O jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, divulga na sua edição de Quinta-feira o discurso que o Papa tinha previsto pronunciar na Universidade “La Sapienza”, de Roma, onde se iria apresentar como “uma voz da razão ética da humanidade”.
“Não venho impor a fé, mas pedir a coragem para a verdade”, refere o texto que Bento XVI tinha preparado para a visita de 17 de Janeiro, que acabou por ser adiada devido a protestos de membros da comunidade académica desta instituição, que foi criada por um Papa no século XIV.
A intervenção papal fazia questão de sublinha que a Sapienza é “hoje em dia uma universidade laica”, independente das autoridades políticas e eclesiásticas. Isso não invalida, escreve Bento XVI que ali não seja escutada “a sabedoria das grandes tradições religiosas”.
“O perigo do mundo ocidental, para falar apenas neste, é que hoje o homem, justamente em razão da grandeza do seu poder e do seu saber, capitule perante a questão da verdade” e que a razão “ceda à pressão dos interesses e à tentação da utilidade erigida como critério supremo”.
Numa referência relação entre fé e razão, Bento XVI alerta para o perigo de que “a teologia, cuja mensagem é dirigida à razão, venha a ser confinada à esfera privada de um grupo mais ou menos grande”.
Numa carta enviada ao Reitor da Instituição, Renato Guarini, e divulgada no jornal do Vaticano, o Cardeal Bertone lembra que o convite dirigido ao Papa tinha sido aceite para “dar um sinal de afecto e consideração” por uma Universidade criada por iniciativa do Papa Bonifácio VIII, em 1303.
“Não venho impor a fé, mas pedir a coragem para a verdade”, refere o texto que Bento XVI tinha preparado para a visita de 17 de Janeiro, que acabou por ser adiada devido a protestos de membros da comunidade académica desta instituição, que foi criada por um Papa no século XIV.
A intervenção papal fazia questão de sublinha que a Sapienza é “hoje em dia uma universidade laica”, independente das autoridades políticas e eclesiásticas. Isso não invalida, escreve Bento XVI que ali não seja escutada “a sabedoria das grandes tradições religiosas”.
“O perigo do mundo ocidental, para falar apenas neste, é que hoje o homem, justamente em razão da grandeza do seu poder e do seu saber, capitule perante a questão da verdade” e que a razão “ceda à pressão dos interesses e à tentação da utilidade erigida como critério supremo”.
Numa referência relação entre fé e razão, Bento XVI alerta para o perigo de que “a teologia, cuja mensagem é dirigida à razão, venha a ser confinada à esfera privada de um grupo mais ou menos grande”.
Numa carta enviada ao Reitor da Instituição, Renato Guarini, e divulgada no jornal do Vaticano, o Cardeal Bertone lembra que o convite dirigido ao Papa tinha sido aceite para “dar um sinal de afecto e consideração” por uma Universidade criada por iniciativa do Papa Bonifácio VIII, em 1303.
Fonte: Ecclesia
Uma Universidade Laica com laicista?!!!
«É surpreendente que quem escolheu como lema a célebre frase atribuída a Voltaire – ‘lutarei até a morte para que tu possas dizer o contrário do que penso’ –, se oponha a que o Santo Padre pronuncie um discurso na universidade de Roma ‘La Sapienza’».
Uma das razões que levou aos protestos - e que é ignorado por conveniência no seu post -, e ajuda a esclarecer, é o que passo a citar:
ResponderEliminarPelo facto de considerarem inaceitável a mistura incongruente de ciência e religião, os docentes sentindo-se ultrajados recordavam um discurso de Ratzinger em Parma, em 15 de Março de 1990, em que este parafraseou Feyerabend: «Na altura de Galileu, a Igreja mostrou ser mais fiel à razão que o próprio Galileu. O julgamento contra Galileu foi razoável e justo». Palavras que os signatários consideraram que «como cientistas fiéis à razão e como professores que dedicaram as suas vidas ao avanço e difusão do conhecimento, ofendem-nos e humilham-nos».
Provavelmente para evitar este tipo de barbaridades (fundamentalistas) solicitaram em carta assinada por 67 docentes e subscrita por mais de 600 docentes, dirigida ao reitor da universidade:
«Em nome da laicidade da ciência e da cultura e em respeito da nossa instituição aberta a professores e estudantes de todas as religiões e ideologias, esperamos que este evento incongruente possa ainda ser cancelado».
Aqui no DN ou no Público de 14/Jan/2008
ResponderEliminarhttp://dn.sapo.pt/2008/01/15/ciencia/coracao_bate_laboratorio.html
A vida está próxima e deus não estava lá, a menos que estivesse de folga.
"La Sapienza" é uma universidade fundada por iniciativa do Papa. Foi o papa que foi convidado, não foi ele que se fez convidado. Uma minoria (67 ou 600 professores, quando a universidade tem mais de 2700), vem para a rua protestar, talvez para defenderem o lema de Voltaire: "Lutarei até à morte para que tu possas dizer o contrário do que penso". Talvez esta minoria já não se interesse na do lema da sua universidade.
ResponderEliminarDizem que é uma Universidade Laica, mas estes professores querem é uma universidade laicista.
Liberdade só quando tem a nosssa opinião. Já percebi...
Impediram de falar ao Papa Imobiliário ? As pessoas até têm de o ouvir sem o desejar ! Ele entra dentro da minha casa sem me pedir licença !
ResponderEliminarJá agora pergunto-lhe quando é que você aprendeu que a Terra andava à volta do Sol ? Foi há muito tempo ? Olhe que a sua Igreja Católica só reconheceu isso no final do século XX ! Veja lá a ignorância e obscurantismo durante séculos !
Não precisamos de “iluminados” grotescos !
Pela sua cultura que, apenas, a paixão da fé perturba, não posso deixar de lhe dizer que o seu post é grosseiramente injusto.
ResponderEliminarNa universidade não se queimam livros nem pessoas, actividades com larga tradição na sua Igreja. Não se excomungam adversários nem se perseguem crentes. O que a ICAR fez a judeus e muçulmanos só tem paralelo no sionismo demente dos judeus das trancinhas e nos atentados bombistas dos talibãs do fascismo islâmico.
Se eu fosse crente estaria mais preocupado com a reconciliação com os apaniguados do arcebispo Lefevbre e com a explicação a dar aos crentes, de como um excomungado pode transitar do Inferno para o Paraíso, do que com Bento(?)XVI.
A sua defesa do Papa vem na linha de quem prefere a salvação da alma à análise serena da verdade. Não me espanta.
Liberdade é:
ResponderEliminarA mulher poder decidir sobre a vida gerada no seu seio,mas sem o pai ter direito de opinião;
Os filhos terem o direito a tudo o que querem, mas os deveres para com os pais qd chegam À 3ª idade, passam para lares q são verdadeiros depósitos de velhos;
A liberdade é sermos "todos diferentes, mas todos iguais", mas desde que não sejam da Igreja, esses têm uma doença altamente contagiosa que é a Fé e convém erradicá-la.
Realmente meus caros, porque defendem a liberdade, desde que ela não vá contra o que acreditam??
Dizer que o julgamento do galileu foi justo é realmente uma ofensa, não sabia que esta tinha sido a razão dos protestos... A existir Deus, a ciência apenas estuda a criação, esta é uma catequese há muito proclamada nos diversos grupos de jovens católicos, pelo que não percebo o comentário do então ainda cardeal, caso para dizer que o conflito é entre instituições e em nada aborda Deus e o mundo nas suas essências... Realmente tratou-se de um comentário infeliz que em nada traduz a evolução da igreja no que toca à ciência... Sou catequista e durante quase uma década dirigi um grupo de jovens e se há uma coisa que descobri é que a ciência não invalida e a religião, nem vice versa, ambas se completam na descoberta da verdade...
ResponderEliminarMais uma vez digo e repito: bastante infeliz o comentário do nosso papa...
A polémica aqui tem mais a ver com as declarações provocadoras que Bento16 tem sistematicamente proferido contra a ciência [“… a ciência sem o catolicismo é irracional …” (Ratisbona)] e os cientistas chegando mesmo a equipará-los a terroristas por trabalharem com células estaminais, considerando tal prática um atentado para a paz.
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