A Santa Sé anunciou hoje estar a estudar a hipótese de abrir o sarcófago de São Paulo, descoberto na Basílica romana de São Paulo fora de muros.
Numa conferência de imprensa promovida no Vaticano, para explicar os trabalhos de extracção e análise do sarcófago, o Arcipreste da referida Basílica, Cardeal Andrea di Montezemolo, referiu que o mesmo “nunca foi aberto nem explorado”, em parte devido ao facto de ter sido revestido por um bloco de betão algures entre 1838 e 1840.
A sua exploração poderá acontecer, desde que sejam dadas as devidas autorizações por parte do Papa, satisfazendo assim a curiosidade de quantos se interrogam sobre se, no seu interior, estarão os restos mortais do Apóstolo.
Sempre existiu, até hoje, um acordo total sobre a localização do túmulo de São Paulo na Basílica romana que leva o seu nome, mas a identificação do sarcófago originário permanecia em aberto. O arqueólogo dos Museos Vaticanos, o italiano Giorgio Filippi, foi o responsável pela descoberta do sarcófago ou um “contentor de relíquias”.
Os responsáveis vaticanos asseguram que o sarcófago era considerado, já em 390, como o de São Paulo. Já no fim do século II, o presbítero romano Gaio, citado por Eusébio, assinalava a existência do “tropaion” erguido como testemunho do martírio de Paulo.
As escavações decorreram entre 2002 e 22 de Setembro de 2006, permitindo trazer à luz do dia a abside da Basílica costantiniana, englobada no transepto do edifício dos três Imperadores, Teodósio, Valentiniano II e Arcádio (que ampliaram a Basílica de Constantino).
Foi aqui, debaixo do altar papal, que se deu o achado: um sarcófago com a inscrição incompleta «Paulo apostolo mart(yri)» (Paulo Apóstolo Mártir), visível desde a base do altar e ao nível da antiga basílica, construída no século IV.
A existência de um pequeno orifício, que comunica com as relíquias do altar, permitiria a introdução de um microcâmara no sarcófago, para o seu estudo. Os trabalhos já realizados permitirão aos fiéis ver um dos lados do cenotáfio.
O Cardeal di Montezemolo lembrou, por outro lado, que Bento XVI reviu os estatutos e a denominação das quatro Basílicas Maiores Romanas, que já não se chamarão Patriarcais, mas “Papais”, dado que deixaram de estar ligadas aos Patriarcas Orientais, que eram seus titulares.
Numa conferência de imprensa promovida no Vaticano, para explicar os trabalhos de extracção e análise do sarcófago, o Arcipreste da referida Basílica, Cardeal Andrea di Montezemolo, referiu que o mesmo “nunca foi aberto nem explorado”, em parte devido ao facto de ter sido revestido por um bloco de betão algures entre 1838 e 1840.
A sua exploração poderá acontecer, desde que sejam dadas as devidas autorizações por parte do Papa, satisfazendo assim a curiosidade de quantos se interrogam sobre se, no seu interior, estarão os restos mortais do Apóstolo.
Sempre existiu, até hoje, um acordo total sobre a localização do túmulo de São Paulo na Basílica romana que leva o seu nome, mas a identificação do sarcófago originário permanecia em aberto. O arqueólogo dos Museos Vaticanos, o italiano Giorgio Filippi, foi o responsável pela descoberta do sarcófago ou um “contentor de relíquias”.
Os responsáveis vaticanos asseguram que o sarcófago era considerado, já em 390, como o de São Paulo. Já no fim do século II, o presbítero romano Gaio, citado por Eusébio, assinalava a existência do “tropaion” erguido como testemunho do martírio de Paulo.
As escavações decorreram entre 2002 e 22 de Setembro de 2006, permitindo trazer à luz do dia a abside da Basílica costantiniana, englobada no transepto do edifício dos três Imperadores, Teodósio, Valentiniano II e Arcádio (que ampliaram a Basílica de Constantino).
Foi aqui, debaixo do altar papal, que se deu o achado: um sarcófago com a inscrição incompleta «Paulo apostolo mart(yri)» (Paulo Apóstolo Mártir), visível desde a base do altar e ao nível da antiga basílica, construída no século IV.
A existência de um pequeno orifício, que comunica com as relíquias do altar, permitiria a introdução de um microcâmara no sarcófago, para o seu estudo. Os trabalhos já realizados permitirão aos fiéis ver um dos lados do cenotáfio.
O Cardeal di Montezemolo lembrou, por outro lado, que Bento XVI reviu os estatutos e a denominação das quatro Basílicas Maiores Romanas, que já não se chamarão Patriarcais, mas “Papais”, dado que deixaram de estar ligadas aos Patriarcas Orientais, que eram seus titulares.
Fonte: www. ecclesia.pt
É pura coincidência este anúncio ser feito a dois dias da visita a Roma do Arcebispo ortodoxo de Atenas, cuja Igreja se afirma herdeira das comunidades fundadas por S. Paulo...
ResponderEliminarÉ interessante também a alteração da denominação das basílicas patriarcais de Roma, depois de, há tempos atrás, o Papa ter prescindido do título "Patriarca do Ocidente". Pelo andar da carruagem, estará para breve a extinção do Patriarcado de Lisboa...
De facto, faria todo o sentido a extinção do Patriarcado. O Patriarca de Lisboa não é Patriarca - ao contrário do Papa que é Patriarca da Igreja Latina - em sentido próprio, tal como não o é o Arcebispo de Goa e Damão e o Patriarca de Veneza, nem mesmo o Patriarca Latino de Jerusalém (embora aí se trate de um Patriarca Oriental embora não presida a uma Igreja sub iuris). Penso até que os Patriarcas Ocidentais deveriam ter pedido a renúncia ao título, quando o Papa renunciou ao título de Patriarca do Ocidente. O Papa, sim, não o deveria ter feito, porque ele é, de facto, Patriarca do rito latino, isto é, deveria ao menos ter expressado o facto de ser «Patriarca de Roma».
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