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segunda-feira, junho 11, 2007

FUNERAL CRISTÃO

Há muitas formas de celebrar os funerais.
Entende-se que um funeral católico é para os fiéis católicos. Por isso, é bom estarmos preparados para outros rituais fúnebres para quem não tinha nem vivia a fé católica. Por coerência e até por respeito à vontade, manifesta em vida, talvez alguns funerais não devessem acontecer como os fazemos… para não “obrigar” ninguém, depois de morto, a “gramar” o que em vida não quis.
A Igreja católica não é, um departamento estatal, público, para os assuntos religiosos ou funerários!
Mas, importa sobretudo valorizar e purificar a celebração da morte dos nossos familiares, antes que se banalize ou seja absorvida pela onda comercial e "neo-pagã" que nos invade.
  • Vale a pena relembrar que a morte se prepara vivendo santamente. Ainda estarão todas as famílias cristãs preocupadas pela saúde espiritual sua e dos seus idosos e doentes, sugerindo-lhes e proporcionando a celebração do sacramento da Unção dos doentes, da Reconciliação e da Comunhão!?

Porque no dia do funeral dos nossos não temos grande ocasião de pensar, vale a pena ir lembrando alguns pormenores:

  • Ninguém deverá estranhar que num funeral cristão se cante. De estranhar é não o fazer. Cantar é "rezar duas vezes", é manisfestação da nossa Esperança e até, psicologicamente, um remédio para a nossa pena.
  • Durante a Missa exequial o caixão esteja fechado: por razões de higiene e saúde; de espaço, em muitos casos; de maior atenção à Eucaristia e ao altar; para, logo após a Missa, seguirmos com o funeral e não interrompermos a oração com despedidas que repetimos no cemitério.
  • Na Eucaristia, façam um arranjo floral belo mas simples – e não flores “a monte”. Até para não haver “distinção” social das pessoas. Há capelas onde o espaço é pouco e por vezes o cheiro e o pólen incomoda algumas pessoas. Alguns ramos sejam guardados noutra parte ou na carrinha funerária.
  • Quantas vezes, pelo seu exagero e ausência de consequências, não serão sinais de pouca fé?? Quem crê sabe, que além e mais do que o gesto exterior das flores, podem ajudar os nossos falecidos: o bem que fazemos; a nossa oração mais intensa; a nossa conversão e crescimento na fé; a nossa comunhão Eucarística e a caridade fraterna.
  • A caminho do cemitério vamos rezando e cantando, testemunhando a nossa fé na Vida eterna. De preferência à frente da carrinha, para rezarmos juntos. E, no cemitério, terminamos primeiro a oração pelo irmão que sepultamos, antes de visitar outras campas.

    7º Dia ?? 30º Dia ??
  • São sobretudo datas significativas para nós, não tanto para os nossos falecidos, que já não vivem no tempo de calendário. São datas de conveniência e tradição para nós: são aniversários semanais, mensais ou anuais,para melhor recordarmos os nosso defuntos: para os sufragar a eles e pedir-lhes que eles intercedam por nós.

NORMAS PASTORAIS DE UM ARCIPRESTADO

2 comentários:

  1. Ultimamente impera a ideia de que não se deve dar a Unção aos doentes para que estes não sejam perturbados com o temor da morte.

    É uma situação algo problemática, de facto, mas todos vamos ter de morrer. E se para o verdadeiro cristão, a vida é uma passagem e a morte é um novo nascimento, devemos estar preparados para esse momento e compete aos mais próximos agir de acordo com a vontade do doente, sondada previamente.

    Quanto aos funerais, só deviam ser feitas as cerimónias religiosas daqueles que em vida o solicitaram.

    A Igreja não é, realmente, uma Agência funerária e penso que não pretende (ao contrário de outros grupos) impôr a sua vontade a ninguém.

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  2. olá. sou padre e também me sinto inquieto com essa problemática dos funerais. Em certas orações do ritual sinto-me a mentir a Deus...porque digo coisas que o defunto não vivia nem sentia.
    Talvez a Conferência Episcopal pudesse acrescentar um ritual "diferente" para os chamados "não praticantes".
    saudações

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