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quarta-feira, junho 25, 2008

"Confissão" - o sacramento da cura

Na confissão nos sacerdotes "damos pistas de como fugir do inferno ou de como viver já aqui na terra o céu"?
A confissão não é um lugar de juizo mas um lugar de misericórdia. É uma fonte de alegria para nós e para Deus, de libertação e de paz interior e exterior. Ao aproximarmo-nos da confissão, nós somos verdadeiramente os causadores da alegria de Deus. recordemos as parábolas da misericórdia.
Neste sacramento, há uma graça sacramental que se recebe e, portanto, não recorremos a ele apenas quando temos faltas graves, mas essencialmente como um meio eficaz de santificação.
Quando entendermos isto, estou certo que este sacramento se revitalizará lentamente...

12 comentários:

  1. Enquanto Padre fui Ministro da Reconciliação... e ali, no espaço do confessionário, encontrei de tudo...
    Sim, é verdade que para muitos cristãos a confissão é apenas mais um preceito e por isso vivido, ela própria, como mais um sacrificio do que momento de Graça.
    Para outros a Confissão tornou-se mais um espaço de esclarecimento, de orientação, de diálogo...
    Mas, em muitos cristãos, jovens e menos jovens encontrei essa humildade de coração e de espírito para se abrirem, não diante de mim, mas de Deus e senti que neles o Perdão não era apenas uma 'formalidade'.

    Pessoalmente... afastei-me bastante do Sacramento da Reconciliação nos ultimos anos do meu sacerdócio... nem sei bem porquê.
    Nestes últimos 9 meses em que deixei de exercer o Ministério tenho sentido a necessidade de me aproximar do Sacramento... e de cada vez que o faço, de cada vez que saio dali... sinto algo que não sinto em muitos dos outros dias que vou vivendo: PAZ.
    Quase dá vontade de ir... e não sair.

    Hoje, procuro o Sacramento não pela quantidade ou pela dimensão dos meus pecados... mas simplesmente porque quando me falta essa Paz, sei que é ali que a posso encontrar.

    Nelson

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  2. Quase que fazia minhas as palavras do Nelson, só k não fuipadre mas sim freira. Confessava-me quase todas as semanas, depois muito mas muito menos.Hoje vou procurar essa paz interior e exterior.Sinto maisa minha fragilidade e como tal vivo mais a alegria de me saber amada por um Deus compassivo e cheio de misericórdia.A confissãoé na verdade -O sacramento da cura-

    maria

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  3. A confissão já foi muita coisa desde que foi instituida.

    Depende do penitente e depende de quem escuta e administra o sacramento. Como tal, e correndo o risco de ser considerada herética, já experimentei melhor o que os dois comentadores anteriores falam, em sinceras conversas com um ou dois amigos.

    Mas acho que o sacramento da reconciliação é, sim, um sacramento de cura. E como tal, deve ser acarinhado pela Igreja.

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  4. Pena é que em muitas paróquias o sacramento da reconciliação seja celebrado em comunidade principalmente após a 1ª Eucaristia, perdendo por isso esse sentido de que fala.

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  5. Nada melhor para encontrar a Paz interior e a Concórdia entre os nossos semelhantes do que a Confissão!

    Porisso, sempre digo (não sem um certo humor, embora verdadeiro) que, se um grande número de pessoas, em vez de procurarem um psiquiatra, procurassem um Confessor, de certeza que resolveriam muito melhor os seus problemas e aflições (e de borla, ah, ah,).

    Tenho constatado, nestes tempos laicizados, que anda tudo no psiquiatra, anos a fio, e sem melhoras. Torna-se um círculo vicioso; passam o tempo a bater no ceguinho, enrolados em si próprios, de onde não conseguem sair e só pretendem ser "desculpabilizados", não entendendo que para mudarmos de vida e ultrapassarmos muitos dos nossos problemas, não basta apenas acharmos, como dizia Sartre, que "o Inferno são os outros", mas que o nosso contributivo é importante para que o Inferno se mantenha ou desapareça das nossas vidas, numa atitude de compreensão, tolerância, entre-ajuda e sobretudo com força moral para mudarmos o que está mal e nos faz sofrer.

    Mas a Confissão requer, à partida, um verdadeiro exame de consciência e um propósito firme de emenda dos nossos erros.
    Um verdadeiro reconhecimento de que, muitas vezes, o que nos acontece de mal, provém das nossas falhas e imperfeições, é meio caminho andado para mudarmos radicalmente e obtermos a cura.

    O sentimento de culpa não é esse papão que, modernamente, se quer fazer crer. É próprio de qualquer pessoa com um bom estofo moral, que reconhece que, em cada queda, o seu levantamento é um passo em frente para Deus, é mais uma etapa na nossa perfeição, frutos que vamos colhendo através das nossas vivências, amadurecidos pelos revezes da vida e regados com as lágrimas do arrependimento, alegremente saboreados com os olhos postos em frente, ao longo dos caminhos tortuosos e íngremes que nos levam às Alturas.

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  6. Gostei imenso deste post e de todos os comentários.Há só a acrescentar que ainda não me confesso tantas vezes como deveria.Talvez todos estes comentários me ajudem a fazê-lo mais frequentemente.Pelo menos fui alertada nesse sentido.
    Concha

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  7. Perseguição à Igreja Católica no Vietname:

    http://www.zenit.org/article-18806?l=portuguese

    Exemplo de Fé e Coragem.

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  8. Sim, devemos ir à confisssão porque nos sentimos mal por termos ofendido Cristo... Não apenas para descarga de consciência.
    Ah! E façamos, antes, um bom exame de consciência...


    beijos em Cristo e Maria

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  9. Esse sentimento de culpa tão acarinhado pela igreja e insentivado pelo clero dava um jeitão no estado novo.
    Em boa verdade está cada vez mais difícil obter informações à borla.
    Passei infelizmente a minha adolescência num seminário e digo infelizmente porque me marcou negativamente para o resto da minha vida, onde nós que na altura tinhamos dez anitos, tinhamos que andar a perguntar uns aos outros os pecados que haviamos de denunciar, e digo denunciar porque era através da confissão que os padres ficavam a saber das nossas inocentes brindadeiras para depois sermos exemplarmente castigados.
    É execrável esse culto do pecado, confissão e penitência.
    Pessoa bem formada não precisa de cultivar um sentimento de culpa nele ou nos outros.

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  10. Amigo eu compreendo a sua revolta, pk eu tb tive de inventar pecados para me confessar todas as semanas. Mais no convento em capitulo era acusada de culpas k nem sabia k existiam.Após o concílio vaticano ||, reconciliei-me com a Igreja. Hoje vou à confissão,ñão pk sinta k outenha sentimentos de culpa, mascomo meio de cura.Desabafar,fazer a catarse, e, desde k o sacerdote seja bem formado,como felizmente hoje são, sente-se uma alegria uma paz interior grande e, não a revolta. Mas o amor misericordioso de Jesus.
    Tenha uma boa noite, em paz no Senhor.
    maria

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  11. Amigos, embora não seja fácil ajoelharmo-nos junto de um homem (que representa J. Cristo) a verdade é que, para encontrarmos a paz interior e conseguir levá-la aos outros precisamos de passar pela confissão. Custa... mas conforta. "Quem se humilha será exaltado". É muito importante que exista em nós uma constante vontade de perfeição. Só quando pensamos mais nos outros (na nossa mulher, nos filhos, nos colegas de trabalho, no vizinho...) do que em nós próprios é que fazemos girar o mundo. A alegria e a simpatia é um motor muito forte para criar bom ambiente e espevitar o sentido de luta por um mundo melhor. Se o não conseguirmos... paciência! Fizemos o que está ao nosso alcance. Deus fará o resto. Apesar de tanto pessimismo que nos envolve ( e, na verdade, até há muitas razões para isso) não podemos desanimar. Tantos e tantos, nestes milhares de anos que conhecemos de História, levaram avante a sua persistência e foram vencedores. O primeiro e exemplo para todos, foi Jesus Cristo: os olhos sempre postos num objectivo (servir o Pai, servindo os homens) e, depois de ensinar o caminho (duríssimo para uns, mais fácil para outros) seguiu o d'Ele, agarrou com os dois braços a cruz, fixou o cimo do calvário, gritou com sede de atrair a Si toda a humanidade e, numa infinita entrega, morreu com a certeza absoluta de que seria um vencedor e de que atrairia muitos a Si. E assim tem sido: uns são mais apixonados e até se deixem matar pela Verdade; outros têm uma vida simples, mais calma mas sempre com os olhos fixos naquele que é o princípio e fim de todas coisas, vivendo tranquilos e morrendo na esperança. É bom ser de Jesus Cristo. Experimentem. Costa Gomes

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  12. Mais um óptimo comentário!
    Concha

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