Um jovem egípcio que se converteu do Islão ao Cristianismo apresentou um requerimento judicial para que as autoridades reconheçam a sua nova religião, no primeiro caso deste tipo na história recente do Egipto.
Mohammed Ahmed Hegazi, de 25 anos, levou a sua reivindicação ao Tribunal Administrativo do Cairo na quinta-feira. Ele quer que sua nova religião seja registrada nos seus documentos oficiais, informa hoje o jornal egípcio "al-Masri al-Youm".
Hegazi lembrou que abraçou o Cristianismo há nove anos. Ele é casado e a sua mulher também deixou de ser muçulmana para se tornar cristã. Mesmo assim, os dois tiveram que se casar segundo os ritos prescritos pela religião islâmica, que consta dos seus documentos de identificação.
Mais tarde, os dois casaram-se numa igreja.
Além disso, Hegazi deseja que seus dois filhos sejam registrados como cristãos.
O advogado Mahmoud Najla, representante do jovem no processo, destacou que a causa é a primeira do tipo que será levada aos tribunais do país. A primeira audiência está prevista para o início de setembro.
Mais tarde, os dois casaram-se numa igreja.
Além disso, Hegazi deseja que seus dois filhos sejam registrados como cristãos.
O advogado Mahmoud Najla, representante do jovem no processo, destacou que a causa é a primeira do tipo que será levada aos tribunais do país. A primeira audiência está prevista para o início de setembro.
Na defesa da causa, tomarei como base uma fatwa (édito religioso islâmico) recente do mufti (máxima autoridade religiosa) do país, Ali Goma. - Ele autorizou os muçulmanos a mudarem de religião, por considerar que a fé é um assunto de consciência entre o ser humano e o seu senhor. A decisão garante o direito de escolher uma crença sem pressões.
O advogado também recorrerá à legislação internacional na área de direitos humanos e à Constituição egípcia, que garante a liberdade de culto.
Najla revelou que o problema afecta milhares de outros ex-muçulmanos. Mas não há números exactos nas igrejas nem nas instituições estatais.
Várias organizações egípcias de direitos humanos denunciaram os obstáculos administrativos para registrar uma mudança de religião no país.
O advogado também recorrerá à legislação internacional na área de direitos humanos e à Constituição egípcia, que garante a liberdade de culto.
Najla revelou que o problema afecta milhares de outros ex-muçulmanos. Mas não há números exactos nas igrejas nem nas instituições estatais.
Várias organizações egípcias de direitos humanos denunciaram os obstáculos administrativos para registrar uma mudança de religião no país.
Cerca de 90% dos habitantes do país são muçulmanos. A mudança de religião é um assunto muito delicado, e só a islamização de cristãos costuma ser divulgada publicamente.
Fonte: Agência EFE
Sem comentários:
Enviar um comentário