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sábado, março 10, 2007

... O que espero do sacerdote (Michael Albus)

  • O primeiro que eu espero de um sacerdote é que me anuncie a Palavra de Deus e não a sua palavra. A condição para que isso aconteça é que ele conheça as escrituras e não lhe seja estranha a realidade da minha vida, da nossa vida.
  • Espero que o sacerdote seja modesto e viva com simplicidade; que saiba calar quando os outros falam e que tenha a palavra certa quando os outros se calam.
  • Espero que o sacerdote reze, que seja profundo e que me torne participante das suas profundidades quando eu corro o perigo de frequentemente ficar pela superficialidade da vida quoatidiana.
  • Espero que ele tenha tempo, hoje e amanhã, sem datas marcadas no calendário, porque acredito que a tarefa mais importante para o sacerdote é ter tempo para as pessoas, sempre que lhe perguntem: "tem tempo para mim?" É o tempo de Deus! O sacerdote é para mim a garantia do tempo que Deus tem para mim.
  • Espero que leia e se interrogue; há muitos que não se interrogam e por isso não podem dar também respostas.
  • Espero que o sacerdote me venha ver, que venha ver a nossa família, que não espere que os outros o vaiam ver a ele.

Espero muito do sacerdote, talvez demasiado!

2 comentários:

  1. Vivemos um tempo em que somos de uma grande exigência para com os outros (os Bispos, os Padres,os diáconos, os leigos), mas depois reclamamos e queremos que em relação a nós as pessoas sejam tolerantes...
    Estou inserida na Igreja e vejo que há mesmo bons Padres, pessoas que entregaram a sua vida a Deus e aos seus irmãos. Padres como os descritos aqui. Chamemos a atenção para este casos, para estimular nos jovens o desejo de seguir a Cristo na radicalidade da sua vida...respondendo de forma afirmativa ao Seu chamamento.
    Também temos como Bispos pessoas de uma grande qualidade humana e Cristã. Nas últimas semanas temos ouvido falar muito de D. Manuel Clemente, mas há muitos mais, graças a Deus!
    Tenhamos alegria de pertencer a esta Igreja de Cristo!

    Ana

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  2. Espero muito do Sacerdote, mas não demasiado, no sentido de que tento ver nele o seu lado humano que, como qualquer outro, está sujeito a vulnerabilidades, fraquezas e defeitos (o que não quer dizer que tudo seja aceitável e, porisso, os coloco em dois lados da barricada).

    Pensanbo bem, toda a gente (tanto crentes como não crentes) vê no Sacerdote algo de especial, como um ser à parte, colocando-o numa posição de destaque para o bem ou para o mal.

    Porque, naturalmente, onde a luz é mais forte, as sombras também são mais profundas, e as imperfeições daqueles entre nós, que devem dar o exemplo e arcar com a responsabilidade são, por isso, mais notadas.

    Sendo certo que cada um de nós o vê pelo lado do prisma que melhor nos assenta:
    para uns, o Sacerdote é posto num pedestal como sinal de respeitabilidade e mais perto da santidade, fazendo a ponte entre nós e o Divino;
    para outros, ele serve de bitola, mas da qual apenas lhes interessam ajuizarem sobre os defeitos dele, para assim se desculparem das suas próprias indignidades;
    para outros, ainda, é sinal de contradição e motivo de chacota e desprezo.

    Também a Cruz, para uns é sinal de contradição e loucura; mas para outros é Salvação!

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