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sábado, dezembro 10, 2005

FRANÇA O PAÍS DA LIBERDADE E DA IGUALDADE (LAICO!!!!)

Sou católico e julgo-me tolerante. Mas não entendo porque se hão-de estimular atitudes que são na sua génese o que há de mais intolerante.Conto este caso verídico.
Um bispo francês tinha uma reunião para que foi convidado numa Câmara Municipal. Como é costume dos bispos católicos foi com uma cruz ao peito. Não o deixaram entrar com a cruz. Para entrar teria de a tirar. E ele negou-se. E não entrou.
Quanto a mim tomou uma posição de coerência.
Quem é que foi intolerante? Ele ou os que fizeram tal lei?
Se não tivermos cuidado, agora vão as cruzes das escolas, daqui a mais proibem as procisões, etc., etc..
Porque não permitir nas escolas os símbolos de outras religiões, se lá houver alunos com essa profissão religiosa?!
Se houver alguém que vá contra isso, então acho que esse é intolerante!

17 comentários:

  1. "Se não tivermos cuidado, agora vão as cruzes das escolas, daqui a mais proibem as procisões, etc., etc.."

    Continua-se a misturar alhos com bugalhos para fazer alarido: os crucifixos que poderiam ser tiradops das escolas seriam aqueles que de algum modo tutelam as salas de aula. Não se trata sequer de eliminar símbolos religiosos das escolas. Muitos centros comerciais e aeroportos têm capelas sem que haja um crucifixo em cada loja porta de embarque; poderia naturalmente haver símbolos ou mensagens religiosas em placards, etc. E daqui até à proibição de que cada pessoa use ela própria símbolos religiosos vai uma imensa distância que se quer ignorar. Mais uma vez pergunto: é só isto que os católicos têm a dizer hoje à sociedade portuguesa?

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  2. Realmente... é isto que inquieta os padres no século XXI? Demarco-me completamente desta ideia de que a Igreja Católica é perseguida. Não vamos justificar o geral com situações pontuais. Sejamos sensatos na exacta medida da nossa fé. A Igreja deve congregar e unir, não separar... qualquer que seja o culto. Estado é o Estado, Igreja é a Igreja.

    "Porque não permitir nas escolas os símbolos de outras religiões, se lá houver alunos com essa profissão religiosa?!"

    Porque a sala de aula não é um local de culto. Simples e óbvio. Para tal, existem locais específicos... será assim tão difícil de compreender? Será que tapam os ouvidos e fecham os olhos aos argumentos que vos têm sido apresentados? De uma vez por todas sejam sensatos nos vossos artigos.

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  3. Realmente houve uma reviravolta neste blog! Não sei quantos padres são inquetos mas essa inquietude tem atitudes tão retrógradas que não parece o que de inicio dava a entender. Que saudades do "Confessionário"! Esse era um padre arejado que deixava que todos emitissem as mais diversas opiniões de uma forma absolutamente aberta. Aqui são os posts que começam a ser reaccionários e intolerantes...
    Isto de cristianismo, ainda por cima, em tempo de Natal, não tem nada....

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  4. Realmente não entendemos porque que alguém nos chama retrogrados e pouco arejados. O problema vai mais além da "questão dos crucifixos".
    Para quem ainda não percebeu que o que está em causa não é o retirar ou não um crucifixo da sala de aulas gostaria que desse uma vista de olhos a http://www.ateismo.net/diario/. Por favor não se esqueçam de ver os cartões. Porque eles devem estar a pensar no bem estar de todos os cidadãos (cristãos). Depois faça-nos um comentário.
    Para quem não sabe Ricardo Alves é dirigente da famosa A associação cívica REPÚBLICA E LAICIDADE (R&L).

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  5. Queria dizer "não se esqueçam de ver os cartoons".

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  6. Caros padres inquietos

    Meia dúzia de ateus queixam-se de meia dúzia de crucifixos. Alguns desses ateus são até religiosamente anti-religiosos e perdem a cabeça com isso. E então? Ver nesta questão dos crucifixos hordas de jacobinos a trucidarem os cristãos é dar-lhes uma importância (aos ateus) que eles não têm. Vamos pôr toda a Igreja a não fazer outra coisa senão protestar contra a meia dúzia de ateus? Não há tanta gente infeliz porque não vive o amor de Jesus, a quem anunciar o Evangelho? Porque se gastam tempo e energias com tão pouco?

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  7. O que eu acho maravilhoso na fé cristã, é que é possível vivê-la sem qualquer sinal exterior de religiosidade. Os crucifixos não são essenciais para viver a fé; as procissões não são essenciais para viver a fé; as imagens dos santos não são essenciais para viver a fé; os hábitos dos padres e dos(as) religisos(as) não são esenciais para viver a fé nem para se ser padre ou religioso...
    A nossa fé será tão ou mais sincera quando formos capazes de nos libertar de toda a "exterioridade religiosa".
    Nem sequer somos convidados a dar a vida por estas "exterioridades".
    Mas há uma coisa a que somos chamados a dar a vida: pelo AMOR. O Amor é o único distintivo do cristão. "Nisto conhecerão que sois Meus discípulos... se vos amardes uns aos outros".
    Mas porque é que fazemos batalha pelos crucifixos e não fazemos batalha pelos desempregados, pelos excluídos (entre os quais também os homosexuais), pelos que vivem sós, por mais dignidade para a mulher, por mais participação na Igreja... porque é que não fazemos batalha pela lei do Amor e não pelo amor á lei?
    Importo-me bem que sejam ateus, agnósticos, laicos ou republicanos que me estejam a chamar a atenção para pontos que eu estou a esquecer!!!
    Ao longo da História quantas vezes Deus actuou através de "ateus" e "pagãos" para chamar a atenção ao seu Povo! Vejamos o Antigo testamento. Os próprios "pagãos" dos pastores foram quem deram "exemplo" aos religiosos do tempo em ir "visitar" Jesus Menino.
    Foi uma benção os "maçónicos" de Itália terem tirado os territórios ao Papa de Roma. Foi uma benção os bolcheviques terem tirado uma Igreja Ortodoxa do marasmo da união ao czarismo. Foi uma benção o 25 de Abril para uma Igreja portuguesa totalmente identificada (salvo raras excepções) com o Estado Novo.
    O nosso grande pecado, é não sermos capazes de ver o "dedo de Deus" mesmo naqueles que nos parecem "ateus". Não estamos atentos aos sinais dos tempos. E esquecemos que o Espírito de Deus sopra onde quer, como quer e em quem quer.
    Desculpem este discurso tão longo.
    Um grande abraço para todos.

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  8. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  9. «O que eu acho maravilhoso na fé cristã, é que é possível vivê-la sem qualquer sinal exterior de religiosidade. Os crucifixos não são essenciais para viver a fé; as procissões não são essenciais para viver a fé; as imagens dos santos não são essenciais para viver a fé; os hábitos dos padres e dos(as) religisos(as) não são esenciais para viver a fé nem para se ser padre ou religioso...»

    Isso é verdade, caro anónimo.
    Mas não queremos ter uma liberdade restringida ao pensamento ou desejo interior. Essa, mesmo presos, ninguém no-la vai tirar!
    Nem os regimes comunistas mais cruéis o conseguiram fazer! Mas queremos viver num país onde não é crime trazer uma cruz ou um véu islâmico ou fazer uma procissão religiosa ou qualquer outra manifestação de fé, como na França.
    Para que isso continue a ser possível, temos de estar alerta...

    «A nossa fé será tão ou mais sincera quando formos capazes de nos libertar de toda a "exterioridade religiosa"».

    Quanto a isto, chamo a atenção que não somos apenas espírito. Somos corpo e precisamos também de sinais exteriores para expressar a nossa fé. Ver o que Jesus fazia: pregava às multidões, curava os doentes, dava ânimo aos abatidos e até participava no culto dos judeus.

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  10. Peço desculpa, mas eu continuo a dizer que as procissões nada tem a ver com a fé. Posso ser cristão (católico)sem participar numa procissão. Posso ser cristão (católico) sem acreditar em aparições e revelações particulares. Posso ser cristão (católico) sem participar na festa da terra. Posso ser cristão (católico) sem usar um crucifixo ao pescoço.
    Mas não posso ser cristão (católico) sem "curar os doentes, dar ânimo aos abatidos".
    Temos de estar alerta para ir descobrindo os sinais dos tempos. Temos de estar alerta para pormos continuamente em causa a nossa maneira de viver a fé. Temos de estar alerta para vermos que "BOA NOVA" anunciamos HOJE.
    Abraço

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  11. Exactamente Zé! É isso é que faz a diferença, não o resto!

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  12. Há uma igreja perto de Aveiro (não me recordo o nome da terra) que tem um pormenor muito interessante: no topo do altar-mor há um "Cristo" feito de pedaços de espelho; ao colocarme em frente a esse Cristo, sou eu que sou projectado nos pedaços de espelho.
    Acho este "símbolo" muito interessante porque é a verdade: a imagem de Deus, sou eu, é o irmão(ã) que está a meu lado. E é essa Imagem que eu devo preservar, que eu devo defender, por quem eu devo lutar. O HOMEM, o SER HUMANO é que é a verdadeira imagem de Deus. Que bom seria que todos os cristãos fossem perseguidos por defenderem esta Imagem de Deus!
    Como é bom ver cristãos comprometidos nas marchas dos "sem terra". Cristãos a serem ameaçados por participarem em lutas de defesa dos mais pequenos!
    E podemos estar cientes de que não são as nossas procissões que vão "interrogar" os detentores do poder (no mais o que elas podem fazer é desorientar o trânsito automóvel).
    Não é o véu islâmico que mexe com os senhores da França. É o que está por detrás do uso do véu: uma inconformidade com o poder instituído, descontentamento pela organização social, sentimento de exclusão; e, da parte dos "senhores", um reconhecimento (mesmo não exteriorizado) da sua incapacidade em resolver os problemas.
    Desculpem, mas deixem-me brincar um pouco. Sem ofensa seja para quem for.
    Espero que não se volte a ter como obrigatório o uso do véu para as mulheres, dentro das nossas igrejas. Espero que não se volte a ter como obrigatório os homens, na igreja, ficarem à frente e as mulheres atrás; ou homens a um lado e mulheres a outro; ou haver umas cadeiras especias para os senhores ricos. Tudo isto eram coisas que, naquele tempo, eram inquestionáveis; era normalíssimo; quase que fazia parte da "fé".
    Temos de saber relativizar o que é relativizável.
    Um abraço

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  13. Detesto todos os discursos de vitimização. Na Igreja Católica, abomino-os. Quando a Igreja começou, os cristãos nem sequer tinham o domingo. A Igreja morreu? Não.
    A lei em França é um pouco tola. Não permitia o crucifixo, mas permitia concerteza que o bispo entrasse com o fato que o identifica. O que prova que tentar ser politicamente correcto, nem sempre é viável nem recomendável.
    Mas nós estamos em Portugal, onde a religião católica tem sido maioritária e foi perdendo o sentido do que é realmente importante.
    Coerência não é usar um crucifixo, é todos os dias ser companhia do Crucificado, na vida de tantos irmãos.
    Uma das lembranças muito vivas da minha infância, prende-se com a tal falta de coerência. Explico:
    o sr. F., sacristão, de cada vez que fazia uma genuflexão, fazia-o de tal modo que toda a igreja ouvia (ainda hoje, parece que o ouço). Impressionava-me, o porte, a "reverência" com que vivia toda a celebração litúrgica. Até que comecei a ouvir que ele tratava mal a mulher. Um dia, fui eu própria, testemunha disso mesmo. Marcou-me tanto, ainda criança, essa duplicidade, que ainda hoje, se mantém a minha aversão a tudo o que é ostentação.
    A mim, mais do que a questão de saber se existem crucifixos nas salas de aula, é saber que ensino se faz. Se é o ensino adquado à instrução e formação dos alunos.
    Preocupa-me mais, que se dêem por aí tantas "aulas de catequese", onde a Palavra não é anunciada.

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  14. Anonymous (Zé), olá.. gostei do que disseste. Consegues dizer-me o nome dessa igreja perto de Aveiro? Fiquei com muita curiosidade e vontade de a visitar.
    Obrigada. Obrigada mesmo.

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  15. Bom dia "Amor" (!)
    Não sei dizer o nome da terra. Só sei dizer que não é muito longe da saída "Aveiro-Sul", em direcção á cidade de Aveiro. É uma igreja que, por fora, tem o tijolo à vista. Indo da saída da auto-estrada para Aveiro, fica do lado direito.
    Um abraço

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