Nascido em Vila Verde, há 42 anos, o padre Aloísio de Araújo fez a sua formação escolar e teológica nos seminários Menor e Maior de Braga. Ordenado no início da década de 90, foi capelão militar – chegou ao posto de tenente – e pároco de Sequeiros, Souto e S. Mateus da Ribeira, nos arciprestados de Amares e Terras de Bouro.
Amigo, presente e empreendedor – ainda hoje têm grande utilidade os centros de dia que ajudou a construir.
A Igreja perdoou o seu erro e, hoje, Aloísio de Araújo é o coordenador das Missões Católicas de Língua Portuguesa da Suíça, com mandato até 2012. Tem à sua responsabilidade um universo de 170 mil fiéis.
E ecos helvéticos asseguram que é tão admirado como o era por terras bracarenses.
Testemunho de D. Eurico Dias Nogueira
Foi um período muito complicado aquele que atravessou o padre Aloísio após cair em tentação. Do céu ao inferno, foi um pequeno passo em falso. A escalada inversa levou mais tempo, mas a verdade é que o atingiu. Com a ajuda de Deus, diz ele, e com a ajuda do então arcebispo de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, diz toda a Igreja, conseguiu levantar-se. Com o apoio do responsável eclesiástico, fez tratamentos em Espanha e Inglaterra e recuperou. Aliás, “ressuscitou”. É que, para além de ter largado a droga, continuou a ser aquilo que sempre foi: um padre. Hoje com fiéis devotos na Suíça e outros com saudade em Portugal.
“Todos na aldeia sonham com o regresso do nosso padre. Quando ele foi embora, foi chorado em tudo o que era canto. Se voltasse, era bem recebido”, sublinha Cândida de 60 anos.
“Fez o máximo pela freguesia. Era mexido e sabia pressionar as pessoas certas. Isto aqui era tudo casas abandonadas”, afirma o senhor António, de 82 anos, apontando para o Centro: “ Não tenho memória de outro padre tão bom para Souto”.
Fonte: Correio da manhã
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