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terça-feira, março 27, 2007

Cardeal Cañizares, arcebispo de Toledo, evangeliza com notas televisivas

O cardeal Antonio Cañizares Llovera, arcebispo de Toledo e primaz da Espanha, está a oferecer uma série de notas televisivas através do canal Televisivo Popular, com o intuito de apresentar o Evangelho como força capaz de renovar a vida de cada pessoa e da sociedade.

Em cada um desses encontros diante das cameras, acompanharam-no também outros especialistas nos diferentes temas que o purpurado está a comentar.

Até agora, foram emitidos os seis primeiros programas, nos quais o cardeal Cañizares refletiu sobre algumas das questões mais candentes que afectam os homens e mulheres contemporâneos.

Ao falar da questão da existência de Deus, por exemplo, constatou que não ter Deus é a maior das pobrezas: a visão de uma vida na qual parece que Deus sobra, reconheceu, é a causa das crises e da quebra da sociedade.

«Que ninguém tema crer em Deus, abrir-se a Deus, já que esta é a verdadeira revolução e o futuro do homem», alentou o cardeal em tom cordial.

Ao analisar o tema da liberdade, o purpurado, conhecido na sua carreira teológica pela sua proximidade do cardeal Joseph Ratzinger, declarou que é «a expressão própria da verdade do homem», fazendo alusão à frase de Cristo que diz «a verdade vos tornará livres».

Esta frase, alertou, foi mudada pelo espírito da modernidade, trocando-a por «liberdade vos fará verdadeiros» para impor um «relativismo feroz».

Esse relativismo pode levar a cometer actos como o terrorismo e o aborto, esquecendo que «a liberdade não é nunca para eliminar o outro». Diante desta situação, fez um vibrante chamamento a dirigir o olhar para Jesus Cristo e a dar testemunho da verdade.

Outra das tertúlias tocou o futuro da Europa e fê-lo recunado até à sua origem. O «velho continente» nasce do encontro do «logos» helênico e o «Logos» cristão.

Ao perder suas raízes, a Europa perde sua identidade. Esqueceu-se da mensagem de Jesus, «dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus», já que hoje se dá tudo aos diferentes césares e nada a Deus.

A revolução cultural que se iniciou na década de sessenta continua a manifestar-se hoje através das legislações abortivas, divorcistas e da ideologia pansexualismo. Estas correntes tiveram um enorme impacto na teologia, com a secularização e a morte de Deus. O resultado é uma visão laicista que busca mudar a cultura cristã do Ocidente.

Pelo contrário, Cañizares apresentou o vínculo que une Deus ao homem: o ser é criado por Deus de maneira única, e este facto o torna interlocutor de Deus, o que implica a necessidade de responder a seu chamamento.

O facto de ser criatura de Deus não humilha o homem, mas engrandece-o em todos os aspectos, porque «quanto mais afirmamos Deus, mais afirmamos o homem».

A conclusão desta primeira série de tertúlias concluiu convidando os cristãos a não terem medo a falar da verdade do homem: «a vinculação com Deus é o futuro do homem porque é a origem e o destino do homem».

2 comentários:

  1. É um bom exemplo a seguir em Portugal, aliás, em todo o Mundo.
    Uma boa forma de Evangelizar, através dos canais televisivos.

    Quanto a essa "revolução cultural", infelizmente, ela já vem muito de trás: foi semente que germinou paulatinamente, se não antes, pelo menos a partir do Iluminismo, posteriormente, com o nihilismo filosófico e por aí adiante.
    A sua flor desabrochou nos anos 60, cujo fruto envenenado, modernamente colhemos: violência, crime, corrupção, tirania, satanismo, imoralidades de todo o género.

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  2. E se é preciso evangelizar! É preciso mostrar aos outros que DEus é um Pai e que o seu jugo é manso e humilde, não é como esta sociedade que está cada vez mais competitiva e exigente em termos materiais. Por outro lado, falar de DEus é também uma forma de evitar que as pessoas ofendam constantemente a Deus. E, claro, também é preciso reevangelizar, digamos assim. Como exortam as EScrituras, ninguém pense que estará salvo. Deve lutar para seguir o caminho de Deus até ao fim.

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