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sábado, março 01, 2008

"Cristãos" só no casamento e nos funerais

Há toda uma geração que só recorre à Igreja no casamento e no funeral. No resto da sua vida vive de costas voltada para a sua fé. Diz que a Igreja faz tudo para os acolher. Faz o quê?

É uma atitude. Nós estamos a valorizar muito toda a prospecção dos actos sacramentais, toda a proposta de uma catequese nessas ocasiões. A Igreja é um sinal. Nós não temos medidas para saber como é que uma pessoa se sente interpelada no seu íntimo. Há casos muito curiosas de pessoas que ouviram a palavra e só muitos anos depois é que isso dá fruto, numa auto revisão da vida, num momento de sofrimento, com o próprio envelhecimento, num momento de doença ou pura e simplesmente de evolução interior. Vem portanto aí a verdadeira frase de São Paulo: ‘Uns são os que semeiam, outros os que colhem’.
A Igreja não pode de maneira nenhuma ter os critérios de eficácia das empresas humanas: traçar objectivos, defender mecanismos para os atingir e avaliar resultados. Na Igreja isso não dá.
Agora é um facto que na Europa, sobretudo na Europa Ocidental, há muitos que falam no oposto da cristandade, que houve um afastamento sobretudo numa linha de uma secularização.
Hoje é uma questão cultural, e é uma questão de Antropologia em que muitos dizem que o Homem mais depressa pensa que se pode resolver sozinho, com as suas forças, do que acredita em Deus e sabe que Deus é uma força da sua vida.
Entrevista do Cardeal ao Semanário SOL.

2 comentários:

  1. Nos casamentos por moda, nos funerais pelo exclusivo.
    Que saudades tenho das vésperas, matinas, laudes, preces, completas . . .

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