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terça-feira, outubro 11, 2005

BISPO PORTUGÊS INTERVÊM NO SINODO

Intervenção de D. Albino Cleto na 12ª Congregação Geral
Penso que deveria resultar deste Sínodo uma palavra de estima e de estímulo comum para com os nossos sacerdotes e os seus colaboradores, que fazem tantos sacrifícios para garantir ao povo de Deus a celebração do Domingo.
Neste espírito de pastores vigilantes e de irmãos que ajudam, nós devemos, portanto, estar atentos aos desvios que se acentuam, pelo menos no meu país.
Apresento três tendências, boas em si mesmas, mas nas quais a Eucaristia tende a desviar-se do que ela é - celebração litúrgica e santa do mistério sacramental – para tornar-se um simples serviço religioso.
  • Em primeiro lugar: a preocupação principal dos padres em garantir a Missa, que os fiéis exigem, negligenciando a qualidade da celebração. Numa sociedade secularizada, o alimento não basta, é preciso preparar a mesa. Mais importante do que colocar a hóstia na mão ou na língua do fiel é fazê-lo com a dignidade que transmite a fé.
  • Em segundo lugar: no desejo de ser aceites pelas pessoas que nos ouvem, os nossos padres consideram a Eucaristia como uma comunhão na mesa da igualdade. Comprometamo-nos numa catequese na qual a comunhão seja, antes de mais, comunhão com o Cordeiro imolado e oferecido.
  • Terceiro: multiplicamos as celebrações dominicais que, na ausência de um padre, são presididas por diáconos ou leigos. É uma bênção, mas a facilidade com que se procede à substituição da Missa por estas celebrações preocupa-me. Seria necessário, pelo menos, que os ritos sejam mais nitidamente diferenciados.

Fonte Eclesia

Gostaria de deixar alguns comentários pessoais a esta intervenção.

  • A preocupação em garantir a missa ao domingo será só dos padres? Não será também dos bispos? Se não, por exemplo, porque é que aceitam padres africanos (ou de outros países) sem lhe darem a formação necessária para se integrarem na realidade europeia? Os missionários para irem para Africa precisam de anos de preparação e os africanos para assumirem uma paróquia na Europa não precisam de qualquer preparação!!!
  • Se não querem que as celebrações dominicais sejam presididas por diáconos ou leigos quando é que pensam a sério na ordenação de homens casados? Ainda bem que há bispos corajosos dispostos a remar contra a corrente...

8 comentários:

  1. Mais do que resolver o problema da falta de padres, penso que a ordenação de homens casados ajudaria a diminuir este fosso entre leigos e clero que tanto tem prejudicado a Igreja.

    Por outro lado continuaria a haver padres celibatários por vocação específica, esses sim sinal de uma vida diferente no Reino de Deus.

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  2. Palheirense,
    Espero que essa "participação" das mulheres para a "revitalização" da Igreja não queira dizer necessáriamente "Ordenação" das mulheres!!
    Ou, acaso os homens já não prestam, demitindo-se das funções que, na sociedade e na Igreja, lhes estão destinadas, de maneira que as mulheres têm de estar em todo o lado, assumindo também as funções (a par das que já têm) que competem aos homens?
    Cristo, que eu saiba, não escolheu 12 discípulas, nem tão pouco metada por metade; escolheu doze discípulos para O substituírem.
    Portanto, cada macaco no seu galho. Como mulher, não me sinto nada inferiorizada por não poder ser "sacerdotizada" (cheira-me a paganismo) ou outra coisa qualquer masculina.
    Todos somos filhos de Deus, com os mesmos direitos e deveres e isto é que faz de todos nós iguais, apesar das diferenças biológicas e da diversidade de funções específicas para homens e para mulheres.
    Pensamos ser muito progressistas e tolerantes ao querer "igualdades" naquilo que não pode ser igual, e criamos um mundo caótico sem diferenciações. O respeito e a tolerância está precisamente em sabermos respeitar as diferenças; não em anulá-las.
    Peço desculpa pelo meu arrazoado, mas não pretendo travestir-me de homem e este é um tema que tem vindo à baila de vez em quando...

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  3. O comentário do anónimo deixou-se estarrecido? O que é que a ordenação das mulheres faz com que fiquem travestidas? O que é que uma mulher não pode fazer que um homem faz, em termos doutrinários?
    Se foi uma mulher mulher anónima que escreveu este comentário, lamento, pois ainda não percebeu e homens e mulheres podem fazer tarefas iguais sem se travestirem e ainda por sima tratando-se de ensinar a PALAVRA!
    É por posições de insegurança desta forma que o mundo continua desiquilibrado pois muitas mulheres ainda desejam que exista um Dia Internacional da Mulher, à espera de flores e miminhos, já que o que deveriam esperar era, direitos, deveres e oportunidades iguais, em todos os sectores da vida, incluindo a religiosa!

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  4. E mais, onde é que se diz, nas discussões que vão acontecendo sobre o tema que os homens já não prestam???
    Não poderá a anónima ver que homens e mulheres podem ser parceiros, sem esse sentimento mesquinho de que um não presta e o outro será melhor???

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  5. Sr. padre João Luís,
    pois eu sou daquelas mulheres que não espera receber flores, sobretudo Rosas que têm espinhos: prefiro constatar dos bons sentimentos concretizados nas boas obras.
    E quanto a direitos e deveres, tolerâncias e igualdades, penso que fui bem explícita e não costumo festejar esses afamados "dias" que só servem para lembrar e repisar as desigualdades e clivagens impostas por uma sociedade hipócrita.
    É mesquinhês se não aceito termos que assumir funções destinadas aos homens, mas não é mesquinhês eles continuarem em casa, sentados no sofá a lerem o jornal, enquanto elas lhes servem de criadas, na medida em que têm de trabalhar fora em igualdade de circunstâncias.
    E que me diz, quando até há bem pouco tempo atrás, as mulheres eram tidas, pelas esferas eclesiásticas, como seres "sem alma"?!

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  6. Palheirense,
    está tudo muito certo, mas na ausência do pároco, porque é que não se exortam os homens a ministrar esses serviços de culto, eles que na generalidade dos casos, não ajudam nos serviços domésticos? Possivelmente, terão mais tempos livres para ajudar os sacerdotes.
    De resto, eu guio-me pelo N.T. e não pelo V.T. Profetizas continua a haver e sempre houve; sacerdotizas só conheço as que presidiam aos cultos pagãos...
    Cristo (com seus Apóstolos) foi acompanhado por muitas mulheres, durante o Seu Ministério, mas Ele não enviou nenhuma a pregar o Evangelho nem incumbiu a nenhuma, em tempo algum, suceder a Pedro.
    E o que Ele mandou, está mandado!
    E cada um de nós, homens e mulheres, tem o seu espaço no mundo, com as funções que lhe são inerentes e, se soubessemos respeitarmo-nos todos uns aos outros, nas nossas diferenças, desigualdades e funções, haveria mais respeito e paz no mundo e ninguém se sentiria superior relativamente ao outro.

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  7. Cara anónima

    Pelo baptismo todos somos sacerdotes, incluindo as mulheres. Lê-se no Catecismo (versão espanhola já que o site do Vaticano não tem em português):

    1268 Los bautizados vienen a ser "piedras vivas" para "edificación de un edificio espiritual, para un sacerdocio santo" (1 P 2,5). Por el Bautismo participan del sacerdocio de Cristo, de su misión profética y real, son "linaje elegido, sacerdocio real, nación santa, pueblo adquirido, para anunciar las alabanzas de Aquel que os ha llamado de las tinieblas a su admirable luz" (1 P 2,9). El Bautismo hace participar en el sacerdocio común de los fieles.

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