Powered By Blogger

quinta-feira, novembro 30, 2006

Movimentos do «não» trazem a Lisboa pioneira da liberalização nos EUA

A campanha para o referendo já começou. Os movimentos vão organizando e as primeiras iniciativas começam a entrar na agenda. O «não» traz a Lisboa a mulher que esteve na origem da liberalização da interrupção da gravidez nos EUA e que depois passou a activista anti-aborto

Nos anos 70 Norma McCorvey iniciou uma batalha legal que levaria à consagração do aborto enquanto direito constitucionalmente protegido nos EUA. Hoje é uma activista das organizações pró-vida e são duas dessas organizações - Missão Vida e pelos Juntos pela Vida – que a trazem a Portugal, onde vai estar de domingo a quarta-feira.

O ponto alto será uma conferência na faculdade de Letras, em Lisboa, na terça-feira, precisamente o mesmo dia em que será feita a apresentação oficial da plataforma «Não obrigada», que congrega os vários movimentos e associações que se estão a mobilizar para a campanha do referendo à despenalização do aborto.

Norma McCorvey protagonizou o caso Roe v. Wade que chegou até ao Supremo Tribunal e criou jurisprudência, que nos EUA tem força de lei. Quando lhe foi permitido abortar já tinha tido o bebé, que deu para adopção. Durante anos trabalhou em clínicas de aborto, mas no final dos anos 90 passou de defensora do aborto para uma activista das organizações pró-vida.
Em 1997, fundou a «Roe No More Ministry», com a intenção de expor todas as mentiras contadas por ela própria no caso Roe v. Wade e no ano seguinte lançou a sua autobiografia, «Won By Love».
Desde então, tem-se dedicado a falar sobre a sua experiência pelo mundo fora. Participa na «Justice Foundation's Operation Outcry», uma fundação que se dedica a recolher informação sobre mulheres que fizeram um aborto, como forma de mudar a decisão em consequência do caso Roe v. Wade

quarta-feira, novembro 29, 2006

Comunidades sacerdotais: sim ou não?

A Igreja, tanto na Sagrada Escritura como no Código de Direito Canónico para não mencionar outros documentos, recomenda insistentemente que haja entre os sacerdotes “alguma forma de vida comunitária”. No entanto, nota-se cada vez mais uma grande dificuldade em assumir um tipo de vida mais de acordo com Evangelho. São muitas as razões, eis algumas:
  • A longa tradição dos padres diocesanos viverem sozinhos.
  • A falta de uma preparação adequada, no tempo de formação, em ordem à vida comunitária.
  • A nomeação dos sacerdotes raramente tem em vista a constituição de comunidades sacerdotais, que possam funcionar razoavelmente bem. Por sua vez, o modo de funcionar destas equipas nem sempre respeita a especificidade de cada um dos seus membros.
  • A partilha de bens também é uma dificuldade real encontrada por muitos padres.

Porém, estas e outras dificuldades poderiam ser ultrapassadas mediante:

  • Aprofundamento da comunhão dentro do próprio presbitério.
  • Melhor concretização dos diversos níveis de vida comunitária.
  • Motivação pessoal dos sacerdotes.
  • Fomento de uma espiritualidade comunitária.

Fonte: Ecclesia

O que pensas das Comunidades Sacerdotais?

terça-feira, novembro 28, 2006

PADRE PORTUGUÊS ACOMPANHA VISITA DO PAPA À TURQUIA

A visita de Bento XVI à Turquia é a prova de que este "não teme o diálogo". Mesmo com as manifestações nas ruas e ameaças, o papa sabe que é preciso aprofundar a relação com os cristãos ortodoxos, por um lado, e com o islão, por outro.
"O amor é mais forte do que o perigo". Bento XVI
"A Igreja respira a dois pulmões, um oriental e outro ocidental". João Paulo II
O Padre português - Hugo Santos - conta que as manifestações contra a visita do papa à Turquia não assumiram uma porporção tão grande como fazem crer as imagens televisivas que têm corrido mundo.
Fonte: DN
QUEM ESTARÁ INTERESSADO QUE A VISITA CORRA MAL?

segunda-feira, novembro 27, 2006

VEJA AS POSSIVEIS RASTEIRAS...

Projecto de LEI de 22/3/2005 (19/X/1)
(Que foi proposto pelo PS simultaneamente com uma Proposta de referendo que não a ter lugar)
Artigo 142°
Interrupção da gravidez não punível
1 - Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico ou sob a sua direcção, em estabelecimento oficial ou oficialmente reconhecido com o consentimento da mulher grávida, nas seguintes situações:
a) a pedido da mulher e após uma consulta num Centro de Acolhimento Familiar, nas primeiras dez semanas de gravidez, para preservação da sua integridade moral, dignidade social ou maternidade consciente; - NOVO
b) (actual alínea a): Constitua o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde fisíca ou psíquica da mulher grávida;
c) caso se mostre indicada para evitar perigo de morte ou grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica, da mulher grávida, designadamente por razões de natureza económica ou social, e for realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez - ALTERADO altera a Lei actual que é assim:[b) Se mostre indicado para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde fisíca ou psíquica da mulher grávida, e seja realizado nas primeiras 12 semanas de gravidez;
d) (actual alínea c);
e) (actual alínea d).
2- Nos casos das alíneas b) a e), a verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez é certificada através de atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção, por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, a interrupção é realizada.

domingo, novembro 26, 2006

dezenas de milhares manifestam-se contra Bento XVI

Dezenas de milhares de pessoas concentraram-se hoje em Istambul para protestar contra a visita do papa Bento XVI à Turquia, cujo início está previsto para a próxima terça-feira.

Cerca de 50.000 participantes, segundo testemunhas locais, responderam a um apelo feito pelo conservador Partido da Felicidade, cujos dirigentes asseguraram, por seu turno, que cerca de 100.000 pessoas estiveram na concentração.


Os promotores esperavam reunir um milhão de pessoas na Praça Caglayan, sob a divisa «este papa astucioso e ignorante não deve vir» à Turquia, mas a afluência foi inferior às suas expectativas.
«O papa não deve vir», «Istambul não é Constantinopla» e «Santa Sofia tem de voltar a ser uma mesquita», gritavam os manifestantes, alguns dos quais exibiam caricaturas de Bento XVI vestido como guerreiro cruzado e onde se podia ler: «somos contra as Cruzadas».
Uma maré de bandeiras vermelhas do Partido da Felicidade invadia a praça central onde decorria a manifestação.
A Turquia foi um dos países que criticaram com mais dureza as declarações do Bispo de Roma pronunciadas em Setembro, na universidade alemã de Ratisbona, que foram consideradas uma ofensa contra o Islão e o profeta Maomé.

Fonte: Agência lusa

sexta-feira, novembro 24, 2006

O ser humano procede de uma única célula.

Cada um de nós já foi, um dia, uma única célula, isolada, irrepetível, habitando um meio líquido… Em 9 meses, esta única célula percorre, no tempo, o que a espécie humana percorreu em 9 milhões de anos, uma vez que a espécie humana foi sempre evoluindo ao longo destes milhões de anos. O zigoto, desde a fecundação, imediatamente desde a união do espermatozóide com o óvulo, contém toda a informação genética do ser humano que vai nascer, na história actual, precisamente no hoje do desenvolvimento civilizacional.
O ser humano começa por ser tão simples (uma única célula!) que somente se vê ao microscópio. Aqui, e com estes meios técnicos, pode fazer-se a primeira apresentação do corpo do homem. Sendo um corpo humano, tem toda a dignidade de um corpo humano… Em qualquer estádio em que se considere o seu desenvolvimento, é um corpo humano, com toda a informação genética do ser humano. Mais nada do exterior vai intervir para acrescentar, melhorar ou modificar esta realidade…
Com toda a evidência científica, nunca pode dizer-se que o “respeito” devido à pessoa humana tem a ver com o “tamanho” ou a idade do seu corpo…
Quanto à animação do ser humano deve dizer-se que, no momento em que está constituída a identidade genética (concepção), está constituída a alma “potencialmente”. Quer isto dizer que a “alma” existe no ser humano desde o primeiro momento da sua identidade como corpo, embora o seu exercício vá acontecer bastante mais tarde…
Qualquer lei que tenda a interromper este processo da vida é uma lei abortiva cujo resultado é a morte de um ser humano.
Justificar o contrário :
  • é ir contra a ciência;
  • é ir contra o direito à vida, defendido na Constituição da República;
  • é reconhecer que o Estado se põe do lado do crime contra os mais frágeis da sociedade;
  • é ir contra a tendência demográfica, que pede o aumento dos nascimentos.

Apoiar esta lei:

  • é negar aos nascituros o direito de nascer;
  • é negar às pessoas com deficiências o direito de apoio e de vida social;
  • é abrir precedentes para a eliminação de todos os que não são contribuintes líquidos para uma sociedade, cada vez mais intolerante e desigual.

Ilídio Pinto Leandro, Bispo de Viseu

quinta-feira, novembro 23, 2006

Igrejas também morrem

Quais os perigos que ameaçam o futuro do movimento evangélico?

Na Inglaterra, entrei num salão de snooker sentindo náuseas. A vertigem que invadiu o meu corpo foi diferente de tudo que já sentira antes. As mesas verdes espalhadas pelo largo espaço, lembravam-me um necrotério. Eu explico porquê. Aquele salão havia sido a nave de uma igreja, que definhou através dos anos, até ser vendido. O pastor que me levou nessa insólita visita relatou que, na Inglaterra, há um grande número de igrejas que morreram lentamente. Devido aos altos custos de manutenção, só restava ao remanescente negociá-las. Os maiores compradores, segundo ele, são os muçulmanos, donos de lojas de antiguidades e, infelizmente, de bares e boites.
Ao ver o púlpito talhado em pedra com inscrições de textos bíblicos - "Pregamos a Cristo crucificado"; "O sangue de Cristo nos purifica de todo pecado" -, voltei atrás no tempo e lembrei-me de que aquela igreja, fundada durante o avivamento wesleyano, já fora um espaço de muita vitalidade espiritual. As placas de granito e mármore, ainda fixadas nas paredes, mostravam que naquele altar - agora balcão do bar -pregaram pastores e missionários ilustres.
Imaginei aquele grande espaço - hoje cheio de homens vazios - lotado de pessoas ansiosas por participarem do mover de Deus que varria toda a Inglaterra. Perguntei a mim mesmo: "o que levou essa congregação a morrer de forma tão patética?".
Hoje, grandes denominações compram estações de rádio e televisão.
Cantores evangélicos gravam e vendem muitos CD's.
Publicam-se revistas e livros.
Comercializam-se bugigangas religiosas nas várias livrarias, que também se multiplicam.
Quais os perigos que ameaçam o futuro do movimento evangélico? Alguns já se mostram de forma exuberante.
A trivialização do sagrado
Faltam temor e espanto diante de Deus O único medo é o do pastor: de que a oferta não cubra as despesas e os seus planos de expansão. A cultura evangélica este fomentando uma atitude muito displicente quanto ao sagrado. O deus que está a serviço de seu povo para lhes cumprir todos os desejos, certamente não é o Deus da exortação de Hebreus 12:28-29: "Por isso. recebendo nós um reino inabalável retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor". Se nos acostumarmos com o mistério de Deus e trivializarmos Sua presença, acabaremos colocando-O naj mesma categoria de nossas teologias e ideologias, usos, costumes e preconceitos exportados do império actual. Que osi evangélicos não se comportem como meros moços de recado do templo de César, mas como porta-vozes independentes e autênticos do Evangelho da paz, do amor e da alegria. Evangelho da sanidade, divino, porém humano.

O esvaziamento dos conteúdos
Uma das marcas mais patéticas do tempo em que vivemos é a maçadora repetição de lugares comuns nos púlpitos evangélicos. Frases de efeito são copiadas e multiplicadas nos sermões. Algumas, vazias de conteúdo, criam êxtases sem nenhum desdobramento Servem para esconder o despreparo teológico e a falta de esmero ministerial. Manipulam-se os auditórios, eleva-se aj temperatura emotiva dos cultos, mas não se cria um enraizamento de princípios. Gera-se um falso júbilo, mas não se fornecem ferramentas para criar convicções espirituais. Hannah Arendet, filósofa de século XX, ao comentar sobre o facto de que Eichmann, nazi, braço direito de Hitler, respondeu com evasivas às interrogações do tribunal de guerra que o julgava sobre seus crimes, afirmou: 'Clichés, frases feitas, adesões a condutas e códigos de expressão convencionais e padronizados têm a função socialmente reconhecida de nos proteger da realidade, ou seja, da exigência de atenção do pensamento feita por todos os factos e acontecimentos"
Qual será o futuro dessa geração que se contenta com um papagaiar contínuo de frases ocas que só prometem prosperidade, vitória sobre demónios e triunfo na vida?
A mistura de meios e fins
Por anos, combateu-se a ideia de que os fins justificavam os meios, porque essa premissa justificava comportamentos éticos. Hoje, o problema aprofundou-se. Não se sabe mais o que é meio e o que é fim. Não se sabe mais se a igreja existe para levantar dinheiro ou se o dinheiro existe para dar continuidade à igreja. Canta-se para louvar a Deus ou para entretenimento do povo? Publicam-se livros como negocio ou para divulgar uma ideia? Os programas de televisão visam popularizar determinado ministério ou a proclamação da mensagem? As respostas a essas perguntas não são facilmente encontradas. Cristo não virou as mesas dos cambistas no templo simplesmente porque eles pretendiam prestar um serviço aos peregrinos que vinham adorar no templo. Ele detectou que os meios e os fins estavam confusos e que já não se discernia com clareza se o templo existia para mercadejar ou se mercadejava para ajudar no culto. A obsessão por dinheiro, a corrida desenfreada por fama e prestígio e a paixão por títulos revelam que muitas igrejas já não sabem se existem para facturar. Muitos líderes ja não gastam as suas energias buscando um auditório que os ouça, mas procuram uma mensagem que segure o seu auditório. A confusão de meios e fins mata igrejas por asfixia.
O livro do Apocalipse mantém a advertência, muitas vezes desapercebida, de que igrejas morrem. As sete igrejas ali mencionadas - inclusive a irrepreensível Filadélfia - acabaram-se. Resumem-se a meros registros históricos. Não podemos achar abrigo na promessa de Mateus 16 - de que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja - para justificar qualquer irresponsabilidade. O livro do Apocalipse adverte: "Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras; e se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas" (Ap 2:5).

Crescer numericamente não imuniza a igreja de perigos. Pelo contrário, torna-a mais vulnerável. Resta perguntar: Será que agora, famosos e numericamente profusos, não estamos precisando de profetas? Será que o tão propalado avivamento evangélico não necessita de uma Reforma? Aprendamos com a história. Um pequeno desvio hoje pode tornar-se um abismo amanhã. Imaginar que podemos condenar nossas igrejas a se tornarem bares de snooker é um sonho horrível. Porém, se não fizermos algo, esse pesadelo pode se tornar realidade.
Que Deus nos ajude

sábado, novembro 18, 2006

O celibato opcional não é a solução para a falta de mão de obra, mas talvez uma solução para o equilibrio dos afectos e da felicidade.

A propósito da reunião do Papa com os chefes de Dicastérios da Cúria Romana, volta a falar-se do celibato dos padres.
Claro que, em Roma, nada de novo.
Acho graça que se coloque sempre a questão como solução ou não da crise de vocações e, portanto, da falta de padres. Ou seja, como parte de uma estratégia de angariação de mão de obra.
No que me toca, penso de forma distinta e talvez esteja aí umas das muitas razões que me impedirão o acesso à púrpura.
Não me interessa se haveria mais padres ou não. Provavelmente não.
Interessa-me, isso sim, que os poucos que haja sejam homens equilibrados nos seus afectos e sexualidade. E que não consumam tempo e energia vital a lidar com esse "problema". Que sejam mais felizes. E mais humanos. E melhores padres.
Será isto absurdo ou difícil de perceber?

quarta-feira, novembro 15, 2006

D. Eurico Dias Nogueira vai mais longe!!!

D. Eurico Dias Nogueira, arcebispo emérito de Braga, diz mesmo que "está na altura de se avançar para a realização de um concílio para debater o celibato dos padres e a ordenação sacerdotal das mulheres".

Precisamos de uma Igreja mais corajosa e menos acomodada.

"Não acho que vá haver alterações" D. Carlos Azevedo

"É necessário encontrar gente para a pastoral da Igreja, pessoas que orientem as comunidades cristãs. E é preciso que a vida pastoral da Igreja seja activada por pessoas preparadas. Mas a Igreja sempre soube ter criatividade para encontrar estruturas para cada época, e, portanto, também encontrará para esta época".

As pessoas estão preparadas (800 padres casados) porque não aproveitá-los?
É preciso fazer tudo o que está ao nosso alcance para que isso aconteça? Temos feito?

Papa discute o assunto do celibato sacerdotal e a readmissão de sacerdotes casados

Para amanhã,o papa Bento XVI convocou uma reunião do mais alto nível entre seus colaboradores da Santa Sé, para analisar a questão do celibato sacerdotal.
Para além outros assuntos, a reunião refletirá também "sobre os pedidos de dispensa da obrigação do celibato e as de readmissão ao ministério sacerdotal que os sacerdotes casados durante os últimos anos apresentaram".
Fonte: Zenit
A questão do celibato é do foro disciplinar. Na Igreja Católica Oriental os sacerdotes podem ser casados; na Igreja Católica Latina optou-se pela disciplina do celibato, estabelecido em 1139 (II Concílio de Latrão). O diaconado permanente, por outro lado, pode ser conferido a homens já casados.
Pensa-se que no mundo haverá cerca 150.000 padres casados.
  • Estados Unidos 25.000.
  • Itália 10.000.
  • Espanha 6.000
  • Portugal 800

Aceitaria um padre casado na sua paróquia? E aceitava confessar-se a ele?

O que pensa sobre o assunto?

terça-feira, novembro 14, 2006

Ginecologistas britânicos pedem direito de poder matar recém-nascidos deficientes

Com uma declaração publicada pelo «Sunday Times» em 5 de novembro passado, o Real Colégio de Obstetras e Ginecologistas (RCOG) do Reino Unido anunciou ter solicitado «a possibilidade de matar os neonatos deficientes».
O que inquieta os pediatras são três coisas.
Em primeiro lugar: ter de se converter em executores de uma condenação à morte: não nos tornamos médicos para isso, sobretudo em uma época na qual a condenação à morte é estigmatizada por um número cada vez maior de Estados.
Em segundo lugar: considerar os próprios pacientes como não-pessoas: há autores que sustentam que os neonatos não são pessoas porque ainda não têm uma autoconsciência (e é uma lógica conseqüência de quem não considera como pessoa o feto ou o embrião pelo mesmo motivo): e disto chegam a dizer que os neonatos nem sequer são capazes de sentir dor, sendo a autoconsciência justamente um requisito para esta sensação. Afirmações desmentidas amplamente pela ciência.
Em terceiro lugar: considerar a deficiência não como uma vida a socorrer e respeitar, mas com uma atitude fóbica, como uma vida de segunda divisão (série B).
Esta notícia não me surpreendeu. Compreendo o horror, mas não compreendo o estupor: quem estudou anatomia e biologia, quem é especialista em fisiologia humana, bem sabe que não existe nenhuma diferença substancial entre feto e neonato, além de pequenas modificações no círculo sanguíneo; portanto, não se compreende por que horroriza matar um neonato e não matar um feto. A menos que não se creia que a entrada de ar nos pulmões tenha um efeito «mágico» capaz de transformar o DNA ou a consciência do indivíduo!
A foto do pequeno feto morto dentro da mãe assassinada, publicada há alguns meses por um jornal italiano, impressionou não porque se fazia ver um cadáver (lamentavelmente vimos também recentemente na TV e nos jornais muitas crianças mortas em guerra) mas porque se fazia ver a realidade: que um feto não é outra coisa senão uma criança que ainda não desfrutou do ar exterior. E isto, cada mãe sabe que é verdade, como o sabe qualquer um que por trabalho cuida dos pequeninos fetos precocemente saídos do útero materno, chamados «crianças prematuras». Sabem-no também os cirurgiões que operam os fetos ainda no útero. Repito: o drama é que nos surpreenda isso, enquanto é preciso iniciar um trabalho cultural, feito de pesquisa e de divulgação séria, e não só já de «reações» (à última «transgressão», ao último horror).
O verdadeiro esforço bioético de hoje não é o de afirmar um vago sentido de misericórdia para com o próximo (também os programas televisivos estão cheios de lágrimas), mas de buscar a evidência, a realidade; afirmar que um embrião é um embrião e não uma célula qualquer, que um feto de poucos gramas experimenta dor, que o DNA mostra que a vida de cada um começa desde a concepção. Em definitivo, é como demonstrar que uma flor é uma flor, e não um vaso!
Fonte: Zenit

sábado, novembro 11, 2006

Roseta: PS deve despenalizar IVG se «não» ganhar sem maioria

A dirigente socialista Helena Roseta propôs hoje que o PS despenalize o aborto até às 10 semanas de gravidez mesmo se o «não» ganhar o referendo, caso este não tenha a participação da maioria dos eleitores.
É esta a noção de democracia?
Que falta de respeito por aqueles que tem dúvidas sobre o tema e optaram por se abster?

sexta-feira, novembro 10, 2006

"Deus não falha".

“Deus não falha. Ou melhor, inicialmente Deus falha sempre, deixa existir a liberdade do homem e esta diz continuamente que não, mas a fantasia de Deus, a força criadora do seu amor é maior do que o não humano”.

Bento XVI

quinta-feira, novembro 09, 2006

Padre ganha na TV dinheiro para a Igreja

Na Sertã todos conhecem o padre José António e muitos nem queriam acreditar que se tinha candidatado ao concurso da RTP 1 "Um contra todos". Mas fê-lo. E com o objectivo de "ganhar o que Deus quisesse" para ajudar nas obras da Igreja Matriz da localidade, onde é pároco há sete anos. O padre José António saiu dos estúdios com 3487 euros. Não dá para as obras (25.000 a 50.000 euros) "mas dá para pagar facturas atrasadas".

Fonte: JN
"Hoje é fácil reunir pessoas para ouvirem falar sobre o prazer, mas não da cruz".
Cardeal D. Geraldo Agnelo

segunda-feira, novembro 06, 2006

«Filhos no céu», quando se perde sangue do próprio sangue

Filhos no céu é uma associação, uma «escola de fé e de oração», que oferece um caminho de fé e de esperança para superar a dor pela perda prematura de um filho e reencontrá-lo no céu, isto é, no mistério de Deus.

Quem fundou e anima esta associação é Andreana Bassanetti, psicóloga e psicoterapeuta de Parma, Itália, que não conseguiu salvar do suicídio sua filha de vinte e um anos, Camilla. Frente a essa dor pela morte de sua filha, Andreana, após seis meses em que não conseguia levantar-se da cama, conseguiu sair de casa e encontrou uma igreja aberta. Entrou com a sensação de que alguém a esperava desde há muito tempo e desde aquele dia, atraída por uma força desconhecida, durante oito meses, voltou a ajoelhar-se diariamente naqueles bancos. Lendo os salmos, relata a psicóloga, «senti uma voz interior que pronunciava palavras de amor. Mais que uma voz era um sopro quente, intensíssimo, como uma melodia, um canto de palavras esfumadas, que me penetrava e me preenchia, e me desfazia interiormente: eu conseguia perceber confusamente só a palavra amor». Bassanetti conta que «tudo durou somente dez segundos, mas teve um efeito grandioso, milagroso, me libertou do peso que me paralisava», e acrescenta: «Sobre o monte o senhor proverá, Deus me havia dado um coração novo. Eu percebi que estava chorando: silenciosamente, lágrimas quentes inundavam meu rosto. Como se pode resistir a um amor tão grande?». «Aquela noite foi para mim uma noite verdadeiramente santa, milagrosa -- escreve a fundadora de “Filhos no céu”. Voltei para cada transformada, com o coração repleto de gratidão, selando no profundo as palavras do salmo 39: “Aqui estou, Senhor, para fazer a tua vontade”».
Assim é como Andreana Bassanetti o conta nesta entrevista.
Como é possível superar uma dor tão forte como a morte de uma filha?
-Bassanetti: Quando um filho morre por causas acidentais ou naturais, para um progenitor o tormento é indescritível. É a maior dor que um ser humano pode experimentar. Um desprendimento tão lacerante que nunca se cicatriza: a existência daquele que fica, se consegue superá-la. Já não voltará jamais a ser a mesma, mas o Senhor, quando tira algo, fá-lo somente para dar um dom maior. Depois dos meses em que eu não conseguia suportar a dor e pensava também eu em morrer, o Senhor visitou-me verdadeiramente e cumulou-me de graças, envolveu-me nos seus braços maternos, consolou-me, curou as minhas feridas e, sobretudo, abrandou o meu coração, endurecido pela dor. Tomei consciência d’Ele, do seu Mistério, de sua Presença, do seu Espírito que vivifica a alma, acende o coração e abre a mente ao céu. E na luz que me envolvia totalmente e me fazia renascer o amor e a esperança, reencontrei a Camilla. A igreja converteu-se no lugar privilegiado de nossos encontros, um momento sublime de espera, de diálogo, de união, porque se o corpo aproxima, o espírito vai muito além, une, finde, confunde. A morte da minha filha Camilla fez-me encontrar Deus. Ou melhor, a minha verdadeira vida começou quando Deus irrompeu nela.
Como é possível dar graças a Deus pelo suicídio de uma filha?
-Bassanetti: Existem verdades que o Senhor escondeu no intimo do nosso coração, que requerem todo um longo caminho na escuridão, exigem toda a fadiga de uma busca, até o encontro com Ele. Para reencontrar os filhos no Caminho verdadeiro, a Verdade nos diz que ó existe um caminho: «Se alguém quiser me seguir, negue-se a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me» (Lucas 9, 23). É importante não ter medo da dor. Ainda que seja aguda e aparentemente incontida, nenhuma noite é tão longa que não permita a chegada de um novo dia. Ainda que o caminho a percorrer seja longo e difícil, é bom não se deixar aniquilar pela dor, senão respeitar os próprios estados emocionais, secundando as exigências interiores que, pouco a pouco, se manifestam. Não se pode correr, pulando etapas importantes que são um fundamento necessário e construtivo para a pessoa e para toda a família.
Imagino que esta experiência terá mudado também seu modo de trabalhar...
-Bassanetti: Certamente. O objectivo já não é só o bem-estar, a saúde daquele rapaz ou moça, ou adulto que certamente são sempre importantíssimos. Juntos buscamos o encontro com Deus, a salvação pessoal, na liberdade das escolhas e no respeito das linguagens pessoais. A experiência dolorosa que vivi com Camilla ajuda-me a que nenhum outro sofra as suas próprias penas, e isto ofereço pela sua intercessão, em favor de todos os jovens de algum modo necessitados, e estou segura de que ela, junto com os jovens que estão no céu com ela, está intercedendo por mim.
Fonte: Zenit

O Evangelho à porta do Metro - ICNE, em Bruxelas

Acções de nova evangelização nas ruas de Bruxelas
A 500 metros do parlamento da cidade de Bruxelas encontra-se a Igreja Notre Dame du Sablon. Aqui se juntam vários jovens numa acção de rua. Pertencem à comunidade do Verbo Divino.
Antes de começarem a animação, juntam-se em círculo, em frente à Igreja e rezam pelo trabalho, prestes a começar. Seguem-se as pinturas, porque um palhaço precisa de um nariz vermelho e um malabarista fica mais engraçado com umas pinturas faciais.
Um grupo de 15 pessoas, cheias de vida e com um sorriso para oferecer a quem passa. Há leigos e religiosos no meio do grupo. Começam a tocar e a cantar e quem passa pára para ver. Alguns seguem em frente, outros ficam para admirar o que se passa ou apenas curiosos pela coreografia que agora teve inicio.
Dentro da Igreja estão as relíquias de Santa Teresa de Lisieux onde, à volta, as pessoas se juntam para rezar. Quem não conhece, pode ficar a par da vida desta figura da Igreja através de uma pequena exposição com fotografias evocativas da vida desta santa.
Por toda a cidade vêem-se grandes faixas roxas a dizer “Vem e Vê”, em duas línguas porque aqui tudo é a dobrar (em francês e flamengo). Também nesta igreja estão duas faixas a lembrara que por toda a cidade se vive o Congresso Internacional para a Nova Evangelização.
Os carros param nos sinais de trânsito e a eles se dirigem os jovens. Dão papeis, convidam quem passa a entrar na igreja, motivam para a participação em actividades.
Uma espanhola, de férias na cidade, foi abordada nesta missão de rua. E, pelo que parece, não é a primeira vez. Está familiarizada com o Congresso e já a convidaram para participar nas actividades. “Acho muito interessante os cristãos virem para a rua manifestar a sua fé”, diz.
A comunidade do Verbo Divino está nesta acção a convidar a pessoas e entrar e rezar junto das relíquias e oferece muita animação. Uma jovem francesa, que integra a organização, disse que já participou em Paris e está “a gostar muito de aqui estar. Tínhamos algum receio que o Congresso não chegasse às pessoas, mas agora vemos muitas pessoas a participar. Estou muito feliz por aqui estar”. Vão passando mensagens com passagens Bíblicas, falam da alegria de serem cristãos.

A maioria reage bem por ver “um católico com um sorriso”. As pessoas que não se aproximam “são uma minoria”. Muitos entram na Igreja e rezam, estando um sacerdote disponível para celebrar a reconciliação.

“Vemos dentro da igreja pessoas muito felizes por se afirmarem católicos”. É por isso que se acredita que “este congresso vai deixar marcas nos belgas”.
FONTE: Ecclesia

Jesus revolucionou o sentido da morte - Bento XVI

"O morrer faz parte do viver, e isto não só no final, mas, bem vistas as coisas, em cada instante da existência. Não obstante todas as distracções, a perda de uma pessoa querida faz-nos redescobrir o problema, levando-nos a sentir a morte como uma presença radicalmente hostil e contrária à nossa vocação natural à vida e à felicidade”.
"Jesus revolucionou o sentido da morte. Fê-lo com o seu ensinamento, mas sobretudo enfrentando Ele próprio a morte. Morrendo, Ele destruiu a morte, repete a Liturgia do tempo pascal. O Filho de Deus quis, deste modo, partilhar plenamente a nossa condição humana, para reabri-la à esperança”.
“Quem se empenha em viver como Cristo, é libertado do medo da morte”. Como diz S. Francisco no Cântico das Criaturas – assume “o rosto amigo de uma irmã, pela qual até se pode dar graças a Deus: Louvado sejais, Senhor, pela nossa irmã a morte corporal”.


Para o Papa, a verdadeira morte, que há que temer é a morte da alma, que o Apocalipse chama segunda morte. “De facto, quem morre em pecado mortal, sem arrependimento, encerrado na orgulhosa recusa do amor de Deus, autoexclui-se do reino da vida".

Fonte: Ecclesia

sábado, novembro 04, 2006

O Aborto

Chamemos as coisas pelos nomes. Entrou em uso o termo IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez) em detrimento da palavra aborto. O dicionário de Português diz que aborto é o acto ou efeito de abortar, ou seja, de terminar com algo. É vulgar vermos em filmes frases como “Abortar missão xyz”. Não será também a gravidez uma missão que é abortada? Não se aborta a missão que aquela criança poderia vir a desempenhar no mundo, mesmo que fosse deficiente?
A lei portuguesa prevê que a mãe possa abortar, até um certo número de semanas, em casos em que a gravidez é resultado de uma violação ou em que a vida do feto e da mãe estão em risco. Embora muito pouco abrangente, a lei está ao nível da dos países onde o aborto é um crime e é idêntica à que anteriormente estava em vigor em Espanha.
O referendo pretende assim que se mude a lei. E como?
  • Passa a despenalizar o aborto (ou seja, deixa de ser crime) até às 10 semanas. A uma pergunta idêntica, há apenas oito anos, a população portuguesa respondeu NÃO. Mas parece que esse NÃO não bastou. Ainda se opõe ao referendo o facto de, mesmo que seja legal abortar, esta legalização não porá fim ao aborto clandestino, que se realiza em condições precárias e que os números revelados pelos pró-aborto (10000 por ano em Portugal) englobam mais do que abortos ilegais, tendo o Serviço Nacional de Saúde relatado 906 abortos legais e 73 assistências a problemas relacionados com abortos ilegais, sendo os restantes abortos espontâneos.
  • É necessário firmar que a ciência não tem uma resposta exacta sobre o preciso momento em que começa a vida humana, pelo que qualquer opinião é uma mera convicção, assim como a minha. No entanto, uno-me aos Bispos Portugueses quando dizem que «a vida humana, com toda a sua dignidade, existe desde o primeiro momento da concepção.» [1]
  • O aborto, do ponto de vista religioso e moral, viola peremptoriamente o princípio de não matar, princípio esse resguardado no 5º Mandamento e que é transversal a toda a pessoa civilizada, mesmo que não crente.

Embora, como referido anteriormente, a ciência não saiba dizer quando começa a vida humana, a mesma afirma que todas as potencialidades para o desenvolvimento de um ser vivo estão inseridas naquele embrião. É ainda interessante revelar que os abortos legais irão ser realizados em Hospitais públicos, com o dinheiro dos contribuintes, mesmo daqueles que não concordam com a prática.

Veja aqui o artigo completo

quinta-feira, novembro 02, 2006

DIA DE TODOS SANTOS ou DIA DE ROMAGEM AO CEMITÉRIO...

A festa dos Fiéis Defuntos mobiliza, geralmente, muito mais gente do que a Festa de Todos os Santos... De facto, a morte diz mais às pessoas do que a santidade, porque a morte atinge toda a gente - quer queira quer não - ao passo que a santidade atinge pouca gente - apenas aqueles que querem...
E, infelizmente, o que mobiliza as pessoas no dia 1 de Novembro não é santidade nem a fé no mistério da morte cristã, mas o simples confronto pagão com o realismo da morte pagã, que mata a vida. Por isso mesmo nestes dias:
  • anda-se mais pelos cemitérios do que pelas Igrejas;
  • pensa-se mais na morte dos mortos, do que na "vida" dos fiéis defuntos;
  • pensa-se mais nos que partiram e já não se podem converter à santidade do que nos que ficaram que ainda se pode e devem converter;
  • fala-se e celebrar-se mais a vida dos mortos do que a morte dos vivos.

Se nós, como cristãos, vivessemos cristamente, não deveriamos ter medo da morte; deveriamos alegrar-nos mesmo com ela... Tem medo da morte quem tem pena de deixar o mundo... Tem medo da morte que ama mais o mundo do que a Deus...

Já agora porque não pensar nisto?

Tendências

Uma certa linha de pensamento ousa afirmar que o bebé às 10 semanas de gestação não mercece protecção, por não se tratar de um ser humano.
Coibo-me de fazer qualquer comentário, deixando que a realidade se imponha:

Suponho que o que se vê nestas ecografias a 4 dimensões não são ET's nem personagens de filmes animados... São, nem mais nem menos e contra todas as expectativas... tan ta ran tan!!!!.... PESSOAS!
Humanas e tudo!
Afinal, o que está em causa é matar aquelas pessoas numa fase inicial da sua vida.

Eu digo Não, Obrigado!

quarta-feira, novembro 01, 2006

"EU ABORTEI"

Sinceramente, não entendo o que levará uma mulher a ostentar aquele 'orgulho', quase palpável e estampado em um sorriso na cara, na afirmação: "Eu abortei!".

Das mil e uma hipóteses, não será que serão pagas para participar na campanha ...???. Que todos os males fossem o de um sorriso, no mínimo, despropositado. Provavelmente, porque não caíram ainda em si. Não, importa nada, não vou enumerar outras razões, sobre toda esta questão (aborto), essas, vão estar é aqui, aqui e ainda aqui.