quarta-feira, junho 25, 2008
"Confissão" - o sacramento da cura
terça-feira, junho 24, 2008
A humildade, o caminho de S. João Baptista....
A profunda HUMILDADE de S. João questiona:
- Os pregadores... para que não se coloquem acima da Mensagem...
- Os diversos grupos eclesiais... para que não se coloquem acima do conjunto da Igreja...
- As pessoas que se ligam ou desligam da Igreja por causa daquele padre que os cativou ou decepcionou... e Jesus fica de lado...
- As comunidades que só pensam em contrucções, obras e estruturas... esquecendo que a obra da Evangelização é o mais importante..
S. João, não é apenas um santo popular!!! É muito mais do que isso... Deixemo-nos interpelar...
segunda-feira, junho 23, 2008
Laicismo ultrapassado e retrógado...
O caminho feito até chegar ao conceito de laicidade andou, sobretudo, à volta do Estado, origem e natureza do poder, relação do Estado com o divino e com a Igreja enquanto realidade sobrenatural e, consequentemente, da relação do Estado com a sociedade, o que levou, espontaneamente, à consideração da relação da fé religiosa com a política.
Hoje sente-se, na nossa sociedade, a tendência dos defensores radicais da laicidade, de estender a toda a sociedade a laicidade do Estado, o que é abusivo e manifestação de laicismo, porque a sociedade não é laica, no seu todo, pois, na sua pluralidade, é o espaço de afirmação, tanto da descrença e do ateísmo, como das diversas crenças religiosas.
Na antiguidade, a divinização do Estado e do poder era comum. O mundo antigo era “um mundo sagrado onde a autoridade do Estado era a manifestação da autoridade divina. A divinização do Imperador, no caso do Império Romano, significava que o Imperador era igual aos deuses, era divino; nele manifestavam-se ao mundo as leis divinas”. Na Grécia antiga, Sócrates foi condenado por ter posto em questão a religião da cidade[1]. O Reino de Israel era uma teocracia, embora com a pureza do Deus da Aliança, e os que exerciam o poder, juízes, reis e sacerdotes, faziam as vezes de Deus, sendo por Ele escolhidos e ungidos.
Curiosamente o cristianismo, surgido em pleno Império Romano, protagoniza a primeira tentativa de dessacralização do poder e do Estado, expressa na frase de Jesus: “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mc. 12,17). O cristianismo propõe, assim, a dessacralização do Estado e do poder, situando o poder de Deus num espaço de transcendência. A razão do Estado deixa de ser, como no paganismo, a manifestação do divino. É humana, humilde, relativa e falível. Esta atitude vai ditar as relações dos cristãos com o poder político. Para eles há um único Senhor, Jesus Cristo e só a Ele obedecem. Isso merece-lhes a acusação de ateus e de impuros, porque não adoram o Imperador e destabilizam a ordem estabelecida.
- Esta perspectiva era ousada demais para vingar rapidamente na história: o Edito de Milão, no tempo do Imperador Constantino, no ano de 313, que estabelece a paz do Império com o cristianismo, pode considerar-se o acto de nascimento do Estado laico, que renuncia a penetrar no âmbito reservado da consciência pessoal e das convicções religiosas.
- Mas, menos de um século depois, com o Edito de Tessalónica, prolonga-se a velha situação. Dessacralizado o Imperador, a Roma religiosa torna-se, de certo modo, a sua herdeira. “Volta a sacralização do Estado, tornado cristão, legitimado pela investidura da Igreja”. Inaugura-se, assim, um período da história e das instituições, baseado nos seguintes elementos: origem sagrada do poder temporal, que para ser legítimo tem de ser confirmado pela entidade religiosa. Esta concepção e legitimação do poder mantém-se até ao momento em que a monarquia absoluta foi posta em questão, e o poder passou a ser legitimado pela vontade popular.
- A unidade do Estado, que tinha tendência a identificar-se com a sociedade, baseada na unidade de religião, segundo o conhecido princípio, “cujus Regio, eius religio” – a religião do Rei é a religião do Povo. Este princípio, se por um lado protegia a Igreja Católica, por outro lado teve consequências dramáticas na ausência de liberdade religiosa e violação da liberdade de consciência, em que a Igreja se viu envolvida, agudizadas na Europa com a reforma protestante, conhecida como cisma do Ocidente. A inquisição e as guerras de religião foram manifestações graves desse princípio. O Estado confessional, com uma religião de Estado foi uma consequência natural. Por seu lado, a Igreja, que pela sua vocação de serviço e de evangelização, exerceu um papel importante na estruturação das sociedades, organizou-se como sociedade e viu-se envolvida no poder temporal, de certo modo co-responsável dessas violações de liberdade de consciência e liberdade religiosa.
- É esta situação que a época moderna começa a pôr em questão. O acento vai ser posto na liberdade e na igualdade de todos. A primeira manifestação do culto da liberdade é a liberdade de pensamento, fruto da dignidade da razão, exercida nas filosofias e orgulhosa da ciência nascente, que nunca mais parou de progredir. A modernidade vai afirmar-se, precisamente, por essa autonomia da razão, que rejeita toda a verdade que não tenha nela a sua origem. A pessoa humana compreendida como indivíduo, relativiza progressivamente a importância da comunidade e da dimensão comunitária na busca da verdade e na concepção da liberdade. Uma dimensão individual da verdade e da liberdade pôs em questão a base da verdade da Igreja e da concepção da liberdade como co-responsabilidade comunitária. Não admira que a Igreja visse nesses ventos de modernidade, com que se identificava o progresso, uma ameaça à sua compreensão do homem, da verdade e da comunidade. Seguiram-se as denúncias e as condenações da modernidade, o que fez com que, até hoje, as forças defensoras dos novos ventos, vejam a Igreja como retrógrada, inimiga do progresso e da modernidade.
É neste contexto dialéctico que se vai burilando o conceito de laicidade, aplicado prioritariamente ao Estado, enquanto dessacralização do poder, que deixa de ter a sua legitimação no poder divino, encarnado no poder da Igreja, mas sim no Povo, para quem se defendem valores universais, como a liberdade, a igualdade e a fraternidade.
Ao Estado teocrático segue-se o Estado democrático que tem um longo caminho a percorrer, para afirmar a sua legitimidade e a sua dignidade. Para ser coerente com os princípios da modernidade, tem de defender a igualdade de todos e a dignidade da pessoa humana, a liberdade de consciência e de religião e a liberdade de expressão, princípios inspiradores do Estado democrático.
Pelo que afirmámos, o conceito de laicidade afirmou-se contra a Igreja e foi, tantas vezes, anti-clerical. A laicidade deslizou, facilmente, para o laicismo e pretendeu estender-se a toda a sociedade, progressivamente marcada pelo individualismo, recusando espaço na sociedade para a incidência cultural dos valores religiosos e, sobretudo, evangélicos.
A laicidade passou a fazer parte da definição dos Estados democráticos. “Pôr em questão a laicidade é pôr em perigo o Estado e a liberdade” Se as expressões desta laicidade assustaram a Igreja, a pouco e pouco tomou-se consciência de que a laicização, enquanto dessacralização do Estado e do poder é uma exigência do cristianismo. C. Duquoc escreveu nos tempos do Vaticano II: “Se esta interpretação é válida, é preciso considerar a laicização das sociedades modernas, a neutralidade da ciência, não já com uma degenerescência ou uma apostasia, mas como um progresso objectivo: em todo o caso, como a melhor condição para que o cristianismo manifeste a sua transcendência, isto é, o seu alcance supra-temporal e celeste”.
A Igreja hoje aceita a laicidade do Estado e mesmo onde os católicos são a maioria, ela não exige a confessionalidade do Estado nem conta com o poder estatal para realizar a sua missão. Preocupa-se, isso sim, com os critérios laicistas estendidos a toda a sociedade, mais uma vez identificada com o Estado, em termos de laicidade, sobretudo nos valores culturais que fundamentam a ética colectiva, no respeito pela liberdade de consciência e pela sua presença na cidade, em termos de missão. A Igreja faz parte da sociedade e não pode esconder-se, tem de continuar a lutar pela verdadeira dignidade do homem. O Estado laico situa-se no âmbito dos valores terrenos, que também têm a sua dimensão de transcendência e não deve fechar-se à dimensão transcendente desses valores, veiculados pelas religiões.
A Igreja aceita e respeita a laicidade do Estado, enquanto serviço estruturante da sociedade. Sabe que a área de intervenção do Estado é a ordem temporal do presente histórico, “hoc saeculum”, onde o respeito pela dignidade da pessoa humana, da sua consciência e das expressões legítimas da sua liberdade, a construção da justiça e os caminhos de desenvolvimento e de progresso são valores fundamentais. Mas se a esfera natural dos valores a promover e defender pelo Estado, é a ordem temporal, não pode desconhecer ou atacar valores transcendentes, também eles presentes na dinâmica da sociedade. Por isso, a Igreja nunca aceitará que a laicidade do Estado se transforme em laicismo a impor-se a toda a sociedade, que à partida não se pode definir como laica ou crente, pois isso depende da consciência dos cidadãos.
A Igreja está presente na sociedade, de que faz parte, através de dois caminhos complementares: a sua visibilidade organizativa – entre nós a Igreja é, a seguir ao Estado, a estrutura mais organizada e presente em toda a sociedade – e a presença dos cristãos, com a visão da vida que brota da sua fé, em toda a realidade social. A estrutura organizada da Igreja é ampla, e engloba, para além da sua organização religiosa, as instituições de serviço à sociedade, no campo da intervenção social, da educação, da comunicação e da cultura. Estas concretizam o seu serviço à pessoa humana e à sociedade, pondo em realce a natureza da missão da Igreja na sociedade: servir a pessoa humana e o bem comum. E é por isso que as relações da Igreja com o Estado, na medida que este se assuma como serviço à sociedade, só podem ser de cooperação em prol do bem comum, respeitando as esferas específicas e a natureza de cada Instituição. Esse princípio da cooperação inspira todos os conteúdos da nova Concordata celebrada entre a Santa Sé e o Estado Português. Tudo o que seja dificultar ou mesmo tentar irradicar da sociedade estas estruturas de serviço, protagonizadas pela Igreja, é manifestação de laicismo ultrapassado e retrógrado .
Nós não defendemos um Estado confessional, cultivamos o respeito pela liberdade religiosa, expressão maior da liberdade de consciência. Não pedimos ao Estado que nos proteja, mas que nos reconheça no serviço que prestamos e que integra a nossa missão explicitamente espiritual.
Cardeal D. José Policarpo
domingo, junho 22, 2008
A humildade, o caminho do sacerdote
É um grande desafio para nós sacerdotes:
- sermos menos vaidosos e consumistas,
- termos menos fantasia na palavra
- sermos também mais evangélicos e evangelizadores.
"A humildade é a verdade" - Sta. Teresa de Ávila.
"A nossa pequenez e provisoriedade torna-se o caminho para o encontro com a beleza de Deus" - Sta. Teresinha do Menino Jesus
"Quando me sinto fraco então é que sou forte" - (S. Paulo)
sábado, junho 21, 2008
As mulheres do Vaticano
- Uma delas, russa e ortodoxa, é retratista oficial do sucessor de São Pedro e ocupa o lugar já ocupado por Miguel Angelo ou Rafael.
- Também é uma mulher (a primeira nesse cargo) que dirige a filmoteca do Vaticano.
- Outra, casada e psiquiatrica, analisa pedidos de nulidade matrimonial.
- Ou ainda uma outra, que ainda foi nomeada por João Paulo II, que é subsecretária da Congregação para os Estudos da Vida consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
- E há também a "irmã internet", responsável pelo site do Vaticano.
O cinema contra a Burka
sexta-feira, junho 20, 2008
Os judeus sobreviventes do holocausto agradecem a intervenção do Papa Pio XII
A Fundação Pave The Way, dedicada ao diálogo inter-religioso, apresentará publicamente uma série de gravações, realizadas com a colaboração da agência de televisão Rome Reports, na qual se recolhem testemunhos que mostram as actividades secretas do Papa e dos membros da casa pontifícia para salvar as vidas de judeus durante a guerra.
O objectivo é «analisar o que se sabe até hoje, antes da abertura dos arquivos vaticanos. Não se trata de fazer uma revisão erudita centrada só nos arquivos originais, mas sim de um tribunal onde os acontecimentos de então e os testemunhos actuais ajudem o grupo a chegar a uma conclusão razoável, que receberá a confirmação histórica quando os arquivos forem abertos».
"O Vigário", "O Papa de Hitler" obras desacreditadas por Arquivo secreto do Vaticano
quarta-feira, junho 18, 2008
Uma Europa de Valores
Os cidadãos europeus parecem ser um problema para quem lidera a União e está, muitas vezes mergulhado em questões menores ou demasiado virado para si mesmo:
- quando os europeus não participam, há queixas do seu alheamento;
- quando participam, são pouco dóceis aos desígnios comunitários e têm o mau hábito de se lembrarem dos problemas com que convivem no seu dia-a-dia e castigarem quem comanda os seus destinos.
“Bruxelas” está a deixar de ser o símbolo de paz e unidade europeias para passar a ser uma espécie de papão para as faixas da população mais desprotegidas. Se quiserem ser levados a sérios, os mentores desta nova Europa (reunificada, para os políticos; reconciliada, para a Igreja) têm de estar atentos às necessidades concretas das populações que são chamados a servir – esse fim nobre da política que cada vez mais parece mais esquecido...
Enquanto a vida passa lá fora e a União discute sobre o que há-de fazer com os seus documentos, o preço do petróleo não pára de aumentar, as greves e as manifestações de descontentamento multiplicam-se, a crise alimentar adensa as nuvens negras no horizonte. O papão não será o culpado de tudo, mas tem de fazer mais para esclarecer e ajudar os habitantes deste Velho Continente, uma referência para todo o mundo.
A Europa dos 27 precisa de redescobrir-se, nos valores que lhe deram origem e nas intuições que fundamentam esses valores, de forma a querer ser “seguida” pelos seus e pelo mundo. Negligenciar este património é comprometer o futuro deste projecto político.
Neste contexto, é impossível neglicenciar a importância do diálogo com a sociedade civil e com as confissões religiosas. A presença da Igreja neste continente é um dado incontornável, visível na construção dos valores que moldaram a Europa e, pelo seu património cultural, praticamente nas ruas de cada cidade.
O diálogo com o passado tem neste campo dos Bens Culturais da Igreja um desafio particular, simbólico. Vale a pena investir naquilo que distingue a nossa casa e nos ajuda a reconhecê-la.
Octávio Carmo in Ecclesia
Quando os valores não importam, preocupam-se com documentos...
Quando as raízes são esquecidas, quando as instituições que moldaram a Europa são marginalizadas e redicularizadas o que se espera...
Quando a democracia só é boa se o povo concordar connosco, ficamos surpreendidos quando isso não acontece... Tem algum mal que os Irlandeses, como povo soberano e democrático, tenha dito através do voto que NÃO ou só podia votar sim?!!! E agora vamos repetir os referendos até que o povo vote SIM?!!! Não foi assim que fizeram em Portugal em relação ao referendo do Aborto...
segunda-feira, junho 16, 2008
Voltou a comunhão de joelhos...
sábado, junho 14, 2008
Algumas "inquietações" dos leitores...
Na Igreja há um sério problema de gestão... há diferenças, dentro do País, de diocese para diocese, quanto à sustentaçãodo Clero, por exemplo... Há padres a ganharem imenso dinheiro... há padres que mal conseguem viver com o que lhes é dado... Há padres que para terem dinheiro para viver precisam de se dedicar a outras tarefas que não a do Anúncio da Palavra (dar aulas, por exemplo... (...).
Porém, a mais grave crise de gestão que os nossos Bispos precisam de enfrentar e resolver é a dos Recursos Humanos... Há dioceses com padres «a mais» e dioceses com padres «a menos»... quando se passa dessa visão mesquinha, alicerçada numa visão legalista da «incardinação» do Clero e se implementa uma Gestão de Partilha e Comunhão no que toca à distribuição do Clero na Igreja em Portugal??
Espero que os nossos Bispos estudem bem... e sejam ousados nas suas conclusões e perspectivas de acção para o futuro e não venham destas Jornadas apenas com «mais do mesmo»".
"Mais importante que aprender gestão é reaprender o Evangelho, a justiça e a solidariedade.
Realmente, anunciar aumento das Missas numa altura de tão grande crise que sensibilidade mostra? Os nossos bispos precisam de aprender muito! "
quinta-feira, junho 12, 2008
Contaminações linguísticas
Naturalmente, a pequena entrevista referia-se ao futebol.
Mas o mais engraçado é quando esse vocabulário se transfere para o campo político. Os partidos políticos celebram os seus conclaves, têm as suas “fumatas” (brancas ou pretas) para eleger os seus lideres, há candidatos “in pectore” para este ou aquele cargo... E tudo isso, acontece independentemente da ideologia de cada partido. Talvez poderiamos reconhecer que a fé cristã na Europa teve e têm mais influência do que se pensa...
terça-feira, junho 10, 2008
Silencia-se a verdade para subir na carreira!!!
O pecado da vaidade está cada mais arreigado no clero dos nossos dias!!!

sábado, junho 07, 2008
Cardeal Martini lamenta inveja, vaidade, calúnia e carreirismo na Igreja
O Cardeal italiano citou ainda o “carreirismo” na Igreja, e especialmente, na Cúria Romana, onde “cada um quer ser mais que o outro”.
A tendência da ostentação está a crescer dentro da Igreja
quinta-feira, junho 05, 2008
As petroliferas portuguesas não descem os combustiveis porque?
Os preços do crude mantêm a trajectória descendente dos últimos dois dias, com os sinais de que a procura de gasolina está a abrandar no maior consumidor mundial de Energia.
Hoje, o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Junho era negociado no ICE de Londres a descer 23 cêntimos para os 121,87 dólares. À mesma hora, o contrato de Julho do West Texas Intermediate (petróleo de referência nos Estados Unidos) descia 13 cêntimos para os 122, dólares.
Será que o mal existe?

- “Deus criou tudo o que existe?"
- Sim, Ele criou…
- Deus criou tudo?
Perguntou novamente o professor.
- Sim senhor, respondeu o jovem.
O professor respondeu, “Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mau?"
Outro estudante levantou a mão e disse:
- Posso fazer uma pergunta, professor?
Lógico, foi a resposta do professor.
O jovem ficou de pé e perguntou:
- professor, o frio existe?
- Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?
- O rapaz respondeu: "De facto, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia. O zero absoluto é a ausência total e absoluta de calor, todos os corpos ficam inertes, incapazes de reagir, mas o frio não existe. Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor".
- E, existe a escuridão? Continuou o estudante.
- O professor respondeu: - Existe.
Finalmente, o jovem perguntou ao professor:
- Senhor, o mal existe?
O professor respondeu: Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.
E o estudante respondeu: “O mal não existe, senhor, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, é o mesmo dos casos anteriores, o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus. Deus não criou o mal. Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz. O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz”.
quarta-feira, junho 04, 2008
Eu gostava que a Igreja fosse...
- Mais papel de embrulho que de papel de cenário, porque a Igreja não pode ficar à distância para ser «admirada», intocada, antes deve implicar-se, envolver, proteger...
- Mais papel higiénico que papel de lustro: uma Igreja humilde, sem medo de se «sujar» com os pobres e desvalidos, «multi-usos», maleável e absorvente, que não se mede pelo «dar nas vistas», pelo brilho externo…
- Mais papel liso que quadriculado: uma Igreja disposta ao diálogo com o mundo e que não joga à defesa, que se liberta do quadriculado dos legalismos…
- Mais papel reciclado que «couchet»: uma Igreja com uma profunda consciência das próprias dificuldades e pecado dos seus membros, mas que se preocupa mais em integrar que em excluir…
- Mais papel de carta que panfleto: uma Igreja que é «carta de Deus-Amor», que não esquece o essencial do essencial, que não confunde o anúncio do Evangelho com publicidade enganosa…
E TU, gostavas que a Igreja fosse?