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sábado, julho 29, 2006

Jornalismo que vende

Minha querida revista Sábado. Sugiro que na próxima semana escolha, como tema de capa: PADRES SEM VÍCIOS. Pois... não vai encontrar nenhum! É que duvido que existam padres sem vícios. Se considerarmos que as virtudes e os vícios são, em parte, inatos e adquiridos, pois eu tenho alguns. Uns, como o de fumar, deixei há muito tempo. Outros mantenho-os como se de estimação fossem. Sou, por exemplo, um adicto à música.
Mas, claro! É preciso vender. E falar da dimensão humana dos padres vende muito. Envolve mistério, tabu, o sagrado... E se se trata de sexo, então, é mais que certo que não fique um único exemplar nas bancas.
Querida Sábado. Eu tenho vários vicios. Não me atrapalham na pastoral e muito menos na moral. E sinto-me profundamente amado por Deus e pela comunidade. Sim! Querida Sábado. Tenho vícios... Graças a Deus!

2 comentários:

  1. Admito que ja li esse artigo. Recomendo que leiam o editorial... Fala-se da coragem de humildade que os padres tiveram em assumir as suas limitações humanas como contraponto à cultura dominante onde ninguem assume as suas limitações, erros e dificuldades!

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  2. Vi de facto a Revista nas bancas, mas, porque será? não fui implida a comprá-la.

    Porque, de certo, instintivamente senti que não encontrava no artigo qualquer novidade e assim estou em total acordo com o que diz o padre do Post.

    Não há ser humano algum, seja padre, seja leigo, seja o que for, que se arrogue possuir a perfeição.
    E foi por isso, e para nos ajudar na salvação pessoal e colectiva, que Cristo precisou de vir ao Mundo - como Médico para nos curar a alma, como Advogado para relevar os nossos pecados junto do Pai e como Grande Amigo para suportar por nós todas as nossas misérias.

    A nossa vida deve ser uma constante obra de Alquimia em que, pela perseverança e esforço saibamos transformar a nossa matéria bruta da imperfeição em seres de perfeição e de Luz.

    E finalizo com Kant que dizia, algures, na sua "Crítica da Razão Pura", que tem mais mérito aquele que é bom pelo seu esforço e boa-vontade em se aperfeiçoar do que aquele que é bom apenas por uma questão de temperamento inato.

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