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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Protesto da Geração À Rasca

PROTESTO APARTIDÁRIO, LAICO E PACÍFICO.
Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remune-rados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores inter-mitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal. Protestamos:
  • Pelo direito ao emprego! Pelo direito à educação!
  • Pela... melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade!
  • Pelo reconhecimento das qualificações, competência e experiência, espelhado em salários e contratos dignos!
Porque não queremos ser todos obrigados a emigrar, arrastando o país para uma maior crise económica e social!

Veja aqui

O nosso dinheiro

É saudável a estima pelos dinheiros e bens públicos. Substituirá uma mentalidade de menosprezo que conduzia a autênticos vandalismos em desperdícios sobre o que «não era de ninguém».

Dizem os entendidos e até os desentendidos que é neste mês que vamos todos saber experiencialmente o que é a crise. Uns mais que outros. O que era uma teoria, uma ameaça, torna-se uma realidade notória na carteira, no banco, à mesa, em viagem, nos bens essenciais, na gestão doméstica, no salário mensal. Paralelamente há uma nova consciência do essencial e do supérfluo. Mas talvez o que mais se acentua é a noção de que o Estado não é apenas aquele monstro que nos rouba e engana. O Estado somos nós. Cada vez o povo sente mais o dinheiro que lhe paga nos impostos que sobem, nos montantes que injustamente o Estado distribui por quem não merece. E no roubo que constitui para a comunidade qualquer desvio de dinheiro ou bens que pertencem ao Estado. Assiste-se inclusivamente a uma espécie de policiamento sobre o carro, o salário, os benefícios de quem é funcionário do Estado. Diz-se simplesmente que é o “nosso dinheiro”. E cada cidadão como que se torna fiscal e administrador dos bens públicos julgando que quer e pode, mesmo sem mandar.

Convém dizer que é saudável a estima pelos dinheiros e bens públicos. Substituirá uma mentalidade de menosprezo que conduzia a autênticos vandalismos em desperdícios sobre o que “não era de ninguém”. Quando afinal é bem de todos nós.

Nesta transição forçada de mentalidade há muito juízo precipitado e incompetente na avaliação dos gastos públicos essenciais em saúde, transportes, segurança social, apoios a desprotegidos, como se se tratasse de usurpadores de bens de todos. O tempo certamente ajudará a uma clarificação. Mas é urgente um discernimento para que não aconteçam juízos nervosos e precipitados sobre aparências e interesses imediatos.

A informação a céu aberto pode prevenir muitos abusos. Mas pode suscitar ajustes de contas selvagens, esquecendo o que é antes de tudo um Estado: uma casa de todos, onde todos têm os seus direitos e deveres e onde se deve reflectir o sentido de comunidade e partilha. É isto que o cristianismo pode acrescentar de novo a um debate sobre o público e o privado, a justiça nas retribuições, apoio aos mais desfavorecidos, serviço à causa pública, a política como o empenho pela cidade.

A presente crise já começou a dar alguns bons frutos. Mas interessa respeitar os tempos e as etapas para que possam reinar entre nós a justiça e a paz.

António Rego

domingo, fevereiro 27, 2011

Por uma espiritualidade do dinheiro

Sei que a muita gente este título parecerá uma blasfémia. O nosso Ocidente cristão estabeleceu uma barreira tão impermeável entre o espiritual e o material que tornou obtuso, à partida, qualquer diálogo entre a espiritualidade e a produção e circulação de riqueza. Para não falar já do
funcionamento da economia ou das formas diversas do capitalismo. São campos completamente separados. Quanto muito julgaremos legível a formulação do filósofo Jacques Ellul avançada como repto: «é necessário profanar o dinheiro», isto é, restitui-lo à sua função de instrumento material de troca, desinvestindo-o da sacralidade simbólica com que é tratado.

Mas defender “uma espiritualidade do dinheiro” é, certamente, caminhar nesse sentido. A leitura da Bíblia também aqui pode ser instrutiva. O Antigo Testamento, por exemplo, faz uma apreciação fundamentalmente positiva acerca dos bens e da prosperidade. Mas a diferença entre ricos e pobres é sempre vista como um escândalo intolerável. Toda a legislação social que enche o Livro do Deuteronómio não visa promover o remendo da esmola, mas pretende sim (e ousadamente) assegurar os direitos dos pobres. Institucionaliza-se na chamada «Lei da Aliança» um verdadeiro pacto social, que passa por medidas espantosamente concretas como o perdão das dívidas ou uma redistribuição periódica dos bens como meio de travar os cíclicos fenómenos de empobrecimento dos grupos sociais mais frágeis.

Por vezes ouve-se repetir apressadamente a sentença «Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» (Mt 22,21) como certificação de que Jesus virou as costas ao dinheiro. O Evangelho não conta isso. O episódio em casa de Zaqueu, o rico cobrador de impostos, mostra antes como o que acontece é uma mudança de papéis. O dinheiro deixa de ser amontoado e usado em função do próprio para passar a ser reparador de injustiças e antídoto contra a pobreza. Como explica o teólogo Daniel Marguerat, a interpelação de Jesus leva-nos mais longe, pois ele não pergunta apenas, “que fazes tu do teu dinheiro?”, mas coloca-nos perante esta incontornável questão: «o que é que o teu dinheiro fez de ti?».

Tolentino Mendonça

sábado, fevereiro 26, 2011

Um estudo da Universidade de Harvard dá razão ao Papa na luta contra a sida

Um estudo realizado pela Universidade Harvard deu razão à posição de Bento XVI sobre a SIDA, afirmando que um comportamento sexual responsável e a fidelidade ao próprio cônjuge foram factores que determinaram uma drástica diminuição da epidemia no Zimbábue.

Quem explica, em sua última pesquisa, é Daniel Halperin, do Departamento de Saúde Global da População da universidade norte-americana, que, desde 1998, estuda as dinâmicas sociais que causam a disseminação de doenças sexualmente transmissíveis nos países em vias de desenvolvimento.

Halperin usou dados estatísticos e análises sobre o estudo de campo, tais como entrevistas e focus group, o que lhe permitiu coligir depoimentos de pessoas que pertencem a grupos sociais mais desfavorecidos.

A tendência de dez anos é evidente: de 1997 a 2007, a taxa de infecção entre adultos diminuiu de 29% a 16%. Após a sua pesquisa, Halperin não hesita em afirmar: a repentina e clara diminuição da incidência da SIDA deve-se "à redução de comportamentos de risco, como o sexo fora do casamento, com prostitutas e esporádico".

O estudo, publicado em PloSMedicine.org, foi financiado pela Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional, da qual Halperin foi conselheiro, e pelo Fundo das Nações Unidas para a População e Desenvolvimento.

"Com este estudo, Halperin promove uma reflexão séria e honesta sobre as políticas até agora adoptadas pelas principais agências de combate à SIDA nos países em desenvolvimento", afirma o jornal L'Osservatore Romano, ao dar a notícia, na sua edição de 26 de fevereiro.

Segundo o estudo, fica claro que a drástica mudança no comportamento sexual da população do Zimbábue "recebeu o apoio de programas de prevenção na media e de projetcos educativos patrocinados pelas igrejas".

Há poucos anos atrás, Halperin interrogava-se como é possível que as políticas de prevenção "mais significativas tenham sido feitas até agora baseando-se em evidências extremamente fracas", ou seja, na ineficácia dos preservativos.

Em suma, segundo o estudo de Halperin, é necessário "ensinar a evitar a promiscuidade e promover a fidelidade", apoiando iniciativas que visem construir na sociedade afectada pela SIDA uma nova cultura.

Como disse Bento XVI, é necessário promover uma "humanização da sexualidade".

Fonte: Zenit

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Mulheres que frequentam Igreja são mais felizes

Um estudo recente mostra que as mulheres que frequentam regularmente a Igreja são mais imunes aos altos e baixos da vida, e geralmente são mais felizes.

Alexander Ross, do Instituto de Ciências Psicológicas, é o autor da pesquisa, que teve como objectivo investigar o grau de felicidade das mulheres americanas nos últimos 36 anos.

Ross descobriu que ir regularmente à igreja é um factor significativo na felicidade das mulheres. Verificou-se, de fato, que uma inflexão desta frequência no período 1972-2008 teve um impacto directo sobre a felicidade das mulheres que participaram do estudo.

"A queda da frequência ao longo do tempo, um comportamento associado a uma menor felicidade geral, explica, em parte, o declínio da felicidade das mulheres", sublinhou Ross

Fonte: Zenit

Padre português, melhor futebolista

O padre português Marco Gil foi considerado o melhor jogador da Champions Clerum – torneio europeu de futsal para sacerdotes católicos – que terminou nesta quinta-feira, em Kielce (Polónia).

Em declarações à Agência Ecclesia, o padre e capitão da selecção portuguesa afirmou que trocava o troféu individual “pela final” do torneio.

Depois de ganharem os cinco primeiros jogos que realizaram no campeonato, os padres portugueses escorregaram ante a anfitriã Polónia (campeã do evento). Na disputa do terceiro lugar, foram derrotados ainda pela Bósnia-Herzegovina.

Naqueles jogos “as coisas não correram como esperávamos” e “cometemos erros atrás de erros”, disse o padre Marco Gil.

sexta-feira, fevereiro 18, 2011

A sexualidade e a Igreja Católica

«É interessante ver que Jesus, perante a sexualidade, mesmo confrontado com desvios, é tolerante e perdoa. A Igreja parece ter posto o acento no sexo e nos seus desvios, mas Jesus o que condenou de forma veemente foi fundamentalmente a ganância, a avareza, a opressão: "Não podeis servir a Deus e ao dinheiro." É necessário distinguir entre a Bíblia, onde se encontra um dos livros mais exaltantes do amor erótico, que é o Cântico dos Cânticos, e, depois, o mal-estar do cristianismo histórico em relação à sexualidade, que provém fundamentalmente dos gnósticos e de Santo Agostinho. Santo Agostinho é herdeiro de uma escola gnóstica, que é o maniqueísmo, que leva a gnose à radicalidade.

Então, Santo Agostinho trouxe também problemas...
Ele é um génio, mas trouxe ao Ocidente e ao cristianismo histórico verdadeiras tragédias do ponto de vista sexual. Ele era maniqueu e, a partir do maniqueísmo, tinha resolvido o problema do mal: há dois princípios, um do bem e outro do mal. Há uma questão que se coloca sobretudo aos crentes: se Deus é infinitamente bom e omnipotente, como se explica o mal? Através do maniqueísmo, ele tinha resolvido o problema. Mas, uma vez convertido, precisa de encontrar uma solução, pois o cristianismo diz que Deus, quando olhou para o mundo, viu que tudo era bom. Donde vem então o mal? Quando se converte ao cristianismo, Santo Agostinho tem de encontrar a origem do mal. Vai à Carta aos Romanos, de São Paulo, e lê: "Adão, no qual todos pecaram." Mas o grego (ele só conhecia o latim) diz: "Porque todos pecaram." Uma coisa é Adão ser o primeiro que peca, outra é dizer que, nele, todos pecaram. E de tal modo pecaram, que todos transportam esse pecado, que tem uma origem sexual e se transmite sexualmente. Este é o mal que vem ao Ocidente através da gnose, do maniqueísmo, de Santo Agostinho. Todos são concebidos em pecado e desse pecado original só o baptismo liberta. Assim, não hesitou em "enviar" para o Inferno as crianças não baptizadas, porque vinham com o pecado original»...

Num dos seus textos, diz que a Igreja perdeu a credibilidade em termos de doutrina sexual. É assim?
A sexualidade também tem a ver com o prazer e este confronta-se com o poder. Na medida em que a Igreja se tornou numa instituição de poder, tem muita dificuldade em lidar com o prazer e a autonomia. Não sabe, por isso, como lidar com a sexualidade, com as pessoas que estão no mundo de modo autónomo. Essa é uma das questões fundamentais da Igreja.

Por isso surgem as questões relativas ao planeamento familiar, aborto, eutanásia...
A Igreja lutou contra a modernidade, embora, por outro lado, os grandes valores da modernidade venham, fundamentalmente, da Bíblia. Não é por acaso que é no Ocidente que se dá a modernidade, a secularização, a separação da Igreja e do Estado, que tem a ver com a autonomia, os direitos humanos... São valores que vêm da Bíblia, mas que os iluministas tiveram de impor contra a Igreja oficial.
Há um Papa que proibiu a leitura da Bíblia, outro refere-se à "detestável doutrina" dos direitos humanos. No entanto, são valores que vêm fundamentalmente da Bíblia. Afirmam-se a partir da ideia de um Deus transcendente, que cria por amor, livremente. Se Deus cria livremente, só pode criar criaturas autónomas, homens e mulheres livres, e as realidades terrestres seguem as suas leis, sem precisarem da tutela da Igreja. Por outro lado, o cristianismo trouxe ao mundo a ideia da dignidade divina de todos os seres humanos, independentemente da cor, etnia, sexo, posição social, nacionalidade ou religião.

Anselmo Borges em entrevista à Pública (06.02.2011)

terça-feira, fevereiro 15, 2011

O Diaconado Permanente: existe em função da diminuição do clero?

"O facto de serem casados e viverem nos ambientes laborais «ajuda a Igreja a perceber os dinamismos próprios da história» - disse D. Jorge Ortiga Porto.

“Revitalizar o diaconado permanente é uma emergência evangélica e pastoral, não em função da diminuição do clero, mas em virtude da escuta do Espírito Santo, que envia a Igreja em missão”.
Ao diaconado permanente, restaurado pelo Concílio Vaticano II (1962-1965), podem aceder homens casados depois de terem completado 35 anos de idade.

“Esta figura ministerial não pode ser entendida como um tempo de espera ou de passagem para a ordenação sacerdotal”.

“O facto de serem, normalmente, casados, e viverem na complexidade dos ambientes sociais e laborais, ajuda a Igreja a perceber os dinamismos próprios da história e a estar nos locais onde o testemunho da fé pode dar sentido à vida”.

“O diaconado deve ser pensado em função da Igreja num lugar concreto para que a sua missão credibilize a fé no seio da humanidade”.

Se a Igreja em Portugal se encontra “em atitude de discernimento para uma pastoral nova e fiel, ela tem o dever, por coerência doutrinal, de ser capaz de visibilizar o horizonte da missão de um modo diferente”.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

A ideologia de género ou o género como ferramenta de poder

A Ideologia de Género necessita para o seu desenvolmento três ferramentas fundamentais:
  1. A educação: é imprescindivel que a educação nas escolas tenha
  2. desde inicio, como o fim de educar a mentalidade social das crianças com novos conceitos do individuo, da familia e da “realidade” sexual de cada um.
  3. A difusão ou propaganda através dos meios de comunicaçãp social: a imprensa, a TV, a rádio, o cinema, o teatro e as telenovelas… para influenciar a grande massa social a caeitar com normalidade os objetivos da Ideologia.
  4. E por último o poder legislativo para implementar a tese comportamental através das leis, que como em todas as ideologias se faz através da ameaça, do castigo ou do desprezo.

Esta ideologia é muito mais prejudicial do que o Nazismo ou o Marxismo, porque a Ideologia de Género destrói a parte nuclear da pessoa, a sua antropología sexual.

Aborto adia cirurgia para tratar cancro


Operação adiada duas vezes: uma devido à realização de um aborto e outra devido ao horário.
Sandra Keizeler está indignada com o adiamento da cirurgia que pode evitar o desenvolvimento do cancro.

Portugal no seu melhor. É mais importante destruir uma vida do que salvar outra. Viva a democrtcia que permite que estas coisas aconteçam.

domingo, fevereiro 13, 2011

As religiões num estado laico não podem ser hostilizadas...

Nalgumas ocasiões, existe confusão entre o laico e o laicista, inclusive disputas, sobre se é preferível um Estado laico ou um Estado aconfessional.

Lógicamente, existem grandes diferenças entre:
  • um Estado intervencionista;
  • um Estado ligado a uma religião, em detrimento das outras;
  • um Estado ligado a uma religião, mas equânime com todas;
  • um Estado aconfesional, ma que intervem em assuntos religiosos;
  • um Estado aconfesional, ou laico, que não intervém em assuntos religiosos mas favorece as prácticas religiosas por igual;
  • um Estado laicista, que obstaculiza as prácticas religiosas;
  • e un Estado que chega inclusive a hostilizar todo o religioso.
Nalguns casos, a fronteira entre o respeito pela liberdade religiosa e a aconfessionalidade ou laicidade, dos espaços públicos, torna-se nublosa e confusa. Sucede, quando os esquemas não estão claramente traçados, ou, a imparcialidade do Estado, não existe. Por uma parte, o Estado que reconhece a liberdade religiosa, como um dos direitos dos seus cidadãos, deve tomar as medidas oportunas, para que estes, em igualdade de condições, possam practicar livremente a sua religião e educar os seus filhos segundo as suas crenças. Por outro lado, os sistemas estreitamente vinculados ao Estado, como: o educativo, o sanitário, o administrativo, etc. devem ser neutros, isto é, não educar numa religião concreta, nem proibir as manifestações religiosas e, isto em si mesmo não contradiz a liberdade religiosa, mas é imprescindivel num estado laico.

Cinema com valores: Um sonho possível

sábado, fevereiro 12, 2011

Bento XVI: Padres não devem viver isolados

Vida comunitária «significa aceitar a necessidade da própria conversão contínua».

Bento XVI reafirmou hoje que os padres não devem viver “isolados” mas “em pequenas comunidades”, proposta que não pode ser entendida como uma “estratégia” para responder à “carência de sacerdotes”.

Referindo-se à importância da vida conjunta, Bento XVI declarou que “viver com outros significa aceitar a necessidade da própria conversão contínua e sobretudo descobrir a beleza desse caminho, a alegria da humildade, da penitência, mas também da conversa, do perdão recíproco, do apoio mútuo”.

A defesa da vida comunitária dos padres tinha sido sublinhada no livro "Luz do Mundo - O Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos” (2010), que resulta de uma entrevista de Bento XVI ao jornalista alemão Peter Seewald.
Agora que o Papa o diz, talvez alguns Bispos emendem a mão e os seminários, de uma vez por todas, apostem numa educação para viver em comunidade através do exemplo dos seus responsáveis e da análise dos candidatos que desejam ser sacerdotes. Não podemos continuar a sublinhar as palavras do Papa que nos agradam e a menorizar aquelas que não queremos por em prática.
Olhem o que acontece com advertência que o Papa tem vindo a fazer sobre o «carreirismo» desde o início do seu pontificado... ninguém lhe dá importância... pois não tiramos as devidas consequências... e acabam por ser premiados!

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Inédito «boom» vocacional na Ucrânia: os seminários estão a transbordar de aspirantes ao sacerdócio

Por cada lugar nos seminários há três aspirante, assegurou o bispo auxiliar Jaroslav Pryryz, da Eparquia Greco-católica de Sambir-Drohobych. O bispo fez esta declaração à organização Ajuda à Igreja que sofre (AIS) na sua sede de Konigstein, Alemanha.

Na Ucrânia os jovens seminaristas podem optar ou não por casar e ser ordenados sacerdotes depois.

A metade dos aspirantes a estudar num seminário nalguns lugares da Ucrânia ocidental têm de regressar a casa por falta de espaço.

O bispo da Ucrânia sublinhou que os candidatos a entrar no seminário têm de realizar quatro exames, os quais formam parte do processo de selecção.

“Agradecemos muito que haja gente como vós que compreendem o papel importante que uma vocação sacerdotal pode desempenhar no mundo de hoje”, disse o prelado à AIS. “E de que vós coloqueis este ponto de vista em práctica, oferecendo apoio material à formação das nossas vocações”, acrescentou.

Num país em que um terço da poplação vive abaixo do nível dapobreza, AIS apoia 86 seminaristas diocesanos, e continua ajudar 287 depois da ordenação sacerdotal através de estipendios de missas.

Numa mensagem aos benfeitores da organização humanitária católica, o bispo afirma: “Envio-lhe os meus mais sinceros cumprimentos desde Ucrânia e expresso-lhes o nosso mais cordial agradecimento pela vossa resposta aos nossos apelos para ajudarem a nossa Igreja a enfrentar as múltiples necessidades que surgiram depois de um periodo de perseguição prolongada”.

Segundo o bispo Pryryz, os jovens buscam o sacerdócio porque procuram um desafío. Afirmou: “Inspiram-se ao verem bons sacerdotes, e que a Igrejaa vive o evangelho social”.

“Muitos jovens veem os aspectos positivos e negativos. O positivo de como a Igreja serve as pessoas, e o negativo ao verem a dureza da vida nas ruas e nas aldeias”, explica.

Citou o sacerdote diocesano beato Omelian Korch, que ajudou os judeus durante a ocupação nazi, como “um grande exemplo para os jovens”. Korch foi assassinado no campo de concentração de Majdanek, nos arredores de Lublin, Polonia, em 1944.

O bispo Pryryz comentou: “A sua familia tratou de tirá-lo da prisão, mas ele escreveu-lhes dizendo que não se preocupassem. Permaneceu ao lado dos judeus e morreu com eles”. “A Igreja católica dá um grande exemplo de serviço e sofrimento, temos que dar às pessoas um grandíssimo exemplo”, acrescentou.

O desafio que enfrentaram os ucranianos sob o dominio do fascismo do regime soviético afectou muitoo o país desde o inicio da segunda guerra mundial.

Reflectindo sobre as dificuldades da restauração da Igreja depois da queda do comunismo, monsenhor Pryryz disse: “Vós permitistes que a nossaa Igreja recuperasse uma presença normal na vida pública do nosso país”.

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Vivemos agora pior do que anteriormente

Pela primeira vez em Democracia uma geração vive pior do que anterior.

«Vivemos tempos difíceis e estamos a entrar agora numa fase ainda mais difícil e complexa, com uma década perdida, mas olhamos para a frente e não vemos como sair deste ramerrame», afirmou José Manuel Fernandes a abrir o diálogo. E sobre os escombros, adiantou que eles são também morais, «porque as referências se perderam; há sinais positivos, como as manifestações organizadas através das redes sociais, mas é necessário criar esse tipo de movimentos». E logo adiantou que não vale a pena ficar a pensar nas «reivindicações ou que alguém (o Estado) trate desse problema», porque o mais importante é perguntar «o que podemos fazer para mudar».

Blog Pela Positiva

domingo, fevereiro 06, 2011

CONTRA A CORRUPÇÃO

Continuamente salta para os meios de comunicação casos de corrupção e de fraudes escandalosas. Não são factos que brotaram de repente entre nós mas o resultado lamentável duma contradição que tem acompanhado a gestão da moderna sociedade democrática desde as suas origens.
  • Por um lado a filosofia democrática proclama e postula liberdade e igualdade para todos.
  • Por outro um pragmatismo económico selvagem orientado para a obtenção dos máximos benefícios segrega no interior dessa mesma sociedade democrática desigualdade e exploração dos mais fracos.

Este é o principal caldo de cultivo da corrupção actual. Como diz o escritor italiano Claudio Magris: «Vivemos a vida como uma rapina».

Continuamos a defender os valores democráticos de liberdade igualdade e solidariedade para todos mas o que importa é ganhar dinheiro seja como for. O «tudo vale» para obter benefícios vai corrompendo os comportamentos eesvaziando de sentido as nossas solenes declarações. Confunde-se o progresso com o bem-estar crescente dos afortunados. A actividade económica sustentada por um espírito de lucro selvagem acaba por esquecer que a sua meta é elevar o nível de todos os cidadãos. Tudo se sacrifica ao «Deus» do interesse eco-nómico:

  • o direito de toda a pessoa ao trabalho e a uma vida digna;
  • a transparência e a honestidade na função pública;
  • a verdade da informação ou o nível cultural e educativo da televisão.

Há algum «sal» capaz de nos preservar de tanta corrupção?

  • Pede-se investigação e aplicação rigorosa da justiça.
  • Pensa-se em novas medidas sociais e políticas.
  • Mas faltam-nos pessoas capazes de sanar esta sociedade introduzindo nela a honestidade. Homens e mulheres que não se deixem corromper nem pela ambição do dinheiro nem pela atracção do êxito fácil.

«Vós sois o sal da terra». É um convite a introduzir a compaixão numa sociedade desapiedada que parece reprimir cada vez mais «a civilização do coração».

sábado, fevereiro 05, 2011

«Assim brilhe a vossa luz diante dos homens de modo que vendo as vossas boas obras glorifiquem o vosso Pai que está no Céu»

Os seres humanos tendem a aparecer diante dos outros como mais inteligentes melhores mais nobres do que realmente são. Passámos a vida procurando aparentar diante dos outros e de nós próprios uma perfeição que não temos.
Os psicólogos dizem que esta tendência se deve sobretudo ao desejo de nos afirmarmos diante de nós mesmos e dos outros para assim nos defendermos da sua possível superioridade.
Falta-nos a verdade das «boas obras» e enchemos a nossa vida de palavreado e de toda a classe de divagações. Tal como os pais não são capazes de dar ao filho um exemplo de vida digna e passam os dias a exigir-lhe o que não vivem, também os cristãos não são coerentes com a sua fé cristã e procuram justificar-se criticando os que abandonaram a prática religiosa.
«Deus vos livre que o sal se começar a corromper pois embora pareça fazer algo por fora de facto nada fará quando a verdade é que as boas obras não se podem fazer senão com a força de Deus». «Advirtam pois aqui os que são muito activos e pensam abarcar o mundo com as suas pregações e obras exteriores que muito mais proveitos trariam para a Igreja e muito mais agradariam a Deus ... se gastassem ao menos metade desse tempo em oração diante de Deus». Caso contrário diz o místico doutor «tudo é martelar e fazer pouco mais que nada às vezes nada e às vezes mal».
São João da Cruz

SE O SAL SE CORROMPE

Poucos escritos podem sacudir o coração dos crentes com tanta força como o pequeno livro de Paul Evdokimov: “El amor loco de Dios”. Com fé ardente e palavras de fogo o teólogo de S. Petersburgo põe a descoberto o nosso cristianismo rotineiro e satisfeito.
«Os cristãos fizeram todo o possível para esterilizar o evangelho; dir-se-ia que o mergu-lharam num líquido neutralizante. Adormece-se tudo o que impressio-na supera ou vira ao contrário. Convertida desta forma em algo ino-fensivo esta religião aplanada prudente e razoável o homem não pode senão vomitá-la».
As críticas do teólogo ortodoxo não e ficam em questões secundárias mas apontam para o essencial. A Igreja aparece aos seus olhos não como um «organismo vivo da presença real de Cristo» mas como uma organização estática e um «lugar de auto nutrição».
Os cristãos não têm sentido de missão e a fé cristã «perdeu estranhamente a sua qualidade de fermento». O evangelho vivido pelos cristãos de hoje «não encontra mais que a total indiferença». O cristianismo desloca-se para o exterior e periférico quando Deus está no mais íntimo e profundo. Procura-se então um cristianismo suave e cómodo como dizia Marcel More: «Os cristãos encontraram a forma de se sentar comodamente, não sabemos bem como, na cruz».
Na Igreja falta santidade, fé viva. contacto com Deus.
Faltam santos que escandalizem porque encarnam «o amor louco de Deus», faltam testemunhas vivas do evangelho de Jesus Cristo.
As páginas ardentes do teólogo russo não fazem senão recordar as de Jesus:
«Vós sois o sal da terra.
Ora se o sal se corromper
com que se há-de salgar?
Não serve para mais nada
senão para ser lançado fora
e ser pisado pelos homens».

quinta-feira, fevereiro 03, 2011

Redução do número de deputados JÁ

Mais de 20 mil portugueses exigem a redução imediata do número de deputados no Parlamento "por razões morais e financeiras", através de uma petição on-line que terá de ser debatida na própria Assembleia.

Lançada no início deste mês, a petição "A favor da redução do número de deputados na Assembleia da República de 230 para 180" conta já com perto de 20 mil signatários, entre eles o fiscalista Medina Carreira.

No texto de enquadramento da petição pode ler-se a dúvida que subjaz a esta exigência: "Sabendo à partida que a lei prevê a possibilidade desse número [de deputados] ser entre 180 e 230 membros, afigura-se difícil compreender aos olhos da razoabilidade a razão da opção recair sobre o número máximo possível (230) e não sobre o valor mínimo possível (180), ou sequer sobre um valor intermédio possível (ex. 200)".

O promotor da petição, um professor universitário do Porto, sublinha o "ridículo" de "imaginar que com mais um deputado na Assembleia entraríamos em violação da Constituição".

As justificações para esta exigência são de natureza moral, ética e económica.

Nos planos moral e ético, por "não fazer sentido" a quantidade de pessoas "naquelas bancadas para não fazerem nada ou quase nada", pois se "há excelentes profissionais que se esforçam todos os dias por servir o país da melhor maneira que podem", a maioria delas só está lá para levantar o braço quando é necessário".

No plano económico, Vítor Joaquim lembrou as dezenas de milhões de euros que o Estado pouparia por ano com menos deputados no Parlamento nacional.

Esta foi uma iniciativa espontânea, totalmente independente de qualquer linha partidária, salientou, explicando que a mesma se prendeu "basicamente com um sentir, cada vez mais intenso, de desconforto face à forma como os deputados e os partidos se comportam, tanto na Assembleia da República como fora dela".

A petição nasceu de um grupo no Facebook criado por Vítor Joaquim - "A favor da REDUÇÃO DE DEPUTADOS na Assembleia da República, JÁ!" - com a intenção de promover a discussão e a divulgação da ideia.

A intenção é levar a petição a discussão na Assembleia da República, o que por lei é obrigatório para todas as petições que reúnam mais de quatro mil assinaturas.

Contando até ao momento com cerca de 20 mil assinaturas, esta petição é a "mais activa" de todas as alojadas em "petiçaopublica.com" e "uma das petições nacionais com maior número de signatários", afirmou.

A petição continuará a circular pela Internet e a recolher assinaturas durante mais algum tempo, "como uma bola de neve que não parará facilmente", para ser depois entregue na Assembleia da República.

Fonte: DD

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Uma jovem na OT americana: disseram-me que abortasse, mas o meu bebé «é o melhor que me aconteceu »


Na passada Quinta-Feira, a mãe solteira Paris Tassin compareceu para uma audição no Ídolos Americano (“American Idol”), no Estado de Louisiana nos Estados Unidos da América. Quando se encontrava aí, ela contou, com lágrimas, a sua decisão de continuar con uma gravidez não planificada e de alto risco.
Tassin tinh 18 anos quando soube que estava grávida. O bebé sofria de hidrocefalia, uma doença caracterizada pela acumulação de fluido dentro do crânio.

“Os médicos disseram-me que eu não devia pari-la, e que as coisas correriam bem se a tivesse,” disse Tassin. Apesar disso, ela recusou submeter-se a um aborto, e disse que a sua filha Keira é agora uma criança de quatro anos de idade e muito saudável. A única complicação médica que surgiu é a de que Keira sofre da perca de audição, e por isso tem que usar próteses auditivas.

“Ela é a melhor coisa que me aconteceu na minha vida", disse Tassin. "Eu canto para ela.”

Tassin impressionou os juízes com “A minha casa temporal” (“Temporary Home”) de Carrie Underwood. A canção fala àcerca dos desafios de uma mãe solteira. Ela foi seleccionada para continuar continuar no concurso, que irá decorrer em Hollywood, no Estado de California.
Pressionada para abortar... Susan Boyle,
Pressionada para abortar... Andreia Bocelli, grande tenor italiano;
Pressionada para abortar... o jogador do Barcelona e do Real Madrid, Michael Laudrup;
Pressionada para abortar... o actor cómico "Chespirito";
Pressionada para abortar... o bispo Galeone, missionário nos Andes;
Pressionada para abortar... a Wolfgang Amadeus Mozart, génio musical