As novas regras impostas pelo ministro da Saúde, Correia de Campos, aos padres dos hospitais ultrapassam as marcas do ridículo.
"Limitar a assistência espiritual nos hospitais não constitui um condicionamento da liberdade religiosa. Constitui, antes de mais e acima de tudo, um estrangulamento da liberdade humana.
Obrigar a que seja o doente a requisitar (e logo por escrito!) a presença do padre é uma medida que esconde (ou talvez não) o que está em causa: a limitação de uma presença. Se o doente está inconsciente, como é que vai escrever? Se o doente não sabe ou não está em condições de escrever, como é que vai redigir o pedido?
Depois, restringir a presença do sacerdote à hora das visitas é, simplesmente, não perceber o que é a assistência espiritual. Passará pela cabeça de alguém circunscrever a presença do médico à hora das visitas?"
in Theosfera
«O documento que recebemos tem aspectos ridículos e só pode ter sido feito por uma pessoa que não percebe nada do que se passa nos hospitais nesta matéria», disse ao SOL D. Carlos Azevedo, secretário da Conferência Episcopal. in Sol
"Limitar a assistência espiritual nos hospitais não constitui um condicionamento da liberdade religiosa. Constitui, antes de mais e acima de tudo, um estrangulamento da liberdade humana.
Obrigar a que seja o doente a requisitar (e logo por escrito!) a presença do padre é uma medida que esconde (ou talvez não) o que está em causa: a limitação de uma presença. Se o doente está inconsciente, como é que vai escrever? Se o doente não sabe ou não está em condições de escrever, como é que vai redigir o pedido?
Depois, restringir a presença do sacerdote à hora das visitas é, simplesmente, não perceber o que é a assistência espiritual. Passará pela cabeça de alguém circunscrever a presença do médico à hora das visitas?"
in Theosfera
«O documento que recebemos tem aspectos ridículos e só pode ter sido feito por uma pessoa que não percebe nada do que se passa nos hospitais nesta matéria», disse ao SOL D. Carlos Azevedo, secretário da Conferência Episcopal. in Sol
- Que as estradas portuguesas estejam hoje transformadas em maternidades, pouco diz a Correia de Campos...
- Que um doente continue a esperar tempos infindos por uma intervenção cirúrgica, parece nada dizer a Correia de Campos...
- Que a saúde esteja cada vez mais cara, menos acessível e menos comparticipada, parece nada importunar Correia de Campos...
- Que uma mulher queira fazer um aborto e tenha tudo de graça, enquanto alguém que sofre um enfarte tenha que pagar, isso não incomoda Correia de Campos...
- Mas que os padres entrem nos hospitais e possam livremente atender quem deles precisa, isso incomoda Correia de Campos!!!
E Sócrates? Não é ele o grande responsável por esta situação de afrontamento à saúde, liberdade e justiça? Ele é que é o chefe do Governo!!!
Texto colhido no blog Asas da montanha
Concordo em grande medida que as acções de Correia de Campos são perniciosas para a saude dos portugueses. Não concordo quando falam na chamada assistencia espiritual e que tal seja uma limitação à liberdade humana. De facto, a presença dos padres nos hospitais representa concorrencia desleal ao exercício da medicina. Se os padres são proselitos de Deus e este é omnipotente, os doentes só o são porque Deus permite. Ora, ser doente nessas circunstancias (por vontade de Deus todo poderoso) só pode tornar inutil o exercício da medicina.
ResponderEliminarOs padres devem ser confinados às Igrejas tal como os medicos não devem poder exercer medicina nas Igrejas. Misturar as duas coisas é, no mínimo, concorrencia desleal.
Este é um comentário ou é uma anedota?
ResponderEliminarA igreja tem uma palavra a dizer nos hospitais... com padres, sem padres... mas fundamentalmente na visita ao que sofre, dando-lhe uma palavra de conforto. Faz deste direito/dever um cavalo de batalha. mas não esqueça os tantos que jazem sós em suas casas sem direito a capelão... visitemos, sem ser de forma oficial,o nosso vizinho...
ResponderEliminarHospitalizado... nunca lá vi o capelão... mas o meu pároco visitou-me em hora de visita...
ResponderEliminarVamos a ver:
ResponderEliminarNuma sociedade que vai rapidamente perdendo o seu rótulo de "oficialmente católica", e perante um Estado que se assume aconfessional e laico (que não é o mesmo que laicista), não me repugna que caiba ao doente (ou quem o represente) solicitar assistência espiritual, em vez do capelão andar a fazer ronda pelos quartos. Claro está que esta ronda tem as suas vantagens; mas há que aceitar também que ela se possa revelar incómoda para certo tipo de doentes.
Já a hipotética exigência de essa solicitação ter de ser feita por escrito e assinado (talvez em papel azul de 25 linhas, em triplicado, com assinatura reconhecida pelo notário e selo fiscal de 40 escudos - moeda antiga) me parece pura parvoíce.
Não me repugna que ao pessoal médico e afim estejam vedadas acções de proselitismo. Daí a impedir que se possa conversar sobre religião, vai um longo passo.
Não me repugna que o Estado deixe de estar obrigado a sustentar economicamente os capelães. Se bem que tal situação permita uma maior disponibilidade e acessibilidade à assistência espiritual, a verdade é que é algo discriminatória (só a Igreja católica "beneficia" desse estatuto remuneratório) e propiciadora de confusões (faz do capelão um funcionário público, um trabalhador do Estado).
Já a hipotética exigência de a assistência espiritual ter de ficar confinada ao horário de visitas me parece coisa estúpida.
Não me repugna que os espaços religiosos dentro dos hospitais públicos devam ser concebidos de forma a poderem ser usados por todas as confissões. Penso que até seria louvável se houvesse o mesmo cuidado perante espaços historicamente pertença dos católicos (algumas capelas e igrejas adjacentes aos hospitais). Daí a querer que sejam espaços completamente desprovidos de simbolismo religioso e totalmente anódinos, vai um grande passo.
Não me repugna que se recolham crucifixos ou outros objectos religiosos espalhados por corredores e paredes. Aceito que possam ser incómodos para determinadas sensibilidades. Mas de maneira nenhuma seria aceitável que se proibisse um doente de colocar uma imagem de algum santo na sua mesinha de cabeceira.
Já agora, o exemplo de uma cidade estrangeira:
ResponderEliminarAo doente (ou família) cabe solicitar expressamente a assistência espiritual da confissão religiosa a que pertence. À secretaria do hospital cabe acolher o pedido do doente e fazer uma ligação telefónica para determinado número indicado pela confissão religiosa respectiva. Ao assistente espiritual designado cabe comparecer no hospital logo que possível, devidamente identificado, e no respeito pelas diversas regras da instituição hospitalar.
No caso concreto dos católicos, a assistência espiritual é assumida rotativamente pelos sacerdotes das diversas paróquias e comunidades religiosas da cidade. Na mudança de turno (normalmente uma semana) passa de mãos um beeper cujo número está reservado exclusivamente ao hospital.
O processo é relativamente simples: o hospital liga para o beeper; o padre devolve a chamada, identificando-se, recebendo informações sobre o doente (nome, comunidade a que pertence, estado de saúde) e informando sobre hora estimada de chegada ao hospital (dados que a secretaria transmitirá entretanto ao doente ou sua família). O padre tem livre acesso ao parque de estacionamento do hospital (possuindo para isso a devida identificação). Apresenta-se na secretaria (novamente com a devida identificação) e é informado do andar e quarto a que se deverá dirigir. Deverá desinfectar as mãos (há produto próprio no balcão de entrada e no acesso a qualquer das zonas do hospital). Chegado à secção onde se encontra o doente, apresenta-se à enfermeira encarregada, acatando qualquer recomendação que seja feita. No fim da visita (e possível celebração), que se deseja não seja alongada desnecessariamente, o padre volta a desinfectar-se, e apresta-se a deixar o edifício, tendo o cuidado de assinalar isso mesmo ao pessoal da secretaria.
Fora deste esquema, o doente pode manifestar o desejo da presença de um um determinado padre em concreto (o seu pároco, por exemplo). Aí, será ao doente ou sua familia que incumbirá entrar em contacto com tal sacerdote e combinar a visita; tratando de informar a secretaria da vontade do doente e da hora prevista para a chegada do padre.
Realmente, outro mundo...
Pois é... e o Sócrates? Foi o maior erro da democracia portuguesa.
ResponderEliminarÈ um lobo em pele de cordeiro...muito perigoso.
Que Deus nos guarde.
"Pois é... e o Sócrates? Foi o maior erro da democracia portuguesa.
ResponderEliminarÈ um lobo em pele de cordeiro...muito perigoso."
Como eu concordo contigo! Mas não digas isso em nenhum local público. Pode haver bufos e estás tramado...
Da democracia deste senhor já todos ouvimos falar...
sócrates é um parolo!
ResponderEliminardizer o contrário disto é dizer muito mal de nós. não diz mal do lobo, diz mal das ovelhas.
que qualidades pode um povo ter quando se deixa oprimir por um sujeito destes?
Volta, Salazar, estás perdoado!
ResponderEliminarPolíticos de "meia-tigela",irresponsáveis, arrogantes... Gente "socrática", atai a mó de um moinho ao pescoço e lançai-vos ao rio Tejo!
sou catolica mas nao concordo que apenas os padres catolicos tivessem o direito de visitar os doentes hopitalizados,acho que representantes de outras denominaçoes deveriaom ter esse direito. Quanto ao Socrates e seu govervo é do pior que ja tivemos ,so espero que os portugueses se lembrem disso nas proximas eleiçoes
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