São Paulo, neste Domingo, deixa-nos uma mensagem muito actual: "Eu soube, meus irmãos, pela gente de Cloé, que há divisões entre vós, que há entre vós quem diga: «Eu sou de Paulo», «eu de Apolo», «eu de Pedro», «eu de Cristo». Estará Cristo dividido?".
Realmente, quantas vezes ouvimos dizer eu gostava mais de João Paulo II, outros de Paulo VI, outros de João XXIII. Quantas vezes escutamos tranquilamente alguns cristãos dizer eu vou àquela Igreja porque aquele padre é "porreiro" e não vou àquela porque é um "chato". Eu quando me casar vou convidar aquele para presidir ao meu casamento. Quando estava cá o outro até participava no grupo de jovens agora já não ponho lá os pés... eu gosto daquele porque canta bem, eu vou àquela Eucaristia porque o padre demora pouco... etc, etc...
Quem conhece a vida de S. Francisco de Assis, certamente conhece este episódio. Um dia S. Francisco disse para os que o acompanhavam: "dizei-me qual é o padre mais escandaloso que conheceis, é esse que eu vou escolher para me confessar. Assim sei que não é ele que perdoa os meus pecados, mas Jesus Cristo".
Qual a medida da nossa fé?
O que nos move a participar na Eucaristia é o amor a Jesus Cristo ou o sacerdote que preside?O que nos leva a recorrer ao sacramento do perdão, é o arrependimento, a vontade de receber o perdão de Deus e de mudar de vida ou outra coisa qualquer?
É nestas pequenas coisas que manifestamos a nossa fé ou a falta dela.
Encontrei-o por acaso e perdi-me na leitura das suas postagens...
ResponderEliminarA minha mãe nunca foi à escola aprendeu a ler com a minha bisavó nos jornais que recortavam para embelezar os "parteleiros" da cozinha, mas era uma mulher sábia. Na minha aldeia durante a minha adolescência descobriu-se que o pároco tinha um filho. Naturalmente recusei ir confessar-me ao padre "pecador"... A minha mãe ficou muito triste, porque, disse ela: "pensei que tu sabias que o Sr. Padre quando está a confessar ou a celebrar a Sagrada Missa representa Jesus, mais, é como se fosse Jesus, foi-lhe dado esse poder em Nome de Deus. O que acontece com a vida dele como homem, não és tu nem eu que temos o direito de julgar.
Não me obrigou a ir confessar, nas ela foi e eu fui atrás.
A medida da nossa Fé é a mesma da nossa Esperança.
ResponderEliminarCreio acima de tudo em Jesus Cristo. Vou á eucarístia porque sempre que lá estou sinto a sua presença viva, contudo, sejamos sinceros; sejamos acima de tudo humanos. É evidente que o padre que celebra a eucarístia tem influência, admitamos esta realidade. Eu, que moro em Beja, na freguesia do Salvador desde que nasci nunca lá fui á missa, por uma razão muito simples: Não gosto do padre. Prefiro deslocar-me e ir a Santiago Maior. Não é por ai que quantifico a medida maior ou menor da minha fé. Porque a verdade é que os padres não são todos iguais. Uns são a arrogância em pessoa, outros são de uma humildade que nos cativa. Se os padres representam Jesus e se posso escolher, então escolho aquele que mais se assemelhe a ele.
ResponderEliminarMas de Jesus Cristo também não gostaram. Também o abandonaram quase todos, até o mataram...
ResponderEliminarNão será egoísmo andarmos a escolher o mais simpático que pode não ser aquele que se assemelha mais com Jesus.
Jesus cativa muita gente, mas também afastava aqueles que não gostavam da sua frontalidade (é diferente de arrogância).
Na Igreja todos somos de Cristo, não criemos capelinhas...
Oportuníssima esta reflexão, no meu ponto de vista. De enorme actualidade a referência a S. Francisco.
ResponderEliminarParece que para muitos o Deus é padre, ou o coral, ou esta e aquela pessoa...
No meio de tanta simpatia e antipatia, onde fica CRISTO?
Parece que muitos "adoram o porreirismo" e destestam a exigência. O que interessa é que o padre seja "porreiro". Será esta a posição de Cristo?
Esquecemos que todos somos uma comunidade celebrante? Cada um com o seu espaço próprio, mas somos todos celebrantes, A Eucaristia não é só o padre... Pobres de nós se tal fosse!... É acima de tudo CRISTO! E nós com Ele.
Mas ser humilde não significa que seja "porreiro"... Não há que fazer confusão. Mas há alguém que tenha dúvidas de que a postura de um Padre tem a capacidade de apróximar ou o "poder" de afastar fiéis? Eu não tenho a menor dúvida.
ResponderEliminarRelativamente ao lugar de CRISTO, sei perfeitamente onde ele fica: No meu coração.
O importante é Jesus, mas quem fala dele tem de ser alguém idóneo, pois a imagem que passa por ele arrasta-o sempre...
ResponderEliminarA fé é um dom de Deus.Cada um adquire-a através da vivência do seu dia a dia.
ResponderEliminarA leitura cristã pode ser uma forma de fortalecer tb a fé,questionar e tirar dúvidas.
É preciso alimentá-la na nossa alma.
Mas mais importante do que á fé,penso que seja a caridade,porque uma fé sem obras torna-se morta.
São Paulo, pelo que sei, nem era uma figura física imponente nem era um "bom orador". Entretanto foi o apóstolo que foi...
ResponderEliminarPorquê? Porque falava de Cristo. apaixonava por Cristo, e ficava seriamente preocupado quando as pessoas, em vez de caminharem para Cristo, ficavam nele.
Vejamos, com olhos de ver, o caso de São francisco...
Também por várias vezes me fiz esta pergunta. E o resultado é o mesmo: um padre, penso, é um representante de Jesus na Terra. Há bons e menos bons representantes. Gostamos dos melhores. Haverá algum mal nisso? Beliscará, esse facto, a nossa fé?
ResponderEliminarUm abraço
Fá
A fé seria suportável se as pessoas infectadas se limitassem a vivê-la sem tentarem contaminar os outros e deixassem de perseguir os que se curam ou trocam de enfermidade. É verdade que muitas religiões abandonaram os métodos expeditos de evangelização e os castigos que infligiam aos apóstatas mas não foi por benevolência da religião ou dos seus padres, foi porque o poder secular lhes pôr um freio.
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