENTO XVI nas JMJ em Colónia - PENSAMENTOS

“Os jovens são o futuro da humanidade e a esperança das nações”

«Eu sei que vós como jovens aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos por um mundo melhor»

No século XX o mundo foi testemunha de “revoluções cujo programa comum foi não esperar nada de Deus, mas tomar totalmente nas próprias mãos a causa do mundo para transformar suas condições”. E acrescenta: “temos visto que, deste modo, um ponto de vista humano e parcial se tomou como critério absoluto de orientação. A absolutização do que não é absoluto, mas relativo, se chama totalitarismo”“Não são as ideologias que salvam o mundo”. A revolução verdadeira consiste unicamente em “olhar a Deus, que é a medida do que é justo e, ao mesmo tempo, é o amor eterno. O que nos pode salvar senão o amor?”

Os santos “são os verdadeiros reformadores” mas a revolução verdadeira “provem de Deus”

“os jovens de todos os continentes e culturas fizeram visível uma Igreja jovem, que com imaginação e valentia quer esculpir o rosto de uma humanidade mais justa e solidária”.

“Agora regressam aos seus povos e cidades para testemunhar a luz, a beleza e o vigor do Evangelho, do qual fizeram uma renovada experiência”

“que este acontecimento eclesial fique gravado na vida dos católicos da Alemanha e seja incentivo para um renovado impulso espiritual e apostólico em seu seio”.

“O fenómeno do terrorismo, que semeia morte e destruição, deixa muitos irmãos e irmãs no pranto e no desespero. Os que pensam e programam estes atentados demonstram querer envenenar as nossas relações, recorrendo a todos os meios, até mesmo à religião, para se oporem-se aos esforços de convivência pacífica, leal e serena”.

O terrorismo é uma “opção perversa e cruel” e “corrói os fundamentos próprios de toda a convivência civil”. A tarefa é árdua mas “não é impossível”. O crente sabe que “pode contar, não obstante sua própria fragilidade, com a força espiritual da oração” .

“Muitos falam de Deus; no nome de Deus prega-se também o ódio e pratica-se a violência. Portanto, é importante descobrir o verdadeiro rosto de Deus”.

quinta-feira, agosto 25, 2005

REENCARNAÇÃO: uma crença presente entre muitos cristãos!

A Reencarnação é uma crença comum a todas as religiões de origem indiana: hinduísmo, budismo, jainismo [ndt: religião que não difere das restantes religiões hindus, dado que a sua crença se baseia no princípio da transmigração da alma, ou reencarnação, mas, contrariamente ao budismo, acredita na realidade da substância], segundo a qual a alma humana que não conseguiu chegar à sua total purificação, após a morte torna a vivificar outro corpo humano ou não humano, de modo indefinido até estar suficientemente pura e ser capaz da união com a divindade. Chama-se também metempsicosis, termo composto pelo sufixo grego «-sis» = «acção de» «traspassar», «meta» = mais além, «psykhé» = alma; metensomatosis ou «acção da alma ir de corpo em (= en, gr.) corpo (= sôma em gr.); transmigração das almas; palingenesia [ndt: suposto renascimento após a morte real ou aparente] e seu equivalente: renascimento.

1. Aparição e difusão
Esta crença na «nova (valor iterativo do prefixo «re-») encarnação» da alma aparece nos Upanishads hindus (séc. VIII a.C. e ss.), não nos Vedas estritamente como tais [ndt: «veda»: termo em sânscrito que significa literalmente «saber; conhecimento» e que constitui cada um dos quatro livros sagrados dos Hindus, escritos em sânscrito], que datam do ano 2000 a.C. e ss. Segundo parece, esta crença não é tão antiga como alguns crêem e até escrevem. Estendeu-se a partir da Índia, por exemplo, para a Grécia (pitagorismo, Empédocles, platonismo, neoplatonismo, a reencarnação dos órficos é conhecida por fontes tardias: as obras platónicas). A crença na reencarnação reaparece na modernidade, na Europa, com os filósofos do Iluminismo e os poetas do Romantismo, sobretudo alemão (Lessing, Goethe, etc.) e difundiu-se graças à teosofia, ao espiritismo e a outras seitas, especialmente todas as de origem hindu, budista, jainista.

2. Razões.
Segundo os que crêem nela, a reencarnação é:

  • Uma exigência da justiça, que exige receber a retribuição do karma acumulado durante a vida [ndt: «karma», palavra em sânscrito que significa «acção», mas que abarca o que nós chamamos «pensamentos, palavras e obras», bem como os seus efeitos e resíduos e que indica a lei segundo a qual a cada acção corresponde uma reacção; conjunto das acções do homem a que se atribuem consequências determinativas do seu destino]. Mas porque é que há-de infectar apenas a alma, e não todo o eu humano, que é o responsável (no roubo, assassinatos, etc., intervém o pensamento, o desejo..., também as mãos, os olhos, etc.); e porquê precisamente durante a sua existência noutro ou noutros corpos? É justo que uma pessoa receba o prémio ou o castigo de algo que não foi feito por ela, ainda que a alma fosse a mesma?
  • Uma expiação das faltas cometidas nas existências anteriores sem recorrer ao Purgatório.
  • Uma progressiva purificação desde que a alma se ajuste com minuciosidade à sua nova condição e às suas obrigações específicas no seu novo modo de vida humana, animal ou vegetal.
  • Uma explicação satisfatória da origem do mal e dos males, bem como do mistério do inocente castigado ou que sofre infortúnios aparentemente não merecidos ou, pelo contrário, do malvado cheio de prosperidade.
  • A explicação dos meninos prodígio.
  • Segundo alguns ocidentais, é o melhor antídoto contra qualquer tipo de racismo, por causa da possível existência da alma de um familiar ou de um ser querido num negro, num imigrante, etc. Mas não caem na conta de que, na Índia, a Reencarnação foi e continua a ser compatível com a disciplina férrea das castas e subcastas (mais de 5.000), modelo do racismo étnico-político, religioso e sócio-cultural mais extremista e duradouro.
  • Um modo de não jogar o próprio destino eterno numa só “aposta” ou numa só existência. Certamente a reencarnação deixa aberta a via à felicidade no porvir, edificada pelo próprio só com as suas forças, sem purgatório e sem inferno. Se Sartre afirmou: «o inferno são os outros», os que crêem na reencarnação podem dizer: «o inferno é a própria pessoa, é esta vida». Mas, depois de inúmeras reencarnações subsiste não o indivíduo, não o eu completo responsável pelos seus actos bons ou maus na sua integridade, mas um só dos seus componentes, a alma, que vivificou incontáveis «corpos». Além disso, para cúmulo, segundo o panteísmo hindu a alma subsistente não conserva a sua individualidade nem a sua consciência, mas dilui-se no brahman [ndt: a alma universal] como a água dos rios que vai para o mar, quando, após desembocar, já não há água doce, mas água salgada, do mar. O Cristianismo oferece a misericórdia de Deus Pai e a redenção de Jesus Cristo que nos eximiu da rígida lei do karma que obriga a «pagar até ao último cêntimo» da dívida, talvez não diminuída, mas acrescentada nas sucessivas reencarnações.

3. A reencarnação e o Cristianismo
Especialistas em Sagrada Escritura, em Patrologia e teólogos cristãos são todos concordes em afirmar de maneira categórica a incompatibilidade da reencarnação das almas com a fé cristã e que o Cristianismo dos primeiros séculos não compartilhou esta crença. Contudo, não poucos escritos das seitas dão por certo o contrário, sem apresentar normalmente qualquer demonstração para o confirmar. Quem tiver lido os escritos dos primeiros séculos da Igreja não pode entender como é que o espiritismo kardeciano [ramo francês ou latino do espiritismo, baseado na teoria e prática de Allan Kardec (1804-1869) – nome adoptado pelo maçon Hippolyte-Léon Denizard Rivail por crer na reencarnação do druida Kardec – e que se estendeu pela Europa, América latina, sobretudo, no Brasil. Reduz Jesus Cristo à condição de um «Espírito selecto», extraordinário, convertido num médium vidente e taumaturgo, mas não Deus], a Nova Acrópolis, o gnosticismo, e outros podem dizer que o Cristianismo aceitou a reencarnação até ao séc. V. Quando apresentam provas, costumam referir-se aos seguintes casos e textos, certamente não bem interpretados:

  • A crença no retorno de Elias e a afirmação de que João Baptista não é senão Elias que reapareceu na terra. Mas Elias foi alguém arrebatado aos céus sem ter conhecido a morte. O seu retorno não se expressa nem no contexto da mentalidade nem em termos reencarnacionistas, nem tão pouco nos da ressurreição dos mortos, mas nos termos da ascensão aos céus e descida dos céus ou reaparição. Quando Cristo diz que Elias já veio e o relaciona com João Baptista (Mt 17, 13.17; Lc 1, 17), não fala duma identidade pessoal entre ambos mas duma coincidência meramente simbólica enquanto João Baptista é «outro Elias» pelo seu espírito e força evangelizadora.
  • A necessidade de «renascer» exposta por Cristo a Nicodemos (Jo 3, 3-5). Mas não se trata de um «nascer de novo» no sentido em que a mesma alma viverá uma e outra existência terrena embora em corpos distintos, mas trata-se antes de um «renascer da água e do Espírito» (mediante o Baptismo), «do Alto», de Deus, como condição para poder entrar no Reino de Deus, ou seja, para se salvar.
  • O caso relativo ao cego de nascença (Jo 9, 1-12). A pergunta «Quem foi que pecou para este homem ter nascido cego? Ele, ou os seus pais?» reflecte a crença judaica na retribuição das boas ou más obras, que se pode diferir a uma ou mais gerações, mas não por meio da reencarnação da alma, nem por acumulação de karma, mas duma responsabilidade vertical. Além disso, nesta passagem, Cristo nega essa mentalidade: «Nem pecou ele, nem os seus pais, mas isto aconteceu para nele se manifestarem as obras de Deus».
  • Se entre os primeiros cristãos alguns aceitam a reencarnação das almas, estão fora da Igreja; é o caso dos gnósticos. O primeiro escritor cristão que fala de reencarnação, embora brevemente, é S. Justino (meados do séc. II), mas indica os motivos básicos pelos quais esta crença é incompatível com a fé e doutrina cristãs (Dial. Tryph. 4, 4-7; 5,5 PG 6, 485). O mesmo faz S. Ireneu (séc. II) ao refutar os gnósticos, e com tal força que é talvez o pensador cristão que melhor articula as graves razões objectivas dos cristãos para rejeitar a reencarnação das almas (Adv. haer. 2, 33,1 e 5; 34,2 SC 294, 344, 353, 357-359). O mesmo se pode dizer de Tertuliano (séc. II-III) nos oito capítulos que dedica a esta questão no seu tratado De anima. Uma das acusações de S. Jerónimo numa das suas cartas (Epist. 124,4,7) contra Orígenes tem a ver com a reencarnação. Mas há que ter em conta a problemática da transmissão dos escritos origenianos, a complexidade e a polivalência do seu pensamento, etc. Além disso, o texto por nós conhecido não oferece apoio à recriminação de S. Jerónimo; ao contrário, Orígenes qualifica a reencarnação como opinião perversa (De Principiis, 1,8,4 SC 252,232) e rejeita-a também nos comentários dos textos bíblicos (In Evang. Joan. 6, 64, 66-68; In Math. 10,20; 11,7 SC 157, 176-180; 162, 240ss, 369-371) que eram usados na altura (séc. III), tal como agora, para provar biblicamente a reencarnação.

Enfim, a reencarnação das almas é incompatível com verdades cristãs fundamentais, como a ressurreição dos mortos, a imortalidade da alma, a existência do inferno e do purgatório (purificação das escórias inúteis e incapazes de se iluminar e abrasar no amor de Deus mediante a visão beatífica). A morte e a ressurreição de Jesus Cristo teve lugar uma só vez (1Pe 3, 18; Rm 3, 18). Os ressuscitados participarão do mesmo destino para sempre (1Ts 4, 17). De acordo com a fé cristã, após a morte, esta vida coroa-se com a vida eterna da alma ou eu consciente imortal e, a partir da Parusia, com a ressurreição de todo o eu individual. A um cristão basta a ressurreição de Jesus Cristo, bem como as Suas palavras e o facto d’Ele ser «a Ressurreição e a Vida» (Jo 11, 25) juntamente com a certeza de que até o nosso «corpo se conformará ao corpo glorioso» ressuscitado, do Senhor (Fl 3, 21). Além disso, a reencarnação e todas as suas expressões, tanto religiosas como filosóficas, baseiam-se no dualismo antropológico, que contrapõe o corpo e a alma concedendo valor só a alma, enquanto que a dualidade (não dualismo) antropológica insiste na unidade psicossomática, no homem completo, com as suas duas vertentes - a material e a espiritual - querido por Deus e salvo por Ele em Cristo, o Redentor, não só pelos esforços pessoais numa espécie de auto-redenção. A reencarnação não encaixa na lógica da «graça», que é a lógica da fé cristã.

4. As seitas e a reencarnação
São numerosas as seitas que crêem e ensinam a reencarnação das almas, por exemplo, encontram-se as espiritistas, ocultistas, Alfa-Omega, antroposofia, Aliança de Deus Tantra, Associação arqueosófica, Associação de estudos psicológicos e espirituais, Associação (ecuménica) de Miguel, Associação evangélica da Missão, Associação (espanhola) para a investigação da Energia humana e universal, Associação para a consciência de Krishna, Associação para a investigação e a iluminação, Atlantis, Atoum (Círculos e Ordens de), Aurobindo, babaísmo, Brahma Kumaris, bruxaria (moderna), caodismo, Colmeal Velho, Centro de estudos de antropologia gnóstica, Centro de estudos da Fraternidade cósmica, Kore energética, druidas e seitas do neo-druidismo, Ducoborces, Energia universal, Escola científica Basílio, Escola de cristianismo: Unidade, espiritismo, Espiritualidade viva, Fraternidade Branca, Fraternidade copta da América, Fraternidade rosa-cruciana, Grande fraternidade branca universal, Geistige Loge, gnosticismo (quase todas as seitas), igreja da cienciologia, igreja gnóstica ortodoxa, igreja universal e triunfante, Instituto filosófio hermético (não de todas as almas, cf. rosa-crucianismo), Instituto físico-mental, IVI [ndt: IVI=sigla inglesa da seita «Convite à vida»], Luz do mundo, Mahikari, Maitreya, Metafísica cristã, Método Silva de controlo mental (para o qual a reencarnação não é uma crença, mas um dado positivo demonstrado «cientificamente»), Missão da luz divina, Missão Rama, Movimento gnóstico cristão-universal, Movimento internacional do Grial, Nação do Islão, Núcleo ubaldiano de metafísica, Nova Acrópolis, Nova Era, martinismo, Ordem essénia ocidental, Ordem espiritista cristã, Ordem Loto-cruciana, Ordem renovada do templo, Paramahansa, parasofia, rajnesismo, Rama Narayana da Sociedade Teosófica, rosa-crucianismo, saísmo, Sekai Kyusei kyo, Shinry-kyo Aum, Soka gakkai, Suddha Dharma Mandalam, teosofia, Vedanta (yoga, etc.), Vida universal, zohraísmo, Yogananda e seus grupos, Yoga sanatana Dharma, e outros.

5. As diferentes matizes entre a crença oriental na reencarnação, a crença ocidental comum e a das seitas
Até há poucos anos se alguém propusesse a doutrina da reencarnação a um indivíduo europeu e ocidental, este reagia como a algo que não lhe interessava, sem necessidade de mais justificações nem explicações. Hoje em dia, já não é assim. Pelo contrário, debilitou-se de tal maneira a capacidade de reagir perante algo tão exótico, desconhecido no Ocidente durante uns 2.000 anos, que a indiferença se transformou em curiosidade e até em fascínio, sobretudo entre os jovens.
Nesta mudança da atitude primária ou espontânea teve influência, sem dúvida, o obscurecimento e silenciamento de algumas partes da escatologia tradicional cristã (exposições alteradas e inseguras sobre a imortalidade da alma, sobre a existência e a eternidade do inferno, e a existência e natureza do purgatório, etc.), bem como o fascínio pela adaptação da doutrina da reencarnação à mentalidade ocidental actual.

  • De facto, no Ocidente dos nossos dias (não na Antiguidade greco-romana), costuma marginalizar-se a dimensão negativa da reencarnação, ou seja, a dimensão da reencarnação enquanto fatalidade, destino inevitável, estado de purificação e de não salvação com avanços e retrocessos na escala de libertação do elemento corporal, algo específico das religiões nascidas na Índia. Ao invés, acentua-se a sua valorização positiva, isto é, a consideração da reencarnação como auto-realização pessoal, como amadurecimento sempre progressivo e ascendente sem retrocessos, nem caídas e recaídas em corpos de perfeição inferior. Assim pensa a antroposofia, Nova Acrópolis, Nova Era, o espiritismo, e outros. Provavelmente, por influxo ocidental, participam desta mentalidade alguns orientais modernos, como Aurobindo e outros.
  • Além disso, no Ocidente, tentou-se demonstrar cientificamente a reencarnação das almas, pretensão sem base real e nem sequer possível, com a qual se contagiaram também os orientais dos nossos dias. R. Steiner tentou fazê-lo a partir das ciências naturais; W. Trautmann (op. cit.) a partir da física nuclear, reduzindo a pessoa humana a uma correlação de electrões capazes de consciência e pensamento; I. Stevenson (op.cit.) a partir da parapsicologia e da psiquiatria (crianças que afirmam lembrar-se de ter vivido em existências anteriores ou de algumas experiências tidas nessas existências). Ao invés, no hinduísmo, budismo, etc., só as pessoas muito perfeitas - como por exemplo, os bodhisattvas, Buda um ou dois dias antes de obter a iluminação - afirmam ter chegado a conhecer as vivências de existências anteriores. Mais ainda, não faltou quem usasse as doutrinas da reencarnação como recurso psicoterapêutico, porque a descoberta de experiências traumáticas de vidas passadas por meio da hipnose e do seu retorno à consciência contribuiria para a libertação da opressão acumulada no inconsciente (op. cit. de R. J. Woolger, Th. Dethlefsen). Estes mesmos autores ligam a reencarnação à astrologia e ao horóscopo, sem deixar espaço sequer para a liberdade pessoal. O âmbito do inconsciente é, todavia, tão desconhecido e tão exposto a interpretações subjectivistas e caprichosas que as conclusões anteriores supõem um apriorismo e o preconceito inclinado a encontrar o que se pretende. Para além do mais, não têm em conta a capacidade de fabulação e de mistura disfarçada, carnavalesca, dos elementos armazenados na imaginação por ela própria, muito mais no armazém do que já foi esquecido, nem algumas realidades como a já indicada da pantomnésia [ndt: faculdade que o homem tem de arquivar tudo na memória, mesmo o já esquecido e até o que é percebido desde que se nasce e o que é captado de modo inconsciente após o uso da razão (como mensagens subliminares, etc.)] que serve para explicar a xenoglosia [ndt: faculdade de falar uma «língua» (do gr. «glossa») «estrangeira» (do gr. «xenos») desconhecida ou não aprendida conscientemente] e os casos de meninos-prodígio, atribuídos também à reencarnação da alma em corpos anteriores de conhecedores de outras línguas, bem como de sábios e de especialistas nos vários tipos de ciências e artes. Note-se também outro contraste: o uso ocidental da reencarnação como psicoterapia trata de melhorar somente esta vida, a existência intra-terrena, finalidade estranha às religiões surgidas na Índia, nas quais a reencarnação é um meio de purificação para fechar a cadeia reencarnacionista e poder saltar para o Nirvana (budismo) [ndt: no budismo é um estado de extinção do desejo, da aversão e da ignorância que conduz à libertação de todo o sofrimento, um estado de libertação suprema], ou para a dissolução no Brahman (hinduísmo) [ndt: a alma universal no hinduísmo].

    6. Dados estatísticos
    Ao que parece, segundo as estatísticas fiáveis (sondagem Gallup, 1968), o número de indivíduos que crêem na reencarnação no Canadá, Europa e E.U.A. oscila entre 20 e 23% dos habitantes. Em Espanha 20% (21% dos jovens) segundo os estudos de F. Andrés Orizo (1991) e J. L. Villalaín Benito (1992).
    Segundo os dados estatísticos de J. WIJNGAARDS, Reincarnazione pragmatica. La fede nella reincarnazione fra i giovani nella cultura ocidentale: Religioni e Sette nel mondo 3/1 (1997) p. 88-117, crêem na reincarnação das almas:

    - 33/29, 6% (Grã-Bretanha)
    - 32/33% (Portugal)
    - 32/26% (Irlanda do Norte)
    - 29/33,7% (Áustria)
    - 27/27,9% (Itália)
    - 28/33,7% (França)
    - 25/26% (Alemanha)
    - 25/24% (Espanha)
    - 20/18% (Irlanda)
    - 20/26% (Suécia)
    - 18/19% (Holanda)
    - 17/21% (Bélgica)
    - 16/21% (Dinamarca)
    - 15/21% (Noruega)

    O primeiro número expressa a percentagem dos crentes na reencarnação de entre a população total, o segundo número representa a percentagem dos crentes na reencarnação compreendidos entre os 15 e os 30 anos de idade. (in http://www.pensabem.net)

quinta-feira, agosto 18, 2005

A MORTE EXPLICA A VIDA


A vida do Irmão Roger não terminou. Existe um legado rico de conteúdos que o mundo e a Igreja saberão acolher. Assim, como nos primórdios do Cristianismo «o sangue de mártires era semente de cristãos», a sua morte continuará a gritar o valor da oração e reflexão como caminho para a unidade entre os cristãos, e destes com os de outras religiões e não-crentes.

«Nunca esqueçamos que o simples desejo de Deus é já o começo da fé.»

«No mais profundo da condição humana repousa a espera de uma presença, o silencioso desejo de uma comunhão. Não esqueçamos nunca que este simples desejo de Deus é já o começo da fé
».

Carta aos jovens no encontro de Taizé em Lisboa

  • Deus tem para vós desígnios de paz e não de calamidade; Deus quer dar-vos um futuro e uma esperança.
  • Tens hesitações? Não te inquietes, pois o Espírito Santo permanece em ti.
  • Há quem tenha feito esta descoberta surpreendente: o amor de Deus pode também desabrochar num coração marcado pela dúvida.
  • Um coração simples não tem a pretensão de compreender sozinho tudo o que diz respeito à fé. Mas pensa: aquilo que não entendo bem, outros o compreendem melhor e esses ajudam-me a prosseguir caminho.
  • Simplificar a vida permite partilhar com os mais carenciados, de forma a aliviar a dor, onde quer que exista doença, pobreza, fome…
  • Julgamos que para rezar são necessárias muitas palavras?8 Não. Na verdade, bastam poucas palavras, por vezes desajeitadas, para entregar tudo a Deus, tanto os nossos medos como as nossas esperanças.
  • A oração não nos afasta das preocupações do mundo. Pelo contrário, não há nada de mais responsável que a oração: quanto mais vivermos de uma oração muito simples e humilde, mais somos levados a amar e a expressar o amor através da nossa vida.»

“Tendo tomado conhecimento, com viva emoção, do falecimento trágico de Frère Roger, acontecido na Igreja da Reconciliação, o Santo Padre faz subir a Deus uma fervorosa oração pelo repouso da alma desta testemunha infatigável do Evangelho da Paz e da Reconciliação” MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI

O IRMÃO ROGER ENTROU NA VIDA DA ETERNIDADE

Durante a oração da noite de terça-feira 16 de Agosto, no meio da multidão que enchia a igreja da Reconciliação, uma mulher, provavelmente mentalmente desequilibrada, agrediu o irmão Roger com uma faca. O irmão Roger faleceu momentos depois.
A comunidade de Taizé, neste momento de dor, agradece a todos os que a apoiam com a sua amizade e com a sua oração. Na manhã do dia 17 de Agosto, depois da morte do irmão Roger, foi lida na igreja a seguinte oração:
«Cristo de compaixão, tu concedes-nos estar em comunhão com aqueles que nos precederam e que podem permanecer tão próximos de nós. Entregamos nas tuas mãos o nosso irmão Roger. Ele contempla já o invisível. Seguindo os seus passos, tu preparas-nos para acolhermos um reflexo da tua luz.»
O funeral do irmão Roger será na terça-feira 23 de Agosto às 14 horas.
O seu corpo estará na igreja de Taizé todas as tardes, entre as 15 e as 19 horas, para que todos aqueles que o desejem possam ir rezar perto dele.
Há oito anos, o irmão Roger tinha designado o irmão Alois para lhe suceder, depois da sua morte, como responsável da comunidade. O irmão Alois iniciou imediatamente o seu ministério de servo da comunhão no coração da comunidade.

sábado, agosto 13, 2005

5000 JOVENS PORTUGUESES COM O PAPA

O mês de Agosto fica marcado, de forma in-contornável, pela grande celebração da Igreja em Festa com jovens de todo o mundo.
A XX Jornada Mundial da Juventude (JMJ) juntará cerca de um milhão de pessoas, na cidade alemã de Colónia, um encontro que será o destino da primeira viagem de Bento XVI fora da Itália.
Para muitos jovens, a Jornada representa uma experiência inesquecível. Conhecem cristãos de todo o mundo, celebram juntos uma grande festa e, deste modo, vivem a sua fé de uma maneira nova.
A JMJ nasceu e desenvolveu-se como uma celebração da fé, um grande acontecimento, em que a festa e fé se unem inseparavelmente e para o qual o Papa convida os jovens de todos o mundo, que se junto com um objectivo comum: conhecerem-se, partilhar experiências e celebrar uma grande festa com Bento XVI.
Em Colónia estará a maior delegação portuguesa de sempre, com cerca de 5 mil participantes.
PETIÇÃO Á RTP
Ao que parece, não está prevista a transmissão do encerramento da JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE (1 milhão de jovens - 5 mil portugueses) na televisão portuguesa, e por isso decidiu-se fazer uma petição à RTP nesse sentido. Para assiná-la, ir a: http://www.PetitionOnline.com/nrbrito/

DEUS CHAMA TODOS OS HOMENS À SALVAÇÃO

XX DOMINGO COMUM
Deus chama todos os homens á salvação. Agora, o monopólio salvação não pertence apenas a um povo ou mesmo a uma religião.Quem dera que aquela frase que às vezes escutamos não fosse verdade: "os que lá vão ainda são piores do que os outros".
Ainda hoje continua a ser actual a aquela frase de Santo Inácio de Antioquia: "É necessário não apenas ter o nome de cristão, mas sê-lo deveras".
Hoje a Igreja tem as portas mais abertas. Ela sabe e ensina que os cristãos não têm o monopólio da salvação: "na casa de Deus já mais ninguém se sentirá estranho. O Templo será um lugar de oração para todos os povos".
ACTUALIZAÇÃO:
  • Ainda continuamos a excluir pessoas, a seleccionar grupos, a inventar leis e fronteiras que em vez de unirem separam mais as pessoas?
  • Ainda dividimos o mundo em bons e maus, em senhores e subditos, em nacionais e estrangeiros?
  • Como é que acolhemos aqueles que emigraram de um país estrangeiro?
  • Receberão o memo acolhimento tanto as pessoas inteligentes como as mais simples, tanto as que tem instrucção como as que não tem, tantos os bons como aqueles que tem um comportamento mais problemático?

sexta-feira, agosto 12, 2005

XIX DOMINGO COMUM

O Deus da brisa suave...
Deus não está necessáriamente na coisas grandiosas e violentas.
O Deus que se manifesta em Jesus Cristo não é de tempestade, mas de misericórdia e fidelidade. Não tenhais medo. Não é um Deus que reina na base do medo, mas da confiança e da fé.
A fé deve ser mais do que um moneto passageiro de entusiamo. Se for só isso, logo nos afundamos como Pedro. Acreditamos num Deus que salva, que ouve o nosso clamor, um DEus de mansidão. Para nos inteiramos disso, precisamos de fé, não passageira, mas constante.

DESCOBERTA A PISCINA DE SILOÉ

Escavadores da Velha Jerusalém descobriram as ruínas da piscina de Siloé em que, segundo relata o Evangelho de São João, Jesus curou a um homem cego de nascimento. Este descobrimento seria uma nova confirmação da historicidade e autenticidade da Bíblia. Mais uma vez a ortodoxia bíblica é comprovada cientificamente.
James H. Charlesworth do Seminário Teológico de Princeton, um perito no Novo Testamento, assinalou ao jornal Los Angeles Times que "alguns estudiosos afirmavam que a piscina de Siloé não existia e que João estava usando as crenças religiosas. Agora encontramos a piscina de Siloé… exatamente no lugar no que João disse que estava”. Um evangelho do qual se dizia “era pura teologia, resultou ser base histórica”, acrescentou.“Precisamos saber quão grande é. Este poderia ser o maior e importante miqveh (piscina ritual) que se encontrou alguma vez”, precisou.
Por sua parte, o arqueólogo Ronny Reich da Universidade de Haifa, que participa das escavações, afirmou que a lei dos antigos judeus exigia que estes peregrinarão a Jerusalém pelo menos uma vez ao ano. "Jesus era mais um peregrino que vinha até Jerusalém. Seria natural encontrá-lo lá”, remarcou.
Os escavadores descobriram a piscina de Siloé a 180 metros de outra piscina que foi construída entre os anos 400 e 460 A.C. pela imperatriz Eudocia do Bizancio, quem, segundo os peritos, encarregou a reconstrução de vários lugares bíblicos.
Arqueólogos afirmam que a piscina a qual se refere São João no seu Evangelho deveu ser construída ao redor do primeiro século A.C. e destruída pelo imperador romano Tito no 70 D.C.
Eli Shukron do Israel Antiquities Authority afirmou que está “100 por cento seguro de que se encontravam diante da piscina do Siloé”.

quarta-feira, agosto 10, 2005

JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE: que contributo para Igreja do século XXI?


Uma grande onda de contestação tem atingido as Jornadas Mundiais. Muitos insistem em que elas não passam de fogo de vista e que os jovens que lá vão nada fazem nas paróquias e vão só por turismo. Dá a impressão de que estas vozes consideravam ingénuo o Santo Padre João Paulo II e as suas constantes interpelações a que os jovens fossem em grande número para estes encontros. Porém, como é de todos sabido, mesmo as propostas turísticas da Igreja cada vez menos dizem aos jovens do nosso tempo. Aqueles que decidem tirar 15 dias de Agosto para ir a um Encontro Mundial de jovens com oração e reflexão todos os dias, não o fazem propriamente por causa das visitas diárias a algumas Igrejas e praças de Colónia.
João Paulo II não era nada ingénuo. E se tinha consciência que muitos daqueles jovens só iam pela festa, sabia ainda com mais precisão que:
1º - as jornadas são um testemunho público de fé que fica aos jovens na memória para toda a vida;
2º - muitos deles fazem aí uma caminhada espiritual de oração, reconciliação e Eucaristia que depois se esforçam por manter no dia-a-dia;
3º - as Jornadas Mundiais são uma prova muito real à vitalidade e entusiasmo pastoral das dioceses organizadoras e participantes.
Noutros tempos, as peregrinações a Compostela, a Terra Santa, a Tours ou a qualquer santuário local ou, então, a peregrinação permanente durante a vida também eram objecto de crítica por parte de vários membros da Igreja. Hoje a peregrinação e os santuários são considerados como património antropológico e religioso de incontornável valor. Não poderão as Jornadas Mundiais da Juventude - uma espécie de nova acção da Igreja com categorias mais ou menos inéditas até ao século XX - passar a constituir uma nova forma de acção que adquira direitos de cidadania dentro da pastoral da Igreja? Bento XVI é um homem de grande sobriedade. Não é nada inclinado a manifestações exteriores demasiado eufóricas e despropositadas. Certamente ele ajudará a equilibrar alguns exageros que muitos, sob a capa de João Paulo II, ousaram cometer. É curioso que tenha anunciado que as beatificações deixarão de ser presididas pelo Papa. Mas anunciou também que a sua primeira visita pastoral será a Alemanha, nas Jornadas Mundiais da Juventude.
As Jornadas Mundiais da Juventude têm muito para dar na preparação, celebração e no compromisso pós-conclusivo. Vejamos apenas 3 das suas potencialidades.
1. A dimensão vocacional explícita. É curioso que o Encontro com seminaristas e neo-presbíteros que teria lugar com o cardeal Meisner foi arrebatado por Bento XVI! Vai ser ele a presidir a este encontro (apesar de ter a agenda desse dia a tope!). Bento XVI não ignora a importância que tem este encontro e como a concentração de sacerdotes, religiosos/as e candidatos/as é um testemunho que interpela. Os dias que os consagrados passam com os jovens, no contacto permanente e banal de cada momento ou intenso e profundo de algumas horas, desfazem preconceitos, constroem pontes e apontam caminhos. A maior parte da juventude de hoje apenas vê o padre no Altar e o/a religioso/a no colégio, no convento ou em actividades religiosas. Nas Jornadas Mundiais não só rezam com eles mas comem, brincam, dançam, cantam e descansam com eles. E descobrem que são pessoas como eles mas. diferentes porque foram chamados por Deus (como tantos jovens!) e responderam com um sim corajoso.
2. Experiência da apostolicidade da Igreja. As Jornadas podem ser uma experiência e uma catequese sobre a Igreja. Foi interessante a forma como os meios de comunicação (laicos) progrediram na sua linguagem e conhecimentos religiosos desde a morte de João Paulo II até à eleição de Bento XVI e transmitiram muita doutrina na televisão e na rádio. Para muitos jovens, o único Papa que conheceram foi João Paulo II. Mas hoje é necessário conhecer Bento XVI e saber que é ele quem calça hoje as sandálias de Pedro. Para ser Papa não é preciso ter o sorriso maravilhoso de João Paulo II nem o seu carisma de comunicador. É preciso que Deus pouse seus olhos sobre uma pessoa e essa pessoa não lhe troque os olhos. E Joseph Ratzinger não os trocou como não os trocara Karol Wojtyla. Isso os jovens vão aprender e experimentar. Vão dar conta que ele não é o «panzer-cardinal» nem o «pastor alemão» que alguns disseram mas sim o Pastor da Igreja, que segue Cristo Jesus à nossa frente. E até vão saber que nas primeiras palavras programáticas de Bento XVI, depois de eleito, ia uma mensagem afectuosa para eles. Vão perceber melhor o que é a apostolicidade e universalidade da Igreja, não numa aula pesada de eclesiologia, mas sim numa paróquia que os acolha sem (talvez) nunca mais os voltar a ver nesta vida e nuns bispos e num Papa unidos à volta da mesa da Eucaristia, sobre a qual está Aquele que todos vamos adorar.
3. Desafio às dioceses e paróquias portuguesas. As jornadas foram «glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo» e o regresso a Portugal «como era no princípio, agora e sempre»?!!! Não! A vida depois tem de ser diferente. A experiência das JMJs não pode ser um comprimido efervescente. Tem de frutificar num «novo humanismo cristão», como pediu Bento XVI, durante as suas férias, aos jovens que vão participar. No regresso, é necessário que cada pároco, cada secretariado, cada bispo queiram encontrar-se com os seus jovens participantes e perguntar-lhes: «e agora? Vai tudo continuar na mesma?». Um/a jovem que participou nas Jornadas traz um entusiasmo que a paróquia não pode desperdiçar, traz uma alegria que as famílias têm de sentir, traz uma fé que as escolas, universidades, comércios, fábricas têm de notar. É preciso ter a coragem de exigir aos jovens que regressam que se integrem nas comunidades, que partilhem o que viveram, que não enterrem esse tesouro. Mas isso depende de nós, agentes de pastoral, da nossa ousadia e coragem. Às vezes, somos nós os primeiros a não perguntar por receio e os jovens ficam frustrados pela nossa mediocridade. Que não seja assim no regresso. Vamos voltar com os pés bem postos na terra: não se operam milagres nas Jornadas. Não se encontra nelas a pedra filosofal. Mas é colocado no coração de cada jovem um grão de mostarda que, se crescer, «torna-se maior e estende de tal modo os seus ramos, que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra» (Mc 4, 32).
(por Pablo Lima, Secretariado Diocesano da Pastoral Juvenil de Viana do Castelo).
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terça-feira, agosto 09, 2005

DIA DO PADRE

O Dia do Padre é comemorado em 04 de agosto, em homenagem a São João Maria Vianney, santo padroeiro dos sacerdotes.
Filho de uma família de camponeses, o vigário nasceu no ano de 1786 num pequeno povoado francês chamado Ars. No seminário, embora fosse considerado um modelo de piedade, tinha dificuldade em acompanhar os estudos de filosofia e teologia.
Mesmo com a desconfiança dos seus superiores, São João Maria Vianney recebeu a ordenação sacerdotal. Porém, o sacerdote não tinha autorização para confessar, pois era considerado incapaz de guiar os fiéis. No entanto, tornou-se um dos maiores confessores da Igreja e o Padroeiro dos párocos. São João Maria Vianney morreu aos 73 anos, em 4 de agosto de 1859. Antes de ser canonizado, pelo Papa Pio XI, a pequena cidade onde morava, Ars, já havia se tornado um centro de peregrinação.