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quarta-feira, março 07, 2007

Um cardeal no seu labirinto

«As nossas catequeses já não fidelizam cristãos. Estão a cumprir ritos mas não fidelizam cristãos
A Igreja, mais do que derrotada, ficou triste com a decisão dos portugueses. Muitas vezes, porém, as vitórias avaliam-se, mais do que pela quantidade dos votos, pela justiça das causas. E continuamos convencidos de que a nossa é uma causa justa e recta, em termos de civilização.

«Na minha vida, já nada me perturba.»


Na verdade, o aborto faz parte de uma espécie de agenda internacional de temas ditos fracturantes. Esta questão vem retalhada de meias verdades. Uma mulher grávida não é uma doente. Passa a ser, se fez um aborto clandestino que lhe correu mal.

Não podemos colaborar com uma lei que consideramos injusta. Mas estaremos do lado de todas as salvaguardas que garantam ajuda à mulher que tenciona fazer um aborto. Até para propor alternativas. Segundo estudos recentes, 76% das mulheres que abortam preferiam não o fazer, se tivessem ajuda ou alternativa. E isto é um desafio tremendo para toda a sociedade. Os defensores do «sim» também disseram que eram contra o aborto. Agora, já há reacções de certos sectores do «sim», pós-referendo, a abandonar esse discurso, que incluía o aconselhamento às mulheres, para que evitassem abortar...

Excertos da entrevista à Revista Visão.

1 comentário:

  1. Essa coisa de os defensores do Sim se desculparem que também são contra o aborto, insere-se na velha e sempre eterna "manipulação" de aliciar os corações para uma determinada causa que, sendo injusta ou perversa, toma aparência de justiça e de bondade.

    Hipocrisia, é o que é.

    Engraçado!
    Porque é que eu só conheço mulheres (não são muitas, mas são três), que fizeram aborto de ânimo leve, como quem bebe um copo de água, simplesmente porque sim, porque não queriam assumir a gravidez - ponto final.

    De facto, ainda não consegui encontrar uma dessas mulheres, desgraçadinhas, que tomam a opção de abortar como quem lhes arranca o coração, que se sentem penalizadas e vítimas de um mundo injusto que não lhes dá condições materiais e sociais, etc. e tal.

    Devo andar com muito más companhias!

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