Os cidadãos europeus parecem ser um problema para quem lidera a União e está, muitas vezes mergulhado em questões menores ou demasiado virado para si mesmo:
- quando os europeus não participam, há queixas do seu alheamento;
- quando participam, são pouco dóceis aos desígnios comunitários e têm o mau hábito de se lembrarem dos problemas com que convivem no seu dia-a-dia e castigarem quem comanda os seus destinos.
“Bruxelas” está a deixar de ser o símbolo de paz e unidade europeias para passar a ser uma espécie de papão para as faixas da população mais desprotegidas. Se quiserem ser levados a sérios, os mentores desta nova Europa (reunificada, para os políticos; reconciliada, para a Igreja) têm de estar atentos às necessidades concretas das populações que são chamados a servir – esse fim nobre da política que cada vez mais parece mais esquecido...
Enquanto a vida passa lá fora e a União discute sobre o que há-de fazer com os seus documentos, o preço do petróleo não pára de aumentar, as greves e as manifestações de descontentamento multiplicam-se, a crise alimentar adensa as nuvens negras no horizonte. O papão não será o culpado de tudo, mas tem de fazer mais para esclarecer e ajudar os habitantes deste Velho Continente, uma referência para todo o mundo.
A Europa dos 27 precisa de redescobrir-se, nos valores que lhe deram origem e nas intuições que fundamentam esses valores, de forma a querer ser “seguida” pelos seus e pelo mundo. Negligenciar este património é comprometer o futuro deste projecto político.
Neste contexto, é impossível neglicenciar a importância do diálogo com a sociedade civil e com as confissões religiosas. A presença da Igreja neste continente é um dado incontornável, visível na construção dos valores que moldaram a Europa e, pelo seu património cultural, praticamente nas ruas de cada cidade.
O diálogo com o passado tem neste campo dos Bens Culturais da Igreja um desafio particular, simbólico. Vale a pena investir naquilo que distingue a nossa casa e nos ajuda a reconhecê-la.
Octávio Carmo in Ecclesia
Quando os valores não importam, preocupam-se com documentos...
Quando as raízes são esquecidas, quando as instituições que moldaram a Europa são marginalizadas e redicularizadas o que se espera...
Quando a democracia só é boa se o povo concordar connosco, ficamos surpreendidos quando isso não acontece... Tem algum mal que os Irlandeses, como povo soberano e democrático, tenha dito através do voto que NÃO ou só podia votar sim?!!! E agora vamos repetir os referendos até que o povo vote SIM?!!! Não foi assim que fizeram em Portugal em relação ao referendo do Aborto...
Os políticos que temos mais parecem emissários de uma qualquer ideologia que servidores do povo.
ResponderEliminarQue lugar tem para eles a opinião das suas gentes?!
Citando o autor do blog we have kaos in the garden: os nossos políticos não são putas porque essas vendem o que é delas. Eles são é chulos!
ResponderEliminarNão é anónimo foi a Teodora
ResponderEliminar«redescobrir-se, nos valores que lhe deram origem e nas intuições que fundamentam esses valores,»
ResponderEliminarConcordo plenamente.
Venham esses tempos e esses valores que eu tenho saudade do cheirinho a churrasco!
Entre o churrasco e as deportações e execuções sumárias da era stalinista/leninista que venha o diabo e escolha.
ResponderEliminarQue venha o churrasco, que estamos no S. João!
Porque há-de a Europa dos 27 ser refém de um único país (neste caso a Irlanda)? Quanto representa, em percentagem de população, a Irlanda no todo da Europa dos 27? Mais de 50%?? Só se assim for se justifica que este Tratado de Lisboa seja deitado para o 'lixo'...
ResponderEliminarPor outro lado... para que servem as eleições legislativas se a cada decisão é preciso haver um referendo??
Porque teria de haver um referendo ao Tratado de Lisboa e não tem de haver um Referendo ao Orçamento anual do Governo?? ou à Reforma da Edução, da Saúde, da Justiça, e a cada nova Lei que o Governo queira decidir??
Bem vistas as coisas nós nem sabemos viver em Democracia... porque não nos queremos confiar nas mãos de uns quantos eleitos (que por acaso até somos nós - os que vamos votar - que elegemos. E só quem vota tem direito a reclamar o quer que seja, porque não se podem reclamar direitos sem se cumprirem deveres!!)...
Parece-me que estávamos bem melhor numa monarquia absolutista!! Já agora... faça-se da Europa um Império e que o nosso D. Duarte seja o Imperador!!
Quando a democracia s� � boa se o povo concordar connosco, ficamos surpreendidos quando isso n�o acontece... Tem algum mal que os Irlandeses, como povo soberano e democr�tico, tenha dito atrav�s do voto que N�O ou s� podia votar sim?!!! E agora vamos repetir os referendos at� que o povo vote SIM?!!! N�o foi assim que fizeram em Portugal em rela�o ao referendo do Aborto...
ResponderEliminarFoi, mas o clero n�o parou com ataques at� hoje!