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quinta-feira, maio 10, 2007

Brincar não é pecado - penso eu!!!

As pessoas que levam a vida na brincadeira não são necessariamente, as mais irresponsáveis, felizes e inconscientes.

Provavelmente, até serão muito mais conscientes do que muita gente com ar muito credível! Quando vejo gente muito "direitinha" fico desconfiado. Penso -não sei se erradamente - que essas pessoas mais cedo ou mais tarde, quando menos se esperar, vão dar uma cambalhota.

Até acho que os que levam a vida a brincar talvez, estejam mais atentos ao caricato e ridículo da vida. A consciência das misérias, fraquezas, debilidades do homem é que o fazem "gozar" com quase tudo.

Não lhes interessa a opinião dos outros acerca deles.
Aliás, convém até que muitos nem o apreciem.
Não são pessoas politicamente correctas.
Não estão atadas ao clientelismo.
Por isso, são muito melhor como pessoas.
Não "espetam facas nas costas";
Dizem mais facilmente aquilo que pensam, porque muitos nem topam a verdadeira mensagem...
Quem leva a rir, tem garantidamente a eternidade...

2 comentários:

  1. Porisso eu gosto tanto dos filmes italianos. Ninguém melhor do que eles consegue satirizar, com tanto humor e ironia, as desgraças da vida! Parto-me a rir.

    Quanto a esses gordinhos bonacheirões, que passam a vida a rir "inconscientemente", que estão sempre na brincadeira sem levar nada a sério - são uns queridos, é certo - mas não são propriamente o tipo de pessoas que fazem uma crítica inteligente, com humor e ironia, que advém duma reflexão "consciente" dos infortúnios da vida.

    Eu, por exemplo, já dei tantas cambalhotas (que me custaram muitos dissabores), mas foi precisamente pelo contrário, porque levava a vida numa boa, irreflectidamente fazia o que me apetecia e era demasiado inconsciente - o que me levou a ser mais circunspecta, sobretudo se estiver em riscos causar danos a terceiros.

    Em tudo precisamos de procurar o meio termo (nem oito nem oitenta), que é onde está a virtude.
    Porisso eu gosto tanto dos gregos (dos antigos) que tinham palavras sábias e ensinavam que "nada em excesso" (nem pouco, nem demasiado) residia a virtude e o bom-viver - o que, alías, se encontra implícito nos Evangelhos, nas Parábolas de Jesus, e o pecado resulta também de deficiências ou excessos na nossa forma de nos comportarmos.

    Sr. Padre, quer-se rir até deitar as mãos à barriga?
    Leia ou releia, por exemplo:
    As Núvens, de Aristófanes
    O Cândido, de Voltaire
    D. Quixote, de Cervantes

    Esses que levam a vida a rir têm garantidamente a eternidade…?
    Bem, na óptica de Gil Vicente, só as crianças e os tolos tinham o céu garantido - são criaturas amorais, sem consciência do bem e do mal.

    Jesus Cristo, realmente, ensina-nos que devemos ser como as crianças, mas penso que é no sentido de que não devemos ser maldosos e ter coração puro; mas também nos manda ser prudentes e não tolos.

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  2. De certeza absoluta que não é pecado. Se a nossa vida fosse levada mais na boa disposição de certeza que deixariamos de ser o país cinzento que somos.
    Com uma boa gargalhada também se pode pensar nas coisas sérias.É o que tento fazer todos os dias.

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