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sexta-feira, maio 11, 2007

Seitas colocam «sérios interrogantes à Igreja». Quais?

A expansão das seitas na América Latina coloca «sérios interrogantes à Igreja», considera o cardeal Tarcisio Bertone.

«Infelizmente, o fenômeno das seitas aflige não só o continente latino-americano, também afeta o Norte da América e a Europa».
«A Igreja é chamada, como disse o Senhor e como nos repete o Evangelho, a um contínuo processo de conversão a Deus, é um processo de purificação e de renovação».

«O abandono de uma parte notável do povo de Deus da Igreja Católica por parte de pessoas que saem a buscar outras comunidades nas quais esperam satisfazer sua busca religiosa ou uma sede de espírito de família, de espírito de comunidade, propõe sérias questões à Igreja.»

É urgente «verificar a qualidade da obra de evangelização, da educação na fé e da edificação das comunidades».

«Aos bispos e os sacerdotes que propõem o problema alerto-os para a necessaria capacidade de acolhimento e de escuta das pessoas». «Portanto, trata-se de estar perto das pessoas, de sermos acolhedores, como ensinaram os grandes e santos bispos, como nos mostrou o Papa João Paulo II na sua autobiografia, quando diz: ‘Tentei e tento ser acolhedor, estar próximo das pessoas’, e como nos ensina o Papa Bento XVI com a sua capacidade de escuta, de proximidade.»

«As pessoas que o encontram, ainda que só seja por um momento durante as audiências, se sentem transfiguradas porque têm quase a percepção de serem tratadas como um amigo, pareceria que é um encontro entre velhos amigos.»

«Isso é algo muito belo, é um ensinamento. Parece-me que é também um meio simples, mas eficaz, para impedir este êxodo de nossos cristãos católicos», conclui.

3 comentários:

  1. Para mim, um dos problemas da proliferação de certas seitas - muitas pôe em causa certos direitos humanos - é a falta de evangelização que houve durante muitos anos por parte da Igreja (consagrados e leigos). Tirando os missionários e as devidas excepções, fechámo-nos demasiado na nossa capelinha.

    Aprendamos com os erros e passemos a evangelizar mais com plavras e obras. Sejamos consagrados, leigos, missionários no nosso país ou fora dele.

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  2. Vivemos num mundo de competição e parece que a Igreja também não escapa a esta (por vezes triste) realidade. É ver quem chega primeiro e se instala para arrebanhar uma comunidade.

    Mas o problema da perda de fiéis da Igreja não tem a ver apenas com as seitas que usam de shows espaventosos e marketings para chamar as pessoas, mas procede também da falta da tal "capacidade de acolhimento e de escuta das pessoas".

    Se os problemas fossem só estes, seria fácil inverter esta tendência. Porém, há questões de fundo, muito mais graves, de natureza contextual, inerentes à propagandeada New Age, com todas as suas implicações, as quais só Deus sabe aonde levará o Mundo futuro...

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  3. «Mas o problema da perda de fiéis da Igreja não tem a ver apenas com as seitas que usam de shows espaventosos e marketings para chamar as pessoas...»

    Concordo ... eu "CREIO" que o problema é que o cheirinho a churrasco que as fogueiras purificadoras se extinguiram, graças a deus (desculpem, graças à capacidade que o homem, lenta mas corajosamente, tem tido para sacudir o jugo do poder religioso!)

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