O jesuíta egipcio mais destacado nos âmbitos eclesial e intelectual, Henri Boulad, lança um SOS à Igreja de hoje numa carta dirigida a Bento XVI. A missiva foi transmitida através da Nunciatura no Cairo. O texto circula nos meios eclesiais de todo o mundo.
"Santo Padre:
Atrevo-me a dirigir-me directamente a Vós, pois o meu coração sangra ao ver o abismo no qual se está precipi-tando a nossa Igreja. Certamente desculpará a minha franqueza filial, inspirada na "liberdade dos filhos de Deus" à qual nos convida São Paulo, e pelo meu amor apaixonado pela Igreja.
Agradecer-lhe-ia também que saiba desculpar o tom alarmista desta carta, pois creo que "são menos cinco" e que a situação não pode esperar mais.
Permita-me em primeiro lugar apresentar-me. Jesuita egipcio libanês de rito melquita, de 78 anos. Desde à três anos sou reitor do colégio dos jesuitas no Cairo, depois de ter desempenhado os siguentes cargos: superior dos jesuitas em Alexandría, superior regional dos jesuitas do Egipto, professor de teologia no Cairo, director de Caritas-Egipto e vice-presidente de Caritas Internationalis para Oriente Médio e África do Norte.
Conheço muito bem a herarquia católica do Egipto por ter participado durante muitos anos nos seus reuniões como Presidente dos superiores religiosos de institutos no Egipto. Tenho relações muito próximas com cada um deles, alguns dos quais são antigos alunos. Por outro lado, conheço pessoalmente o Papa Chenouda III, a quem via com frequencia. E quanto à herarquia católica de Europa, tive oportunidade de me encontrar pessoalmente muitas vezes com algum dos seus membros, como o cardeal Koening, o cardeal Schönborn, o cardeal Martini, o cardeal Daneels, o Arcebispo Kothgasser, os bispos diocesanos Kapellari e Küng, os outros bispos austriacos e outros bispos de outros paises europeus. Estes encontros acontecem devido às minhas viagens anuais para dar conferências pela Europa: Austria, Alemanha, Suiça, Hungria, França Bélgica... Nestas viagens dirigo-me auditórios muito diferentes e aos media (periódicos, rádios, televisões...). Faço o mesmo no Egipto e no Oriente Próximo.
Visitei cerca de cinquenta paises nos quatro continentes e publiquei uns 30 livros em 15 línguas, sobretudo em francês, árabe, húngaro e alemão. Dos 13 livros nesta língua, quiçá tenha "Gottessöhne, Gottestöchter" [Filhos, Filhas de Deus], que lhe chegar pelo seu amigo o P. Erich Fink de Baviera.
Não digo isto para presumir, mas para lhe dizer simplesmente que as minhas intenções fundamentam-se num conhecimento real da Igreja universal e da sua situação actual, em 2009.
Volto ao motivo desta carta, intentarei ser breve, claro e o mais objectivo possível. Em primeiro lugar, umas quantas constataçõess (a lista não é exaustiva):
"Santo Padre:
Atrevo-me a dirigir-me directamente a Vós, pois o meu coração sangra ao ver o abismo no qual se está precipi-tando a nossa Igreja. Certamente desculpará a minha franqueza filial, inspirada na "liberdade dos filhos de Deus" à qual nos convida São Paulo, e pelo meu amor apaixonado pela Igreja.
Agradecer-lhe-ia também que saiba desculpar o tom alarmista desta carta, pois creo que "são menos cinco" e que a situação não pode esperar mais.
Permita-me em primeiro lugar apresentar-me. Jesuita egipcio libanês de rito melquita, de 78 anos. Desde à três anos sou reitor do colégio dos jesuitas no Cairo, depois de ter desempenhado os siguentes cargos: superior dos jesuitas em Alexandría, superior regional dos jesuitas do Egipto, professor de teologia no Cairo, director de Caritas-Egipto e vice-presidente de Caritas Internationalis para Oriente Médio e África do Norte.
Conheço muito bem a herarquia católica do Egipto por ter participado durante muitos anos nos seus reuniões como Presidente dos superiores religiosos de institutos no Egipto. Tenho relações muito próximas com cada um deles, alguns dos quais são antigos alunos. Por outro lado, conheço pessoalmente o Papa Chenouda III, a quem via com frequencia. E quanto à herarquia católica de Europa, tive oportunidade de me encontrar pessoalmente muitas vezes com algum dos seus membros, como o cardeal Koening, o cardeal Schönborn, o cardeal Martini, o cardeal Daneels, o Arcebispo Kothgasser, os bispos diocesanos Kapellari e Küng, os outros bispos austriacos e outros bispos de outros paises europeus. Estes encontros acontecem devido às minhas viagens anuais para dar conferências pela Europa: Austria, Alemanha, Suiça, Hungria, França Bélgica... Nestas viagens dirigo-me auditórios muito diferentes e aos media (periódicos, rádios, televisões...). Faço o mesmo no Egipto e no Oriente Próximo.
Visitei cerca de cinquenta paises nos quatro continentes e publiquei uns 30 livros em 15 línguas, sobretudo em francês, árabe, húngaro e alemão. Dos 13 livros nesta língua, quiçá tenha "Gottessöhne, Gottestöchter" [Filhos, Filhas de Deus], que lhe chegar pelo seu amigo o P. Erich Fink de Baviera.
Não digo isto para presumir, mas para lhe dizer simplesmente que as minhas intenções fundamentam-se num conhecimento real da Igreja universal e da sua situação actual, em 2009.
Volto ao motivo desta carta, intentarei ser breve, claro e o mais objectivo possível. Em primeiro lugar, umas quantas constataçõess (a lista não é exaustiva):
- A prática religiosa diminui constantemente. As igrejas são frequentadas por pessoas cada vez mais idosas que vão desaparecer num prazo bastante curto.
- Os seminários e os noviciados esvaziam-se de dia para dia e as vocações desaparecem a um ritmo assustador. O futuro apresenta-se sombrio e não vemos quem virá atrás de nós para melhorar a situação.
- A linguagem da Igreja é anacrónica, aborrecedora, repetitiva, moraliza-dora e completamente inadaptada à nossa época. Não pretendo afirmar que se deve dizer sim a tudo nem adoptar uma atitude demagoga, pois a mensagem do Evangelho deve apresentar-se com toda a sua exigência e significado. O importante é começar a “nova evangelização” de que falava João Paulo II. E, ao contrário do que muitos pensam, ela não consiste na repetição de tudo o que é antigo e que não interessa a quase ninguém, mas na invenção duma nova maneira de proclamar a fé aos homens do nosso tempo.
- Para o conseguir, é urgente uma renovação profunda da teologia e da catequese que devem ser completamente repensadas e reformuladas. Infeliz-mente, temos de constatar que a nossa fé é demasiado cerebral, abstracta, dogmática e que fala bem pouco ao coração e ao corpo.
- A consequência é que uma grande parte dos cristãos foram bater à porta das religiões asiáticas, das seitas, da “new age”, do espiritismo, das igrejas evangélicas ou de outras parecidas. Ficamos admirados? Eles buscam noutro lado o alimento que não encontram entre nós, pois têm a impressão que em vez de pão lhes oferecemos pedras.
- No que respeita à moral e à ética, as imposições do magistério sobre o casamento, a contracepção, o aborto, a eutanásia, a homossexualidade, o casamento dos padres, os divorciados casados de novo, etc., já não interessam a quase ninguém e provocam nas pessoas cansaço e indiferença.
- A Igreja católica que, durante séculos, foi a grande educadora na Europa, esquece que esta Europa se tornou adulta e intelectualmente madura, recusando ser tratada como uma criança que ainda não atingiu a idade do uso da razão. As maneiras paternalistas duma Igreja “Mater et Magistra” passaram de moda e são rejeitadas pela nossa época.
- As nações que outrora foram as mais católicas deram uma reviravolta de 180 graus, caindo no ateísmo, no anticlericalismo, no agnosticismo, na indiferença...
- O diálogo com as outras igrejas e religiões tem recuado. O progresso constatado durante meio século está actualmente muito comprometido.
Perante tais constatações, a reacção da Igreja é dupla:
- Ou considera sem importância a gravidade da situação e se consola constatando certos fervores e conquistas no campo tradicionalista ou nos países pobres ou a caminho de um certo desenvolvimento e progresso.
- Ou invoca a confiança no Senhor que a socorreu em muitas outras crises durante 20 séculos e que vai continuar a ajudá-la também neste momento díficil.
A isso eu respondo:
- Para resolver os problemas de hoje e de amanhã, não basta refugiar-se no passado nem apoiar-se em amostras sem fundamento sério.
- A aparente vitalidade da igreja nos continentes em vias de desenvolvimento é falaciosa. Mais cedo ou mais tarde, essas novas Igrejas passarão pelas mesmas crises vividas pelo actual cristianismo europeu.
- A modernidade é incontornável e foi por a Igreja ter esquecido isto que passa hoje por uma tal crise.
- Por que razão continuar uma política como um jogo da cabra-cega? Até quando recusar ver as coisas como elas são? Porque é que havemos de tentar salvar as aparências, uma fachada que hoje não consegue convencer ninguém? Até quando continuar nesta teimosia, nesta crispação de recusar todas as críticas, em vez de ver nelas uma ocasião de se renovar? Até quando iremos adiar uma reforma que se impõe imperativamente e que já tardou demais?
- Qualquer empresa comercial, ao constatar prejuízos ou um mau funcionamento, põe-se imediatamente em questão, convoca peritos, tenta recuperar, mobiliza todas as suas energias para se transformar radicalmente.
- E a Igreja? Quando pensa ela mobilizar todas as suas forças vivas para uma transformação integral? Vai ela continuar dominada pela preguiça, cobardia, medo, orgulho, falta de imaginação e criatividade, por um quietismo culpável, convencida de que Deus tudo vai arranjar e de que a situação actual acabará por ser ultrapassada como já o foram outras situações, talvez piores, no passado?
- O que é que se pode então fazer:
A Igreja precisa de três reformas urgentes: - Uma reforma da sua teologia e da sua catequese, repensando completamente a fé e reformulando-a de uma maneira coerente e compreensível para a sociedade contemporânea.
- Uma reforma da sua pastoral, abandonando as estruturas herdadas do passado.
- Uma reforma da sua espiritualidade, inventando outra mística e concebendo os sacramentos de outra maneira, para os incarnar na existência actual e adaptar à vida do homem de hoje. A Igreja é formalista demais. Temos a impressão de que a instituição abafa o seu carisma e de que, para ela, o importante é, ao fim de contas, a estabilidade exterior, superficial, aparente. Corremos mesmo o risco de que Jesus, um dia, nos trate “de sepulcros caiados”.
Para terminar, gostaria que houvesse em toda a Igreja um sínodo geral com a participação de todos os cristãos, católicos e não só, para analisar franca e abertamente todos os aspectos de que lhe falei e outros que poderiam ser sugeridos. Esse sínodo (evitemos a palavra concílio) duraria 3 anos e seria concluído por uma assembleia-geral que faria um resumo de todos os resultados e elaboraria as conclusões.
Termino, Santo Padre, pedindo-lhe para me perdoar tanta franqueza
e audácia e solicitando a sua bênção paternal.
P. Henri Boulad, s.j.
henriboulad@yahoo.com
«...esquece que esta Europa se tornou adulta e intelectualmente madura, recusando ser tratada como uma criança que ainda não atingiu a idade do uso da razão.»
ResponderEliminar- Frase lapidar.
Foi quando atingiu a idade da razão que se despiu da superstição.
A isso chama-se civilização
Padres inquietos precisam urgentemente lerem o LIVRO DO ESPÍRITO SANTO VERDADEIRO E ficarão trânquilos.
ResponderEliminarEste tipo do Espirito Santo verdadeiro saberá distinguir entre o verdadeiro e o falso?
ResponderEliminarOs factos estão á mostra. Este jesuita poe tudo a claro...
Martins111:
ResponderEliminarEspírito santo verdadeiro?
Também o há falso?!
Adoro enredos telenovelísticos sobre seres invisiveis.
O ser humano tem uma capacidade imensa para a FANTASIA e SUPERSTIÇÃO.
Já pensaram em fazer algo de útil pela sociedade em vez de a atrofiarem com histórias infantis do reino da mitologia?
O certo é que vivemos num mundo cada dia mais enlouquecido, ao qual não escapa ninguém, nem mesmo os clérigos e os leigos da Igreja.
ResponderEliminarTodos querem opinar e dar palpites de como se há-de sair da crise em que a Igreja se vê envolvida, dia a dia a definhar; mas esta crise é apenas um Capítulo da global Crise, na sua vertente moral.
Deixo-vos aqui, para reflexão, alguns excertos, que direi proféticos - decorridos tantos anos desde que foi escrito - de um Conto de G. Papini, intitulado "O Demónio Disse-me":
«...Um dia confessou-me tristemente:
-Agora, os homens já não me interessam. Compram-se por pouco, mas valem cada vez menos... Talvez nem sequer tenham sangue suficientemente vermelho para firmar o contrato.
Segundo o autor, o Diabo «Viu que a tentação é agora perfeitamente inútil. Os homens pecam por si mesmos, natural e espontâneamente, sem necessidade de excitações e convites. Deixa-os em paz e os homens correm para ele, como a água por um declive. Por isso, não os considera já como inimigos a conquistar, mas como bons e fiéis súbditos, dispostos a pagar o seu tributo sem se fazer rogados. Veio-lhe por isso, nestes últimos tempos, certa compaixão para connosco, os homens, a qual, se não destrói o desprezo que sente, o atenua e encobre»...
Padre Henri: o senhor é, de fato, um verdadeiro profeta do qual a Igreja de hoje tanto necessita. Fiquei deslumbrado com sua exposição corajosa e humana. Que ela possa motivar outros tantos em nossa Igreja a resgatar o sopro do Espírito do Concílio Vaticano II, tão esquecido por tantas padres e bispos. Parabéns e obrigado!
ResponderEliminar«Os homens pecam por si mesmos, natural e espontâneamente...»
ResponderEliminarÉ doentia essa vossa obsessão pelo pecado...
O diagnóstico está feitro e emuito bem feito.
ResponderEliminarMas porque não está traduzido na íntegra?
É que qaundo fala dos padres, o jesuita diz claramente que muitos vivem em concubinato, e toda a gente aceita e até os bispos, se calam porque não tem padres....
Houve medo de fazer esta tradução? Porquê?
Padre Henri prova por meio de sua carta o quanto se preocupa com os rumos da Igreja. Para aqueles e aquelas que não perdem a serenidade de sentir a Igreja com seriedade e de forma sadia, sabe o quanto a instituição Igreja precisa se abrir ao diálogo com a sociedade e com os profetas de dentro dela. Padre Henri, suas palavras não expressam ressentimentos, magoas,etc., mas sim o seu apaixonado amor pela Igreja de Cristo, desejando vela sempre em sua pujança missionária e sendo para fiéis de hoje e de sempre espaço e referência de sentido e consolo para a vida; da presença salvífica e misericordiosa do Criador. Parabéns pela sua vida e obra.
ResponderEliminarhaja mais destes para despertar consciências caducas não de idade mas de pre-juizos
ResponderEliminaradmiro sua iniciativa.porém gostaria que acrescentasse em sua carta ao vaticano,incluindo as mulheres que são excluidas dentro desta igreja.quem sabe devolver a liderança roubada pela igreja.outra coisa acabar com a discriminação contra os homossexuais dentro da igreja.também concordo que as homilias dos padres são fracas e não convencem ninguém.não são criativos,celebram uma eucaristia excludente,e que não dar animo pra ninguém.a missa fecha as mentes dos fieis.não vão pra igreja para refletir a palavra de Deus.ficam aprisionados nas missas desanimadas.orque foram educados pra isso.e isto mantém o poder do clero.de uma maneira que quando um leigo celebra e dar um xou de intepretação,não são valorizados.as religiosas nem se fala.vivem no anonimato,se mantam de trabalhar nesta igreja e nãosãorespeitadas e se quer são consultadas nas decisões.outra situação a igreja pelo desespero da falta de padres vem ordenando padres despreparados´.talvez o crescimento das outrasigrejas se deem a isso.porém quanto ao tocante ao direito da mulher na igreja,algumas religiões dão de dez a zero na igreja.elas são pastoras,presbiteras e bispas.será que jánão está na hora da igreja devolver o ministério as mulheres.porque elas já o tinham quando estava com Jesus.o anuncio da Ressurreição foi reveledo primeiramente pra elas.isso sim é caduquisse.
ResponderEliminarO que neste momento faz falta, de facto, é uma conversão de coração... No inicio deste caminho está o encontro com Jesus Cristo.
ResponderEliminarA situação eclesial que vivemos deriva, precisamente, de ter esquecido esta verdade fundamental. Quando a Igreja se preocupa demasiado consigo mesmo (estructuras, poder, 'recursos humanos) e esquece de anunciar e dar testemunho de CRisto, perde-se numa espécie de miragem de si mesma.
Só se pode falar do que se conhece e só se pode anunciar a Alguém de amamos... Talvez pelo caminho a Igreja tenha perdido o essencial...
gostei conecer o seu blog o debate aberto sobre a igreja me interessa.
ResponderEliminarCom todo o respeito que me merece com certeza este Jesuíta, muito mais sabedor e conhecedor do que eu, quando leio uma frase com esta numa carta destas fico espantado:
ResponderEliminar«Qualquer empresa comercial, ao constatar prejuízos ou um mau funcionamento, põe-se imediatamente em questão, convoca peritos, tenta recuperar, mobiliza todas as suas energias para se transformar radicalmente.»
O problema é pensar-se muitas vezes a Igreja como uma empresa ou um clube que conta os seus membros e contabiliza os seus lucros!
Nem tudo está bem na Igreja, com certeza que não e muitas coisas podem mudar, mas não é seguramente com cartas destas, que enviadas ao Santo Padre, depois se dão a conhecer com resultados que apenas provocam divisão e não união.
Não revela nada de novo, nem propõe nada de novo, a não ser aquilo que muitos querem, uma Igreja à sua medida.
É curioso vermos que Jesus Cristo no Seu tempo, "inovando" na forma de relação com Deus, não deixou de cumprir o que estava prescrito na lei judaica.
Abraço amigo em Cristo
Só agora soube que a carta foi escrita em 2007, salvo o erro, e só agora foi dada a conhecer, pelo que as considerações que faço sobre a sua divulgação carecem de acuidade.
ResponderEliminarAbraço amigo em Cristo
E daí que as pessoas não se interessam mais pela Palavra imutável de Cristo? E daí que as turbas que não concordam com a Igreja que reafirma sua identidade estão indo embora?
ResponderEliminarA Igreja Católica Apostólica Romana NÃO É um clube, que se molda ao gosto do cliente. Não quer seguir as regras, cai fora!
Grávidas desnaturadas querem abortar? Depravados sexuais querem sacramento do matrimônio? Famílias querem se livrar do fardo dos parentes acamados? É ÓTIMO MESMO que este pessoal procure isto fora da Santa Igreja Católica!
Viva o Papa Bento XVI! Os que querem regalias de Fé, que vão procurá-las em outro lugar.
E continuo a grave pergunta de Jesus: QUANDO VIER O FILHO DO HOMEM, ENCONTRARÁ AINDA FÉ SOBRE A TERRA?
Pedro H. Pelogia
Santa Cruz do Rio Pardo/SP
Parabenizo o Padre Henri pela ousadia de abrir esse espaço que grita dentro de cada um do povo de Deus, Que a Igreja necessita urgentemente de uma mudança está claro, faltava alguém para abrir o coração - (e vejo nisso o clamor de todos os que já não suportam mais a hipocresia da Igreja que está ai)- e reclamar de uma maneira tão dócil e humilde, mas de uma profundidade espantosa o que necessitamos como Igreja povo de Deus. Falta mais ousadia como a do P. Henri, o diálogo é sempre um caminho para as mudanças acontecerem...Penso que a contribuição da mulher dentro da Igreja é um dos temas que deveria ser revisto...como pode uma Igreja feita só de homens dar conta de atender as necessidades de um povo que são homens e mulheres? Por que Padres não se casam? Nossa Igreja é feita de homens e homos e cada vez mais cresce o ódio contra a mulher...não conseguimos nos aproximar, aparecer, estamos sempre invisível...Nos deram uma falsa liberdade, nos enganaram e continuamos na sombra...não queremos o poder da Igreja, queremos caminhar lado a lado, sermos iguais, nem melhor, nem pior, apenas ser...para contribuir de forma justa na realização do Reino...
ResponderEliminarNo ano sacerdotal promulgado pelo Papa Bento XVI, esta carta deveria ser debatida à exautão pelo clero das mais variadas diocese: Por que, como Pe. Henri, a Alta Cúpula da Instituição Católica não se faz as perguntas certas no ano dedicado aos sacerdotes? Por que ignorar que a fusão entre celibato e vocação sacerdotal, carisma e poder eclesiástico, gratuidade e dinheiro estão corroendo, por dentro, esta forma histórica da Igreja que foi construída e amada no sangue de Cristo e de todos os demais mártires?
ResponderEliminarObrigado, Pe. Henri, por não ser uma Celebridade Intelectual distraída!!!
Claudio
Pois é, comentarista Pedro: os incomodados que se mudem? Bem mais fácil assim, não? Nada de autocrítica nem de mudanças, só de sectarismo desumano de um grupo conservador e tradicionalista que acha que por aqui tudo é perfeito e que ninguém ouse discordar! Posicionamento assim da Igreja gerou, dentre outras aberrações, a "santa" Inquisição, que considerava heréticos aqueles que propunham um novo modo de pensar e ser Igreja, e assim foram silenciados, queimados nas fogueiras da intransigência e do despostismo. Tão distante daquela forma fraterna de sermos comunidade de fé, não é verdade? A forma que você quer impor é de exclusão e de elitismo, um grupo de "perfeitos" e obedientes seguidores da Cúria Romana, também sempre isenta da possibilidade humana de errar. O resto, ao que parece, vai tudo pro "inferno". Que mediocridade! Como se pode chamar de cristão católico quem quer se livrar daqueles que questionam e considera a crítica um pecado "mortal"? É desolador saber que opiniões tão sem fundamento teológico e humanista persistam na nossa Igreja e, mais, amparadas por requintes de crueldade típicas de mentalidades medrosas e almas fechadas! É com pesar que vejo que grupos e movimentos exclusivamente "espiritualistas" na Igreja, na tentativa de salvar todas as suas tradições e estrutura, a estão transformando, de dentro para fora, em um muséu preservador de um passado patriarcal e centralizador de poder, ou seja, em uma grotesca caricatura de si mesma. Deus nos livre e guarde!
ResponderEliminarO pior cego e aquele que não quer enxergar,a igreja é Santa mas os Homens são pecadores,ninguem em sâ conciencia aceita algo como verdade absoluta, sem questionamento,não adianta tentar explicar, tem que convencer,não nos trate como se fossemos mentacptos>
ResponderEliminarA inquietude do sacerdote deve despertar a Igreja a tomar consciencia da sua Missão de ser Farol que ilumina a sociedade no caminho da construção do REINO. Hoje a igreja tem sido lanterna de último vagão...
ResponderEliminarEstou muito impressionado com a coragem do Padre Henri. Parabéns a ele, mas é desta maneira que se tenta as transformações das velhas estruturas inócuas. Por outro lado, temos de pensar nas transformações dos fins dos tempos. Estamos passando por uma mudança de Era (Aion) e novos tempos virão. Quando nasceu o Cristianismo também passamos por transformações semelhantes. Saímos da Era de Áres (Carneiro) para a de Peixes. Daí a simbologia do caneiro e de peixe no cristianismo. Agora, na Era de Aquário, virá uma nova manifestação religiosa, que não temos a mínima idéia qual seja, mas virá sem sombra de dúvida. A deteriorização que assistimos da Igreja é natural numa época de transformação. Nós não conseguiremos deter o movimento das Eras. Então, esta Igreja dará lugar para outra expressão religiosa, quer queiramos ou não. Podemos esperniar a vontade, mas a mudança será implacável. E esta nova espiritualidade que virá terá de dar espaço para o indivíduo e não para o coletivo, como foi a Igreja Católica. O ser humano tem necessidade de um contcto individualizado com a deidade e não como rebanho.
ResponderEliminarÉ preciso acabar com o ifantilismo religioso
ResponderEliminarGraças ao bom Deus contamos com suas inquietações proféticas.
ResponderEliminarOs avanços tecnológicos chegaram a nossa Igreja da mesma maneira que chegou pra todos nós; e a nossa Igreja que esteve sempre à frente da sociedade está de certa maneira tão perdida qto. As informações chegam a todos muito rapidamente, principalmente no que se refere a "Igreja pecadora". Não podemos perder o foco de nossa religião, mesmo com tantas ofertas e com tantas igrejas e sacerdotes seguindo as "ondas" que a sociedade impõe, e isso sem nem sentir... Precisamos de cristãos corajosos nessa batalha, e eu to dentro.
Abraço!!
Caro Sr. Henri
ResponderEliminarLeigos verdadeiros e corajosos precisam ser mais ouvidos. Não de uma maneira estratégica com perguntas formuladas, mas de forma mais livre.
Que se ouçam tbém os que não participam tão ativamente de pastorais e movimentos.
Simples comentário leigo.
O QUE MOVE O MUNDO NÃO SÃO AS RESPOSTAS, MAS SIM AS PERGUNTAS. QUE PERGUNTAS A PRÓPRIA IGREJA TERIA FEITO A SI MESMO, COM OS QUESTIONAMENTOS DO PADRE HENRIBOULAD? GOSTARIA MUITO DE SABER. QUE REAÇÕES TERIA ESBOÇADO O VATICANO?
ResponderEliminarSEBASTIÃO JORGE