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sábado, junho 23, 2007

Falso Padre detido pela PSP quando celebrava um baptizado - pedia donativos aos fiéis

Rezou missas, baptizou bebés e celebrou o casamento de muitos casais, um dos quais na Sé de Braga, durante mais de dois anos sem que ninguém desconfiasse de nada. Do padre João Luís Amorim todos falavam bem: “Tinha o dom da palavra”. Até que no passado sábado quando baptizava o pequeno Pedro de quatro meses, em Areias, Santo Tirso, o falso padre foi detido em plena igreja por dois elementos da PSP. Após ser ouvido na esquadra foi colocado em liberdade.

Os fieis das paróquias dos concelhos de Santo Tirso, Vila do Conde e Maia onde o padre Luís, como era conhecido, celebrou homilias ficaram chocados ao saberem que foram enganados, inclusivé nos donativos que davam.

Afinal, o padre Luís chama-se Agostinho Caridade e muitos descobriram que o dinheiro que lhe doaram para os missionários ou para construir capelas em Angola e para as crianças pobres, – na maior parte dos casos 150 euros –, nunca chegaram ao suposto destino.

O padre de Alvarelhos, na Trofa, José Ramos afirma que só há cerca de um mês começou a desconfiar da falsa identidade do padre Luís.

“O momento chave foi depois da organização da festa da família. Disse que vinham oito mil pessoas de todo o País e quando chegou a altura vieram sessenta pessoas. Culpou-me a mim e ao padre de São Romão do Coronado de termos desviado os autocarros com os fieis para Braga”, disse José Ramos.

A partir daí as incongruências sobre pormenores da vida pessoal do falso padre levaram José Ramos a investigar e descobrir a verdade. “Fiquei atónito, boquiaberto”, disse.

BURLOU-ME EM 500 EUROS

Ganhava a confiança dos fieis e contava-lhes sobre a sua experiência em Angola como missionário e depois pedia-lhes para doarem dinheiro para os missionários ou para construir uma capela naquele País. Os padres e crianças pobres eram também usados como motivos para a doação.
“Pediu-me dinheiro várias vezes. Eu e a minha irmã acreditávamos. Ele falava muito bem e era padre. Burlou-me em 500 euros”.

“Sentimo-nos enganadas, mas sei que ele enganou muito mais gente”.

“Ele falava com os fieis e dizia que aquele era um assunto só entre eles e que não me contassem nada”.

CHEGOU A ESTAR LIGADO À IURD

O falso padre é natural de Aguiar, Barcelos, onde actualmente vivem os pais e irmãos . Todos desconheciam que Agostinho Caridade, de alcunha “Gravatas”, se andava a fazer passar por padre.

Os populares de Aguiar e freguesias vizinhas ficaram também atónitos, assim como um cunhado que até é polícia. Os vizinhos referiram que o falso padre chegou a estar ligado à IURD.

“Ele raramente cá vinha. Dizia que era cozinheiro no Algarve”, disse José Costa, um morador local que fez questão de vincar que os familiares do falso são “boas pessoas e muito bem referenciadas” na localidade.

Agostinho celebrou um casamento na Sé de Braga, há cerca de dois anos. O casamento foi devidamente autorizado, mas é nulo. Ou seja, o casal terá de se casar novamente, caso o entendam, pela igreja. É como se fossem solteiros. O mesmo acontece com outros casais casados pelo falso padre.
Fonte: Correio da manhã

10 comentários:

  1. O descrédito das religiões é o caminho para a livre determinação de homens e mulheres prisioneiros do dogma, da tradição e da perversidade das relações de poder.

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  2. http://www.talkorigins.org/faqs/flatearth.html


    É preciso muita Fé!

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  3. É inaceitável à luz do direito ao trabalho!
    O indivíduo em causa até tinha experiência em missas, baptizados, funerais e outras cerimónias litúrgicas. Não tinha queixas dos fregueses.

    Com quatro anos de experiência em missas na cidade da Trofa e a fazer tudo o que os outros padres fazem, o oficiante não é um principiante no ofício do divino.
    Pode não ter diploma mas, com a falta de padres, não se vê que mal tem o exercício da profissão que, ainda por cima, não prejudica ninguém.

    A um pedreiro ninguém pede o diploma de assentador de tijolos nem a um varredor o de operário especializado em alfaias de limpeza, e pode empunhar a vassoura sem carteira profissional. Por que razão se há-de exigir a um profissional de baptismos, confissões e ofícios correlativos o respectivo alvará?

    Aqui houve perseguição do bispo. Deus não se importou com o trabalho do biscateiro mas o dono da diocese reclamou para a polícia.
    Com que autoridade?
    Acaso a alma do neófito ficava mal limpa, os nubentes que abençoou ficaram a viver em mancebia, as confissões não libertaram os créus dos pecados que os atormentavam e as missas não aliviaram das obrigações os cristãos que as rezaram?

    Ana.

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  4. Senhor Padre inquieto, ponha ordem nisto. Há gente que não sabe o que é a liberdade de expressão!
    O mínino que se pede é que estes senhores "comentadores" nos respeitem.
    Se querem brincar podem fazê-lo com o seu ateismo! Nós não o faremos.
    Hélio

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  5. Talvez fosse bom que explicassem aos intervenientes que o Sacerdócio nem é uma profissão, nem basta ter algum jeito..nem basta estar no desemprego....nem basta saber ser biscateiro ou ler os rituais....não é á toa que quanto menos SOMOS mais exigênte se deve tornar a escolha dos que Deus quer...não vá o diabo tecê-las e aparecerem mais uns poucos de biscateiros.....

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  6. Aos 3 primeiros comentadores...

    O catolicismo não é uma brincadeira, nem um decargo de consciência.


    Talvez fosse melhor permanecer calados se não sabem do que falam.

    Com o devido respeito.

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  7. estou aqui para agadeçer au padre ramos por tudo o que ele faz pelos paroquianos de alvarelhos........que deus perdoe o falço padre que enganou muitas pessoas do conçelho da trofa em particular de alvarelhos que gosto muito

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  8. Ana

    Eu até consegui rir bastante com os detalhes da notícia, mas depois de ler o seu comentário fiquei a pensar que o fez no regresso de uma rave party, com muitas rodinhas à mistura!

    Teodora

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  9. Faz-me lembrar S.Paulo.... aqueles Judeus que não o suportavam por causa da sua liberdade, e os outros, os cristãos Judeus convertidos também... ainda bem que no meio da Igreja, que somos todos, quem convence e salva é o Espírito Santo...

    Se calhar seria bom voltarem a ler ou se o fazem pela 1ª vez esta passagem antes de soltar odores a fogueiras ateadas: Gal1,11-24 ; 2Cor 11,22-31 e por ai adiante...

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  10. O Sr. Caridade trabalhou nas obras na Alemanha era gruista na firma SUCOTEC com representação em Lisboa, o Caridade nunca teve nada de padre antes pelo contrario andava metido em bailes e tinha uma amante em Portugal fui colega dele e sei que ele tinha um apartamento no Algarve

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