sexta-feira, março 30, 2007
SURPRESA ou nem tanto: Quanto mais jovens, mais conservadores
Radiografia do clero diocesano espanhol
- Estão contentes em ser padres e voltariam a sê-lo.
- Sentem-se acolhidos e valorizados pelas pessoas.
- A solidão pesa e têm dificuldades em sublimar a afectividade.
- Não vestem a batina.
- Não têm director espiritual e não lêem os documentos do magistério.
- O Vaticano II foi travado desde o interior da própria Igreja.
- Partidario do celibato opcional.
- Divididos diante do sacerdócio da mulher.
- O Bispo passou de superior a amigo.
- Sofrem com a má imagem pública da Igreja
- Não acreditam que Bento XVI reforme a Curia vaticana
Veja a sondagem completa na revista cristã espanhola 21rs. Vale a pena.
Como seria interessante que alguém se lembrasse de fazer uma sondagem deste tipo entre o clero diocesano português...
quinta-feira, março 29, 2007
terça-feira, março 27, 2007
Cardeal Cañizares, arcebispo de Toledo, evangeliza com notas televisivas
Em cada um desses encontros diante das cameras, acompanharam-no também outros especialistas nos diferentes temas que o purpurado está a comentar.
Até agora, foram emitidos os seis primeiros programas, nos quais o cardeal Cañizares refletiu sobre algumas das questões mais candentes que afectam os homens e mulheres contemporâneos.
Ao falar da questão da existência de Deus, por exemplo, constatou que não ter Deus é a maior das pobrezas: a visão de uma vida na qual parece que Deus sobra, reconheceu, é a causa das crises e da quebra da sociedade.
«Que ninguém tema crer em Deus, abrir-se a Deus, já que esta é a verdadeira revolução e o futuro do homem», alentou o cardeal em tom cordial.
Ao analisar o tema da liberdade, o purpurado, conhecido na sua carreira teológica pela sua proximidade do cardeal Joseph Ratzinger, declarou que é «a expressão própria da verdade do homem», fazendo alusão à frase de Cristo que diz «a verdade vos tornará livres».
Esta frase, alertou, foi mudada pelo espírito da modernidade, trocando-a por «liberdade vos fará verdadeiros» para impor um «relativismo feroz».
Esse relativismo pode levar a cometer actos como o terrorismo e o aborto, esquecendo que «a liberdade não é nunca para eliminar o outro». Diante desta situação, fez um vibrante chamamento a dirigir o olhar para Jesus Cristo e a dar testemunho da verdade.
Outra das tertúlias tocou o futuro da Europa e fê-lo recunado até à sua origem. O «velho continente» nasce do encontro do «logos» helênico e o «Logos» cristão.
Ao perder suas raízes, a Europa perde sua identidade. Esqueceu-se da mensagem de Jesus, «dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus», já que hoje se dá tudo aos diferentes césares e nada a Deus.
A revolução cultural que se iniciou na década de sessenta continua a manifestar-se hoje através das legislações abortivas, divorcistas e da ideologia pansexualismo. Estas correntes tiveram um enorme impacto na teologia, com a secularização e a morte de Deus. O resultado é uma visão laicista que busca mudar a cultura cristã do Ocidente.
Pelo contrário, Cañizares apresentou o vínculo que une Deus ao homem: o ser é criado por Deus de maneira única, e este facto o torna interlocutor de Deus, o que implica a necessidade de responder a seu chamamento.
O facto de ser criatura de Deus não humilha o homem, mas engrandece-o em todos os aspectos, porque «quanto mais afirmamos Deus, mais afirmamos o homem».
A conclusão desta primeira série de tertúlias concluiu convidando os cristãos a não terem medo a falar da verdade do homem: «a vinculação com Deus é o futuro do homem porque é a origem e o destino do homem».
Bento XVI: "O inferno existe e é eterno".
Veja todo o artigo aqui.
Mais um filme para ganhar dinheiro à custa da Igreja
sexta-feira, março 23, 2007
A aposta da Papa é o "ressurgimento" do canto gregoriano e do latim....
- o texto ou a melodia?
- a letra ou a música?
- as pessoas ou o mistério?
- a inculturação ou a centralização?
Quanto ao canto na liturgia, pergunto: ele deve preocupar-se em criar um clima de mistério ou levar à participação activa dos fiéis? A letra é apenas o cabide da melodia ou a música estará ao serviço da palavra para revelar a sua mensagem?
As músicas dos mestres em Liturgia (sempre os mesmos) são elaboradas a pensar nos coros pequenos, com menos possibilidades ou apenas numa Igreja ideal que já não existe nem nas grandes cidades?
E que pensar da pretensão de impor as regras do canto liturgico em Africa, na America Latina... ou será que a exortação Pastoral não é para eles? A inculturação no seu melhor... Afinal o Brasil é o maior país católico!!!
quarta-feira, março 21, 2007
Diáconos aumentam no Brasil
terça-feira, março 20, 2007
"Religião: marca de sucesso?"
- Como é que os mundos do desporto, da televisão e da publicidade encaram, manejam e se apropriam da esfera religiosa, transformando-a, de acordo com os seus códigos, numa referência social incontornável?
- O desporto pode ou não ser encarado como um fenómeno de contornos religiosos? Se, por exemplo, tem ou não uma crença (recorde-se a propósito "És a nossa fé", o sugestivo documentário de Edgar Pêra sobre o universo das claques em Portugal), uma liturgia própria (atente-se à ritualização dos movimentos na bancada ou dos gestos relacionados com a entrada e saída de futebolistas em campo), uma ética e um público que forma comunidade.
- Há contaminação religiosa do discurso jornalístico desportivo ou o advento de formas de associação religiosa entre os próprios desportistas, como é o caso dos Atletas de Cristo?
- Por que é que a mensagem religiosa transmitida em formato tradicional muitas vezes não alcança realmente o destinatário? Poque é que neste campo o humor é terrivelmente eficaz?
- Existirá hoje uma diluição da fronteira entre o esotérico e o religioso e a dessacralização do fenómeno religioso tradicional?
- Numa sociedade e num Estado ditos laicos, porque se sucedem reportagens sobre as várias formas de consagração religiosa?
- Qual a formação religiosa dos jornalistas que tratam da informação religiosa?
Crise de vocações preocupa bispos espanhóis
Hoje, a Igreja no país vizinho celebra o "Dia do Seminário", num momento em que o número de candidatos ao sacerdócio desceu 30,55%. Os números da Comissão Episcopal dos Seminários e Universidades refere-se apenas à última década.
Perante este "inverno" ou "seca" vocacional, vários bispos recordam o sentido do sacerdócio, pedindo aos responsáveis pelas comunidades que apresentem uma proposta "clara e directa" aos jovens.
sexta-feira, março 16, 2007
Ainda a propósito de Jon Sobrino
- “… os proscritos de hoje, serão os grandes homens de amanhã. Infelizmente sempre foi assim e continuará a sê-lo.”
- Na Igreja, Povo de Deus, ninguém é proprietário do Espírito, "que sopra onde quer e como quer"!
- Temos uma Igreja que exalta os santos (já mortos) e persegue os (santos) vivos.
quarta-feira, março 14, 2007
Comentários à Exortação Apostólica
terça-feira, março 13, 2007
A primeira condenação do papa Bento XVI
-Hans Küng (1975 y 1980). Perdeu a sua catedra por questionar a infalibilidade papal e a doutrina sexual católica.
-Jacques Pohier (1979). O seu livro Cuando yo digo Dios continha "erros" que podiam gerar "nos fiéis incertezas" sobre a redenção, a ressurreição, a vida eterna, a Eucaristia.
-Edward Schillebeeckx (1980, 1984 y 1986). Partidário do celibato opcional, defende a necessidade de elaborar a vida de Jesus "desde a história".
-Leonardo Boff (1985). Teólogo da libertação, foi condenado por defender "opções que podem pôr em risco a fe cristã".
-Charles Curran (1986). Foi afastado do ensino por causa das suas ideas acerca da anti-concepção, o aborto e a homossexualidade.
-Tissa Balasuritya (1997). Excomungado por não aceitar o pecado original e a Imaculada Concepção de Maria.
-Anthony de Mello (1998). Teólogo indio que quis aproximar o cristianismo às religiões orientais.
-Reinhard Messner (2000). Defendeu a primazia da Bíblia sobre a tradição.
-Jacques Dupuis (2001). Jesuita, foi acusado de que as suas teses sobre o pluralismo religioso contêm "notaveis ambiguidades" e chegam a "opiniões perigosas".
-Marciano Vidal (2001). O redentorista espanhol justificou a homossexualidade, a masturbação, a contracepção, a fecundação artificial e "a liberalização jurídica do aborto".
-Roger Haight (2004). Foi sancionado por fazer afirmações contrárias à "divinidade de Jesus, à Trinidade, o valor salvífico da morte e da ressurreição de Jesus".
Fonte: El PaisA QUIEN PUEDO AMAR - Don José um padre rokero
"Prego o Evangelho ao ritmo do rock"
"Utilizo a música para levar a luz de Cristo".
"As suas canções tem muito êxito entre os jovens".
Conheça este padre rokero.
Alguns excertos de jornais:
Acha legitimo utilizar todos os meios que estão ao nosso alcance para Evangelizar?
Sacramento da Caridade - Exortação Apostólica de Bento XVI sobre a Eucaristia
Neste Documento, Bento XVI explicita aspectos que podem “despertar na Igreja novo impulso e fervor eucarísticos”. Objectivo que se tinge desde que o “povo cristão aprofunde a relação entre o mistério eucarístico, a acção litúrgica e o novo culto espiritual que deriva da Eucaristia enquanto sacramento da caridade”: três partes deste documento, que o Papa escreve em sintonia com a primeira encíclica do seu Pontificado, “Deus é Amor”.
Mistério de fé
Ao longo da História da Igreja, o rito da Eucaristia conheceu diferentes desenvolvimentos: nas igrejas do oriente, que conservam memórias dos primeiros séculos da Igreja; nas reformas do Concílio de Trento; com Missal de São Pio V; e a renovação litúrgica proposta pelo II Concílio do Vaticano. Em todos os momentos, na diversidade de ritos, transparece sempre a multiforme riqueza da Eucaristia, “fonte e ápice da vida e missão” da Igreja.
Em “Sacramento da Caridade” surge como primeira grande certeza o facto de estarmos diante de um mistério de fé. “A Eucaristia é por excelência «um mistério da fé»”. “E a fé da Igreja é essencialmente uma fé eucarística e alimenta-se, de modo particular, à mesa da Eucaristia”(6). Nela “Jesus não dá ‘alguma coisa’, mas dá-Se a Si mesmo” (7), recordando-se essa doação, a novidade dessa Nova Aliança, em cada celebração (9). Ela é “constitutiva do ser e do agir da Igreja” (15).
Divorciados re-casados
A Eucaristia é o fim de um percurso de iniciação cristã. “Somos baptizados e crismados em ordem à Eucaristia”. Centro da vida sacramental, é também a razão de ser dos que recebem o sacramento da ordem. Neste documento, Bento XVI recorda a observação do celibato na tradição latina, que não se pode compreender em termos meramente “funcionais”. Ele constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo”, como “sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus”. Por isso, Bento XVI afirma o seu carácter obrigatório para a tradição latina.
Com o matrimónio, a Eucaristia “apresenta uma relação particular”. “A Eucaristia exprime a irreversibilidade do amor de Deus em Cristo pela sua Igreja”. E implica o mesmo carácter irreversível ao amor vivido em matrimónio. É por isso que a Eucaristia implica “aquela indissolubilidade a que todo o amor verdadeiro não pode deixar de anelar” (29).
Neste documento, o Papa recorda que “o Sínodo dos Bispos confirmou a prática da Igreja, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir aos sacramentos os divorciados re-casados, porque o seu estado e condição de vida contradizem objectivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja que é significada e realizada na Eucaristia” (29). Todavia, sugere-se que cultivem um “estilo de vida cristão”, para o qual a solicitude pastoral deve contribuir.
Nos casos em que podem surgir dúvidas sobre a “validade do Matrimónio”, “deve fazer-se tudo o que for necessário para verificar o fundamento das mesmas”. Para isso, pede aos Tribunais Eclesiásticos uma a “actividade correcta e pressurosa” (29).
Sacramentum caritatis - Bento XVI
Nesta segunda parte a Exortação reconhece que “a fonte da nossa fé e da liturgia eucarística é o mesmo acontecimento: a doação que Cristo fez de Si próprio no mistério pascal. Eis porque é necessário reconhecer com força que “a liturgia eucarística é essencialmente acção de Deus que nos envolve em Jesus por meio do espírito, o seu fundamento não está á mercê do nosso arbítrio e não pode suportar a chantagem das modas passageiras. A Igreja celebra o sacrifício eucarístico obedecendo ao mandato de Cristo, a partir da experiência do Ressuscitado e da efusão do Espírito Santo.”
Cristãos não católicos
Desejando a unidade com cristãos de outras Igrejas ou Comunidades eclesiais, o documento alerta para o perigo de usar a Eucaristia como “simples meio” para “alcançar a referida unidade” (56). Porque a Eucaristia manifesta a comunhão pessoal com Jesus Cristo e “implica também a plena comunhão com a Igreja”, “com dor mas não sem esperança, pedimos aos cristãos não católicos que compreendam e respeitem a nossa convicção, que assenta na Bíblia e na tradição: pensamos que a comunhão eucarística e a comunhão eclesial se interpretam tão intimamente que se torna geralmente impossível aos cristãos não católicos terem acesso a uma sem gozar a outra”.
E, neste sentido, a Exortação afirma que “ainda mais desprovida de sentido seria uma concelebração verdadeira e própria com ministros de Igreja e Comunidades eclesiais que não estão em plena comunhão com a Igreja Católica”.
Dos media ao latim
O Documento valoriza a transmissão da Eucaristia pelos meios de comunicação social, que ampliaram o significado da palavra “participação”. No entanto, ela é válida para quem não se possa deslocar à igreja, nomeadamente idosos ou doentes. Os presos e os migrantes devem também merecer o empenho que lhes garanta a participação na Eucaristia, no caso dos migrantes de acordo com ritos próprios dos países de origem.
Nesta Exortação Apostólica, o Papa valoriza a celebração em latim. Pede mesmo que, nas celebrações que tenham um carácter internacional, “exceptuando as leituras, a homilia, e a oração dos fiéis, é bom que tais celebrações sejam em língua latina” (62). Bento XVI pede também que “sejam recitadas em latim as orações mais conhecidas da tradição da Igreja e, eventualmente, entoadas algumas partes em canto gregoriano”. Para isso, recomenda a formação necessária aos sacerdotes e também aos leigos.
Eucaristia na vida: repartir o pão.
Na terceira e última parte a Exortação Apostólica (nn 70-93) mostra a capacidade do mistério, acreditado e celebrado, de constituir o horizonte último e definitivo da existência cristã: “o mistério acreditado e celebrado possui em si mesmo um tal dinamismo, que faz dele princípio de vida nova em nós e forma da existência cristã”.
A Exortação Apostólica não hesita em afirmar que “a Eucaristia impele todo o que acredita n’Ele a fazer-se pão repartido para os outros, e consequentemente a empenhar-se por um mundo mais justo e fraterno.” E mais adiante afirma: “é através da realização concreta desta responsabilidade que a Eucaristia se torna na vida o que significa na celebração”.
Mais fortes ainda são as expressões de Bento XVI em relação ás situações de injustiça social, de violências e de guerras, de terrorismo, de corrupção e exploração e á indigência do homem. A Igreja que vive da Eucaristia, sobretudo através da responsabilidade dos seus fiéis leigos, não pode senão estar presente na historia e na sociedade a favor de cada homem, em particular de quem, por causa da injustiça e do egoísmo de tantos, sofre a indigência, a fome e situações endémicas de doença, porque não tem acesso aos recursos elementares no campo da alimentação e da saúde. Jesus, alimento de verdade - afirma a Exortação Apostólica – “leva-nos a denunciar as situações indignas do homem, nas quais se morre á mingua de alimento por causa da injustiça e da exploração e dá-nos nova força e coragem para trabalhar sem descanso na edificação da civilização do amor.
sábado, março 10, 2007
“Família sim, Casamento não?”
“A Igreja tem, por isso, que aprender a ser o resto”, a minoria, o fermento na massa. É importante conferir ao casamento a dimensão de uma missão a dois que se transforma num ideal de comunhão. Numa sociedade onde o entendimento que se faz do amor se liga á satisfação do eu e à ausência de qualquer tipo de sacrifício, é importante também educar para a afectividade e, sobretudo para a maturidade afectiva que nos impele a tomar decisões fundadas no amor.
... O que espero do sacerdote (Michael Albus)
- Espero que o sacerdote seja modesto e viva com simplicidade; que saiba calar quando os outros falam e que tenha a palavra certa quando os outros se calam.
- Espero que o sacerdote reze, que seja profundo e que me torne participante das suas profundidades quando eu corro o perigo de frequentemente ficar pela superficialidade da vida quoatidiana.
- Espero que ele tenha tempo, hoje e amanhã, sem datas marcadas no calendário, porque acredito que a tarefa mais importante para o sacerdote é ter tempo para as pessoas, sempre que lhe perguntem: "tem tempo para mim?" É o tempo de Deus! O sacerdote é para mim a garantia do tempo que Deus tem para mim.
- Espero que leia e se interrogue; há muitos que não se interrogam e por isso não podem dar também respostas.
- Espero que o sacerdote me venha ver, que venha ver a nossa família, que não espere que os outros o vaiam ver a ele.
Espero muito do sacerdote, talvez demasiado!
sexta-feira, março 09, 2007
O que um leigo espera do sacerdote (Michael Albus)...
- Muitos sacerdotes são meus amigos; outros constituem para mim um enigma, porque não sou capaz de saber e discernir porque é que foram sacerdotes. Poderiam ter sido directores de uma empresa, bancários, pequenos comerciantes... A mim não me compete emitir juizos, porque estou seguro que Deus vê o que eu não vejo. Mas tenho expectativas (porque tenho experiências). Conhecço sacerdotes que se vivem "uma vida boa": vinho, mulheres, eventos culturais (ou que se consideram como tais), têm móveis de luxo, compram automoveis de gama alta, vão aos melhores restaurantes...
- Conheço sacerdotes que são puros tecnocratas do poder, não do poder espiritual, oh, oh, mas do poder administrativo, do poder organizativo. Quando os vejo, não consigo pensar que estão "ao serviço dos mais fracos e dos mais pobres". Estão ao serviço dos grandes senhores da política, da sociedade e da Igreja! Dá-me medo a sua frieza glacial.
- Conheço sacerdotes, cujo ideal, se tem algum, é não serem identificados como tal. Querem permanecer no anonimato. Alguns fazem isto - tenho que admiti-lo - por razões que são compreensiveis: não querem continuar a ser "o senhor prior", o "senhor abade"; o "reverendissimo"... Mas às vezes fazem isto por terem medo de não estarem à altura das esperanças que nós depositamos neles quando os reconhecemos como sacerdotes.
- Conheço sacerdotes que olham para os leigos como pessoas que não são tão "santas" como eles. Aos leigos utilizam-nos, de vez em quando, como figuras do tabuleiro de xadrez pastoral. Há clérigos que se servem de nós, os leigos, como se fossemos um "material" nas suas mãos. Algumas vezes assunstam-se quando lhes digo que não podem fazer o que eles querem, porque tenho familia.
- Conheço também sacerdotes a quem posso dirigir-me quando tenho vontade de escutar umas palavras que me dizem com naturalidade e sem segundas intenções; quando quero que me escutem realmente e não estão constantemente a escutar-se a si próprios. São sacerdotes que não colocaram uma placa à porta da casa paroquial: "Horas de atendimento: das 11 às 12 e das 16-17. Rogamos que que venham neste horário, a não ser em casos de urgência".
- Conheço sacerdotes que, no meio de uma sociedade opulenta e satisfeita, vivem com simplicidade; não se vestem como "maltrapilhos", mas também não vestem trajes de luxo ou gravatas caras. Não se envergonham de fazer as tarefas da casa nem vacilam quando é preciso cuidar das crianças de uma família....
- Conheço sacerdotes que quando dizem "irmãos e irmãs" o dizem de verdade e são dignos de crédito, porque estão persuadidos do fundo do coração que são irmãos de todos! Mas vejo muitos outros que não estão imbuidos do espírito do Novo Testamento. Em muitas casas paroquiais observo uma vida demasiado burguesa e demasiadas barreiras e comodidades... A alguns desses senhores fazia-lhes muito bem passar uns quantos meses com alguns colegas num cidade pobre do terceiro mundo ou até nos bairros periféricos de algumas grandes cidades, sem agua corrente, sem todas as comodidades. Essa experiência bastaria... Não estou contando histórias, mas realidades!
quarta-feira, março 07, 2007
Superstição, ritualismo, religião, supermercados de sacramentos...
Aqueles que falam sempre contra, mas nunca aparecem, mesmo com as portas escancaradas.
Aqueles que vão a Fátima, colocam montes de velas, se arrastam de joelhos... e depois na comunidade.... zero compromisso, nunca aparecem, deixam sempre lugar vazio.
Penso que está aqui um grande desafio à Igreja. "Não temais, pequenino rebanho"!
Porque continua a Igreja a aceitar estes comportamentos?
Porque continua a Igreja a baptizar filhos de quem nada quer com a fé?
Só para termos estatísticas?
Porque se celebram missas de "corpo presente" por quem, em vida, nunca lá quis pôr os pés?
E depois... um cristianismo cheio de promessas, velinhas, procissões, discussões, mas vazio de COMPROMISSOS!
Em quantos cristãos podemos encontrar um cheirinho das pegadas de Cristo?
Um cardeal no seu labirinto
«Na minha vida, já nada me perturba.»
segunda-feira, março 05, 2007
Em menos de 3 anos, sairiam de Lisboa três bispos para dioceses. O último, D. Manuel Clemente. O patriarcado de Lisboa é um viveiro de bispos?
Entrevista do Cardeal à revista Visão.
Eu também digo valha-me Deus!
domingo, março 04, 2007
Arqueología ao sabor da "press release"
Preferia não ter padre
Haviam-lhe tirado aquela fé. Aquela.
quinta-feira, março 01, 2007
O bom confessor é um bom penitente.
Pe. Amedeo Cencini
D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu apela a que haja "consultórios" abertos
Túmulo de Jesus, «entre arqueologia inventada, publicidade e vendas».
O centro de pesquisa, após informar em um comunicado o parecer de todos os arqueólogos israelenses que se pronunciaram contra este suposto achado, conclui: «Esperamos com ansiedade saber quando acontecerá a venda das ‘preciosíssimas’ relíquias em que casa de leilão».