"Os valores do amor e da justiça que são apresentados pelo Evangelho e pelo anúncio da Igreja ajudam a quem se compromete também em criar estruturas de carácter social, económico e político a avançar para uma justiça cada vez melhor, a encontrar na realidade da história soluções que sejam racionais, correctas, que levem verdadeiramente em conta o ser humano na sua totalidade".
"Se a Igreja começasse a transformar-se directamente em sujeito político, não faria mais pelos pobres e pela justiça, mas, pelo contrário, faria menos, porque perderia a sua independência e a sua autoridade moral, identificando-se com uma única via política e com posições parciais questionáveis".
"Se a Igreja começasse a transformar-se directamente em sujeito político, não faria mais pelos pobres e pela justiça, mas, pelo contrário, faria menos, porque perderia a sua independência e a sua autoridade moral, identificando-se com uma única via política e com posições parciais questionáveis".
"A Missa dominical, centro da vida cristã. Temos que motivar os cristãos a que participem nela activamente e, se é possível, melhor com a família. A participação dos pais com os seus filhos na celebração eucarística dominical é uma pedagogia eficaz para comunicar a fé e um estreito vínculo que mantém a unidade entre eles. O Domingo tem significado, ao longo da história da Igreja, o momento privilegiado do encontro das comunidades com o Senhor ressuscitado".
Bento XVI no Brasil
Deus nos livre que a Igreja enverede pelos meandros sempre obscuros e corruptos da política!
ResponderEliminarA História está cheia de relatos de lutas intestinas entre reis e a Igreja, quando os dois disputavam o poder temporal.
À Igreja compete o poder espiritual, zelando pela formação moral da humanidade e pela salvação das almas.
Cristo fartou-se de dizer que o Seu Reino não era deste Mundo, mas poucos o entenderam.
O fracasso brasileiro de Ratzinger:
ResponderEliminarLendo a imprensa brasileira, a conclusão que se retira é que a incursão de Ratzinger pelo Brasil foi um tremendo fracasso. Politicamente, ouviu um sonoro «não» de um político que raramente se impõe. E teve menos pessoas a idolatrá-lo em público do que em qualquer festival católico de verão que tenha realizado na sisuda Alemanha.
Foi uma surpresa positiva que Lula da Silva, um Presidente ambíguo e pouco dado a rupturas, tenha dito a Ratzinger que o Brasil vai «preservar e consolidar o Estado laico». B-16 pedira, nessa entrevista, uma Concordata que garantisse os privilégios a que a ICAR está habituada noutros países: isenções fiscais e ensino do catolicismo na escola pública a expensas do Estado, por exemplo (com o acinte extra da obrigatoriedade do ensino do catolicismo). Também quereria interferir, aparentemente, na legislação sobre aborto e distribuição de anticoncepcionais. Levou, em tudo, um rotundo «não».
Nas acções de massas, a decepção de Raztinger também foi grande. Teve menos pessoas do que se esperava, e não há jornal que não frise que o catolicismo brasileiro está em regressão demográfica, em perda para as igrejas evangélicas. Uma perda de influência que se estende a toda a América Latina e que Raztinger não parece ser capaz de inverter.
Como se não bastasse, a sua viagem levou a imprensa brasileira a entrevistar os «teólogos da libertação» (como Leonardo Boff) que Ratzinger tanto detesta e que tanto tem perseguido. Enfim, uma semana aziaga para o Papa alemão.
Espero que, pelo menos, o Sapatinhos Vermelhos tenha tido tempo para umas caipirinhas...