A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lamenta a falta "diálogo" por parte do Governo, admitindo algum "mal-estar" perante o acumular de situações que permanecem por resolver.
Os Bispos falam, em especial, de problemas em áreas como "a educação, a solidariedade social, o sector da comunicação social, o acompanhamento espiritual dos doentes e dos presos, o apoio à família e à natalidade", para além da falta de apoio à construção de espaços litúrgicos.
Na raiz do "mal-estar" está o crescimento da "mentalidade laicista" e os atrasos na regulamentação da Concordata, assinada em 2004.
Dois anos depois, "não se encontraram ainda as vias de diálogo para que possa prosseguir a adaptação à nova configuração jurídica", deixando sectores específicos à espera da regulamentação, como é o caso das capelanias prisionais e hospitalares.
Os Bispos lamentam que, na sociedade portuguesa, uma "minoria aguerrida" se cinja a um "modelo antiquado, com provas negativas reveladas na história de Portugal, que pretende rejeitar a dimensão religiosa da sociedade".
"Concordamos que os Estados sejam laicos, mas têm de respeitar a realidade social da Nação" e o pluralismo da dimensão religiosa da sociedade.
Alertou para os problemas de "falta de liberdade de informação" e a "asfixia" da imprensa regional (muita dela de inspiração cristã), que é uma "comunicação social de proximidade".
Fonte: Lusa
Os Bispos falam, em especial, de problemas em áreas como "a educação, a solidariedade social, o sector da comunicação social, o acompanhamento espiritual dos doentes e dos presos, o apoio à família e à natalidade", para além da falta de apoio à construção de espaços litúrgicos.
Na raiz do "mal-estar" está o crescimento da "mentalidade laicista" e os atrasos na regulamentação da Concordata, assinada em 2004.
Dois anos depois, "não se encontraram ainda as vias de diálogo para que possa prosseguir a adaptação à nova configuração jurídica", deixando sectores específicos à espera da regulamentação, como é o caso das capelanias prisionais e hospitalares.
Os Bispos lamentam que, na sociedade portuguesa, uma "minoria aguerrida" se cinja a um "modelo antiquado, com provas negativas reveladas na história de Portugal, que pretende rejeitar a dimensão religiosa da sociedade".
"Concordamos que os Estados sejam laicos, mas têm de respeitar a realidade social da Nação" e o pluralismo da dimensão religiosa da sociedade.
Alertou para os problemas de "falta de liberdade de informação" e a "asfixia" da imprensa regional (muita dela de inspiração cristã), que é uma "comunicação social de proximidade".
Fonte: Lusa
Um “estado laico” deve ser isento e deve garantir – a todas as raças e credos –, o mesmo nível de direitos e garantias que possam estar consagrados na constituição…
ResponderEliminarExigir mais – alegando “realidades sociais” –, será ignorar propositadamente os tempos em que a religião era imposta – “á força” –, sendo por isso uma pretensão leviana…
Respeitar a realidade social da nação, será respeitar o regime político da nação – a Democracia –, será respeitar os resultados eleitorais – mesmo os referendos – o que até nem se tem visto…
Respeitar a realidade social da nação, será ter moral para poder… exigir.
Respeitar concordatas, acordos...
ResponderEliminarDar a todos o direito de escolher a escola para os seus filhos...
Um estado laico não significa um estado anti-religioso, não significa que não respeite a liberdade religiosa, que se intrometa na linha editorial da comunicação social da Igreja, significa que respeite o trabalho social que a Igreja faz e que o estado não faz...
Os Bispos admitem mal-estar com o Governo... Só que eu pensei que era por estarem atentos à situação terrivelmente difícil das pessoas. Afinal é por motivos de índole "corporativa": os seus jornais, as suas escolas, os seus capelães, a concordata...
ResponderEliminarOs bispos, quanto aos problemas graves das pessoas, das quais me parece deviam ser voz e vez, continuam montanhas de silêncio!
O desemprego, a gritante desigualdade social, o autoritarismo de quem está agora no poder, as falências, o desprezo pelas regras (mudam-se as regras a meio do jogo - basta ver a função pública), as reformas de miséria, o caos da saúde, a situação aflitivo dos agricultoes, o despovoamento do interior, o pessimismo reinante, enfim... Mas não, quer queiramos quer não, a Igreja ao invocar as razões que invoca para o seu mal-estar, coloca-se ao nível do corporativismo e cala a profecia!
Apesar de a “história” possuir uma fonte inesgotável de razões para desconfiarmos da religião, acredito que um estado laico seja um estado tolerante – em igualdade de circunstâncias –, para com a “realidade religiosa”, sem ignorar que a fé, jamais poderá sobrepor-se á razão.
ResponderEliminarQuanto ao resto, resume-se apenas a “folclore”, porque existem regras que devem ser tidas em conta – “coisitas” que provocam urticária á hierarquia da igreja –, … pensar o contrário será uma atitude autista de quem padece de “anorexia mental”.
E o tal “trabalho social” que a igreja faz, é – conforme noticia publicada no “Diário de Noticias” do passado dia 10 de Julho –, com dinheiro cedido pelo governo – mil milhões de euros –, ou seja, com dinheiro dos contribuintes, muitos deles crentes de outras filosofias ou até mesmo, não-crentes…
Quanto mais separados estiverem o estado e a Igreja, mais próxima de JEsus ela será...
ResponderEliminarNão nos deve admirar o "impasse" que se verifica entre Igreja e governo, porquanto este, na sua generalidade, perfilha da mentalidade laicista e ateia.
ResponderEliminarEssa "minoria aguerrida", que se cinje a um "modelo antiquado, com provas negativas reveladas na história de Portugal" (e não só), é precisamente a mesma que obstinadamente faz recurso do passado histórico da Igreja para lhe deitar à cara os antigos males, dos quais o Papa JPII pediu humildemnte perdão em público.
Não conseguem remover o argueiro do próprio olho...
Quem não sabe perdoar, não sabe amar.
Essa “minoria aguerrida” tenta de forma racional alertar para que o tal “impasse” seja analisado – por quem de direito –, com a maior lucidez possível, de modo a evitar situações futuras – como no Islão –, de que nos possamos arrepender.
ResponderEliminarO que se passa com o Islão é o resultado da intolerância provocada pela fé – em nome de um “Deus” (o mesmo “Deus” monoteísta) –, que teima em reivindicar o dom da infalibilidade e considerar tudo o resto um mero equívoco. Acreditar num “Deus” assim será certamente o maior erro da humanidade. Citando Bakunis, o melhor que esse “Deus” faria pelos homens era cessar de existir.
O recurso ao “passado histórico” da igreja, é o recurso a um passado constante, continuo e ininterrupto de intolerância, repressão, violência, mentira, negação da evidência… um testemunho de que o respeito pelos pontos de vista dos outros, não será uma atitude defendida pelo “Deus” da igreja.
Fazer obstinadamente recurso do passado histórico, é manter acesa a chama da liberdade, é prevenir de modo a evitar a reedição “do Islão” que o Ocidente penosamente ultrapassou – num passado recente –, ou denunciar novas tentativas de “islamização” dogmática.
Acreditar em “dogmas” é renunciarmos á liberdade de opinião, é vivermos limitados ás opiniões alheias. Acreditarmos “no faz de conta”, será privilegiarmos a ignorância…
Afirmar e acreditar que um pedido de desculpas terá sido suficiente para 2000 anos de presunção – mais do que uma perversidade –, será prostituir a linguagem.
“Quem não sabe perdoar, não sabe amar”... É utópico, puro folclore.
Você sabe amar?... Porque aceitar a “minoria aguerrida”, já vi que não sabe!!!
Essa "minoria aguerrida" vive num tormento incessante por não se poder impôr despótica e abertamente contra a maioria.
ResponderEliminarSob a máscara da liberdade e da democracia (que devia ser a vontade da maioria), gesticulam e retorcem-se em clamores, todo o santo dia, até à exaustão.
E com todo o cinismo proclamam direitos e igualdades para todos e logo a seguir querem, a todo o custo, sufocar a voz da maioria.
A maioria dos portugueses pertence à Religião Cristã.
Isso diz-vos alguma coisa?
Cambada de hipócritas!
Caro Anónimo
ResponderEliminarPermita-me agradecer-lhe a definição – embora extremista –, que “postula” sobre liberdade de opinião… este é o tipo de catecismo que tem levado algumas “mentes anorécticas” a fazerem-se explodir – provocando a morte a crianças inocentes –, em nome de um Deus “dogmaticamente” infalível, um “Deus” cruel, desumano e intolerante para com todos os que questionem a sua filosofia…
Este tipo de atitudes são a essência da fé… toda esta raiva apocalíptica, toda esta debilidade humana está para além do horizonte do discurso racional.
Sinceramente terei ficado esclarecido… com esta noção de humildade, respeito e tolerância… que permitirá um melhor conhecimento do significado de “religião”.
Se “ser cristão” é imposição á força… então, não obrigado. Fui educado a respeitar as opiniões dos outros, mesmo que divergentes.
Se “ser cristão” é aceitarmos ser subjugados… então, não obrigado. Fui instruído a conquistar e respeitar minha liberdade, mesmo a dos outros.
A religião nunca será capaz de reformar a humanidade, porque religião é uma escravidão. “Ingersoll”
Amigo Demo:
ResponderEliminarJá pensou alguma vez o que seria a Europa se não tivesse sido cristianizada?
Nem as suas ideias (do Demo) teriam alguma vez existido...