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terça-feira, setembro 19, 2006

Polémica artificial

José Manuel Fernandes, director do "Público", escreveu em editorial que "muitos jornalistas desistiram de ler, quanto mais de pensar", lamentando o tratamento dado ao discurso do Papa e, por outro lado, as reacções violentas às suas palavras. Neste sentido, cita George Carey, antigo Arcebispo da Cantuária: "os muçulmanos, tal como os cristãos, devem aprender a dialogar sem gritar histericamente".
Vasco Pulido Valente frisa, no Público, que "o mais preliminar assistente de Literatura, História, Filosofia ou Teologia" compreende que o Papa não dá o imperador Paleólogo como "interprete autorizado da religião muçulmana, mas como um opositor intransigente à perseguição religiosa".
Judite de Sousa, jornalista da RTP, escreve no JN: "Se não podemos citar palavras de há 600 anos com o medo de ofender os muçulmanos, o que é que podemos fazer? Resignamo-nos a perder a nossa liberdade e condenamo-nos ao obscurantismo?".
Segundo o Pe. António Rego o que importa neste momento realçar o papel dos comentadores dos media que perceberam a falsa armadilha que se estava a lançar não apenas à Igreja mas ao próprio mundo ocidental. O conjunto de leituras sobre o incidente revelou o risco das sínteses precipitadas que se pretendem fazer passar por análises. E pela separação completa entre um discurso que recorda a história, não para ofender ninguém, mas para reafirmar a urgência da presença de Deus no mundo de hoje, proclamada pelo Cristianismo e pelo Islamismo. Mas com a recusa total da violência como arma política ou religiosa.
QUAL A RESPONSABILIDADE DOS MÉDIA NESTA POLÉMICA?
FAZEM-SE SINTESES PRECIPITADAS EM VEZ DE ANÁLISES SÉRIAS E FUNDAMENTADAS...

3 comentários:

  1. Pode ver o discurso completo do Papa em Contra a corrente.
    Está em espanhol e é elucidativo.

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  2. Claro que se fazem sínteses precipitadas e, o mais das vezes, fora do contexto, desvirtuando o assunto dos propósitos para que foi chamado.
    Mas o mais grave são as intenções pouco claras e desonestas, por quais os temas são desvituados e mal interpretados.
    Além do mais, actualmente há um sem número de jornalistas que escrevem mal e, por conseguinte, lêm e interpretam igualmente mal, a juntar à ausência de responsabilidade deontológica e moralização profissional.
    Muitos jornalistas se venderam e acobardam aos poderes empresarial, político e ideológico fazendo o descrédito cair sobre toda a classe.

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  3. Claro que se fazem sínteses precipitadas e, o mais das vezes, fora do contexto, desvirtuando o assunto dos propósitos para que foi chamado.
    Mas o mais grave são as intenções pouco claras e desonestas, por quais os temas são desvituados e mal interpretados.
    Além do mais, actualmente há um sem número de jornalistas que escrevem mal e, por conseguinte, lêm e interpretam igualmente mal, a juntar à ausência de responsabilidade deontológica e moralização profissional.
    Muitos jornalistas se venderam e acobardam aos poderes empresarial, político e ideológico fazendo o descrédito cair sobre toda a classe.

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