Isso é o mesmo que dizer: "se não podes combatê-los junta-te a eles".
Exemplificando com a mesma lógica, se eu não posso combater o Diabo junto-me a ele.
O Sr. Cardeal concerteza esqueceu-se de que vale mais a qualidade do que a quantidade e de que a Igreja não deve andar ao sabor de modernices.
Quem só vai à Igreja porque é fixe, porque agora canta-se música rock, não me parece que vá com verdadeira devoção e fé, mas sim pelo gozo que lhe dá mais um ajuntamento de entretenimento.
Que importa, assim, que as Igrejas fiquem cheias?
(Escrevo na sequência dos Comentários feitos no Post: "Música em Expansão").
«Isso é o mesmo que dizer: "se não podes combatê-los junta-te a eles".»
Isto é confundir, na Eucaristia, o acessório com o essencial. A música é acessória. Se com a música rock as pessoas rezarem e viverem bem a Eucaristia, que importa o estilo?
Na Encíclica "Ecclesia de Eucharistia", de João Paulo II, de 17/4/2003, podemos meditar e reflectir sobre o verdadeiro significado do Santo Sacrifício da Missa, o maior e mais sublime Sacramento da Igreja, que nos envolve numa atmosfera de transcendência divina.
Desculpem a minha insistência, mas acho profundamente "grotesco" quererem associar músicas completamente fora do contexto, ao maravilhoso, profundo e solene ritual da Missa.
Lamentavelmente Dom Furno gosta de rock. Um Cardeal pode ter mau gosto. O que um Cardeal não pode ter é o desejo de meter o rock na Missa. Mais importante que a opinião do Cardeal Furno -- e de seu mau gosto -- é o que afirmou o Cardeal Ratzinger, dizendo que o Rock na Missa é um "contra culto". Pois escreveu o Cardeal Ratzinger, sobre o Rock:
"Com relação a isso, música "rock" é expressão de paixões elementares, que nas grandes reuniões de música rock tem assumido caracteres cultuais, isto é, de um contra culto que se opõe ao culto cristão. Ele quer libertar o homem de si mesmo no acontecimento de massa e no "sconvolgimento" na inversão, [em italiano,quer dizer também deturpação] mediante o ritmo, o rumor, e os efeitos luminosos, fazendo precipitar quem nele participa no poder primitivo do Todo, mediante o êxtase da dilaceração dos próprios limites" (Cardeal Joseph Ratzinger, Introduzione allo Spirito della liturgia, San Paolo, Milano, 2.001, p. 144").
E o Cardeal Ratzinger condena o rock não só na Missa, mas também como falsa arte. Disse ele numa entrevista:
--"O Cardeal Joseph Ratzinger formulou sérios reparos ao rock. A respeito dele, lhe perguntamos se suas objeções se referem ao rock como expressão musical em sí misma ou ao eventual uso do rock no interior de um templo ou casa de oração. --- "Naturalmente —respondeu— eu me oponho sobretudo à utilização do rock na liturgia, porém, ademais disso, o rock tem uma estructura antropológica que coloca em perigo a verdadera antropología e a maturidade espiritual do homem, porque está destinado a assimilar o homem ao entusiasmo da massa e a fazê-lo esquecer-se de sua responsabilidade moral, incorporando-o a um êxtase coletivo. Em vez de levá-lo a aprofundar a capacidade humana da vontade, o rock o transforma em um ser incapaz de ser dono de si mesmo e o faz parte de uma massa. Todo ello apoya los elementos inferiores del hombre, contrarios a la integrar o cuerpo, o espírito e a vontade." (Cardeal Ratzinger, Entrevista a Rosario Guzmán Errázuriz, La Segunda, 15 de julho de 1988, http://www.lasegunda.com/ediciononline/especiales/benedicto/entrevista/index.asp).
Nos início do cristianismo houve santos muito mais rigorosos do que Ratzinger: toda a música inebriava o espírito e afastava de Deus. Obviamente o futuro não lhes deu razão.
Classificar um estilo musical como o faz Ratzinger e associar ao rock tudo o que lhe quer colar vai muito além da teologia e da pastoral. Ratzinger está em domínios em que não tem nenhuma competência especial.
Quando é que as pessoas se deixarão destas bizarrias e se concentrarão no essencial: a vida das pessoas dá frutos de amor?
Isso é o mesmo que dizer: "se não podes combatê-los junta-te a eles".
ResponderEliminarExemplificando com a mesma lógica,
se eu não posso combater o Diabo junto-me a ele.
O Sr. Cardeal concerteza esqueceu-se de que vale mais a qualidade do que a quantidade e de que a Igreja não deve andar ao sabor de modernices.
Quem só vai à Igreja porque é fixe, porque agora canta-se música rock, não me parece que vá com verdadeira devoção e fé, mas sim pelo gozo que lhe dá mais um ajuntamento de entretenimento.
Que importa, assim, que as Igrejas fiquem cheias?
(Escrevo na sequência dos Comentários feitos no Post: "Música em Expansão").
«Isso é o mesmo que dizer: "se não podes combatê-los junta-te a eles".»
ResponderEliminarIsto é confundir, na Eucaristia, o acessório com o essencial. A música é acessória. Se com a música rock as pessoas rezarem e viverem bem a Eucaristia, que importa o estilo?
Na Encíclica "Ecclesia de Eucharistia", de João Paulo II, de 17/4/2003, podemos meditar e reflectir sobre o verdadeiro significado do Santo Sacrifício da Missa, o maior e mais sublime Sacramento da Igreja, que nos envolve numa atmosfera de transcendência divina.
ResponderEliminarDesculpem a minha insistência, mas acho profundamente "grotesco" quererem associar músicas completamente fora do contexto, ao maravilhoso, profundo e solene ritual da Missa.
Lamentavelmente Dom Furno gosta de rock. Um Cardeal pode ter mau gosto. O que um Cardeal não pode ter é o desejo de meter o rock na Missa.
ResponderEliminarMais importante que a opinião do Cardeal Furno -- e de seu mau gosto -- é o que afirmou o Cardeal Ratzinger, dizendo que o Rock na Missa é um "contra culto".
Pois escreveu o Cardeal Ratzinger, sobre o Rock:
"Com relação a isso, música "rock" é expressão de paixões elementares, que nas grandes reuniões de música rock tem assumido caracteres cultuais, isto é, de um contra culto que se opõe ao culto cristão. Ele quer libertar o homem de si mesmo no acontecimento de massa e no "sconvolgimento" na inversão, [em italiano,quer dizer também deturpação] mediante o ritmo, o rumor, e os efeitos luminosos, fazendo precipitar quem nele participa no poder primitivo do Todo, mediante o êxtase da dilaceração dos próprios limites" (Cardeal Joseph Ratzinger, Introduzione allo Spirito della liturgia, San Paolo, Milano, 2.001, p. 144").
E o Cardeal Ratzinger condena o rock não só na Missa, mas também como falsa arte. Disse ele numa entrevista:
--"O Cardeal Joseph Ratzinger formulou sérios reparos ao rock. A respeito dele, lhe perguntamos se suas objeções se referem ao rock como expressão musical em sí misma ou ao eventual uso do rock no interior de um templo ou casa de oração.
--- "Naturalmente —respondeu— eu me oponho sobretudo à utilização do rock na liturgia, porém, ademais disso, o rock tem uma estructura antropológica que coloca em perigo a verdadera antropología e a maturidade espiritual do homem, porque está destinado a assimilar o homem ao entusiasmo da massa e a fazê-lo esquecer-se de sua responsabilidade moral, incorporando-o a um êxtase coletivo. Em vez de levá-lo a aprofundar a capacidade humana da vontade, o rock o transforma em um ser incapaz de ser dono de si mesmo e o faz parte de uma massa. Todo ello apoya los elementos inferiores del hombre, contrarios a la integrar o cuerpo, o espírito e a vontade." (Cardeal Ratzinger, Entrevista a Rosario Guzmán Errázuriz, La Segunda, 15 de julho de 1988, http://www.lasegunda.com/ediciononline/especiales/benedicto/entrevista/index.asp).
Nos início do cristianismo houve santos muito mais rigorosos do que Ratzinger: toda a música inebriava o espírito e afastava de Deus. Obviamente o futuro não lhes deu razão.
ResponderEliminarClassificar um estilo musical como o faz Ratzinger e associar ao rock tudo o que lhe quer colar vai muito além da teologia e da pastoral. Ratzinger está em domínios em que não tem nenhuma competência especial.
Quando é que as pessoas se deixarão destas bizarrias e se concentrarão no essencial: a vida das pessoas dá frutos de amor?