A bebê Marcela de Jesus Ferreira completou nessa quinta-feira (30/11), 10 dias de vida, na Santa Casa da cidade de Patrocínio Paulista, a 413 km de São Paulo, onde está internada.
Ela nasceu com anencefalia, doença caracterizada pela ausência parcial do cérebro. Em casos como o de Marcela, os bebês geralmente vivem poucas horas após o nascimento.
A menina nasceu no dia 20 de novembro, com 2,5 quilos e 47 centímetros. Ela tem apenas uma pequena porção do córtex (parte frontal do cérebro) e o tronco cerebral, responsável por controlar as funções mais básicas do corpo. A família está ciente de que Marcela não irá viver muito tempo, mas em nenhum momento deixou de dedicar amor à menina. Sua mãe, Cacilda, de 36 anos, faz orações pela filha no quarto reservado que a Santa Casa dedicou à família. Lá a pequena até respira sem a necessidade de aparelhos em certos momentos do dia e é amamentada pela mãe.
“Sofrer, a gente sofre, mas ela não pertence a mim, mas a Deus, e eu cuido dela aqui”, disse a mãe ao jornal O Estado de S. Paulo.
“Enquanto isso, cada segundo da vida dela é precioso pra mim”, afirmou. Cacilda e o marido, Dionisio Ferreira, de 46 anos, são agricultores. Eles afirmam que receberam a notícia da doença da filha com tranqüilidade.
“Aborto nem passou pela minha cabeça”, disse Cacilda.
“Ninguém tem o direito de tirar uma vida, principalmente de criança, que é o pior pecado, pois ela está sem defesa”, enfatizou a mãe.
Em breve Cacilda e Dionísio voltarão à modesta casa em que vivem no Sítio Palmital, de 3,5 alqueires, onde plantações de café, verduras e frutas são responsáveis pelo sustento da família.
JÁ AGORA ALGUÉM ME DIZ SE A MARCELA É PESSOA OU NÃO?
TERÁ DIREITOS?
A Marcela, tal como qualquer outro deficiente, sem braços ou pernas, é pessoa em toda a acepção do termo.
ResponderEliminarNão sei o que dirá a Ciência, num caso destes; muito menos sei até onde poderão ir questões filosóficas sobre o assunto.
Para um pai e uma mãe, que não sejam desnaturados, tudo isto pouco importa.
Cabe aos pais, nomeadamente à mãe, a primordial função de acolher e proteger os filhos, deficientes ou não.
Quando os próprios pais são, muitas vezes, os primeiros a rejeitar os filhos, seres do próprio ser, até condenando-os à morte, estamos todos conversados acerca do Mundo em que vivemos: qualquer outro assassino, que não nos é nada, com mais razão, será digno de perdão.
E este horror quer dizer o quê?
ResponderEliminar"Respeito a posição da mãe, mas é uma situação dramática. Apesar de não ter cérebro, o bebê ainda tem o tronco cerebral, responsável por controlar as funções mais básicas do corpo humano, como o batimento cardíaco e a respiração", diz o ginecologista Thomaz Gollop, professor da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do Instituto de Medicina Fetal e Genética Humana de São Paulo. "É possível manter por semanas, assim como mantemos de forma vegetativa alguém que sofre morte cerebral."
ResponderEliminarParece que foi isso que fizeram - ligaram o corpo a um ventilador durante semanas e alimentarm-no artificialmente. SE isto não é distanásia, é o quê?
ResponderEliminarTodos nós somos mais que matéria..que corpo somos acima de tudo almas e almas dadas por Deus que transpassam a morte e viverão a vida eterna.Marcela tem alma, foi uma permissão de Deus homem algum pode priva-la disso.A Deus pertence todas as coisas
ResponderEliminarDai glória ao Senhor dos Exércitos; seja a ele o vosso temor e o vosso tremor." Isaías 8:13.