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terça-feira, novembro 22, 2005

O governo espanhol quer reduzir o apoio financeiro que canaliza anualmente para a Igreja Católica

O governo espanhol já avisou que quer reduzir o apoio financeiro que canaliza anualmente para a Igreja Católica, afirmando que esta deve apostar no seu auto-financiamento. A garantia foi dada aos jornalistas pela número dois do governo espanhol, María Teresa Fernández de la Vega.
Por sua vez, os Bispos espanhóis deram a conhecer que a acção da Igreja poupa anualmente ao Estado cerca de 30.060 milhões de euros por ano, através da prestação de serviços de assistência médica, de acção social e de educação, entre outros. Para a Conferência Episcopal Espanhola, o dinheiro que o Estado dá à Igreja “não vem do Governo, mas sim da sociedade”.
O Arcebispo de Saragoça foi mais além, chegando a pormenorizar o custo dos serviços que a Igreja presta à sociedade. Cerca de 36.060 milhões de euros, segundo D. Manuel Ureña, é o que o Estado poupa graças ao trabalho de assistência, de beneficiência e de educação da Igreja, enquanto que esta «só» recebe 132 milhões de euros dos cofres públicos. Saliente-se que esta quantia não representa nem sequer 20% da quantia que a Igreja necessita para cobrir os seus gastos anuais.
E se a Igreja Católica Portuguesa deixa-se de prestar serviços de assistência médica, de acção social e de educação...? Ás vezes os meios de comunicação social também deveriam olhar para este lado... não acham?

11 comentários:

  1. Compreendo o que diz. Mas se argumentarmos por aí, também nos poderäo dizer que a Igreja só tem a Acçäo Social que tem graças âs comparticipaçöes estatais, caso contrário näo seria possível contruír e manter nem uma terça parte dos lares, Centros Paroqiais, etc... E sobre esta questäo ainda valeria a pena tentar perceber o que é que distingue esta acçäo social da Igreja da acçäo social estatal, em termos práticos...
    A partir do momento em que a lógica da discussäo é a do conflito, nada de bom se pode esperar.
    Por outro lado, discutir milhöes com o Estado (neste caso o Espanhol) deixa sempre a Igreja numa situaçäo de fragilidade. Basta invocar e aprofundar a saudável e desejável separaçäo entre Igreja e Estado.Todas estas redes de dependências várias säo muito difíceis de conciliar com o espírito do Evangelho...

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  2. Como diz o Manuel, bom seria que a Igreja só dependesse dos seus fiéis para se autofinanciar.
    Mesmo a Igreja Portuguesa depende actualmente mais das verbas disponibilizadas pelo Estado do que nos velhos tempos do Salazar, em que, segundo me dizem, eram raras as comparticipações para esta ou aquela obra. E ficavam-se numa ajuda para construir isto ou aquilo. Os últimos anos aumentaram muito a dependência do Estado de vários serviços da Igreja. E quanto a mim, pouco se ganhou.
    Sei que me dirão que a Igreja tem o dever de ajudar a solucionar carências que nem particulares nem Estado conseguem fazer.
    Mas acautelar situações como a da Espanha ou da Alemanha creio que era possível.

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  3. "A Deus o que é de Deus e a César o que é de César". O financiamento da Igreja pelo Estado cria sempre umas dependências lamentáveis e retira capacidade profética à Igreja. Pessoalmente fico envergonhado quando vejo a hierarquia andar a discutir subsídios com o Estado pelo que isso significa de afirmação de incapacidade para viver de forma autónoma.

    Estão a ver Jesus a negociar com Pilatos ou com o Sumo Sacerdote um subsídio, a pretexto que tinha curado muita gente e que a sua mensagem não violenta poupava muito dinheiro aos romanos, pois reduzia as necessidades de segurança e a probabilidade de ocorrência de uma revolta?

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  4. Â Espanha parece seguir os passos dos Franceses, podem ter alguma razão mas a radicalidade apenas gera comflito...Como disse CA ""A Deus o que é de Deus e a César o que é de César". Quanto mais afastado de Deus estiver a Igreja mais virada para as pessoas ela estará, e nada devemos temer que Deus tudo providenciará.

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  5. Que comentário tão rídiculo, despropositado e sem-sentido o do Vitor Manuel.

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  6. Vitor Manuel
    A mim agride-me a mentira, a violência, a descriminação, o preconceito, o medo, o fanatismo, o "moralismo", o tradicionalismo, a preguiça, o racismo, a intolerância, a cobardia...

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  7. Subscrevo completamente o que disse a MC.
    Ainda hoje de manhã ouvi que finalmente vão tirar os crucifixos das Escolas. Num país laico, num tempo em que se valoriza todas as tradições religiosas, mesmo no nosso país, que sentido é que faria manter o crucifixo? No entanto estas coisinhas vão mexendo com a mesquinhez de parte de um povo que ao afirmar-se cristão devia ser o primeiro a levantar o dedo contra as descriminações...

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  8. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  9. Por amor de Deus, não fomentem qualquer género de 'discriminação', assim como de 'facciosismo', seja ele qual for!
    Seja contra o cristianismo, seja contra o islamismo, seja contra o judaísmos, seja contra qualquer outra religião.
    Seja contra a mulher (mais a favor do homem), seja contra o homem (mais a favor da mulher).
    Seja mais a favor das crianças nascidas, contra os mesmíssimos direitos dos nascituros, seja mais a favor destes contra aquelas; ou mais a favor das mães contra os filhos-nascituros, pois nada justifica um aborto/feticídio, ou pré-infanticídio/homicídio.
    Seja contra ou a favor do quer que seja, em igualdade de circunstâncias.

    PARA DIREITOS IGUAIS, DEVERES IGUAIS, E VICE-VERSA, a todos os níveis: políticos, religiosos, sociais, familiares e pessoais.

    CHEGA DE HIPOCRISIAS, DISSIMULAÇÕES, SOFISMAS E CINISMOS!

    Ainda há quem se queixe (quase) só dos políticos, ou (quase) só dos cristãos...

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  10. Best regards from NY! » » »

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