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quarta-feira, março 19, 2008

A marginalização dos sacerdotes

O cardeal-arcebispo de Sevilha, D. Carlos Amigo Vallejo, assegura que os sacerdotes sofrem uma "indefinida sensação" de marginalização sob o ponto de vista social e que também experimentam "grandes vazios" que, "não poucas vezes, o fazem sofrer o indizível".
O sacerdote vê-se "prisioneiro" de muitas limitacões humanas, intelectuais, pastorais e, sobretudo, espirituais.
"É um estranho, alguém diferente, alguém de outro povo. A isto soma-se a solidão ministerial". "Essas, reais ou imaginadas crenças, podem chegar a provocar uma lamentável degradação da auto-estima".
QUE FAZ A IGREJA-INSTITUIÇÃO para que o sacerdote não se sinta marginalizado e recupere a auto-estima? A solução apontada é a oração. Não esquecerá o lado humano?

6 comentários:

  1. "QUE FAZ A IGREJA-INSTITUIÇÃO para que o sacerdote não se sinta marginalizado e recupere a auto-estima? A solução apontada é a oração. Não esquecerá o lado humano?"
    - Batem sempre na mesma solução. É a mais fácil e aquela que permite à estrura sacudir a água do capote. Se o padre tem problemas é porque não reza e pronto... Assim é fácil.
    - O padre é atirado para o meio do mundo e que se governe, sem criar problemas ao bispo. Se assim for, está tudo bem.
    - Acompanhamento, participação? Tá quieto! Há meia dúzia de conselheiros que tudo resolvem...
    - Por outro lado, muitos leigos tudo exigem, mas pouco dão em compreensão, amizade, solicitude, dinâmica pastoral.
    - O padre é o peão nesta estrutura eclesial. O bispo aparece nas ocasiões festivas, para os foguetes, as palmas, as palavras bonitas. Os leigos não se comprometem nem querem chatices. "O padre que faça"!
    Acreditem! O padre tem que ser tantas vezes o super-homem! Solidão, incompreensão, falta de apoio, abandono... Daí o que se ouve tanta vez: "se não forem os padres a saber defender-se quem os defende? Os leigos criticam mas não se comprometem; o bispo quer é que o não chateiem..."
    Esta estrutura eclesial há muito havia estoirado se não fosse o empenho, abnegação, heroismo mesmo, dos sacerdotes, mormente daqueles que estão no terreno.
    Não vejam nisto derrotismo ou crítica gratuita. Sinto que é a realidade. Penso é que chega de "bater no ceguinho"! Assumam, bispos e leigos, a sua responsabilidade e dêem o corpo ao manifesto. Os párocos já o fazem. Claro, não seu cego, e muitos leigos e alguns bispos são excelentes. Mas se se exige tudo a todos os padres porque não a todos os bispos e a todos os leigos???

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  2. Não querendo minorar o sentimento de incompreensão e de injusta exigência referida pelo anónimo (penso que padre) anterior, há mais quem se sinta como vós. Os professores são verdadeiros bombo da festa.

    Não se sintam só. Há mais uns 100 000 e mais alguns que ficaram em casa e arrependeram-se!

    É fácil bater nos desprotegidos. Se não nos defendermos quem nos defende?!

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  3. Casem-se que isso passa-vos.

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  4. Caro anónimo será que o casamento resolve?
    Da forma como escreveu, dá a sensação de que tem tudo e ao mesmo tempo, falta-lhe muito...

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  5. Uma outra pergunta:

    E o que fazem os leigos para acolher os seus padres, para com eles cooperarem?

    Algum do mal estar existe, como a frustração, a solidão, o cansaço, porque os leigos já não dão o mesmo valor ao padre. Passou de uma pessoa querida a uma pessoa a abater. Às vezes, quase que só faltava ao povo crucificar o padre.

    Há que repensar o trabalho dos padres nas paróquias. Pela experiência que tenho, é impossível que os padres correspondam a tudo.

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  6. Contactem a blogger Bluesmile que ela arranja já um esquema de avaliação de desempenho dos padres e estes passarão de imediato a fazer muito mais.

    Não se preocupem com avaliadores que ela está seguramente também habilitada para avaliar os padres.

    A 5 de Outubro e a prelatura nem sabe há quanto tempo anda a desperdiçar uma pérola da pedagogia e da teologia.

    Preparem-se porque a culpa dos males do mundo será vossa padres!

    Bem.. vocês também já estão habituados a este tipo de bocas foleiras.

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