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terça-feira, outubro 31, 2006

Clínica espanhola faz abortos aos 7 meses

Uma clínica de Barcelona faz abortos ilegais a mulheres com mais de sete meses de gravidez, falsificando testes psicológicos para contornar os bloqueios legais, denunciou uma reportagem de uma estação de TV dinamarquesa.
Acompanhada por um colega, que transportava uma câmara escondida, uma jornalista da cadeia de televisão DR, grávida de 30 semanas, deslocou-se no mês passado à clínica EMECE, de Barcelona, e explicou ao director da clínica, Carlos Morín, que pretendia abortar porque tinha terminado o relacionamento com o pai da criança. Apesar de a Lei espanhola só permitir o aborto nos últimos meses de gravidez em caso de risco físico ou mental da mãe, o médico logo a tranquilizou, afirmando que não haveria qualquer problema. Morín disse ainda que todos os anos a clínica recebe dezenas de clientes – de países como França, Holanda, Reino Unido e até Austrália – com o mesmo problema, e assegura que o procedimento é “completamente legal” e sem riscos. O médico explica depois que o procedimento normal é injectar no coração do feto uma droga chamada ‘digoxina’, que provoca a morte por paragem cardíaca antes de o feto ser removido do útero.

De seguida, pede à jornalista para preencher uma série de questionários sobre a sua saúde física e mental, apesar de esta assegurar que não tem qualquer problema, ao que o médico responde que se trata apenas de uma “questão burocrática”.

Numa consulta posterior diz-lhe que estava “tudo tratado” e comunica que o preço da operação ronda os quatro mil euros. A jornalista revela então a sua verdadeira identidade e o médico recua de pronto, afirmando que a operação não tinha sido autorizada.
E nós que queremos ser como os espanhóis?!!!
Os defensores do aborto já se mobilizaram para protestar?!!!

sábado, outubro 28, 2006

A vida humana nos caminhos da nossa democracia

Governantes despiram as batas de trabalho, vestiram togas de mestres partidários, amaciaram a voz, criaram empatia com as mulheres humilhadas deste reino, fizeram distinções linguísticas e jurídicas para sossegar o povo, rodearam-se de sábios para incomodar outros sábios menos consonantes, garantiram os jornalistas de turno, abriram o microfone a chocas de outras terras e nações e peroraram quanto baste. Para reforçar a democracia e dar sentido de estado ao referendo que aí vem…
À baila vieram os chavões de sempre:
  • estar ao nível dos países avançados da União Europeia,
  • erradicar o aborto clandestino, a nossa grande humilhação,
  • insistir no fariseísmo dos que não pensam como nós, apontar de onde vem perigo, a Igreja dominante mesmo se os maiorais parecem não estão de acordo,
  • ridicularizar os movimentos pelo “não”, sem os atacar, gritar que se o povo dá maioria nas eleições é para se fazer o que se prometeu.
  • E já se desenham hipóteses de acção, se ainda não for desta, e já espreitam clínicas estrangeiras com nomes e preçários…

Agora, mais um passo curioso. Médicos conhecidos pelo nome ou pelo cargo, associam-se a favor do aborto, pedem à sua Ordem que se actualize, dizem que a objecção de consciência, se há uma lei que permite abortar, não tem mais sentido, faz-se a defesa pela negativa, porque, se não se sabe quando começa a vida, não há que ter respeito pelos embriões…

E assim, democraticamente, se vai dando motivo para fracturas e divisões entre pessoas, grupos e partidos. Porém, o que precisamos com urgência não é de um clima de serena reflexão, onde todos possam ter espaço e ocasião para serem esclarecidos com honestidade, dizerem livremente o que pensam e querem, sem que, por isso, sejam rotulados, incomodados ou passados a cidadãos de terceira num país democrático?

E que dizer do despropósito da vinda de deputadas de fora para dar sentenças e formular juízos morais sobre o país, e da intervenção de governantes estrangeiros, camaradas de partido, a ensinar como se defendem as mulheres que querem abortar?

Os nossos problemas somos nós que temos de os solucionar. No pedir ou no acolher tais ajudas, o partido no poder parece não estar convicto de que esta mistura é negativa. Os problemas não se resolvem com imposições de dentro ou de fora e, menos ainda, com o açaimar das pessoas. Não se resolvem com slogans estafados. Perante problemas tão sérios como o da vida nascente, o caminho está em proporcionar a todos os de cá uma intervenção alargada e respeitada. Ouvindo-se com respeito todos podemos enriquecer-nos. Portugal não é um circo. É um país livre com história e cultura próprias.

Mas há que aprender com os países mais avançados, diz-se por aí. Tudo bem. E porque não copiar o que se faz com o acesso à saúde, o ordenado mínimo, a liberdade e gratuidade do ensino, o preço dos combustíveis e da energia, o cativar dos melhores, a fidelidade e a justiça no trabalho, e sei lá quantas coisas mais? Estamos longe dos que vão adiante no que tem a ver com o bem comum possível. Poucos falam disto. Liberalizar o aborto, no fundo é disto mesmo que se trata, dar assentimento a desejos de minorias teimosas, é o que teremos de imitar dos outros?
Que pobreza de horizontes, que falta de realismo sadio, que cegueira acrítica, que mundo vazio de valores, que pobreza cultural e afectiva!

É normal e até salutar que haja opiniões diferentes sobre os problemas. Serve para ajudar a discernir e a valorar. Não pode passar ao lado dos que detêm o poder, pois a eles compete procurar o maior bem de todos e não apenas a considerar alguns que se sentem bem à margem das leis comuns e exigem, só para si, a sua própria lei.
Servir não é calar e dominar os que incomodam. Só a aceitação do valor de cada um e de todos gera convicções fortes. Têm-se dado passos válidos e louváveis. Há que reconhecer. Mas, se não se respeita o fundamental, o país fica entra em derrapagem.
(In Correio do Vouga)

quinta-feira, outubro 26, 2006

UMA CRIANÇA, NÃO UMA ESCOLHA

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Ligar a vida e a felicidade futura de uma criança por nascer ao presente difícil dos pais seria condenar todas as crianças ao não nascimento! A não ser que alguém se julgue presciente, ninguém pode saber a qualidade do futuro pela mera constatação do presente. Por essa ordem de ideias, alguém que haja perdido o seu emprego só teria o suicídio como natural consequência... e é intelectualmente desonesto agarrar numa mancheia de exemplos, generalizá-los e tomar o todo pela parte, confundir a árvore com a floresta.
É verdade que é falso que só engravida quem quer. Mas com os argumentos desta esquerda, para quem aborto é um método para evitar que surjam crianças num ambiente familiar economicamente degradante, devemos concluír que só deverá engravidar quem pode...
Ao afirmarem que “o corpo da mulher pertence-lhe!”, estarão os defensores do aborto disponíveis para autorizar a venda a retalho do corpo humano, isto é, estão disponíveis para permitir que cada um de nós possa, legitimamente, vender um rim, um pulmão ou outra qualquer parte do corpo... porque nos pertence? Se não, fica já demonstrada a incoerência argumentativa do costume... ainda que assim fosse, jamais poderia significar um ilimitado direito de disposição.
Não obstante, se o corpo da mulher é dela, é dela o direito a impedir a gravidez... não o de eliminar o que, sendo produzido dentro dela, é já mais do que ela! A singularidade genética que marca e distingue cada Homem está definitivamente definida desde a concepção. «Na falta de um infortúnio natural ou intervenção letal, o produto da concepção humana será o que toda a pessoa sã reconhece como um ser humano».
A argumentação em volta do momento da realização do aborto é também pouco coerente. Não consigo encontrar diferença para um aborto 12 horas, 12 dias ou 12 semanas. Por um lado, não há motivo ou momento que, validamente, possa justificar o acto de tirar a vida de um inocente, fraco e indefeso. E por outro, porque «nada que não seja um ser humano se tornará alguma vez num ser humano», «uma criança por nascer é um ser humano desde a concepção».
Falam “os senhores do aborto livre” na «dolorosa experiência da maioria das famílias portuguesas». Concordo, se se estiverem a referir às graves consequências psicológicas que daí resultam para as mulheres que o fazem. Por um lado, assusta-me a leveza de consciência com que se fala sobre esta questão: não conheço nenhuma mulher que, tendo abortado, se orgulhe do facto. E estas, quando o fazem, mortificam-se toda uma vida. Ou perdem os limites morais e humanos mínimos, encarando o aborto como um acto normal, comparável a tomar uma aspirina!
A decisão da mulher jamais é verdadeiramente livre: sujeita à pressão do “companheiro”, dos pais, das amigas, da família, ela acaba por optar pela solução que, aparentemente, lhe parece ser a mais fácil: livrar-se do... “problema”! É triste e verdadeiramente sintomático do estado civilizacional a que nos querem “elevar” quando um ser humano é rebaixado à condição de... “problema”!
Gostava que reflectissem sobre isto: se este é o modelo civilizacional que a esquerda pretende, será que é aquele em que os portugueses desejam viver?
Diogo Dantas, professor universitário

segunda-feira, outubro 23, 2006

Pedro Nunes considera ridículo que o Ministério da Saúde já esteja disponível para pagar no privado os abortos

Numa altura em que a questão do aborto volta à ordem do dia, os médicos são acusados pelo ministro da Saúde de não realziarem nos hospitais as interrupções da gravidez previstas na lei. O bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Pedro Nunes, defende-se alegando que a ética da profissão não pode ser alterada "segundo a moda social", mas garante que nenhum médico será processado disciplinarmente se fizer um aborto legal.

Pedro Nunes considera ridículo que o Ministério da Saúde já esteja disponível para pagar no privado os abortos ao abrigo da lei, num país onde a meio do ano já não existem pílulas contraceptivas para distribuir nos centros de saúde, onde o preservativo e as pílulas do dia seguinte são caros, se esteja a pensar fazer convenções para praticar abortos em clínicas privadas.
Esta semana, vários médicos pediram a revisão do código deontológico da classe, que apenas permite a realização de abortos em caso de risco para a vida da mãe, colidindo com a lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG). Qual é a sua posição?
O Código deontológico não é alterável pelas circunstâncias do país. Antes das alterações à lei de 1984 a legislação portuguesa proibia qualquer forma de aborto e o código deontológico dos médicos permitia-o quando a vida da mãe estava em risco. Não é possível segundo a moda social tentar alterar a ética de um grupo profissional. Os códigos baseiam-se num conjunto de conceitos que são da ética de cada profissão e tem um carácter humanista universal. O compromisso baseia-se numa ética que é igual para mim que trabalho em Portugal ou para o médico que trabalha na China, onde aos condenados à morte lhes retiram os órgãos para transplante. Na prática, um médico que faz uma IVG numa vítima de violação, prevista na lei, está a ir contra o seu código deontológico.
Quais são as consequências disciplinares?
As consequências, na prática, serão nulas. O médico, que aceite o pedido de IVG ao arrepio do código deontológico, contará com uma atitude crítica por parte dos colegas. Mas seria descabido por parte da OM aplicar-lhe uma pena de suspensão. O médico recorreria para o Tribunal Administrativo e seria ilibado. A OM é apenas uma associação de direito público que está sujeita às leis do país.
Está a dizer que nenhum médico foi ou será alvo de condenação disciplinar por praticar um aborto ao abrigo da lei?
Não será alvo de processo, mas mesmo que fosse poderia recorrer. O ministro da Saúde acusa os médicos de não cumprirem a actual lei da IVG. E para que os abortos ao abrigo da lei possam ser feitos, admite recorrer a clínicas privadas, como a clínica Los Arcos que vai abrir em Portugal...
O ministro apelou ao sentido democrático e progressista dos médicos no cumprimento da lei da IVG. E eu apelei ao sentido democrático e progressista do Sr ministro para tornar a contracepção gratuita. É lamentável que num país onde a meio do ano já não há pílulas para distribuir nos centros de saúde, onde o preservativo se paga ao preço de mercado, a pílula do dia seguinte se paga cara, se esteja a pensar fazer convenções para praticar abortos em clínicas privadas. Isto quando para fazer operações a cataratas não há convenções, quando para operar doentes com varizes não há convenções. Se não fosse grave era de um ridículo atroz.
O debate que gostaria de ver feito na sociedade portuguesa era o do início da vida.
E vai faze-lo?
Vamos faze-lo a 2 e 3 de Fevereiro de 2007, convidando quatro grandes especialistas estrangeiros para debater a questão do início da vida. O debate será aberto aos jornalistas, políticos, filósofos, eticistas é um contributo dos médicos para esta matéria.
Será, em princípio, já depois do referendo?
Sim mas o referendo não é sobre esta questão. Eu espero que os portugueses tenham uma posição de defesa da vida. Podem debater a forma como se trata o problema do aborto do ponto de vista legal. Mas a mensagem que estamos a passar é que a vida é disponível e que o aborto é uma forma de contracepção.
O que se invoca são razões de saúde pública das mulheres que abortam na clandestinidade...
Essa era uma questão válida nos anos 60. Era um enorme risco social e o número de mortes de mães. A situação não tem hoje a mesma gravidade. O aborto hoje é muitas vezes feito por via química (comprimidos) e muitas das situações que chegam aos hospitais são de aborto em decurso, que os médicos completam porque estão a estancar uma hemorragia.
Essas situações continuam a existir...
Não está em causa a tomada de medidas de saúde pública. Mas não é isso que está em discussão no referendo. Porque se não a primeira medida seria a de colocar a contracepção gratuita.
O uso contracepção exige educação e a alteração de comportamentos, além de que os métodos não são infalíveis...
Se os médicos de família não estivessem tão aceberbados com tanto trabalho burocrática teriam muito mais tempo para fazer educação para a saúde. Para dar informação aos doentes. Para a OM não é claro, antes pelo contrário, que a vida se inicie no momento da fecundação. E portanto há formas eficazes de actuação, como a contracepção de emergência, conhecida como a pílula do dia seguinte. O debate sobre o referendo não deve passar pela defesa da vida, mas manter-se estritamente legal. Por isso disse ao Sr ministro da saúde que não iria ter problemas, porque não me veria a fazer campanhas na altura do referendo.
O Dr Correia de Campos pediu-lhe que não fizesse campanha?
Falamos sobre o assunto. Eu disse-lhe que não iria fazer campanha nem pelo sim nem pelo não.
Fonte: Jornal Publico
Porque é que o código deotológico dos médicos condena o aborto? Já pensaste nisto.

sábado, outubro 21, 2006

Olha esta!!!

Esta senhora tem um desplante difícil de superar.
Prevendo a possibilidade de que o referendo não seja vinculativo, por maioria de abstenção, ataca a sensata posição, já expressa pelos socialistas, de respeitar os resultados, sejam eles quais forem. Como isto significa que, se ganhar o não como em 98, mesmo que só votem cinco pessoas, não haverá despenalização, considera esta senhora que, nessa altura, os senhores deputados deviam tomar as rédeas do assunto e legislar pela despenalização, porque diz ela, isso significa "que o povo maioritário não quer decidir sobre isto e agradece a quem o fizer por si". Claro que não lhe ocorre que também pode ser o contrário: o povo maioritário pode querer as coisas como estão...
Isto costumava chamar-se desonestidade intelectual.

sexta-feira, outubro 20, 2006

UMA CULTURA DE MORTE

A atracção pela morte é um dos sinais da decadência.
Portugal deveria estar, neste momento, a discutir o quê?
Seguramente, o modo de combater o envelhecimento da população.
Um país velho é um país mais doente.
Um país mais pessimista.
Um país menos alegre.Um país menos produtivo.
Um país menos viável – porque aquilo que paga as pensões dos idosos são os impostos dos que trabalham.
Era esta, portanto, uma das questões que Portugal deveria estar a debater.

E a tentar resolver.
Como?
Obviamente, promovendo os nascimentos.
Facilitando a vida às mães solteiras e às mães separadas.
Incentivando as empresas a apoiar as empregadas com filhos, concedendo facilidades e criando infantários.
Estabelecendo condições especiais para as famílias numerosas.
Difundindo a ideia de que o país precisa de crianças – e que as crianças são uma fonte de alegria, energia e optimismo. Um sinal de saúde.
Em lugar disto, porém, discute-se o aborto.
Discutem-se os casamentos de homossexuais (por natureza estéreis).
Debate-se a eutanásia.
Promove-se uma cultura da morte.
Dir-se-á, no caso do aborto, que está apenas em causa a rejeição dos julgamentos e das condenações de mulheres pela prática do aborto – e a possibilidade de as que querem abortar o poderem fazer em boas condições, em clínicas do Estado.
Só por hipocrisia se pode colocar a questão assim.
Todos já perceberam que o que está em causa é uma campanha.
O que está em curso é uma desculpabilização do aborto, para não dizer uma promoção do aborto.
Tal como há uma parada do ‘orgulho gay’, os militantes pró-aborto defendem o orgulho em abortar.
Quem já não viu mulheres exibindo triunfalmente t-shirts com a frase «Eu abortei»?Ora, dêem-se as voltas que se derem, toda a gente concorda numa coisa: o aborto, mesmo praticado em clínicas de luxo, é uma coisa má.
Que deixa traumas para toda a vida. E que, sendo assim, deve ser evitada a todo o custo.
A posição do Estado não pode ser, pois, a de desculpabilizar e facilitar o aborto – tem de ser a oposta.
Não pode ser a de transmitir a ideia de que um aborto é uma coisa sem importância, que se pode fazer quase sem pensar – tem de ser a oposta.
O Estado não deve passar à sociedade a ideia de que se pode abortar à vontade, porque é mais fácil, mais cómodo e deixou de ser crime.
Levada pela ilusão de que a vulgarização do aborto é o futuro, e que a sua defesa corresponde a uma posição de esquerda, muita gente encara o tema com ligeireza e deixa-se ir na corrente.
Mas eu pergunto: será que a esquerda quer ficar associada a uma cultura da morte?
Será que a esquerda, ao defender o aborto, a adopção por homossexuais, a liberalização das drogas, a eutanásia, quer ficar ligada ao lado mais obscuro da vida?
No ponto em que o mundo ocidental e o país se encontram, com a população a envelhecer de ano para ano e o pessimismo a ganhar terreno, não seria mais normal que a esquerda se batesse pela vida, pelo apoio aos nascimentos e às mulheres sozinhas com filhos, pelo rejuvenescimento da sociedade, pelo optimismo, pela crença no futuro?
Não seria mais normal que a esquerda, em lugar de ajudar as mulheres e os casais que querem abortar, incentivasse aqueles que têm a coragem de decidir ter filhos?
José António Saraiva, no Semanário SOL

quinta-feira, outubro 19, 2006

INQUÉRITO: Neste Novo Ano Pastoral, a Igreja deveria apostar..

Chegou a altura de revelar o resultado desta sondagem (inquérito):
  • na catequese de adultos - 29%
  • na catequese da Infância e Adolescência -17%
  • na evangelização (primeiro anúncio) - 17%
  • na pastoral caritativa - 17%
  • no acompanhamento personalizado - 13%
  • na preparação mais cuidada dos Sacramentos - 4%
  • na incremento da oração individual e comunitária - 4%

Gostava de "ouvir" a tua análise a esta pequena sondagem... Comenta.

sexta-feira, outubro 13, 2006

O Papa quer recuperar a missa em latim?!!!

O Papa vai recuperar a missa em latim. E eu vou recuperar a minha velha (e falta de teclas) máquina de escrever que já tinha deixado num canto escuro da garagem.
Quando na Igreja se fala de "abusos litúrgicos", curiosamente eu coloco esta decisão no rol desses supostos abusos.
Num tempo em que tanto se investe na teologia da inculturação, descobrimos uma Igreja que se esforça em apresentar um Deus que se comunica em latim. Novas encarnações. O que dirão no próximo Natal?

terça-feira, outubro 10, 2006

A heresia ariana continua a tentar a Igreja, reconhece cardeal Bertone

O cardeal Tarcisio Bertone, S.D.B., novo secretário de Estado vaticano, considera que, como nos séculos passados, a Igreja continua a experimentar a tensão da heresia ariana, ou seja, a concecpção segundo a qual Cristo não é Deus.
Em uma entrevista concedida a Jaime Antúnez, para o jornal chileno «El Mercurio», o principal colaborador de Bento XVI no governo do Vaticano desde 15 de setembro reconhece que «um dos principais problemas de nosso tempo é o problema da cristologia», segundo a qual se considera Cristo somente como «um grande homem». «Se a divindade de Cristo é posta em dúvida...», põe-se em dúvida o fundamento do cristianismo, reconhece, recordando a doutrina de Ário (256-336), sacerdote de Alexandria e depois bispo, que desde 318 negou a divindade da segunda pessoa da Santíssima Trindade, o Verbo.
Sintomas desta negação da divindade de Jesus são, por exemplo, o sucesso de «O Código da Vinci», apesar de sua trama se basear em «invenções novelescas absolutamente vergonhosas», reconhece o purpurado italiano.
«Mas vemos também que inclusive na elaboração de certa teologia se põe em dúvida a divindade e a unicidade salvífica de Cristo, único Salvador», reconhece.
«Esta redução cristológica trai a fé da Igreja nascente e dos grandes concílios cristológicos, de Nicéia, Constantinopla e Calcedônia. É uma autêntica traição e um desmentido à fé de nossos pais», recorda.
Segundo o cardeal Bertone, «é necessário, pois, voltar à fé cristológica, à centralidade de Cristo, verdadeiro Deus e, portanto, único Salvador».
Mas, segundo o secretário de Estado, a Igreja não só enfrenta a ameaça do arianismo, mas também de um novo «pelagianismo», uma das heresias de maior peso na história da Igreja, surgida no século V.
«Este erro de pensar que podemos construir uma Igreja por nós mesmos, e de achar possível salvar-se por si mesmos, sem a graça e a ajuda do Senhor», indica. «São perigos recorrentes que aparecem sucessivamente na história», reconhece.
Estes dois desafios foram discutidos pela declaração «Dominus Iesus», «sobre a unicidade e a universalidade salvífica de Jesus Cristo e da Igreja», firmada pelos então cardeal Joseph Ratzinger e pelo arcebispo Tarcisio Bertone, em qualidade de prefeito e secretário da Congregação para a Doutrina da Fé.
FONTE - Zenit
Achas que o Arianismo e o pelagianismo esta actualmente presente na Igreja

sexta-feira, outubro 06, 2006

SEMINARIO MENOR DE VISEU MUDA DE CASA Depois do Seminário Menor em Fornos de Algodres - o Seminário Menor em Rio de Loba!

Durante este ano, a nossa casa paroquial, para além de acolher o novo pároco que, juntamente com o P. José Carlos, vem para vos acompanhar na vida da fé, acolhe também o Seminário Menor da nossa Diocese que, como já deveis saber, deixa de estar na casa que está em Fornos de Algodres.

Uma equipa de quatro sacerdotes irá viver em comunidade nesta nossa casa e, ao mesmo tempo, acompanhar também quatro jovens que se encontram em caminhada de formação no Seminário Menor.

Diante desta nova experiência que o Sr. Bispo D. Ilídio nos convida a aceitar, neste ano pastoral especialmente dedicado às vocações, faço a seguinte reflexão:

O Evangelho mostra-nos que o verdadeiro Seminário, como comunidade formativa, é uma família de discípulos à volta de Jesus Cristo. Nunca ouvimos dizer que Jesus tivesse casa própria. Quando queria descansar, visitava os irmãos de Betânia, frequentemente estava com os pobres e entrava em suas casas, também aceitava o convite dos ricos, para lhes mostrar a verdadeira riqueza. E quando disse aos discípulos que lhes perguntam “Onde moras?” Ele mostra-lhes a sua morada: “Vinde e vede!”. Mas que morada seria esta?

Nunca se ouviu falar de uma casa, mas de um estilo de vida que Jesus veio propor aos discípulos que acreditaram na sua palavra. O barco, o horto, a montanha, o lago… eram a sua casa; uma multidão de pessoas pobres a sua família mais alargada!

Para concretizar o “sonho de Deus” que é salvar a humanidade, Jesus reúne efectivamente um pequeno grupo de pessoas, em que os laços humanos, enriquecidos com a sua oração e o dinamismo das suas palavras e gestos faz de simples homens apóstolos, capazes de abarcar com uma grande missão que é espalhar a Boa Nova do Reino no mundo através da Igreja.

Por isso, hoje, o testamento de Jesus é a palavra que continua a chamar jovens que, provenientes de várias terras e famílias, sentiram interiormente este desafio e responderam-lhe. Estão aqui, este ano, em experiência de Seminário Menor quatro jovens provenientes de várias famílias e paróquias. O P. Nuno dos Santos Almeida vai acompanhá-los mais de perto, assim como será o orientador do Pré-Seminário, que é um tempo e um espaço proporcionado a adolescentes e a jovens que queiram fazer a experiência do discernimento vocacional para o sacerdócio.

O Sr. D. Ilídio, ao pedir-nos, por este ano, que a casa paroquial de Rio de Loba seja a casa do Seminário Menor, dá-nos a oportunidade de ver com os próprios olhos o que é um Seminário, assim como nos fará contemplar a equipa sacerdotal que aqui vai viver em fraternidade.

Sempre ouvimos falar de um Seminário em Fornos. Até lá andaram alguns rapazitos da nossa paróquia. Agora ouvirão dizer: existe um Seminário Menor em Rio de Loba!... A razão que possibilita esta experiência é precisamente esta: a comunidade do Seminário, na caminhada formativa para o sacerdócio, é um estilo de vida itinerante.

Que esta experiência nova e surpreendente não nos assuste, mas que nos interrogue e seja para nós a certeza de uma atenção especial do Mestre da Vocação que nos chama a apoiar, em mais um ano pastoral especialmente dedicado às vocações, a tarefa sempre urgente de animar os jovens na procura e resposta a uma vocação.
P. António Jorge
O QUE PENSAS DESTA ORIGINAL EXPERIENCIA

Outlandish - I Only Ask of God



Letra da canção original em espanhol
SOLO LE PIDO A DIOS (CANCION)

Solo le pido a Dios
que el dolor no me sea indiferente,
que la reseca muerte no me encuentre
vací­o y solo sin haber hecho lo suficiente.

Solo le pido a Dios
que lo injusto no me sea indiferente,
que no me abofeteen la otra mejilla
después que una garra me arayo esta suerte.

Solo le pido a Dios
que la guerra no me sea indiferente,
es un monstruo grande y pisa fuerteto
da la pobre inocencia de la gente.

Solo le pido a Dios
que el engaño no me sea indiferente,
si un traidor puede mais que unos cuantos,
que esos cuantos no lo olviden facilmente.

Solo le pido a Dios
que el futuro no me sea indiferente,
Desahuciado esta el que tiene que marchara
vivir una cultura diferente.

Solo le pido a Dios
que la guerra no me sea indiferente,
es un monstruo grande y pisa fuerte
toda la pobre inocencia de la gente.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Bispos alemães pedem a muçulmanos que respeitem liberdade religiosa Qualificam de injustas as críticas ao Papa

Os bispos alemães qualificaram como injusta a interpretação que muitos muçulmanos fizeram de um breve fragmento do discurso de Bento XVI na Universidade de Ratisbona em 12 de setembro.

Numa mensagem publicada em 28 de setembro, ao final da Assembléia Plenária, recolhida pela «Rádio Vaticano», os prelados rejeitam frontalmente a atitude de todos os que continuam alimentando a polêmica, «perseverando na apresentação de acusações, exigências e inclusive ameaças».

«A Igreja Católica e todas as pessoas que, na Alemanha e no mundo inteiro, respeitam a liberdade de expressão e a defendem, nunca se deixarão intimidar», asseguram.

Os prelados, de forma unânime, manifestam a sua esperança de que «as autoridades muçulmanas de todo o mundo se abstenham de contribuir de qualquer forma para exacerbar novamente a situação», porque «qualquer ambiguidade conduz só à discórdia e deve ser evitada».

Neste contexto, os bispos assistem com preocupação aos ataques que sofreram as minorias cristãs em alguns países de maioria islâmica e, sobretudo, ao assassinato de uma religiosa na Somália.

Ao mesmo tempo, os prelados dão por descontado que os representantes do Islão se opõem, em termos inequívocos, a qualquer legitimação da violência e a qualquer manipulação da religião com fins políticos.

De fato, as igrejas cristãs conhecem bem, no curso de sua história, a tentação do uso da violência, à qual muitas vezes não souberam resistir, reconhecem os bispos católicos.

Por causa desta experiência, continua dizendo que, graças à Constituição, os muçulmanos que vivem no país gozam de liberdade religiosa.

E neste sentido, os bispos manifestam seu desejo de que também nos países muçulmanos se respeite a liberdade de religião, direito inalienável do homem.

«Rogamos às organizações muçulmanas na Alemanha -- escrevem os prelados -- que se comprometam de forma efectiva a favor deste respeito da liberdade de religião nos países de origem dos muçulmanos que vivem entre nós.»

Após a afirmação de que «insultar ou profanar a fé religiosa é um abuso da liberdade», os bispos alemães explicam que existe um equilíbrio fragilíssimo entre o direito à liberdade de expressão e o direito a que se respeitem as próprias convicções religiosas.

Os bispos finalizam retomando outro discurso do Santo Padre, em 20 de agosto de 2005, aos muçulmanos por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Colônia: «O diálogo inter-religioso e intercultural entre cristãos e muçulmanos é um a necessidade vital, da qual depende em grande parte nosso futuro».
Fonte Zenit

domingo, outubro 01, 2006