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quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Por opção da mulher

Afirmação 1: Os pais querem o melhor para os filhos” e “entre marido e mulher ninguém mete a colher”.

Afirmação 2: A Lei deve proteger os filhos dos maus pais e intrometer-se quando as disputas do casal ultrapassam certos limites.


Ambas as afirmações são (quase) consensuais. E (quase) ninguém vê entre elas contradição. E isto acontece porque as pessoas sabem que as generalizações são estatísticas morais que não garantem que toda a gente as cumpra, e que a Lei serve, precisamente, para que os “distraídos” tenham um pouco mais de atenção ou sejam corrigidos.


Quando os apoiantes do Sim afirmam que as mulher não são levianas e têm capacidade para decidir o que é melhor eu concordo, e julgo que a maioria concorda também. Mas isto é só metade da questão.

A afirmação 1. Falta a parte 2. Porque a Lei também deve, como faz aos filhos, e ao marido e à mulher, proteger o feto das progenitoras que se “distraem” e se "esquecem" da generalização.




Não se trata, portanto, de menorização social ou ataque à dignidade das mulheres quando se pretende que a Lei se importe com o que se passa entre a grávida e o feto. Trata-se, apenas, de manter a regra que rege todas as outras relações sociais.

No aborto “por opção da mulher” o feto não conta.


E é mais uma razão para eu votar Não.




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