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quarta-feira, dezembro 20, 2006

A legalização do Aborto terá efeitos retroactivos? Que pena...

"Tal como no referendo anterior, a sociedade portuguesa mobiliza-se para discutir a questão do aborto, rotulada de interrupção voluntária da gravidez para que, creio, todos percebam melhor. Uns, os que já nasceram, não têm problemas em ser a favor do «sim», a favor de uma lei que sabem nunca os atingir. Os outros, os do «não», onde me incluo, não querem para os outros o que não querem para eles. Ou seja, se eu tive direito à vida… todos os outros devem ter o mesmo direito.

A tudo isto acresce que defender o «sim» é a mais pura e paradigmática forma de cobardia. Ou seja, se a sociedade não consegue dar condições de vida (aos pais, mas sobretudo às mães), então mate-se quem não tem direito de defesa.
Noutro patamar, seria mais ou menos como a sociedade não ter capacidade para combater o roubo de carros e, para resolver a questão, decidisse legalizar essa actividade, descriminalizando os autores.

Eu sei que, para muitos socialistas, sociais-democratas, comunistas e afins é mais fácil dizer a uma mãe que pode e deve abortar do que lhe dar condições de dignidade que lhe permitam criar o filho. Para mim isso é cobardia e aceitação da falência de uma sociedade solidária e digna.
Por isso: Aborto? Não, Obrigado!
(Se calhar, já que a legalização do aborto não tem efeitos retroactivos – é pena! -, a melhor forma de nos vermos livres de futuros políticos medíocres como os que agora proliferam por aí seria votar «sim». Mesmo assim… voto «Não»).
Fonte: Orlando Castro in Alto Hama:

2 comentários:

  1. "A tudo isto acresce que defender o «sim» é a mais pura e paradigmática forma de cobardia. Ou seja, se a sociedade não consegue dar condições de vida (aos pais, mas sobretudo às mães), então mate-se quem não tem direito de defesa."

    Esta frase revela o baixo nivel deste debate. Não é nada disso que está em causa, não é isso que vai ser referendado. Mas parece valer tudo...

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  2. O que vai ser referendado é pura e simplesmente se uma mulher tem o "direito" de matar uma vida...A Lei actual, em meu entender é justa, abrange as situações dramáticas. Há vários meios a disposição da mulher para não engravidar, até a "pílula do dia seguinte", só fica grávida, nesta altura do campeonato, quem quer ou não tá nem aí... porque, com o dinheiro dos meus impostos, e do de todos os portugueses, fecham-se maternidades e vão se abrir sítios para matar????? Porque????
    Pondo a religião de lado e olhando para a ética, onde está a justiça??em promover a morte??
    Para mim é isto que está em causa. Porque não lutamos para que este país dê condições as famílias para educarem e terem os seus filhos? Porque não nos mobilizamos para isso? Promover a natalidade, dar condições as famílias???
    Aborto, não obrigado, é a cultura da morte, do descartável. Nós não somos descartáveis...

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