Nesta jornada foi salientada a importância desta dimensão para a própria definição da Igreja como sacramento e sinal de comunhão, chamando, no entanto atenção para dois perigos:
- criação de grupos que se fechem em si mesmos porque pensam que são perfeitos levando ao individualismo (riscos permanentes das comunidades eclesiais);
- e o perigo de uma visão mundanizada da Igreja que pode levar à perda do seu centro e deixa de viver a partir do seu centro para passar a viver a partir apenas do mundo.
A Igreja perderia assim o seu sentido se perdesse o objectivo que é construir a comunhão, tendo sido notado que a Igreja não se pode fechar sobre si mesma. A Igreja deve então ser pensada como caminho conjunto em que todos são um só corpo em Cristo.
Este conceito ajuda a pensar o presbítero como não dependente do bispo, pois ambos possuem a mesma missão. Foi pedido aos bispos uma maior audição dos presbíteros decorrente desta comum missão de construção de um caminho conjunto.
Salientando que a vida em comunhão não é nem romântica nem idílica (como por vezes o discurso parece fazer crer), mas comporta sacrifícios, dedicação e paciência, este esforço pede que se viva o amor antes do conhecimento – amar o outro antes de o conhecer como forma radical de comunhão. Propôs-se a constituição de unidades pastorais, o que ajudará a superar o individualismo moderno, a autarquia paroquial ou presbiteral.
Clero numa sociedade secular
A primeira jornada foi dedicada, sobretudo, ao diagnóstico actual do contexto de actividade em que os presbíteros são chamados a realizar o seu ministério e vocação.
Estando o individualismo pós moderno na base da organização do encontro, onde “o sacerdote é desafiado a viver o contra ponto da comunhão”, foi destacada a necessidade de conhecimento da cultura actual e dos avanços teológicos.
“O nosso tempo está marcado pela mudança de alguns paradigmas de pensamento. Isto obriga a descodificar alguns conceitos e a recodificar novas linguagens emergentes conferindo-lhes significado e verdadeiro sentido”.
A formação ministrada ajuda o padre a lutar contra o individualismo?
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