Afirma São Paulo Apóstolo: “Anunciar o evangelho não é título de glória para mim; é, antes, uma necessidade que se me impões. AI DE MIM, SE EU NÃO ANUNCIAR O EVENGELHO” (1 Cor 9, 16).
A Igreja precisa de se mexer
O Concílio Vaticano II, no decreto Ad Gentes, ensina: “Cada discípulo de Cristo tem sua parte na tarefa de propagar a fé” (n.23).
Cada católico tem que ter consciência da sua responsabilidade de buscar a “ovelha perdida” e anunciar a Boa Nova de Cristo que tem poder de libertar toda criatura da cultura de morte.
O ser humano só pode ter vida e vida com abundância no projecto do reino de Deus.
Só no fundamento da doutrina de Jesus de Nazaré, a pessoa pode e deve encontrar paz, justiça e salvação.
“No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: o êxodo de fieis para seitas e outros grupos religiosos; as correntes culturais contrárias a Cristo e à Igreja” (DA n.185).
Ora, sabemos a derrota do comunismo e a morte da sua ideologia ufanista contra fé cristã.
O escritor ateu e autor do best-seller “A Bússola de Ouro”, Philip Pullman disse “Estou tentando minar as bases da fé cristã”, se referindo ao conteúdo herético de sua obra. Diante dos desafios atrevidos e provocativos, temos que confrontá-los com mais ousadia e audácia como pede o Documento de Aparecida: “A Igreja é chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e “audácia” sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais” (n. 11).
“A Igreja na América Latina precisa se mexer. A Igreja está chamada a continuar com esse estado de missão permanente de que fala Aparecida, e esta missão de ser energicamente posta em andamento, para reverter à erosão que a Igreja Latino-Americana está sofrendo, declarou Dom Antônio Arregui Yarza, arcebispo de Guayaquil e presidente da Comissão Episcopal de Comunicação de Conferência Episcopal Equatoriana, em um diálogo com a Organização Católica Latino-Americana e do Caribe de Comunicação (OCLACC)” (2).
CONHECER A FÉ
Num mundo em que vivemos com tanto conhecimento técnico e científico, da era pós-moderna e globalizada, mais do que nunca, precisamos urgente e profundamente conhecer a nossa fé.
Como é actual a exortação do apóstolo São Pedro: “Crescei na garça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pd 3, 18).
Atentemos para o pensamento abissal, salutar e bem oportuno do Cardeal e Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer: “O que realmente importa é que cada católico, cada batizado, seja um católico consciente, convicto, procure conhecer bem a própria fé e o significado da pertença à Igreja” (3).
No que trata de conhecer bem a própria fé, o Documento de Aparecida responde: “Para cumprir sua missão com responsabilidade pessoal, os leigos necessitam de sólida formação doutrinal, pastoral, espiritual e adequado acompanhamento para darem testemunho de Cristo e dos valores do Reino no ambiente da vida social, e econômica, política e cultural”(n. 212).
No tocante ao significado da pertença à Igreja, o mesmo Documento diz: “os fiéis leigos são “os cristãos que estão incorporados a Cristo pelo batismo que formam o povo de Deus e participam das funções de Cristo: sacerdote, profeta e rei. Realizam, segundo sua condição, a missão de todo o povo cristão na Igreja e no mundo”. São homens da Igreja no coração do mundo, e homens do mundo no coração da Igreja” (DA n. 209).
CONCLUSÃO
“Cada vez mais o mundo é hostil a santa doutrina de Cristo. O príncipe das trevas, o deus deste mundo obscureceu a inteligência, a fim de que não vejam brilhar a luz do evangelho da glória de Cristo, que á a imagem de Deus”. (2 Cor 4,4).
Todavia, não há derrotismo, não há fracasso para mensagem libertadora de Cristo. Cremos que o evangelho é à força de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1,16).
Temos ciência dos grandes desafios levantados pelos inimigos de Cristo e sua Igreja, como: o avalanche das seitas, cultura de morte, projeto de demolição da moral cristã, morte da consciência evangélica e a negação do amor ao verdadeiro Deus Criador.
Os desafios existem para serem vencidos. Como são gloriosos os confrontos, tendo em vista a verdade e a salvação das almas.
Para o verdadeiro católico, ciente da sua responsabilidade, diante da Santíssima Trindade e da Igreja, nada pode lhe coibir de buscar seus irmãos afastados, feridos e excluídos ao rebanho do Bom Pastor.