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terça-feira, março 20, 2007

"Religião: marca de sucesso?"

Uma provocação lançada para cima da mesa, que nos deixa algumas interrogações:
  • Como é que os mundos do desporto, da televisão e da publicidade encaram, manejam e se apropriam da esfera religiosa, transformando-a, de acordo com os seus códigos, numa referência social incontornável?
  • O desporto pode ou não ser encarado como um fenómeno de contornos religiosos? Se, por exemplo, tem ou não uma crença (recorde-se a propósito "És a nossa fé", o sugestivo documentário de Edgar Pêra sobre o universo das claques em Portugal), uma liturgia própria (atente-se à ritualização dos movimentos na bancada ou dos gestos relacionados com a entrada e saída de futebolistas em campo), uma ética e um público que forma comunidade.
  • contaminação religiosa do discurso jornalístico desportivo ou o advento de formas de associação religiosa entre os próprios desportistas, como é o caso dos Atletas de Cristo?
  • Por que é que a mensagem religiosa transmitida em formato tradicional muitas vezes não alcança realmente o destinatário? Poque é que neste campo o humor é terrivelmente eficaz?
  • Existirá hoje uma diluição da fronteira entre o esotérico e o religioso e a dessacralização do fenómeno religioso tradicional?
  • Numa sociedade e num Estado ditos laicos, porque se sucedem reportagens sobre as várias formas de consagração religiosa?
  • Qual a formação religiosa dos jornalistas que tratam da informação religiosa?

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