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quarta-feira, julho 26, 2006

Cristianismo em risco na TERRA SANTA

A presença cristã na sociedade israelita está em risco de desaparecer. No espaço de 40 anos, o número de crentes baixou de 20 por cento para menos de 2 por cento. Actualmente, existem pouco mais de 150 mil cristãos que têm de enfrentar quotidianamente discriminação no emprego, na escola, no próprio bairro. As razões desta discriminação prendem-se com a religião que professam, com o seu estatuto social e com a origem étnica (na sua maioria são árabes palestinianos).

A tensão degenera frequentemente em violência: as comunidades cristãs são alvo de tiroteios esporádicos, ofensas verbais, ameaças anónimas e, por vezes, as pessoas são forçadas a abandonar as suas casas. Simultaneamente, o custo de vida e o desemprego, especialmente nos territórios palestinianos, têm vindo a aumentar.

O Padre franciscano Pierbattista Pizzaballa comenta: "Parece-me que as pessoas no Ocidente não têm a noção que existem ainda cristãos a viver aqui, que necessitam da nossa ajuda". Também os académicos alertam para a hipótese de que o cristianismo venha a desaparecer da Terra Santa se a taxa de emigração entre os cristãos não diminuir.

Recentemente, a cidade de Mughar, a comunidade cristã estava ainda em choque, três meses após 5 mil cristãos terem abandonado a cidade depois de um ataque de fanáticos drusos.

Em Belém – uma cidade que está a desaparecer atrás da gigantesca muralha que está a ser construída pelas autoridades israelitas, no contexto da contínua luta pelo domínio dos territórios na Cijordânia – o turismo, as peregrinações e o comércio de artigos religiosos vive dias difíceis. As famílias cristãs lutam para manter as suas lojas de artigos religiosos, mas os turistas são cada vez menos em Belém, devido às dificuldades em ultrapassar os postos de controlo do exército e da polícia israelita.

Em Ramallah, na cidade quartel-general da Autoridade Palestiniana, o Padre Nazaih salienta o sentimento anti-cristão existente: "Todos os muçulmanos gostam de vir para esta cidade. Pouco a pouco, os cristãos partem porque não podem viver com os muçulmanos. Existem alguns fanáticos que não gostam do facto de existirmos". O aumento do extremismo muçulmano está a causar um êxodo massivo numa cidade que antes da criação do Estado de Israel era inteiramente cristã.

Entretanto, organizações como o Conselho de Jerusalém para Relações entre Judeus e Cristãos trabalham para quebrar as barreiras entre estas duas religiões. O director da organização, Daniel Rossing, descreveu que estes encontros entre judeus e cristãos estão a começar lentamente de forma a ultrapassar os preconceitos mútuos mas confessa que ainda existe "um longo caminho a percorrer".

2 comentários:

  1. O que se tem passado na Terra Santa, de há 60 anos para cá, é bem esclarecedor da prepotência, arrogância e cinismo de um certo povo, que teima em julgar-se continuamente o eleito de Deus.

    Quando peregrinei por essas terras, tive ocasião de me aperceber das suas (deles)qualidades e da forma sobranceira como tratavam os estrangeiros, rindo-se nas nossas costas; nos aeroportos, onde nos obrigavam a estar horas numa fila apenas para mostrarmos os passaportes, quem tivesse carimbos de viagens a países árabes, reagiam com agressividade e insolência.

    É evidente que eles desejam expurgar do seu país (conquistado pela força, que provém do poder e do dinheiro, aos desgraçados palestinianos) toda e qualquer outra religião.

    Muita coisa haveria a dizer quanto a este lamentável assunto, mas para abreviar apenas direi que, Deus me livre, sem pretender fazer a defesa dessa carnificina que foi o nazismo (em que morreram 6 milhões de judeus, mas toda a gente se esquece que também morreram 10 milhões de europeus), os nazistas, como ia dizendo, bem terão vontade de dizer dos judeus (que aproveitam para se protegerem sob a capa da vitimização): "atrás de mim virá quem bom de mim fará".

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  2. Keep up the good work
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