terça-feira, junho 28, 2005
ORDENADO PADRE AOS 80 ANOS!
segunda-feira, junho 27, 2005
O PADRE E A CRUZ
Tornou-se definitivamente claro, desde o acontecimento pascal, que não há ressurreição sem cruz, nem vida sem morte. Pelo que só a partir do contacto da realidade, na sua integridade e dureza, estaremos em condições de contribuir para a sua transformação. Detenhamo-nos, a esta luz, no que ocorre nas nossas comunidades cristãs.
É bom que se saiba que, para muitos, o padre é necessário apenas para baptizar crianças que raramente porão os pés na Igreja, para oficiar o casamento de jovens que vivem completamente à margem da paróquia e para acompanhar o enterramento de defuntos que foram coleccionando recusas a sucessivas - e insistentes - propostas de conversão.
É fácil a um padre aperceber-se de que a sua actuação é ditada não tanto pela convicção própria mas por mero arrastamento alheio. Em muitos momentos, ele vê-se impelido a fazer não aquilo em que sinceramente acredita, mas tão-somente aquilo que lhe é imposto, frequentemente com pouca - ou nenhuma - delicadeza.
E hoje em dia, não lhe sobram alternativas para (tentar) inverter a situação. Se segue em frente e corta a direito, é ameaça
O certo é que, de uma maneira ou de outra, se vai desenhando uma tendência deveras preocupante: em vez de ser o padre a alterar as circunstâncias, acabam por ser as circunstâncias a desfigurar a missão do padre. Que fazer? .
Se o padre se integra e assimila os comportamentos ambientais, tem toda a gente a seus pés, mas com o risco de se decompor. Se persiste, oportuna e inoportunamente, identificado com a sua vocação, a consciência ficará tranquila, mas o melhor é preparar-se para o martírio. Para o acidente. Para a hostilidade. Para o cerco.
Não há aqui, contudo, nada de depressivo e deprimente. Não é
O importante é que, cientes da tormenta que nos rodeia e conscientes da força que nos anima, avancemos na detecção dos sinais que o nosso tempo vai emitindo. E um dos sinais que se vai impondo com crescente nitidez, é o que diz que o padre não pode resignar-se ao papel de figurante.
sábado, junho 25, 2005
ADOPTA UM SACERDOTE
Por essa razão, queremos convidar todos os que quiserem ajudar sacerdotes a unirse a campanha "Adopta a un sacerdote", ajudando-os assim, do modo mais elevado possível: encomendando-os na oração e oferecendo sacrificios para que Jesus Cristo lhes conceda fortaleza e do dom da perseverança na sua missão redentora.
Neste momento encontram-se 3406 Sacerdotes registrados e 11293 pessoas que rezam por eles".
sexta-feira, junho 24, 2005
NÃO BASTA HAVER PADRES
Pega-se numa situação, já suficientemente distorcida por quem a sopra.
Ouvem-se duas ou três vozes mais exaltadas, habilmente descritas como representando o
sentir do “povo”.
Dos visados pode ser que colham “as razões”.
Só que dificilmente se lhes reconhecerá “razão”.
Resultado: haja o que houver, o padre é sempre “o culpado”.
Não digo que se vote ao desprezo este tipo de crítica. Todavia, está muito longe de ser a que mais nos deve preocupar. Aliás, há críticas que deveriam ser lidas como elogios e elogios que deveriam ser lidos como críticas. De qualquer modo, não é o aplauso que nos há-de mover. Não é o protesto que nos há-de condicionar. É somente o Evangelho que nos há-de nortear.
Se repararmos bem, a bitola das apreciações em torno dos padres incide mais sobre a função do que sobre a missão. O que fazem assume mais importância do que o que são.
O que é o padre? Um gestor de recursos? Um executivo e um tarefeiro? Um prestador de serviços? Um mero líder, por sinal cada vez mais contestado? E o que é a Igreja? Uma ONG? Uma simples organização benemérita? Não está em causa a promoção da solidariedade, mas que lugar é dado ao anúncio de Cristo?
O pior é que este perfil tende a ser progressivamente assimilado. Porque uma coisa é haver Igreja e outra coisa é ser Igreja. Como uma coisa é haver sacerdotes e outra coisa é viver o sacerdócio.
Certamente com o melhor dos propósitos, desdobramo-nos em mil e uma actividades não discernindo até que ponto elas possam, ou não, estar em sintonia, com o ministério que abraçamos. Acontece que, a páginas tantas, “somos arrastados para assuntos profanos, o que não corresponde às exigências da missão sacerdotal”.
É claro que a Igreja tem de intervir socialmente. No entanto, a quem cabe, em primeira instância, assegurar esta presença? Será ao padre? Ou não será ao leigo? Não se pertence à Igreja desde o Baptismo?
De facto, é sumamente perturbador ver como se confunde presença eclesial com presença ministerial. Regra geral, as pessoas só dão conta da Igreja se virem um padre ou um bispo à sua frente: Sucede que a Igreja é formada não apenas pelos bispos e pelos padres, mas pela totalidade dos seus membros.
Nem todos são chamados a fazer o mesmo. Qual é o carisma do padre? Oração e pregação (Act 6,4). Não será este um desígnio suficientemente forte para nos mobilizar por completo e para nos ocupar por inteiro?
terça-feira, junho 21, 2005
TENTAÇÕES DO SACERDOTE
Somos arrastados muitas vezes para assuntos profanos, o que não corresponde às exigências da nossa missão sacerdotal. Abandonamos o ministério da pregação e, para nossa vergonha, continuamos a chamar-nos bispos, tendo de bispos o título honorífico mas não a virtude. Abandonam a Deus os que nos foram confiados, e calamo-nos. Vivem imersos no pecado e não estendemos a mão para os corrigir e salvar.
Mas como podemos nós corrigir a vida dos outros, se
Com razão diz a Santa Igreja a propósito dos seus
Escolhidos como guardas das vinhas, não guardamos sequer a nossa vinha, porque, entregando-nos a actividades
S. Gregório Magno
Vemos muitos colegas atarefados como coisas que pouco tem a ver com o nosso ministério. Qual a vossa opinião?
sexta-feira, junho 17, 2005
O FUTURO DA IGREJA E A IGREJA DO FUTURO
Os LÍDERES em que acreditamos:
Cartazes e cerveja para atrair padres
Fonte CM
Chegou o «Marketing» Vocacional! O que acham desta notícia?
quarta-feira, junho 15, 2005
QUE PADRES... ...PARA A IGREJA?
Quais são os tipos mais vísiveis e frequentes de padres?
- Os vaidosos e orgulhosos. Entre os padres, há alguns que são vaidosos, e mesmo bastante orgulhosos ou por causa das suas qualidades e talentos ou, sobretudo por causa da sua situação de eleitos. Mantem um religião de proveito e de poder!
- Os moralistas. Esquecem o Evangelho do Amor e da Misericórdia e na cabeça só tem normas e mais normas. Muitos, transformaram o confessionário num lugar de tortura!
- Os pessimistas. Se um padre se torna pessimista incorrigível isso é grave, porque por vocação, deveria confiar plenamente em Deus. E quantos, devido à sobrecarga de trabalhos pastorais, à falta de apoio dos superiores e colegas, às experiências margas de insucessos repetidos cairam infelizmente no pessimismo?
- Os músicos. O padre não deveria, acaso, ser um músico por natureza para cantar os louvores de Deus e reforçar a sua alegria interior e para fazer cantar os outros? Toda a vida do padre deve aparecer como um cântico contínuo diante de Deus e diante dos homens....
- Os palhaços. Os palhaços conseguem rir de si próprios e rir também dos outros. A grande dádiva de Deus é o humor. Uma igreja que não reconhece a dádiva do humor e não a cultiva intensamente não é séria.
- Os profetas. O padre não tem o carisma de decifrar o futuro, mas é indespensável que se preocupe em decifrar os sinais dos tempos. Se ele vê tudo negro é um falso profeta. O verdadeiro profeta não é o cego fecha os olhos aos aspectos negativos da vida, mas é aquele que os vê à luz de Deus.
Pensamentos do papa: BENTO XVI
Como pequena comunidade, ela exigirá muito mais a iniciativa de cada um dos seus membros e certamente reconhecerá novas formas de ministério e criará cristãos com uma formação sólida que serão chamados à presidência da comunidade. O normal cuidado das almas estará a cargo de pequenas comunidades em grupos sociais com alguma afinidade.
Isto será atingido com esforço e exigirá muito empenho. Tornará a Igreja pobre e numa Igreja dos pobres e humildes. Tudo isto exigirá tempo. Será um processo lento e doloroso".
"A música, que tem um grande poder para reunir as pessoas, tinha muito espaço e importância na vida familiar. A arte é fundamental. Só a razão, como se exprime na ciência, não pode ser toda a resposta do Homem e não consegue exprimir todo o ser do homem. A arte é, com a ciência, o maior dom que Deus deu ao Homem".
terça-feira, junho 14, 2005
O RISCO DE SER PÁROCO
Se fala de contemplação - está voando.
Se aborda temas sociais - mete-se na política.
Se trabalha - não tem nada que fazer.
Se se preocupa com a paróquia - não se compromete com o mundo.
Se aparece com o cabelo comprido - é revolucionário.
Se o usa curto - é antiquado.
Se casa e baptiza toda a gente - malbarata os Sacramentos.
Se é exigente - afasta os crentes.
Se está na igreja - abandona os paroquianos.
Se faz visitas - abandona a paróquia.
Se promove convívios - na paróquia não faz nada.
Se se mete em obras na igreja - malbarata dinheiro.
Se não as faz - tem tudo abandonado.
Se lança um conselho paroquial - deixa-se manejar.
Se não tem conselho paroquial - é um individualista.
Se é jovem - não tem experiência.
Se é idoso - deveria reformar-se.
Se ... mas, quando se afasta ou morre - era realmente insubstituível.
Os dez mandamentos da vida de um padre
- É mais importante o que VIVO como padre do que o que FAÇO como padre.
- É mais importante o que Cristo faz em mim do que o que eu faço por Ele.
- É mais importante que eu viva em comunhão do que isolado.
- É mais importante o serviço da Oração e da Palavra do que o serviço das mesas.
- É mais importante suscitar colaboradores do que fazer todos os trabalhos sozinho.
- É mais importante estar em alguns lugares de uma maneira perfeita e irradiante que estar em todos de uma maneira imperfeita e fragmentária.
- É mais importante trabalhar em união que trabalhar, talvez com muita perfeição, mas isolado.
- É mais importante, porque mais frutuosa a cruz que o meu sofrimento.
- É mais importante estar aberto à universalidade da Igreja do que aos meus interesses particulares.
- É mais importante comunicar a fé do que satisfazer todos os caprichos.
Faltam padres. Que solução?
Não há duvida que precisamos mais padres. Mas, iremos continuar a procurá-los segundo a maneira tradicional, quando sabemos que esse modelo já está esgotado? Não será que as pessoas e a própria igreja, apenas querem mais sacerdotes porque precisam de "alimentar" a maneira tradicional de ser sacerdote? O que é preciso é dar resposta às necessidades prementes...
Não há dúvida que precisamos mais padres, mais padres segundo o modelo da igreja ou segundo o modelo de Jesus Cristo? Mais padres para dar resposta às necessidades ou para levar a mensagem de Jesus Cristo aos homens?
Ser ou não ser padre
Espero que a tua contribuição ajude a dar uma resposta a tantas inquietações.
Hoje ainda vale a pena ser padre?