Powered By Blogger

quinta-feira, novembro 30, 2006

Movimentos do «não» trazem a Lisboa pioneira da liberalização nos EUA

A campanha para o referendo já começou. Os movimentos vão organizando e as primeiras iniciativas começam a entrar na agenda. O «não» traz a Lisboa a mulher que esteve na origem da liberalização da interrupção da gravidez nos EUA e que depois passou a activista anti-aborto

Nos anos 70 Norma McCorvey iniciou uma batalha legal que levaria à consagração do aborto enquanto direito constitucionalmente protegido nos EUA. Hoje é uma activista das organizações pró-vida e são duas dessas organizações - Missão Vida e pelos Juntos pela Vida – que a trazem a Portugal, onde vai estar de domingo a quarta-feira.

O ponto alto será uma conferência na faculdade de Letras, em Lisboa, na terça-feira, precisamente o mesmo dia em que será feita a apresentação oficial da plataforma «Não obrigada», que congrega os vários movimentos e associações que se estão a mobilizar para a campanha do referendo à despenalização do aborto.

Norma McCorvey protagonizou o caso Roe v. Wade que chegou até ao Supremo Tribunal e criou jurisprudência, que nos EUA tem força de lei. Quando lhe foi permitido abortar já tinha tido o bebé, que deu para adopção. Durante anos trabalhou em clínicas de aborto, mas no final dos anos 90 passou de defensora do aborto para uma activista das organizações pró-vida.
Em 1997, fundou a «Roe No More Ministry», com a intenção de expor todas as mentiras contadas por ela própria no caso Roe v. Wade e no ano seguinte lançou a sua autobiografia, «Won By Love».
Desde então, tem-se dedicado a falar sobre a sua experiência pelo mundo fora. Participa na «Justice Foundation's Operation Outcry», uma fundação que se dedica a recolher informação sobre mulheres que fizeram um aborto, como forma de mudar a decisão em consequência do caso Roe v. Wade

1 comentário:

  1. Norma McCorvey é uma pessoa corajosa! E a humildade e sinceridade de, sem receios, assumir que errou, só a torna mais bela aos olhos de Deus, que sempre prefere quem erra e se arrependa, e disso dá testemunho aos outros, do que quem, por medo e incompetência, não tem coragem de viver a sua própria vida e se deixa apenas guiar pela cabeça dos outros, para o bem e para o mal.

    O que define a Liberdade não é tanto essa frase tão em voga de "liberdade de expressão", mas é mais a faculdade de todo o ser humano se poder libertar do jugo que o escraviza (por preguiça mental e tibieza de acção), passando a fazer uso da razão para pensar por si próprio e ter consciência de si para agir com responsabilidade, sem ter de delegar nos outros e nas leis essa responsabilidade, pelos actos que quer cometer.
    É que a lei pode, doravante, e como se vai verificando, autorizar-nos a agir de acordo com princípios que são claramente contrários à moral. Porém, cabe a cada um de nós, assumir a responsabilidade, na solidão da nossa consciência e perante Deus, das acções que cometemos e nenhuma lei humana nos livrará desse Juízo.

    Pena é que nós, humanos, precisemos de tropeçar uma e muitas vezes, até que nos surja o arrependimento e mudemos de caminho, pese embora e frequentemente, esse arrependimento venha à custa das infelizes consequências (porque colhemos o que semeamos) e não por pura iluminação divina. Mas maior pena é daqueles que nunca alcançam arrependimento, ou porque não conseguem pensar por eles próprios e só fazem o que lhes mandam fazer, ou porque estão desprovidos da faculdade de julgar da existência do bem e do mal e, por conseguinte, entendem que nunca erram.

    Valha-nos, ao menos, os exemplos dos outros, que sempre nos alertam para o que devemos ou não fazer, muito embora haja aqueles que preferem sempre dar as suas próprias cabeçadas até aprenderem à sua própria custa - como eu.

    ResponderEliminar