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quarta-feira, junho 04, 2008

Eu gostava que a Igreja fosse...

  • Mais papel de embrulho que de papel de cenário, porque a Igreja não pode ficar à distância para ser «admirada», intocada, antes deve implicar-se, envolver, proteger...
  • Mais papel higiénico que papel de lustro: uma Igreja humilde, sem medo de se «sujar» com os pobres e desvalidos, «multi-usos», maleável e absorvente, que não se mede pelo «dar nas vistas», pelo brilho externo…
  • Mais papel liso que quadriculado: uma Igreja disposta ao diálogo com o mundo e que não joga à defesa, que se liberta do quadriculado dos legalismos…
  • Mais papel reciclado que «couchet»: uma Igreja com uma profunda consciência das próprias dificuldades e pecado dos seus membros, mas que se preocupa mais em integrar que em excluir…
  • Mais papel de carta que panfleto: uma Igreja que é «carta de Deus-Amor», que não esquece o essencial do essencial, que não confunde o anúncio do Evangelho com publicidade enganosa…

E TU, gostavas que a Igreja fosse?

5 comentários:

  1. Olá Padre Inquieto,

    Em todos existe um potencial de criação, mas esse teu "Eu gostava que a Igreja fosse..." é uma posição de rendição, o fosse nunca será enquanto não for criado no presente, pois o presente é o único momento que realmente existe, os outros tempos verbais são criações da nossa mente.

    Deixa de ser padre e cria uma igreja assim como tu pretendes, e muitos te seguirão, pois esta onde estás integrado na hierarquia já não vai lá para onde tu queres que ela vá, ela está empedernida e gasta, está cheia de feira de vaidades, como tu apontas nesses teus "fosse".

    Sempre foi este o chamamento de Jesus, largar tudo, até mesmo a Igreja que se diz dele, e ir pelo mundo fora curar e ser curado, encontrando em cada ser humano mais de que um "fazer humano" um SER humano total. Não tendo como chefe supremo o Papa ou o Bispo ou outras figuras da hierarquia, que nos mande fazer as coisas à sua maneira, mas sempre fazendo à maneira do Espírito Livre, Alegre, e Amoroso, que nos estimula a alma e nos faz sentir livres.

    Fica aqui a proposta,
    Luís Carlos

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  2. Este texto nasceu em 2006, ali, no www.paroquias.org, a propósito da pergunta sobre o papel da Igreja. ;-)

    Alef

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  3. Eu gostava que tanta coisa fosse... à minha maneira.
    Mas, infelizmente nem sempre se consegue a concretização dos nossos desejos, neste Mundo tão absurdo.

    Para onde quer que nos viremos, não encontraremos absoluta perfeição. No entanto, isso não invalida que não devemos sempre lutar para que tudo à nossa volta melhore e se aperfeiçoe, começando por nós próprios.

    Com a Igreja deve acontecer o mesmo, pois Ela é constituída por humanos. Mesmo cristãos, somos todos pecadores.
    E em vez de passarmos o tempo a carpir e a condenar a Igreja, façamos, cada um de nós, o melhor que nos é possível e assim, a Igreja será melhor, também.

    Quem não está bem, que se ponha. Que saia.

    Esse Cardeal Martini queria ser Papa, mas nunca conseguiu....

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  4. O que eu quero da Igreja é Amor; Honestidade: Humildade; Verdade; Justiça; Caridade…
    A minha história com a Igreja é muito triste:
    O meu caso refere especificamente a um homem (padre); que nas suas homilias fala de Amor, Partilha, Humildade; etc.
    Mas a realidade dele é bem diferente:
    Fui usada e manipulada da forma mais perversa e abominável que alguém pode usar outro ser humano
    Destruí-me física e psicologicamente, destruiu os meus filhos; destruiu o meu casamento, monetariamente explorou-me imenso, esta última não me afecta.
    O meu erro foi acreditar num homem da Igreja, que se esconde atrás do que representa para proveito próprio e não para ajudar os seus semelhantes.
    O que quero mesmo é JUSTIÇA da parte da Igreja; sei que essa não vai existir, pois alguns dos “Palhaços de Deus” protegem-se e encobrem-se…

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  5. Eu gostava que a Igreja fosse sinónimo de UNIÃO.

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