Esquece-se no entanto o fundamental:
ler com objectividade e honestidade intelectual aquilo que disse o Papa, o que ele citou e como citou (http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2006/september/documents/hf_ben-xvi_spe_20060912_university-regensburg_en.html)
Mas é isso que não interessa, não vale a pena, o que importa é deixarmo-nos também nós levar nesta onda de emoção e acharmos que um Papa "velho, e conservador" (como ainda alguns o definem) se virou agora contra o Islão. Aliás que o Cristianismo é contra o Islão, e portanto faz-se deste momento mais uma "pedrada" da Igreja Católica aos muçulmanos...
ler com objectividade e honestidade intelectual aquilo que disse o Papa, o que ele citou e como citou (http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/speeches/2006/september/documents/hf_ben-xvi_spe_20060912_university-regensburg_en.html)
Mas é isso que não interessa, não vale a pena, o que importa é deixarmo-nos também nós levar nesta onda de emoção e acharmos que um Papa "velho, e conservador" (como ainda alguns o definem) se virou agora contra o Islão. Aliás que o Cristianismo é contra o Islão, e portanto faz-se deste momento mais uma "pedrada" da Igreja Católica aos muçulmanos...
Os Cristãos podem ter inimigos mas não são inimigos de ninguém! Aliás o cristianismo não é "contra o homem" mas sempre a favor dele, pois acreditamos que o Deus Connosco, Cristo Jesus, se fez homem e assumiu por dentro a nossa condição.
Penso sobretudo que as palavras do Papa são um convite, uma interpelação, a pensarmos a relação profunda entre a fé e a razão, entre a relação dos homens uns com os outros e a relação com Deus. São uma provocação a que o nosso tempo assuma um compromisso com a verdade, com a paz, com o respeito pela dignidade da pessoa humana, com o respeito pela diversidade, que em vez do confronto deve criar pontes de unidade, de comunhão, de diálogo.
Recomendo por isso a leitura do artigo de opinião escrito por Judite de Sousa, Jornalista da RTP, no JN e que a meu ver coloca o essencial da questão de maneira muito objectiva (http://jn.sapo.pt/2006/09/16/opiniao/a_coragem_papa.html)
Num tempo em que o impacto das palavras retiradas do contexto para servirem de pretexto tem mais força que a verdade, pois essa não interessa, é caso para afirmar que temos que corrigir o povo no velho ditado, afinal "quem diz a verdade é que merece castigo!"...
Qual a tua opinião? E o que dizer daqueles que proclama a destruição do Ocidente (Guerra Santa). O que dizer da falta de liberdade religiosa na maior parte dos paises muçulmanos? Quantos muçulmanos tem protestado contra isto?
como sempre venho visitar-vos e hoje...dou por vocês a colocarem aqui o texto do meu blog.Obrigado!
ResponderEliminarPenso que a minha opinião face a tudo isto é bem clara! Deixo no entanto mais uma "inquietação":
Como podemos nós, enquanto cristãos, dialogar com quem não gosta do diálogo?
um abraço fraterno deste vosso irmão mais novo que, como sempre, leva as vossas(nossas!) "inquietações" ao Coração de Deus.
p.s. só uma correcção, se me é permitido, conheço o "migalhas também são Pão", e sei que não é um padre do presbitério viseu, é meu irmão no presbitério, é de Coimbra. Desculpem a correcção mas é uma questão de verdade.
Graças a Deus que os Sr.s Padres Inquietos reconheceram que os "membros do team" somos todos nós, cristãos, que queremos intervir e nos sentimos irmanados nas vossas inquietações - mesmo que, por vezes, as nossas opiniões não sejam as que mais vos agradam e possam ferir algumas susceptibilidades.
ResponderEliminarPela minha parte, poderão dizer abertamente que não desejam os meus comentários, pois eu prefiro, mil vezes, uma verdade que me doa do que mentiras piedosas.
A Verdade sempre foi e será de difícil digestão. Cristo morreu por nós e também por causa dela.
Nem por acaso, há dias estive com um livro de História da Civilização e relia precisamente o período histórico do aparecimento de Maomé. Não há dúvidas de que entre ele e Cristo não há comparação possível e de que o Islamismo foi, em grande medida, imposto pela força das armas e das conquistas e invasões. Inversamente, o Cristianismo venceu pelo sangue cimentado dos Mártires e pelo Amor, pela Caridade e pela Compaixão dovotadas a toda a humanidade, sem diferença de classes, proporcionando a dolcificação dos costumes e apaziguando o ânimo da barbárie que se tornou mais civilizada.
Sinto-me, de certa forma, desgostada, pois tenho sido uma voz constante na defesa do mundo árabe pelas humilhações e espoliações de que têm sido vítimas por parte de judeus e de anglo-americanos de há 60 anos a esta parte.
Mas tudo tem limites e quando se ultrapassa, em grande escala, o domínio do razoável, perde-se toda a razão.
Assim, não há diálogo possível e o Papa devia calar-se para sempre, no que respeita ao Islamismo.
Todavia, como existem aqueles que vivem à espreita de poder denegrir a Igreja, esta irá ser sempre criticada, ou porque fala, ou porque se cala...
Queria só esclarecer que não limitei os comentários de propósito, mas por mero descuido... e quando me apercebi de que as pessoas não podiam comentar procurei logo remediar o erro!!!
ResponderEliminarPeço desculpa a todos aqueles que não tiveram a oportunidade de comentar...