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segunda-feira, julho 16, 2007

Um terço das paróquias poderão ser suprimidas

Segundo D. Jorge Ortiga, a Igreja está a reflectir sobre a possibilidade de uma nova reorganização territorial. E estima-se que mais ou menos um terço das paróquias deverão acabar....
"A Igreja Católica portuguesa está a equacionar a fusão de paróquias para colmatar a falta de padres. Trata-se de uma revolução administrativa que pode levar à diminuição para cerca de um terço das 4300 paróquias actuais".
Uma paróquia para continua a existir deverá ter o minimo de condições?
Achas que a solução está na supressão, na fusão...?
Achas que esta é a solução para colmatar a falta de padres?

7 comentários:

  1. Sou um sacerdote a trabalhar no interior do país.
    Há muitas paróquia onde exostem 0 baptizados, 1 baptizado, dois baptizados por ano. Paróquias com pouca gente - quase sempre bastante idosa. Algumas nem cem fogos têm. A gente "válida" migrou para o litoral ou estrangeiro.
    Que possibilidades de trabalho pastoral a sério existem? Como se sente um sacerdote novo ao ser enviado para servir estas comunidades quando se apercebe da ausênciaaaaaaaaaa de gente nova?
    Sou plenamente de acordo a que muitas destas paróquias sejam suprimidas. E a Igreja se empenhe num novo tipo de pastoral:
    1. Que os padres procurem acompanhar o movimento migratório das suas gentes "válidas" e não fiquem por lá aguentar "pastorais de manutenção";
    2. Muitas destas terrinhas podiam ficar pela celebração da Palavra dominical, evitando que o sacerdote se "esfole" com 4, 5, 6,
    8 missas ao fim de semana com Igrejas ou capelas "meias"!
    3. Mesmo nas aldeias muita gente já tem carro. E as pessoas sabem juntar-se quando lhes convém (centro de Saúde, feira, festas...). Por que não hão-de fazê-lo para se deslocarem para a Eucaristia dominical?
    Aliás, juntando povoações numa única paróquia, esta poderia deitar mão de um mini-autocarro para resolver algumas situações...
    4. Promover a vida em equipas sacerdotais, enquadradas, adaptadas, preparadas. Evitar-se-ia a solidão e partir-se-ia para uma pastoral de conjunto, onde os dons de cada um estariam ao serviço da mensagem.
    5. Claro que uma pastoral nova, exigem que os nossos padres e comunidades abram o coração e se disponibilizem para novas maneiras de estar e de trabalhar. Sobretudo que os nossos Bispos "deixem o politicamente correcto", se exponham mais e sejam verdadeiros guias do "rebanho"!
    Como está, não tem saída! Apenas atrasamos a lenta agonia. Não curamos o doente.

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  2. Mas será que os padres novos não estão também acomodados à pastoral de manutenção?
    Uma vida fácil, semana inteira livre...

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  3. "Mas será que os padres novos não estão também acomodados à pastoral de manutenção?"
    Poderá ser verdade aqui e além. Nalguns lados "invadem literalmente tudo o que é Religião e Moral Católica" nas escolas públicas. Mas tenho a ideia - embora por experiências isoladas - que os leigos habilitados desempenham melhor esse trabalho nas escolas.
    Mas também é verdade que muitas vezes os jovens sacerdotes são enviados para essas terras envelhecidas e despovoadas sem o devido acompanhamento...Entregues a si mesmos, porventura desiludidos com o enquadramento social, procuram subterfúgios. Afinal o facto de serem padres não lhes retira nada do facto humano.
    Já não sou um jovem sacerdote, embora procure ser um sacerdote de espírito jovem. E, às vezes, pergunto-me: o que se passa? Há 30 anos, os jovens padres eram ousados, procuram criatividade pastoral, mesmo comentando algumas imprudências e erros. Hoje parecem-me muito instalados, pouco criativos, mais dados a um certo "porreirismo", preocupados com a "subida na carreira", refugiados num certo tipo de esperitualidade, descontextuada do tempo actual.
    Claro que o padre ou é homem de Deus ou o sacerdócio não tem sentido.
    Por mim prefiro o resto da ousadia à instalação.
    Mas que há padres novos maravilhosos, isso há! Felizmente!

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  4. * * *
    Caríssimos "Padres Iquietos"

    Concordo plenamente com a reestruturação das Paróquias portuguesas.
    Se bem que há bastantes paróquias muito amplas geográfica e populosamente (embora nesta última vertente infelizmente cada vez menos, por motivos óbvios), há outras paróquias, e estas são a maioria (deduzo eu), demasiado/relativamente pequenas, sobretudo em população (e ainda menos em 'católicos praticantes'), embora infelizmente bairristas, geralmente no mau sentido...

    Todavia, uma coisa é certa: há que ir para um "meio-termo", prático, salutar e justo, doa a quem doer; sobretudo em função da grande carestia de Sacerdotes, por mal dos nossos pecados...
    Não pode, de maneira nenhuma, haver "dois pesos e duas medidas", como infelizmente há, sobretudo na regionalização politico-admnistrativa do País, que isso degenera sempre em grandes desigualdades sociais, e sobretudo espirituias, o que, nesta vertente é, por motivos óbvios, bastante mais gravoso, de consequências funestas a médio ou longo prazo...

    Assim como não pode, ou não deve (em abono da honestidade e justiça mais elementares), haver Sacerdotes que têm disponibilidade excessiva, tempo de sobra, privilégios especiais, enquanto a maioria deles, com a agravante da sua relativa já avançada idade, estar demasido sobrecarregada, sabe Deus com que riscos e sacrifícios, ainda que, geral/infelizmente, com a incompreensão de muitos dos respectivos paroquianos, mal habituados e um tanto egoístas/comodistas, quando não ingratos...
    Adiantemente...

    Resumindo e concluindo:
    A C.E.P., na qual tenho grande estima e confiança, deverá, quanto antes, proceder à fusão ou supressão de muitas paróquias; como, por exemplo, a da minha infância, Outiz, que deverá ser anexada juridicamente, como aliás já aconteceu antigamente, à paróquia de Cavalões, ou à do Louro, do Arciprestado de V. N. de Famalicão, Arquidiocese de Braga.

    O Senhor Arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga (que conheço pessoalmente desde a minha infância, pois é natural da fregusia de Brufe), é competentíssimo, tanto quanto sei, para proceder, em tempo útil (com a colaboração necessária e efectiva dos demais Bispos, sobretudo os regionais), à tal reorganização paroquial, assim como, consequentemente, no aspecto pastoral (embora dentro das devidas leis canónicas, claro), para bem de todos nós, Cristãos, católicos e portugueses, a começar naturalmente pelo Clérigo em particular.

    Cordiais saudações evangelizadoras, em Jesus e Maria.
    José Mariano.
    *

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  5. *
    ERRATA:

    - Onde digo: "... pois é natural da fregusia de Brufe"...; queria dizer: "... pois é natural da freguesia vizinha de Brufe"...

    - Onde digo: "... a começar naturalmente pelo Clérigo em particular"; queria dizer: "... a começar naturalmente pelo Clero em particular."

    (Ambas as correcções no penúltimo paráfrago).

    J.M.
    *

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  6. Ah!...

    - Já agora, onde digo: "Padres Iquietos"; queria dizer "Padres Inquietos"...
    :)

    J.M.

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  7. É espantosa a forma como a igreja disfarça a gula com que pretende parasitar os cofres do Estado; senão reparem como está formulada esta pergunta:

    Concorda com a liberdade dos pais em escolher a escola? A universidade Catolica e as outras escolas privadas devem ser subsidiadas?

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