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quinta-feira, setembro 21, 2006

Na escolha dos bispos porque é que não se usam métodos democráticos?

"Se quiserem matar-me, podem fazê-lo a qualquer momento. Os meus campo-neses também não estão protegidos". Eu"estou entre a espada e a parede porque sou um filho obediente da Igreja, mas ao mesmo tempo não posso permitir que continue usando métodos antidemocráticos na relação do Vaticano com os bispos, nomeando-os sem a menor consulta à comunidade local que o vai receber". D. Pedro Casaldáliga
Entrevista com Grégoire III Laham, patriarca dos greco-melquitas de Antioquia
O cardeal Husar propôs dedicar o próximo Sínodo às Igrejas orientais católicas. O senhor concorda?
GRÉGOIRE III: Seria uma boa oportunidade para enfrentar de uma perspectiva nova muitos temas importantes, como a comunhão das crianças, ou o próprio primado. E para verificar se as nossas tradições podem representar uma riqueza de soluções também para a Igreja latina.
Por exemplo?
GRÉGOIRE III: Por exemplo, também no Ocidente alguns gostariam que, na escolha dos bispos, as Igrejas locais fossem mais envolvidas. Poderíamos verificar se existem elementos em nossas práticas tradicionais que podem se adaptar à estrutura sociocultural da Igreja latina.
Mas, justamente a respeito das nomeações dos bispos, registra-se um certo mal-estar nas Igrejas orientais.
GRÉGOIRE III: Durante 154 anos elegemos nossos bispos sem interferências de Roma, ainda que ninguém nunca tivesse negado a Roma o direito de interferir, e, a nós, o direito de recorrer a Roma. Roma, simplesmente, não interferia de facto. Durante todo esse tempo, elegemos bons bispos. Não entendo por que agora não podemos fazê-lo.
E quando foi que mudou tudo isso?
GRÉGOIRE III: A prática mudou desde o Vaticano II. Isso é realmente estranho. É estranho que, depois do Vaticano II, em vez de existir mais liberdade para as Igrejas orientais, tenham-se restringido os espaços.
Tradição Apostólica de Hipólito de Roma
"Deve ser ordenado bispo aquele que tenha sido eleito incontestavelmente por todo o povo. Quando for chamado por seu nome e aceito por todos, reunir-se-ão, no domingo, todo o povo, o presbitério e os bispos. Então, após o consentimento de todos, os bispos imporão as mãos sobre ele e o presbitério permanecerá imóvel. Todos permanecerão em silêncio, orando no coração pela vinda do Espírito Santo".

4 comentários:

  1. Este texto tem alguma coisa a ver como que publicaste antes?

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  2. ahhh, esqueci de dizer que me agrada bastante a música que colocaste. Faz-nos caminhar, não sei porquê, mas é isso que me inspira.

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  3. A não ser que tenha sido você a fazer a entrevista julgo que deveria incluir a fonte. Se for uma entrevista on-line, eu gostava muito de a ler completa.
    Cumprimentos

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  4. A democratização da nomeação dos bispos aumentaria os conflitos internos dentro da igreja. conflitos e invejas que são bem visiveis em posts como este:

    http://nasacristia.blogspot.com/2006/04/carreirismo_114408312895572468.html

    Este tipo de confrontos aumentaria assim como aumentatia a formação de blocos e jogos de influencia. Grupos internos e externos, partidos, maçonaria, etc, tentariam manipular a eleição do bispo.
    A diocese ficaria mais centrada em si mesma e já actualmente a abertura para a catolicidade da igreja é pequena.

    Os leigos das paroquias exigiriam ser tambem eles a escolher o padre e, porque não, eleger um padre entre os paroquianos. Aumentando assim conflitos deste:

    http://eupadre.blogspot.com/2006/06/dois-funerais-uma-histria.html

    http://eupadre.blogspot.com/2006/05/f-dos-aquecedores.html

    António Maria

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