- É evidente que hoje existe uma laicidade que não está em contradição com a fé. Diria inclusive que a laicidade é fruto da fé, pois a fé cristã é desde o inicio, uma religião universal, portanto, não se identificava com o Estado e estava presente em todos os Estados.
- É preciso adquirir uma mais clara consciência das funções insubstituíveis da religião para a formação das consciências e da contribuição que pode dar, junto de outras instâncias, para a criação de um consenso ético no seio da sociedade.
- Quando o europeu conseguir experimentar pessoalmente que os direitos inalienáveis dos ser humano, desde a sua concepção até à sua morte natural, assim como os concernentes à sua educação livre, à sua vida familiar, ao seu trabalho, sem esquecer naturalmente os seus direitos religiosos, quando este europeu, portanto, entenda que estes direitos, que constituem uma unidade indissociável, estão a ser promovidos e respeitados, então compreenderá plenamente a grandeza da construcção da União e poderá ser o seu artífice activo.
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- “Uma cultura meramente positivista, que atirasse para o campo subjectivo – como não-científica – a questão sobre Deus, seria a capitulação da razão, a renúncia às suas possibilidades mais altas e, por isso, o colapso do humanismo, cujas consequências não poderiam deixar de ser graves”.
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- “Seria fatal se a cultura europeia de hoje compreendesse a liberdade só como a falta total de obrigações e, com isso, favorecesse inevitavelmente o fanatismo e a arbitrariedade”, conduzindo à “destruição” da liberdade.
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- A verdadeira “atitude filosófica” é “olhar para lá das coisas penúltimas e pôr-se em busca das últimas, as verdadeiras”.
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- “Na origem de todas as coisas não deve ser colocada a irracionalidade, mas a razão criativa; não o acaso cego, mas a liberdade”.
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- Os mosteiros são “locais da busca de Deus” que salvaram a “cultura antiga” e criaram uma nova cultura. “Como eram cristãos, não se tratava de uma aventura num deserto sem caminho, de uma busca em total obscuridade. O próprio Deus colocou marcos no caminho, ou melhor, aplanou as veredas. Por isso a tarefa deles era descobrir o caminho e segui-lo”.
- “O homem precisa sempre de libertar-se dos seus medos e pecados; ele precisa de aprender a amar a Deus como amigo e a dar sentido à própria existência. Neste sentido, os Pastores têm um papel importante, ao conduzir o seu rebanho à meta estabelecida”.
- “O sofrimento rompe os mais seguros equilíbrios de uma vida, abalando profundamente as mais firmes bases da confiança e levando por vezes a desesperar mesmo do sentido da vida. Há combates que o homem não é capaz de manter sozinho, sem a ajuda da graça de Deus”.
- “No sorriso de Maria, a mais eminente de todas as criaturas, sorriso dirigido a nós, reflecte-se a nossa dignidade de filhos de Deus, esta dignidade que nunca abandona aquele que está doente. Este sorriso, verdadeiro reflexo da ternura de Deus, é manancial de uma esperança invencível”.
- “Aos que sofrem e aos que são tentados a voltar as costas à vida, eu quereria, humildemente, dizer: Voltai-vos para Maria! No sorriso da Virgem encontra-se misteriosamente escondida a força de prosseguir o combate contra a doença, a favor da vida. Junto dela se encontra igualmente a graça de, sem medo nem amargura, aceitar deixar este mundo, na hora que Deus quiser”.
- “O sorriso de Maria é manancial de água viva. Aquele que crê em mim, diz Jesus, rios de água viva brotarão do seu coração. Maria é aquela que acreditou e, do seu seio, brotaram rios de água viva que vêm irrigar a história dos homens. A nascente indicada aqui, em Lourdes, por Maria a Bernardete é o humilde sinal desta realidade espiritual. Do seu coração de crente e de mãe, brota uma água viva que purifica e que cura".