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segunda-feira, novembro 12, 2007

"Isto é uma vergonha".

Triste e revoltado. É assim que se sente o Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, com a retirada do Orçamento do Estado para o próximo ano de qualquer verba de apoio aos alunos carenciados da Universidade Católica.
Em entrevista ao Correio da Manhã, no final da visita ‘Ad Limina’ a Roma, o cardeal disse, sem rodeios, que esta situação “é uma vergonha” para o nosso país, explicando que, a este nível, “Portugal e Espanha constituem a excepção negativa da União Europeia”.
"A Polónia, a República Checa, a Hungria, a Eslováquia, a Holanda e a Bélgica, entre outros, financiam as suas universidades e institutos católicos a 100%.
Até a França, com o seu velho laicismo, ou a Itália, onde nos encontramos, financiam 40% das despesas das universidades da Igreja. Só nós é que, tristemente, chegamos ao ponto zero. Isto é uma vergonha”, realçou o Patriarca de Lisboa.
No Orçamento do Estado de 2007, recorde-se, estava previsto uma verba para acção social de 1,5 milhões de euros, fatia que a Universidade ainda não recebeu e que desapareceu por completo do Orçamento de 2008.
"Não pedimos financiamento a 100%, só gostávamos de ver o País a sair desta cauda negativista, em que a ajuda é zero, em que o reconhecimento é nada. Não falo só de escolas ou institutos católicos, mas de todas as boas instituições de ensino privadas”.
Apesar de não o dizer de forma expressa, D. Policarpo considera que o Governo está a trilhar os caminhos traçados pela “onda laicista que todos os dias mina a sociedade portuguesa”.
Fonte: Correio da Manhã

10 comentários:

  1. money money money money money money money money money money money money money money money money

    é uma música já antiga não é?...

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  2. Já viram que o barzabu nunca responde ao artigo. Cego é quem não vê ou quem não quer ver... Será que os pais que mandam os filhos para a Universidade Católica ou para outras universidades privadas não tem os mesmos direitos que os outros. Onde está o direito à livre escolha?
    Os portugueses e os espanhois é que estão no caminho certo ... a Holanda, a Bélgica, a França tem que fazer como nós. A onda laicista ainda não chegou a este ponto... Que pena, deve pensar o Barzabu.

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  3. O negócio da fé





    Cá se, fazem..., Paulo Baldaia, Chefe de Redacção

    O líder da Igreja Católica - cardeal Ratzinger, rebaptizado Papa Bento XVI - recebeu na sede do Império (Vaticano) os bispos portugueses e parece que lhes passou um raspanete. "Novo estilo", "Nova mentalidade", escreveram na primeira página vários jornais, dando conta das mudanças requeridas pelo chefe da multinacional católica para a sua filial portuguesa.

    Livres de dogmas, olhando com respeito para a instituição Igreja, nada nos impede de perceber que o problema do Vaticano é que em Portugal - como de uma forma geral no mundo inteiro - há cada vez menos padres, menos seminaristas, menos baptizados e menos pessoas na missa. Ou seja, menos negócio.

    Visto pelos olhos de um católico praticante, admito que este comentário soe a blasfémia, mas quem não tem uma fé cega no juízo dos homens que falam em nome de um Deus só pode concluir que o problema são os números.

    A Bíblia está cheia de histórias em que o Criador abençoa homens com pouca fé mas muita prática do bem. E a história da Igreja de São Pedro tem muitos episódios de sinal contrário. O que preocupa o Vaticano é o declínio do negócio.

    Ratzinger, a quem todos apontam um certo conservadorismo, parece acreditar que a solução passa por um regresso ao passado. Olhará para outras igrejas, e seitas, pensando que o seu relativo sucesso se deve a fundamentalismos.

    Acontece que, em matéria de negócios, qualquer 'spin doctor' lhe poderá dizer que o que ele precisa é de adaptar-se ao presente e antecipar o futuro.

    Para 'salvar' os filhos de Deus - sejam eles católicos, protestantes, judeus ou muçulmanos - não é preciso obrigá-los a ser religiosos. Basta que a religião os ajude a ser racionalmente mais solidários.

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  4. Mais um estado laico
    Liechtenstein deixará de ter um estado católico


    O Catolicismo deixará de ser a religião oficial do Principado de Liechtenstein. O primeiro-ministro Otmar Hasler apresentou a reforma que regulamenta a separação entre Igreja e Estado.

    Lentamente, os últimos protectorados do último estado totalitário da Europa - o Vaticano -, vão-se emancipando e tornam-se estados de direito pleno.

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  5. Talvez para expiação dos pecados, João César das Neves exige a regulamentação da Concordata (tratado dispensável entre o Estado português e o do Vaticano) - uma forma de reivindicar os privilégios que a hierarquia católica reclama e de que JCN sub-repticiamente se faz eco.

    JCN deplora a derrota do miguelismo que, na sua opinião, «tentou responder à crescente onda jacobina», o que «gerou a longa e degradante servidão da Igreja sob o jugo liberal da segunda metade de Oitocentos». Para ele, o que não seja um Governo semelhante ao do Irão é um regime de «servidão da Igreja».

    Segundo o beato plumitivo, as normas cuja extensão aos lares da ICAR é uma exigência legal, não passam de «regulamentos e exigências tolas».

    Sem o dizer claramente, vê no fim do subsídio à Universidade Católica a «agressão» de Sócrates, «talvez inspirado pelas tolices de Zapatero», e, tecendo o mais terno louvor à bondade da ICAR, considera «confronto» e «opressão» o cumprimento da Constituição, que garante a liberdade religiosa, com tratamento igual das diversas confissões.

    A extinção dos lugares de capelães hospitalares, prisionais e castrenses, na função pública constitui «perseguição» e «opressão» [sic] de que é vítima a Igreja católica.

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  6. Já S. Martinho defendia a separação Igreja/estado. Até quando o reducionismo da igreja à hierarquia, do ser cristão à participação na missa,do ser ao parecer...? A justiça não pertence apenas ao foro do religioso. É um valor universal tal como a liberdade de escolha (no ensino e não só), a igualdade de direitos e a tolerância... Confundir Ratzinger com fé, estado com igreja, justiça com proteccionismo... talvez sejam erros grosseiroa. "Dai a César o que é de César" para que eu possa chamar a César injusto...

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  7. Afinal não querem falar da Holanda e da Bélgica, da França que subsidia as escolas privadas... não interessa!!!
    Vale mais dizer umas choradas de coisas preformatadas por mentalidade laicista, do que pensar e perceber que um estado pode ser laico sem ser anti-católico.
    Os pais católicos (que pagam impostos). Ainda são 2 milhões de praticantes em Portugal tem direito ou não a escolher a escola para onde querem mandar os filhos?
    A liberdade (escolha) faz parte dos vosso principios ou não?

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  8. Deste governo já nada me espanta, tais as trapalhadas que não cessa de semear por todo o lado e por todos.
    É a minoria laicista a quer impor "democraticamente" a sua vontade totalitária.
    Perguntar não ofende: Não andará por detrás das disparatadas e agressivas medidas socráticas a mão da maçonaria?

    Mas o Senhor Patricarca e demais bispos estão só a receber o troco da forma acomodada e - diria - de aplauso como se têm comportado perante a arrogância e prepotência do actual governo.
    Enquanto a chuva agressiva andou por "outros quintais", silêeeeeeecio! Agora que chegou também ao seu quintal, barafustam...

    Os silêncios cúmplices não se conjugam com PROFECIA, senhores bispos!

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  9. Mas... não foram só os bispos e os padres que votaram neste e noutros governos, dando-lhes a maioria. Onde está a opinião pública desses que se dizem cristãos? Onde estão os verdadeiros valores vindos da fé? Bananas é o que somos feijões frades. E a culpa não é só da hierarquia (mas também!) É do nosso dualismo... cristãos de missa e laicos (talvez maçónicos... é provável) de activismo, de prática, de obras...
    Dizia D. Helder: "...quando dou pão aos pobres,chamam-me de santo, quando pergunto pelas causas da pobreza, me chamam de omunista."...

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  10. A Comissão de Finanças do Senado dos EUA exigiu a apresentação de relatórios de contas detalhados da actividade financeira de seis grandes organizações cristãs.

    A 5 de Novembro, o Senador de Iowa e Presidente do da Comissão de Finanças do Senado dos EUA, Chuck Grassley, enviou cartas a seis grandes organizações religiosas cristãs com o pedido de apresentação de relatório detalhado dos gastos daquelas organizações. Segundo a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, cada uma destas grandes igrejas, graças ao seu estatuto, está dispensada de preencher o impresso do IRS.

    www.christianitytoday.com/ct/2007/novemberweb-only/145-25.0.html

    Em Portugal deveria ser feito o mesmo ! Como está contabilizado e é gasto o dinheiro dos crentes, onde e em quê, deveria obter uma observação periódica do Tribunal de Contas de Portugal !

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